O Fascismo é um sistema político de base nacionalista e antissocialista surgido na Itália sob o governo ditatorial de Benito Mussolini. O sistema propagou-se no século XX em um momento de crise política, social e econômica do governo italiano, mobilizando suas ideologias como solução benéficas.
Na política o fascismo é caracterizado por estabelecer um Estado autoritário e forte, com total controle das áreas sociais e ação de um único partido político.
Na esfera civil, há forte militarização de organizações de milícias compostas pela juventude aderente do regime.
A Itália após a I Guerra Mundial entrou em um profundo descontentamento da sua população. E as propostas das ideologias de Mussolini prometiam resgatar os tempos de esplendor da época do Império Romano.
Características do governo fascista
Benito Mussolini detinha o poder supremo do Estado. Para manter o fascismo propagava e defendia ideias para manter firme os objetivos ideológicos desse regime político. As ideias que caracterizam o governo fascista são:
- Totalitarismo: o fascismo é essencialmente antidemocrático, acredita na figura de um único líder supremo com poder absoluto e na defesa da doutrinação social;
- Nacionalismo: os fascistas exaltava exageradamente a nação e a cultura nacional, e as demais nacionalidades eram consideradas inferiores;
- Violência armada: a legitimidade do uso da violência se justificava na ação direta, por isso criava grupo milicianos armados;
- Antissocialismo: os fascistas eram completamente opositores do socialismo porque defendiam o capitalismo;
- Protecionismo econômico: a ideologia fascista acreditava que a economia nacional devia ter o controle estatal, e a iniciativa privada estaria alinhada aos objetivos nacionais;
- Propaganda fascista: o governo fascista estrategicamente usava os veículos de comunicação para divulgar propagandas que enalteciam o cidadão e reforçava as posições pessoais do ditador como importantes à população;
- Censura: o fascismo totalitário por excelência não permitia nenhum tipo de informação contrária ao seu líder supremo e nem as suas posições políticas;
- Militarismo: o objetivo do fascismo era fortalecer as forças armadas a fim de fortalecer politicamente outras nações, por isso investia na produção de armas e equipamentos de guerras;
- A mulher na sociedade fascista: o governo de Mussolini incentivava o aumento da taxa de natalidade e a saída da mulher no mercado de trabalho. Isso porque, para ele, a mulher era destinada exclusivamente para a maternidade;
- Juventude: a Itália fascista considerava o período da juventude como a melhor faixa etária para desenvolver a moralidade do cidadão atuante;
- Comportamentos desviantes: o fascismo condenava a homossexualidade, a prostituição e a pornografia.
Origem etimológica do fascismo
A palavra fascismo é derivada do latim “fasces”, que no idioma italiano significa feixe. Essa palavra refere-se ao feixe de varas enroladas em um machado, que tornou-se o símbolo do regime fascista.
O símbolo do fascismo remetia-se a ideia de união e a resistência
, uma vez que várias varas juntas tornam-se ainda mais fortes. E foi exatamente esse entendimento de união que Mussolini compartilhou ao fundar o Partido Nacional Fascista.
Além do machado com feixes de varas enroladas, o fascismo possuía outros símbolos. E são eles:
- Camisa negra: essa roupa era o uniforme dos fascistas;
- Saudação: os fascistas saudavam-se com o ante braço direito levantado;
- Lema: Mussolini propaga o lema crer, obedecer e combater em todos os seus discursos.
Líder fascista
Benito Amilcare Andrea Mussolini foi um governante e um dos principais fundadores do movimento fascista na Itália. Mussolini era italiano e nasceu no dia 29 de julho de 1883, na cidade de Dovia di Predapio, província de Forli.
O líder fascista foi o 40º primeiro-ministro da Itália e governou o país do período de 31 de outubro de 1922 a 25 de julho de 1947.
Mussolini exerceu atividades profissionais como professor, jornalista e escritor. Na área da docência formou-se em professor primário em 1901. No jornalismo editou o jornal La Lotta di Classe, foi redator do jornal socialista Avanti, fundou seu próprio jornal chamado Popolo d’Itália. Entretanto, sua vocação mesmo era a revolução armada.
Ele escreveu ainda as principais obras: La forza della Filosofia, La mia vita, Il Trentino veduto da un Socialista, L’amante del Cardinale (trata-se de um romance histórico) e Giovanni Hus (é uma biografia do reformista eclesiástico Jan Hus).
O revolucionário italiano foi influenciado pelas leituras filosóficas de Friedrich Nietzsche, que firmou a crença do uso da violência como elemento de transformação social.
Ele defendia a entrada da Itália na I Guerra Mundial.
Inicialmente, Mussolini em 1919 lançou as bases do que se tornaria o Partido Fascista – os Fasci di Combatimento (Grupo de Combate). Os Fasci di Combatimento foi fundado na cidade de Milão e os objetivos eram extinguir o Senado, instalar uma nova constituinte e o poder das fábricas nas mãos dos operários.
O grupo os Fasci di Combatimento passou a ser chamado oficialmente de Partido Nacional Fascista em 1921. Após vencidas pressões contra o comunismo Mussolini foi eleito para o parlamento italiano no mesmo ano.
Marcha sobre Roma
A Marcha sobre Roma foi uma militância armada liderada por Mussolini, ocorrida em 1922. Um grupo de cinquenta mil milicianos vestidos de camisas negras, consideradas o uniforme do fascismo, marcharam para a capital da Itália – Roma.
O rei da Itália, Vittorio Emanuele III, enfraquecido diante da pressão dos militantes fascistas instruiu a Mussolini a formar um novo governo ministerial. A monarquia parlamentarista italiana apenas manteve as aparências, pois o poder estava nas mãos do líder e ditador fascista que pregava a educação voltada à obediência sem questionamentos. Por isso, seu lema era crer, obedecer e combater.
Os fascista tornaram-se a composição de maioria no parlamento mediante eleições com fraudes realizadas em 1924. O opositor socialista Giacomo Matteotti foi executado por ter denunciado os fraudulentos.