Resumo de Educação Artística - História da Fotografia

Das primeiras experiências à era digital

A história da fotografia começa na Antiguidade, mas somente em 1826 o primeiro registro foi feito. A façanha foi realizada pelo francês Joseph Niépce, e na mesma época, Hercule Florence, assim como seu conterrâneo, desenvolvia um método fotográfico aqui no Brasil. Ao longo das eras muitos pesquisadores, químicos e físicos contribuíram para que a técnica evoluísse e fosse difundida ao redor do mundo. Hoje, a fotografia é considerada como um meio de comunicação e também uma forma de arte revolucionária. 

Evolução da fotografia

A fotografia é uma técnica que utiliza a luminosidade como base para a reprodução de imagens. Sendo assim, a luz é um elemento extremamente importante para a composição fotográfica. Foi na Antiguidade que os primeiros estudiosos observaram que ela fornecia possibilidades de representação de imagens. 
Ao observar a incidência de luz sobre pequenas superfícies, eles conseguiram verificar que várias imagens eram reproduzidas, sendo projetadas nas cavernas, paredes, cabanas e tendas. A partir desse primeiro momento de observação que novas invenções foram elaboradas. A “câmera obscura” é um exemplo. O mecanismo foi um precursor das câmeras fotográficas. No objeto, as imagens eram reproduzidas de forma invertida. Essa criação é atribuída a Aristóteles, que desenvolveu o equipamento na Grécia Antiga.
Avançando um pouco, no período renascentista, no século XVII, esses dispositivos de projeção foram utilizados com objetivos diferentes. As câmaras, que ficaram conhecidas como “lanternas mágicas”, serviam como suporte para que os pintores fizessem seus quadros e para outras formas de entretenimento.

O primeiro registro fotográfico

A primeira fotografia impressa só foi realizada no século XIX, no ano de 1826. O feito foi um marco muito importante para a história da fotografia. Depois de inúmeras tentativas, o francês Joseph Niépce conseguiu gravar em uma placa de estanho a imagem do quintal de sua casa, em Borgonha, na França. 
Niépce utilizou um material químico derivado do petróleo, chamado de Betume da Judeia, um elemento que endurece quando entra em contato com a luminosidade. Embora tenha alcançado seu objetivo, que era o de fazer um registro, levou 8 horas para que a imagem fosse fixada na chapa. Além disso, a qualidade da foto ainda estava muito distante do que temos hoje. 


Ao passo que Niépce realizava suas experiências em casa, outro francês, de nome Louis Daguerre também já trabalhava em busca de aperfeiçoamentos. Eles dois trabalharam juntos, até que, em 1833 Niépce faleceu e Daguerre seguiu a pesquisa sozinho.


A primeira coisa que Louis fez foi substituir o betume por prata polida e vapor de iodo, esses materiais criaram uma película de iodeto de prata que era muito mais sensível à luz, não só melhorando a qualidade da imagem mas também diminuindo seu tempo de fixação, que caiu para poucos minutos. 

A invenção de Daguerre recebeu o nome de Daguerreótipo, em sua homenagem. Em 1839 seu projeto foi apresento à Academia de Ciências de Paris, tornando-se acessível ao público. O único problema é que a invenção de Daguerre só possibilitava uma cópia de cada imagem. 

A primeira fotografia com pessoas


Outro momento marcante para a história da fotografia foi quando o primeiro registro com pessoas foi realizado. A foto aconteceu em 1838, e foi feita por Daguerre, na cidade de Paris. Na época, o tempo de exposição necessário para que a fotografia fosse feita era de até 30 minutos, por isso é muito comum que nas imagens realizadas nesse tempo só apareçam as fotos das paisagens das cidades. Como as pessoas se moviam muito não dava tempo para que elas fossem fixadas na câmera. 


Mas em um momento peculiar, um engraxate que estava trabalhando ficou parado pelo tempo exigido para o registro e assim, tanto a sua imagem quanto a do seu cliente foram impressas. 


