Resumo de Biologia - Enfisema pulmonar

Enfisema pulmonar é uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracterizada pela gradual destruição dos alvéolos pulmonares. Isso é causado, principalmente, por longos períodos de exposição a agentes poluentes e químicos.

Os alvéolos são minúsculas bolsas, semelhantes a um favo de mel, localizadas nos pulmões. Neles ocorrem as trocas gasosas entre o ar e o sangue, em um processo chamado de hematose.

Quando substâncias tóxicas presentes na fumaça penetram no sistema respiratório, tem início um processo inflamatório no tecido pulmonar que bloqueia as substâncias protetoras do pulmão.

Progressivamente, as paredes entre os alvéolos pulmonares são destruídas.Com o comprometimento dessas estruturas, consequentemente, a respiração é prejudicada.

Um dos efeitos é a perda de elasticidade dos pulmões e crescimentos dos alvéolos, isto dificulta a saída de ar, causando desconforto ao indivíduo doente.

Os sintomas do enfisema pulmonar ainda incluem tosse, respiração ofegante, dificuldades de respirar, produção de muco, cansaço, redução do apetite, perda de peso e hipertensão arterial.

Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC)

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) agrupa duas doenças diferentes: o enfisema pulmonar e a bronquite crônica. Em ambos os casos, há uma obstrução parcial das vias respiratória.

Na bronquite, a inflamação acontece nos brônquios e causa uma grande produção de muco. Já no enfisema pulmonar, como já sabido, os alvéolos são as estruturas destruídas gradativamente.

Os principais agentes causadores da DPOC são toxinas geradas a partir da fumaça do cigarro. Por esse motivo, o tabagismo é o responsável por 90% dos casos, levando a pelo menos 20% dos fumantes a desenvolverem a doença.

O quadro infeccioso pode ser grave, já que há uma grande chance de interrupção da respiração e redução da circulação de oxigênio no sangue. Com isso, o risco de AVC dobra e o indivíduo ainda pode sofrer com fraqueza muscular e ter o raciocínio prejudicado.

Causas do enfisema pulmonar

Como já dito, as doenças pulmonares obstrutivas crônicas são causadas, principalmente, pelo tabagismo. Outras causas incluem a inalação de detritos e gases tóxicos no ambiente de trabalho e condições genéticas.

Tabagismo – em relação aos fumantes, as mulheres são mais susceptíveis a desenvolverem a doença do que os homens. As gestantes que fumam durante a gravidez podem aumentar o risco de DPOC nas crianças.

Poluição do ar – a queima de combustíveis em espaços fechados e mal ventilados também é uma causa comum de enfisema pulmonar. Essa situação acontece, geralmente, com a queima de lenha ou de excrementos animais.

Esse efeito de poluição do ar interior afeta principalmente as mulheres, já que são o grupo mais exposto. Sabe-se também que pessoas que vivem em grandes cidades apresentam maior ocorrência de DPOC.

Ambiente de trabalho – exposição a poeira, fumaça e produtos químicos pode aumentar o risco de enfisema pulmonar, atingindo tanto fumantes como não-fumantes. Estima-se que a exposição ocupacional corresponda de 10% a 20% dos casos.

Genética – no grupo de fumantes, a doença é mais frequente entre parentes do que em não parentes. Atualmente, sabe-se que o único fator de risco hereditário é a deficiência de alfa-1-antitripsina, uma enzima proteica sintetizada no fígado.

Essa condição genética é rara e corresponde de 1% a 5% dos casos de enfisema pulmonar, o que corresponde a 3 - 4 pessoas em cada 10.000.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico do enfisema pulmonar está interligado com o da DPOC. Três tipos de análises são consideradas:

  • Radiografia do tórax: esse exame é capaz de verificar se há uma hiperinsuflação e presença de bolhas de ar nos pulmões;
  • Gasometria arterial: são observados os níveis de oxigênio e dióxido de carbono que circulam no sangue;
  • Espirometria: utilizado para mensurar a intensidade da obstrução das vias aéreas.

Não existe uma cura para a doença, contudo é possível tratá-la e manter os sintomas controlados. Os métodos incluem medicamentos, cirurgias e prática de exercícios físicos.

O tratamento medicamentoso é realizado com o uso de broncodilatadores que possibilitam o relaxamento dos músculos dos brônquios, melhorando o fluxo de ar do paciente. Em alguns casos podem ser indicados também antibióticos e oxigenoterapia.

Já a cirurgia é indicada apenas em casos avançados de enfisema pulmonar, pois permite reduzir o volume pulmonar, o que auxilia na redução dos sintomas da doença. Em situações extremamente graves, o transplante de pulmão também pode ser uma opção.

Existe também algumas atitudes que ajudam o paciente a manter uma boa qualidade de vida:

  • Abandonar o cigarro, pois a suspensão do fumo impede o avanço da doença;
  • Expirar devagar e com firmeza;
  • Parar e descansar quando sentir falta de ar;
  • Inalar o oxigênio suplementar sempre que houver necessidade;
  • Utilizar sempre que possível roupas folgadas, fáceis de vestir e de tirar.

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