Os fungos são micro-organismos eucariotas e microscópicos. Eles podem ser vistos a olho nu quando frutificam, nos formatos de cogumelos ou bolores.
Eles compõem o chamado reino fungi, uma classificação separada dos animais, plantas e bactérias.
Uma das grandes características que diferencia os fungos dos outros organismos são as suas paredes celulares. Enquanto nas células vegetais as paredes celulares são formadas por celulose, nesses micro-organismos elas são compostas por quitina e glucanos.
Possuem uma área de estudo individual dentro da biologia. A Micologia estuda seus efeitos benéficos e maléficos, além de sua taxonomia, morfologia, bioquímica, fisiologia e sistemática.
Essa matéria divide-os em três categorias: os parasitas, os decompositores e os saprófitos.
Ao lado das bactérias, os fungos são importantes decompositores. Eles contribuem para o funcionamento de cada ecossistema que fazem parte. Acredita-se que exista cerca de 1,5 milhões de espécies ao redor do mundo.
Os mais conhecidos são popularmente chamados de bolores, fermentos, mofos, levedos e outros nomes. Porém, os fungos são mais conhecidos em forma de cogumelo. Alguns tipos são comestíveis, outros, porém, são tóxicos e podem, em alguns casos, levar até a morte.
Características dos fungos
Os fungos possuem o seu próprio reino, mas antes dessa separação, acreditava-se que ele integrava o reino plantae, que agrupa as plantas da natureza. Entretanto, percebeu-se que eles possuíam algumas características únicas, apesar de compartilhar algumas com esses organismos.
Uma das principais características dos fungos é que só eles possuem parede celular formada por quitina e glicanos. Esse é o único organismo que tem a combinação dessas duas moléculas nas estruturas das paredes de suas células.
Apesar dessa principal individualidade dos fungos, eles compartilham algumas características com os outros seres. Por exemplo, eles possuem parede celular, como as plantas. Ainda como esses organismos, podem se reproduzir de forma sexuada ou assexuada.
Já com os animais, os fungos compartilham a característica de carecer de cloroplastos, uma organela presente nas células. Ainda como esse reino, eles são heterotróficos, ou seja, não são capazes de produzir os seus próprios alimentos.
Outra característica compartilhada entre eles e outros organismos é a bioluminescência. Mais de 60 espécies desses micro-organismos podem apresentar a bioluminescência, assim como algumas plantas e animais.
Habitat e diversidade de fungos
Existem cerca de cem mil espécies de fungos catalogadas, porém acredita-se que existam cerca de um milhão e meio de espécies no mundo. Eles são descritos de acordo com diferentes formas de técnicas e métodos, que podem levar em conta características como tamanho, formas, estruturas e outras formalidades.
Podem ser levadas ainda em considerações características fisiológicas e bioquímicas desses micro-organismos. As capacidades de reprodução e acasalamento também podem ser usadas na categorização biológica desse organismo. Várias formas de estudo têm sido utilizadas para entender melhor o reino fungi.
Eles podem ser encontrados em todo o mundo, e os habitats desse organismo podem variar de acordo com as espécies. Existem variedades que vivem em regiões extremas, como o deserto, ou outros que vivem na região de mar profundo, ou zona abissal.
Podem ainda habitar regiões com radiações ionizantes, por exemplo, outros sobrevivem a radiações ultravioletas e até cósmicas. Alguns vivem parcialmente em ambientes terrestres e parcialmente em ambientes aquáticos.
Cogumelos
Recebe o nome de “cogumelos” as frutificações dos fungos. A palavra fungo, inclusive, deriva do latim “fungus”, que quer dizer “cogumelo”. Já o termo "fungus" é derivado do termo grego para "esponja".
Eles podem ser das famílias Basidiomycota, Ascomycota e Zygomycota.
Os cogumelos são, em sua maioria, decompositores, pois se formam, em decomposições de troncos e árvores. A reprodução dos cogumelos pode acontecer nas formas sexuada e assexuada. As características de cada uma dessas formas podem variar entre as espécies de cogumelos de cada família.
Várias espécies de cogumelos são comestíveis.
Elas são cultivadas e comercializadas com os cuidados devidos para cada tipo. Porém, várias outras são tóxicas, como é o caso da amanita muscaria, que tem efeitos alucinógeno e psicoativo.
Há ainda outras espécies que têm funções medicinais. O primeiro antibiótico descoberto, a penicilina, é produzida a base de penicillium, uma espécie de fungo. Existem hoje outros medicamentos à base de fungos, como é o caso da ciclosporina e da ergotamina.
Algumas espécies de cogumelos são utilizadas em rituais e cultos religiosos ao redor do mundo. Essas espécies são usadas por possuir finalidade alucinógenas. Essa prática pode ser vista em países como México e Sibéria.
Simbiose
A simbiose é um processo no qual dois organismos provenientes de espécies diferentes se associam. Essa junção pode ser benéfica ou não para ambos os organismos. Os fungos podem fazer esse tipo de associação com diversos tipos de seres, mas um dos mais bem-sucedidos é a junção com as plantas.
Estima-se que a chamada simbiose micorrízica aconteça a cerca de 400 milhões de anos. Ela ocorre em cerca de 90% das plantas, e é importante para o crescimento e resistência de muitas espécies. Se torna importante também para a sobrevivência de muitas espécies de fungos.
A simbiose micorrízica tem entre suas funções o aumento na absorção de nitrato, fosfato e outros compostos inorgânicos pelas plantas. Isso acontece principalmente porque alguns desses compostos têm baixa concentrações no solo, e a junção com o fungo aumenta a absorção das plantas.
Além disso, existem tipos de fungos que vivem dentro de raízes, folhas ou caules de plantas. Esse tipo de associação é um exemplo da simbiose que tem ótimos resultados, uma vez que os dois participantes aproveitam da parceria para aumentar a sua sobrevivência.