O calótipo de Talbot


Quem também contribuiu para a história da fotografia foi o inglês Fox Talbot. Em 1840 ele anunciou que conseguiu criar mecanismo que possibilitava a reprodução das imagens por mais vezes, o calótipo, um negativo em papel. O processo utilizado no calótipo ou talbótibo era muito parecido com a revelação da fotografia comum, onde as imagens eram produzidas em um negativo e depois eram positivadas.


O grande problema da invenção de Talbot era que para utilizá-lo era necessário pagar pelos direitos de uso, o que tornou seu processo muito caro. Por isso, o calótipo não circulou em outros países, limitando-se somente à Inglaterra.


A Kodak e a popularização da fotografia


A fotografia continuou evoluindo, um dos responsáveis para o seu desenvolvimento foi o inglês Frederick Scott Archer, que em 1851, criou uma chapa úmida de vidro que produzia imagens com boa qualidade, ao aparelho ele deu o nome de coloide


20 anos mais tarde, em 1871, outro inglês de nome Richard Leach Maddox tornou o processo ainda mais otimizado com a sua placa seca. Maddox criou uma gelatina de brometo de prata que era bem mais sensível que a de Archer e que ainda permitia que a imagem fosse revelada mais tarde.

Mas, a grande responsável por revolucionar o universo fotográfico e deixar seu nome marcado na história da fotografia foi a Kodak. A empresa norte-americana criada por George Eastman se inseriu no mercado fotográfico, trabalhando com a venda de câmeras e filmes em rolos a preços muito acessíveis. A Kodak vendia câmeras pequenas que podiam ser carregadas facilmente e ainda liberava os clientes do processo de revelação. Com seu slogan “você aperta um botão e nós fazemos o resto”, a empresa tornou a fotografia extremamente popular.

Cores na fotografia

A cor na fotografia surgiu no ano de 1861, através de uma técnica criada pelos escoceses James Clerk Maxwell e Thomas Sutton, mas ela ainda apresentava muitos problemas.  A revolução veio através dos irmãos Lumière. Ausguste e Louis Lumière também ficaram mundialmente conhecido por terem inventado o cinema no século XIX, mas no ano de 1908 eles já tinham apresentado uma criação que mudaria a história da fotografia. 
Os irmãos Lumière introduziram o Autochrome, o mecanismo consistia em utilizar três chapas sobrepostas onde filtros isolavam somente uma cor primária em cada chapa. Daí, a combinação da parte sobreposta dava origem às imagens coloridas. 

História da fotografia no Brasil

Todo o processo de evolução da fotografia foi acompanhado aqui no Brasil. O daguerreótipo chegou ao Rio de Janeiro em 1839, mas é importante lembrar que Hercule Florence, francês radicado no Brasil já trabalhava com fotografias. Embora ele não tenha ganhado tanto destaque quando se discute a história da fotografia é importante lembrar que ele também desenvolveu um método fotossensível utilizando uma câmera obscura. 
O que pode ter atrapalhado seu trabalho foi o fato de que ele não tinha muito contato com outros pesquisadores que estavam na Europa, como Niépce e Daguerra. Ainda assim, foi Florence o primeiro a denominar sua experiência de fotografia. Quem também teve um papel fundamental para a difusão da fotografia no Brasil foi Dom Pedro II. Em sua juventude, ele se tornou um admirador dessa expressão artística e passou a colecionar vários exemplares, servindo também de modelo fotográfico. 

Foto digital

A chegada da digitalização também merece destaque na história da fotografia. No ano de 1975, Steven Sasson criava o primeiro protótipo da câmera digital, mas sua invenção não foi aceita. Somente anos depois, em meados da década de 80, a primeira câmera com sensor eletrônico foi comercializada. 
Novamente, quem se responsabilizou pelo processo de modernização e ampliação foi a Kodak, que inventou uma máquina com capacidade de registrar pontos de luz ou pixels, e transformá-los em imagens.

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