O Dia D foi uma operação militar tática de desembarque dos soldados dos países aliados no norte da França, na região da Normandia, no dia 06 de junho de 1944.
Essa operação, também conhecida como Operação Overlord, relaciona-se com o momento histórico da Segunda Guerra Mundial, que durou seis anos (1939 a 1945) e causou a morte de 60 milhões de pessoas.
Nesse contexto, a Alemanha estava no controle sob o governo de Adolf Hitler e regida pela política do Nazismo.
Depois do Tratado de Versalhes, assinado no final da Primeira Guerra Mundial, os nazistas sofreram inúmeras sanções, entre elas, a devolução do território da Alsácia-Lorena para o governo da França, a redução das tropas alemães e o pagamento de indenização aos países vitoriosos da guerra.
Fortalecimento da Alemanha nazista
Diante disso, o governo alemão passou a investir em fatores decisivos para o fortalecimento político, econômico e militar do país.
Adolf Hitler realizou uma série de ações nesse sentido. O ditador convocou a população alemã para um plebiscito em 1935 e com 90% de aprovação reintegrou o território de Sarre, ao sul da França, perdido no Tratado de Versalhes.
O território da Renânia foi reocupado pelas tropas alemães em 1936. Dois anos depois, em 1939, a Alemanha passou a investir no pilar principal do governo – o exército alemão (Afrikakorps).
Então, foi agrupado 1.500.000 homens ao serviço militar para estrategicamente atuarem nas unidades blindadas (Panzerdivisionen) e na aviação militar (Luftwaffe).
O exército alemão (Afrikakorps) colocaria em ação o plano político de Adolf Hitler - o Grand Reich.
É importante ainda destacar que antes do Dia D, e consequentemente da Segunda Guerra, houve o apogeu dos governos nazifascistas, o regime político nazista na Alemanha, já dito anteriormente, e o fascismo na Itália.
Por outro lado, depois da Revolução de Meiji (1860) e da reformulação do ensino, o Japão emergiu como uma potência econômica asiática com objetivos neoimperialistas semelhantes aos dos alemães.
Os japoneses expandiram seus territórios dominando política e economicamente países vizinhos, como a China.
Em vista disso, a Alemanha, Itália e o Japão formaram o chamado Eixo, ou seja, uma aliança de apoio militar e ações expansionistas comuns entre os países.
Na oposição ao Eixo estavam as potências europeias e americana. Os Estados Unidos, a França e a Inglaterra formaram a base dos Aliados. E ainda contaram com o apoio militar da Grã Bretanha e da União Soviética.
O Reich e a guerra
As ações políticas do governo hitleriano desencadearam um dos maiores combates militares da História Contemporânea.
O plano político de Adolf Hitler – o Grand Reich – visava a união das populações europeias de língua alemã, a conquista dos territórios polonês e ucraniano a fim de utilizá-los como fornecedores de matérias-primas e, sobretudo, retirar a imagem de fracasso que ficou sobre a Alemanha depois da danosa derrota na Primeira Guerra.
Acrescentando-se a isso, a Alemanha permaneceu agressiva no seu avanço expansionista. Isso porque anexou o território da Áustria, em 1938, ao domínio alemão. Depois, em 1939, o Exército alemão (Afrikakorps) invadiu e dominou o país da Tchecoslováquia.
Foi firmado um acordo germânico-soviético para pôr fim ao conflito político-expansionista entre os países. Tratava-se de um pacto de não-agressão com o objetivo de dividir o território da Polônia em áreas de influências.
No acordo ainda ficou estabelecido que a passagem do território da Finlândia, a Estônia, a Letônia e a Bessarábia estariam sob o controle da Rússia.
O ditador Adolf Hitler em nada recuou na sua política expansionista e de tirania. Em 1939, reivindicou o território de Dantzig, cidade-estado, nas proximidades do mar Báltico, e uma ferrovia extraterritorial que atravessa o Corredor Polonês.
O governo polonês apresentou resistência e não aceitou a extraterritorialidade, e ainda recebeu total apoio da França e da Inglaterra.
Depois do apoio dos países europeus, Adolf Hitler ficou temeroso de uma possível reação militar conjunta com os russos. Mesmo assim o líder nazista quebrou o pacto germânico-soviético de não agressão.
Em 01 de setembro de 1939, as tropas alemães invadiram o território da Polônia. Momentos depois desse episódio, a Inglaterra e a França exigiram a retirada do exército alemão (Afrikakorps) da região e declararam guerra a Adolf Hitler.
O confronto
No território polonês as tropas alemães utilizaram a tática de guerra chamada de blitzkrieg, o que significa uma guerra-relâmpago. Esse tipo estratégico de guerra estava focado na aviação, na artilharia de grande alcance e nos panzers (tanques de guerra).
A Polônia também foi invadida pelos soviéticos pela direção leste. E depois da vitoriosa tática de guerra alemã o território polonês ficou dividido.
As tropas alemães continuam avançando na guerra e em 1940 invadiram a Dinamarca, a Noruega, Holanda e Bélgica.
As forças alemães mantiveram-se em posição favorável na guerra até 1944. Os Estados Unidos ingressaram para a base dos aliados em 1941, depois do ataque militar japonês a sua base naval de Pearl Harbor, no Havaí.
A entrada dos americanos na guerra significou o reforço bélico contra o Eixo. Assim, houve muito investimento na indústria americana para a produção de armas de guerra
e, consequentemente, o governo americano fornecia esses armamentos às tropas da base dos aliados.
Em 1943, o exército alemão (Afrikakorps) teve uma baixa onerosa de seus soldados após a morte de 350 mil homens na Batalha de Stalingrado. Depois de 199 dias de confronto e desfeito o mito da Alemanha invencível, o Dia D estava próximo.
O que foi o “dia D”?
Segundo o historiador Max Hastings, foi designado aproximadamente 150 mil soldados da base dos aliados, 5.300 embarcações, 1.200 tanques de guerras e 12.000 aeronaves para o Dia D.
A operação militar do Dia D logrou êxito porque estrategicamente os soldados paraquedistas saltaram em pontos diversos da Normandia.
Outra tática das tropas no Dia D que garantiu o avanço dos Aliados foi o desembarque dos soldados nas cinco praias francesas – Omaha, Utah, Juno, Gold e Sword.
Depois da rendição dos soldados alemães e da libertação francesa, as tropas dos Aliados, lideradas pelo general Dwight D. Eisenhower, seguiram em direção a cidade de Berlim. Essa operação foi muito importante para a vitória dos Aliados sobre a Alemanha, que ocorreria depois, em 1945.