Os elétrons podem se movimentar de forma desordenada (equilíbrio estático) ou de forma ordenada. Quando se movem ordenadamente eles geram a corrente elétrica, que se desloca na mesma direção.
A corrente elétrica é criada por uma diferença de potencial elétrico (ddp) e envia energia de um ponto para o outro através de um fio condutor. Por meio dela é possível ligar os eletrodomésticos como televisão e rádio.
Um gerador como pilhas ou baterias é necessário para que os elétrons comecem a se mover de maneira ordenada. Esses geradores possuem dois polos, um positivo e outro negativo, e quando o fio condutor é ligado os elétrons se deslocam do negativo para o positivo.
Existem dois sentidos de movimento de uma corrente. O sentido real é aquele em que a corrente elétrica se movimenta em sentido oposto ao campo elétrico. O sentido convencional é aquele em que a corrente se desloca no mesmo sentido do campo.
Tipos de condutores elétricos
Os condutores elétricos são todos os materiais que permitem a movimentação dos elétrons ou a passagem da corrente elétrica. Os metais são considerados os melhores condutores. Os três tipos de condutores são:
- Sólidos: são constituídos pelos elétrons livres e suas ligações são fracas, o que permite que se espalhem mais rapidamente;
- Líquidos: aparecem em ligações salinas ou em água com sais, onde são encontrados os cátions (íons positivos) e ânions (íons negativos). São também chamados de condutores eletrolíticos;
- Gasosos: os ânions e elétrons vão para o polo positivo e os cátions para o negativo. Neste caso, a energia é gerada por meio do choque entre as cargas.
Também existem os materiais isolantes, no qual é quase impossível os elétrons se movimentarem, como os plásticos e madeira, além dos semicondutores, que podem se comportar como condutores ou isolantes a depender das condições físicas.
Intensidade da corrente elétrica
A intensidade da corrente elétrica pode ser encontrada ao dividir a quantidade de carga que atravessa uma secção ou parte de um condutor em determinado tempo. Assim, tem-se a fórmula:
I = Q / Δt
Em que:
I: intensidade da corrente (A)
Q: carga elétrica (C)
Δt: intervalo de tempo (s)
No entanto, é preciso conhecer primeiro o valor da carga elétrica (Q), assim pode-se utilizar a fórmula:
Q= n . e
Neste caso, n é o número de elétrons que passa pelo fio enquanto e é a carga elementar que tem valor igual a 1,6 . 10-19 C.
Tipos de correntes elétricas
As correntes elétricas podem ser classificadas como:
- Correntes contínuas (CC): são as correntes elétricas que possuem sentido e intensidade constantes em relação ao tempo. A diferença de potencial é contínua e gerada a partir das baterias e pilhas;
- Correntes alteradas (CA): as correntes elétricas mudam de sentido e de intensidade constantemente. A diferença de potencial é alterada. São geradas em usinas e transmitidas por meio de tomadas.
Resistência e Resistividade
A passagem de uma carga elétrica pode ser afetada pelo tipo de material do fio condutor. Assim, quanto um material permitir sem grandes resistências o deslocamento de uma carga elétrica, menor será sua resistividade.
Em um fio ideal a passagem de corrente é livre pois o material não apresenta nenhuma resistência. Já em um fio real há resistência, o que causa colisões entre os elétrons e a geração de calor. Este processo de formação do calor é denominado de Efeito Joule.
Leis de Ohm
As leis de Ohm ajudam no cálculo da tensão, corrente e resistência elétrica. Essas leis são aplicadas em circuitos com resistências constantes (resistência ôhmica). A primeira lei de Ohm determina que no condutor ôhmico a temperatura constante, a intensidade de corrente elétrica é diretamente proporcional à diferença do potencial (ddp) aplicado nos terminais.
A primeira lei é representada pela fórmula:
U = R . I
Onde:
R= resistência, medida em Ohm (Ω);
U= diferença de potencial (ddp), medida em Volts (V);
I= intensidade da corrente elétrica, medida em Ampére (A).
A segunda lei de Ohm explica que a resistência elétrica é proporcional ao comprimento e inversamente proporcional a área da secção transversal. Ou seja:
R= ρ . L / A
Onde,
R: resistência (Ω)
ρ: resistividade do condutor que depende do material e temperatura (medida em Ω . m)
L: comprimento, medido em m
A: área de secção transversal, medida em mm².