Origem e evolução da Indústria Cinematográfica
Quem não gosta de ouvir uma boa história? Bem, neste artigo, vamos contar uma história bem interessante: A história do cinema. Existem muitos amantes da sétima arte ao redor do mundo. São pessoas que, desde o primeiro filme que assistiram, ficaram encantadas.
Fãs das sagas de O Senhor dos Anéis, Star Wars, Harry Potter, de clássicos como O Poderoso Chefão, Clube da Luta, Matrix, Cidade de Deus e tantos outros, que podem ficar horas em frente a uma tela, observando a história sendo contada.
Hoje em dia, com os serviços de , o acesso aos filmes está bem mais fácil. De casa mesmo as pessoas podem ter uma experiência cinematográfica. O que muita gente não sabe é que para se chegar a esse ponto, foram necessários muitos experimentos e é claro, o esforço de muita gente.
Desde a Antiguidade, o ser humano tem se esforçado para reproduzir e registrar os acontecimentos, pensando em guardá-los para as gerações futuras. Começando da arte rupestre até a possibilidade da captação de imagens, foi necessário o desenvolvimento de muitas tecnologias e o esforço individual e coletivo de vários inventores. Até que um belo dia, aconteceu o primeiro registro de imagens em movimento. Foi aí que teve início a história do cinema.
Pré-cinema
Se engana quem pensa que a história do cinema começou de uma hora para outra, ao longo dos séculos foram desenvolvidos várias invenções e tecnologias para pôr o que era apenas uma ideia em prática.
Os primeiros estudos eram dedicados a entender a fisiologia do olho humano e como eles captavam a luz, sombra, reflexão. O processo começou ainda em 5.000 a.C. na China, com o “Teatro de Sombras”. Na prática, as sombras de figuras humanas, animais, objetos eram projetados em telas ou nas paredes, enquanto um narrador contava as histórias.
Mas pode-se dizer que a primeira “tecnologia cinematográfica” foi desenvolvida por Giambattista Della Porta, durante o século XVI. Seu aparato, denominado de “Câmara Escura” consistia em uma caixa fechada que tinha um pequeno orifício para a passagem de luz. A invenção, fazia com que a imagem de objetos exteriores fossem projetadas no interior da caixa.
A evolução veio no século seguinte cm o alemão Athanasius Kirchener. Baseado no trabalho de Della Porta, ele criou a “Lanterna Mágica”. Seu aparelho era formado por uma caixa cilíndrica iluminada por dentro com uma vela. No interior do aparato, imagens desenhadas em uma lâmina de vidro eram projetadas.
A lanterna mágica foi o primeiro aparelho utilizado para projeções coletivas, por isso se tornou muito popular nas feiras e centros das cidades. As pessoas se reuniam e podiam ouvir o narrador enquanto acompanhavam a projeção das imagens.
No século XIX, muitos pesquisadores se ocuparam de entender como funcionava a persistência retiniana, para manter a imagem por uma fração de segundo na retina e dar a impressão de movimento. Joseph-Antoine Plateau chegou bem perto.
Em 1832, ele criou o Fenacistoscópio, um aparelho que mostrava múltiplas imagens de um objeto em posições diferentes. No final, essas imagens formavam um movimento. As tecnologias de captação de projeção de imagens continuaram avançando, até chegar às invenções mais promissoras.
A História do Cinema: o cinetoscópio e a invenção dos irmãos Lumière
Boa parte dos pesquisadores afirmam que o cinetoscópio foi o marco inicial para a história do cinema. Considerado o predecessor do projetor de cinema, a invenção de Thomas Edison foi criada em 1890.
O cinetoscópio era similar a um armário e possuía uma janela por onde os espectadores podiam assistir a ilusão de uma imagem em movimento. O processo era feito através de um filme perfurado e uma película de celuloide que conseguia fixar as imagens e projetá-las na lente do cinetoscópio. Com o aparelho, as pessoas podiam assistir filmes de até 15 minutos.
O aparelho foi se tornando cada vez mais popular, foi então que os cinetoscópios começaram a ser instalados em todos os lugares, fliperamas, parques e hotéis. Até que os salões de cinetoscópios começaram a ser abertos em todas as regiões do país.
Não demorou muito para que a invenção do norte-americano chegasse à Europa. E não foi só isso, outros inventores apareciam com variações do aparelho de Edison, uma delas ganhou destaque na história do cinema, a invenção dos irmãos Auguste e Louis Lumière.
Os irmãos Lumière já eram conhecidos pelo seu trabalho com a fotografia, mas em 1895 ficaram ainda mais famosos com a criação do Cinematógrafo. O aparelho era um aperfeiçoamento do Cinetoscópio, era movido à manivela e utilizava negativos perfurados, era leve e possibilitava filmagens externas.
As primeiras exibições aconteciam para pequenas plateias. Os filmes geralmente representavam cenas cotidianas, como por exemplo, em “La Sortie de l’unsine Lumière à Lyon” (A saída da Fábrica Lumière em Lyon) que aconteceu no dia 22 de março de 1895 e mostrava a saída dos trabalhadores da fábrica.
A popularização do Cinema
O cinema da época era muito diferente do que temos hoje. No lugar das grandes cenas de ação, monstros, galáxias e roteiros bem elaborados, naquele período eram exibidas cenas do cotidiano. Não havia muita edição, o que acabava deixando o público entediado.
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Somente em 1903, um cineasta inovador chamado Edwin S. Porter conseguiu romper com o modo de produção cinematográfica. Com o filme "The Great Train Robbery" que tinha apenas 12 minutos, Porter utilizou edições e tomadas diferentes para estabelecer um novo padrão no cinema. O filme foi um sucesso de bilheteria e deu início a fase de abertura dos primeiros cinemas permanentes.
Esses espaços ficaram conhecidos como nickelodeons (nickel = moeda de 0,5 e odeion era a palavra grega para teatro coberto), porque sua taxa de entrada custava 5 centavos. Com o ingresso a preço popular, o cinema passou a ser um dos meio de entretenimento de massa.
Com filmes mais longos e histórias bem elaboradas, o cinema se popularizou. Com o aumento da demanda, os produtores logo perceberam a necessidade de manter os filmes em cartazes durante todo o ano. Para isso, seria necessário investir em estúdios que possibilitassem realizar gravações durante todo o ano. Se iniciava uma nova fase na história do cinema: a era dos estúdios de Hollywood.
Antes disso, os produtores tentaram gravar em outras cidades, mas havia muitos empecilhos, principalmente as mudanças de tempo. Somente em uma cidade no subúrbio de Los Angeles, as gravações deram certo. Chamada de Hollywood, a cidade era ideal, tinha variedade de cenários, como florestas, lagos, costas, montanhas, desertos, clima favorável durante todo o ano e terrenos baratos.
Não demorou muito para que a maior parte da produção cinematográfica dos Estados Unidos se mudasse para lá e até hoje, Hollywood é a grande referência da indústria cinematográfica.