A guerra de Troia foi uma sangrenta batalha entre gregos e troianos no contexto histórico da Grécia Antiga, especificamente em 1.300 a. C.
Essa guerra teve duração de dez anos e foi motivada por um caso de traição entre a realeza desses dois povos.
A sociedade grega dos anos 700 a.C. a 500 a. C, embora fosse um locus de efervescência cultural,nutria diversidades culturais entre as polis, como entre Esparta e Atenas.
Esparta era uma cidade-estado grega localizada nas proximidades do rio Eurotas, na região sudeste do Peloponeso. O seu povo era fortemente dedicado aos treinamentos militares e as guerras.
Foi justamente pela esposa do maior mandatário do reino espartano que um príncipe troiano se apaixonou. Esse fato motivou a concretude da guerra.
Antes do conflito, a cidade de Troia ficava situada na colina de Hissarlik, onde hoje é a Turquia, entre o mar Negro e o Mediterrâneo. A localidade estava próxima de rotas comercias que possibilitava uma econômica dinâmica, e por isso tinha muitas muralhas como sistema estratégico de defesa militar.
A narrativa sobre a guerra de Troia é relatada no primeiro gênero literário do Ocidente, o épico, escrito pelo poeta grego da antiguidade Homero nas famosas obras poéticas das epopeias Ilíaada e Odisseia. Para além dessas narrativas, vestígios da guerra foram encontrados em 1871.
Estudiosos da área da Arqueologia, entre eles o alemão Heinrich Schliemann, encontraram e analisam elementos no território turco que evidenciaram uma cidade histórica que foi destruída aproximadamente no ano de 1250 a. C.
Entretanto, depois das análises, os estudiosos não entraram em consenso acerca da veracidade. Diante disso, a guerra de Troia é um acontecimento que versa entre a mitologia grega e a possibilidade real da sua existência com base nos vestígios arqueológicos encontrados.
As epopeias “Ilíada” e “Odisseia”, por exemplo, embora tenham seus valores históricos, descrevem modelos de heróis - guerreiros com armaduras reluzentes, capacetes de bronzes decorados com crinas de cavalos - que lutavam bravamente pelo amor de uma linda mulher.
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Guerra de Tróia: a paixão e o conflito
Havia relações diplomáticas entre os reinos de antigas civilizações. Esse costume não era diferente entre os reinos de Troia e Esparta.
O rei de Esparta, Menelau, organizou um evento diplomático e convidou os nobres de vários reinos. O príncipe troiano Páris Alexandre foi o representante do reino. Lá, ele conheceu Helena, filha do deus Zeus, a mulher com uma indescritível beleza, e foi paixão à primeira vista.
A linda Helena era a esposa de Menelau e, ainda assim, mesmo sabendo dos riscos, Páris Alexandre desencadeou uma relação extraconjugal com a moça.
Para viver sua grande paixão, o príncipe troiano decide raptar Helena
. Quando todos dão por falta da rainha, inclusive Menelau, e descobrem a fuga dos amantes o rei furiosamente declara o conflito à Troia.
Predição da deusa
Entre as narrativas mitológicas já havia a predição da deusa Afrodite a respeito dessa forte paixão entre Páris Alexandre e Helena.
Entre uma disputa entre a deusa Afrodite, a deusa Hera e deusa Atena para ser a mais bonita, Páris Alexandre escolheu justamente Afrodite.
Sabedora dos encantos amorosos, a deusa presenteou o príncipe troiano com a paixão de uma mulher - Helena, cuja beleza era indescritível em todo mundo.
Guerra de Tróia: estratégia, persistência e sangue
O rei Menelau solicitou a seu irmão Agamenon, rei de Micenas, para elaborar uma estratégia de guerra contra o reino troiano. Depois de aceitado o desafio, Agamenon liderou o investimento bélico que contou com mil navios
de guerras que atravessaram o mar Egeu e atracaram em uma praia próxima a Troia.
E como um bom técnico de futebol em jogos de Copa do mundo, o líder militar selecionou ótimos soldados. Entre eles estavam os famosos guerreiros Aquiles, Ajax, o pequeno Ajax, Diomedes e Idomeneu. Aquiles, filho da ninfa Tétis e do rei Peleu, era o principal da narrativa épica e do exército grego.
A cidade troiana ficou totalmente cercada pelo exército grego, mas as grandes muralhas da cidade dificultaram a entrada em massa dos soldados.
Os longos dez anos de conflitos nada fizeram os gregos recuarem. Permaneceram na persistência de que um dia iria dá cabo de seus inimigos. Como em toda guerra, as lutas entre espartanos e gregos no campo de batalha durante todo esse tempo levou à morte de muitos guerreiros.
Entre os mortos estavam Heitor e Aquiles. Este foi atingido com uma flechada na parte de seu corpo que não foi banhado pelas águas do rio Estige – o calcanhar.
A guerra de Troia teve fim graças ao “presente de grego” do guerreiro Odisseu (Ulisses) aos troianos.
A guerra de Troia e o “presente de grego”
O guerreiro Odisseu (Ulisses) teve a brilhante ideia que pós fim à guerra e rendeu a vitória aos gregos. Ele articulou com o comando militar e todo o exército para simular junto ao rei de Troia, Príamo, a recuada da guerra. Para celebrar a paz entre os reinos daria ao monarca um presente – o “cavalo de troia”.
Príamo acreditou “direitinho” na farsa dos gregos e viu alguns navios e soldados regressarem para Esparta. O “cavalo de troia” tratava-se de um imenso cavalo construído de madeira, internamente oco e com portas laterais bem disfarçadas.
Então, o rei Príamo autorizou a abertura dos grandes portões do seu reino para a entrada do presente e se deu como vencido da guerra. Ainda no mesmo dia, os soldados e todo o povo troiano entraram noite a dentro comemorando.
No decorrer da noite os soldados escondidos dentro do “cavalo de troia” saíram, abriram os portões do reino e mataram muitos soldados troianos ainda dormindo.
O rei Príamo ainda não contava que muitos outros soldados gregos estavam escondidos próximos dos portões do reino. Ao entrarem, juntamente com os demais, levaram a cidade de Troia a destruição.