A economia brasileira consiste em uma variedade de atividades que fortalecem e têm um poder de potencializar o desenvolvimento de um país.
Em virtude da vasta extensão territorial do Brasil, existem inúmeras tarefas que podem ser desenvolvidas para fomentar a sua economia.
Portanto, a economia no Brasil é considerada consistente, sendo este um exportador de uma grande variedade de produtos, o que contribui significativamente para consolidar ainda mais suas atividades econômicas.
Além da forte atuação agropecuária, o Brasil também apresenta um crescimento nos setores da indústria, serviços e comércio, favorecendo o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).
No ano de 2008 o PIB brasileiro cresceu cerca de 5,1% em comparação ao ano anterior, 2007, o que corresponde a uma renda total estimada em R$ 2,889 trilhões.
As exportações somaram em 2008 o valor abrangente de US$ 197,9 bilhões, já as importações totalizam um valor um pouco menor, na faixa dos US$ 173,2 bilhões.
Logo, o saldo da balança comercial, ou seja, diferença entre importação e exportação, é equivalente a US$ 24,7 bilhões.
Nesse caso, no período considerado, o Brasil teve um volume maior de exportações do que importações.
Atual cenário da economia brasileira
Atualmente a economia brasileira possui grande diversificação e explora os setores primário, secundário e terciário, não havendo mais espaço para a monocultura ou desenvolvimento de um tipo apenas de indústria.
Com base no novo cenário mundial e as novas diretrizes de comércio estabelecidas, principalmente em virtude do seu desenvolvimento entre diversos setores, a economia brasileira é pautada na produção agrícola, exportação de soja, destaque na exportação de suco de laranja, produção de açúcar, além dos derivados da cana.
No mesmo nível de importância, além da produção agropecuária, a economia brasileira possui relevância na indústria de carne e abate de animais, estando bem posicionado como terceiro maior produtor de carne bovina do mundo.
De acordo com dados divulgados pela EcoAgro, de 2012, a posição brasileira no cenário agroindustrial é a seguinte:
Primeiro lugar na produção mundial de café, açúcar, laranja, cana de açúcar, além da exportação de açúcar e etanol.
Também figura no primeiro lugar como exportador mundial de carne de boi e aves, além de ser um grande produtor mundial de soja, estando em segunda posição.
A economia brasileira também sofreu um considerável desenvolvimento na produção de peças automotivas e setores aeronáuticos. Sendo também conhecido como um dos principais produtores de petróleo e minério de ferro.
História da economia brasileira
Desde os tempos primórdios, com o início da exploração das terras brasileiras, a primeira matéria-prima a ser encontrada foi o pau-brasil.
A árvore era encontrada em grande quantidade e, por causa do nome dessa madeira, o Brasil foi assim identificado.
O histórico da economia brasileira pode ser facilmente compreendido por meio das fases pelas quais passou o cenário financeiro da nação.
Esses estudos foram elaborados pelo historiador Caio Prado Jr. (1907-1990) como um retrospecto dividido em ciclos.
Veja cada uma das etapas da economia brasileira desde os tempos do descobrimento do território brasileiro.
Ciclo do Pau-Brasil
Os primeiros ciclos e registros sobre a movimentação da economia brasileira são do período da extração do pau brasil.
Essa matéria-prima era encontrada na região que percorria os estados entre o Rio Grande Norte, na região nordeste até o Rio de Janeiro, atualmente pertencente à região sudeste do Brasil.
Essa madeira explorada em territórios brasileiros era utilizada para fabricação de utensílios, produção de instrumentos musicais, construção civil e utilizada do corante para pintura.
Muito conhecido na história do Brasil, o país viveu uma fase de intensa exploração do pau brasil.
Ciclo da cana-de-açúcar
Após um longo período do ciclo do pau brasil, o Brasil viveu uma fase do cultivo da cana-de-açúcar. Essa fase durou mais de cem anos e resultou em um desgaste muito intenso na economia da colônia.
Os colonizadores portugueses instalaram engenhos de açúcar na região nordeste, principalmente no estado de Pernambuco.
Nesse período, os portugueses passaram a contar com os holandeses, que começaram a controlar a exploração, distribuição e comercialização da cana-de-açúcar ao continente europeu.
Todo esse processo desencadeou um ciclo de muitos prejuízos ao território brasileiro e o consequente desenvolvimento econômico do país colonizador, Portugal.
Essa exploração desenfreada provocou um desmatamento descontrolado da costa brasileira, a chegada constante de portugueses para aproveitar os bens naturais do território, além da exploração da mão de obra de negros para trabalhar nos engenhos e desenvolver diversas outras atividades braçais.
Ciclo do ouro
Uma outra fase pela qual o Brasil passou em dominação portuguesa foi o ciclo do ouro. Nesse período, compreendido entre 1709 e 1720, o impulsionamento da busca por metais foi ainda mais intensa por causa da queda da atividade nos canaviais.
Esse ciclo começa quando são descobertas as minas e pepitas de ouro no estado de Minas Gerais. Essa riqueza proveniente da região interiorana do país fez com que houvesse a transferência da capital do Brasil.
Antes em Salvador, a sede do país passa a ser concentrada no Rio de Janeiro como forma de melhor controlar as riquezas produzidas e o escoamento dessa produção.
A busca pelos metais preciosos intensificou a chegada de novos povos para bisca do ouro e ocupação da colônia, interferindo nos limites definidos pelo Tratado de Tordesilhas.
Este ciclo terminou em 1785, no mesmo período de início da Revolução Industrial.
Ciclo do café
No início do século XIX a economia brasileira recebeu um impulso da produção de café. Esse período de progresso ficou marcado pelo desenvolvimento do país, ampliação das estradas e chegada de imigrantes de versos lugares da Europa.
Boa parte dessa produção ficou concentrada no estado de São Paulo e a alta produtividade impulsionou o desenvolvimento de transportes ferroviários e portuários.
O escoamento do café era feito pelos portos das cidades do Rio de Janeiro e Santos. As duas localidades receberam incentivos e investimentos para adequar seus portos ao crescimento constante da produção dos grãos.
Passados quase um século de avanços, a economia brasileira passou a enfrentar uma crise de superprodução. Logo, havia mais café em estoque do que comércio interessado na sua aquisição.
Plano Real e estabilidade econômica
Até o momento da sua estabilidade econômica, o Brasil passou por três planos econômicos. O último deles, chamado de Plano Real, propôs a troca da moeda para o Real.
Essa medida foi adotada no governo de Itamar Franco, a partir de julho de 1994.
As diretrizes do Plano real foram orientadas pelo então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso.
O objetivo dessa estratégia econômica era o controle efetivo da inflação, estabilidade financeira e associar o valor do real à moeda americana, o dólar.
Desde aquele período o Brasil entra em uma fase estável e se mantém ao longo dos anos, permanecendo até os dias atuais.