Resumo de Biologia - Evolução

Evolução biológica

Evolução, que pode ser biológica, genética ou física, é o processo de transformação e adaptação dos seres vivos com o passar dos tempos, dando origem a outras espécies mais resistentes.

A ideia de evolução como mecanismo biológico surgiu na segunda metade do século XIX, pois até então a teoria predominante era a do criacionismo – idealização de um ser divino criador de todas as formas de vida no mundo e que as manteve iguais até hoje.

A principal concepção da evolução biológica é que todas as espécies dividem o mesmo ancestral em comum, sendo o processo evolutivo um conjunto de transições lentas em direção a novas variedades de seres.

Com isso entra em cena a teoria evolucionista de Charles Darwin e Alfred Russel Wallace. Eles foram os primeiros a confirmar que todas as espécies, incluindo o homem, descendem de alguma ancestralidade.

Teorias da Evolução

A Teoria da Evolução aponta o desenvolvimento dos organismos existentes (ou que já habitaram) no planeta. Sendo assim, as espécies modificadas carregam e transmitem características dos seus antepassados.

A teoria baseia-se nos conceitos de seleção natural, no qual as espécies mais fortes têm maiores chances de adaptação e sobrevivência em determinados ambientes.

Quando nos referimos à seleção natural, as teorias apoiam-se em algumas vertentes:

Lamarckismo

O biólogo francês Jean-Baptiste Lamarck explicou que parte do corpo de um organismo se desenvolve a medida que é utilizado. Caso não usado, pode sofrer atrofiamento e até mesmo desaparecer (Lei do Uso e Desuso).

Além disso, cada característica absorvida por uma espécie, de acordo com o uso e desuso das partes do corpo, seriam transmitidas para as gerações seguintes (Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos).

Darwinismo

Criada pelos naturalistas Charles Darwin e Alfred Russel Wallace, é a teoria do ancestral em comum.

A partir das observações e pesquisas sobre seleção natural, chegaram as conclusões de que seres da mesma espécie apresentam distinções entre si, resultado de alterações em seus perfis; e indivíduos mais fortes têm mais chances de sobreviver e gerar descendentes em novos ambientes.

Neodarwinismo

Também conhecida como teoria sintética da evolução, nasceu no século XX e relaciona as teorias de seleção natural com a área da genética, isso porque ainda não se sabia dos meios de hereditariedade e mutação.

Foi Gregor Mendel quem realizou inúmeras experiências com cruzamento de plantas, especialmente ervilhas, para definir o que futuramente seria chamado de genes.

Indícios da Evolução Biológica

Algumas evidências sustentam os estudos sobre a evolução dos organismos. Os principais são:

Simetria entre as espécies

A semelhança entre diferentes grupos, devido a uma mesma procedência embrionária, reforça as ideias de Darwin e Russel sobre a questão da ancestralidade.

Membros Homólogos: ao investigar o braço de um homem e a pata do cavalo, por exemplo, percebe-se que ambas apresentam a mesma origem embriológica, diferenciados apenas pela funcionalidade. O sistema que gera esse processo é conhecido como divergência evolutiva.

Membros Análogos: são os que apresentam origem embrionária diferentes, porém executam a mesma função. As asas das aves e insetos, por exemplo, são diferentes no quesito origem embriológica, mas ambas são usadas para voos. Essa estrutura acontece por causa da convergência evolutiva.

Oposto da divergência evolutiva, a convergência evolutiva se configura como a adaptação de distintos seres ao mesmo ambiente. Nesses casos, a semelhança não representa grau de parentesco ou de uma mesma categoria, mas sim o resultado dos ajustes de adaptação.

Membros Vestigiais: são aqueles que, em algumas espécies, aparecem em pequeno tamanho e aparentemente sem função, mas em outras  são peças fundamentais de sobrevivência.

Um exemplo é o apêndice. No homem é uma estrutura pequena e sem função, mas para os roedores é o órgão responsável pela digestão dos alimentos.

Evidências embrionárias e moleculares

O desenvolvimento embrionário de certas espécies apresenta aspectos semelhantes na fase inicial, porém, à medida que o embrião se desenvolve, as semelhanças diminuem e surgem características específicas em cada um. Quanto mais distintos são os seres, menor é a fase embrionária em comum entre eles.

Já o desenvolvimento molecular também confirma a possível relação de parentesco entre as espécies. Os seres humanos e os macacos, por exemplo, apresentam similaridades entre os DNA.

Conhecimento dos fósseis

Os fósseis são qualquer tipo de prova da passagem dos seres (animal ou vegetal) em determinado período da vida terrestre.

Geralmente são as partes duras dos corpos que conseguem ser conservadas, principalmente os ossos, dentes e conchas. Pegadas, túneis ou outros tipos de marcas também englobam a categoria.

As condições climáticas do planeta e a própria estrutura física e celular dos organismos influenciam diretamente no processo de fossilização.  Por isso, para saber a época em que o fóssil esteve presente no planeta, os paleontólogos averiguam a quantidade de compostos químicos (chumbo, carbono, entre outros).

Os fósseis são uma das principais peças para se entender a história do planeta e as características dos seus habitantes. Por esses motivos, a exploração e conservação são de grande valia para os estudos da evolução, seja ela biológica ou física.

Adaptabilidade

Todas as espécies que conseguem sobreviver em determinados meios passam pelo ciclo de adaptabilidade.

A lógica da seleção natural reafirma que o ambiente é decisivo na busca pela sobrevivência e reprodução de novos descendentes.