O holocausto foi uma ação de genocídio em massa, que matou milhares de judeus queimados ao longo da Segunda Guerra Mundial na Alemanha. As mortes aconteceram em campos de extermínio montados pelos alemães na Polônia.
Resultado do Antissemitismo (movimento de ódio aos judeus), que existia na Europa desde o início do século XX, o holocausto foi parte da ação de um plano muito maior pretendido por Adolf Hitler, principal líder do partido nazista.
A ideia de acabar com a população judaica surgiu enquanto Hitler escrevia o livro “Minha Luta”, considerada a bíblia do Nazismo, ainda na prisão.
Após conquistar o poder, seu plano era montar um vasto território imperial chamado de “espaço vital”, com a finalidade de manter grupos não arianos, sobretudo, o de judeus submetidos a raça ariana (branca) germânica.
Contexto histórico
Antes da ascensão de Hitler ao poder, os judeus viviam em perfeita harmonia com os alemães. Eles participaram ativamente de acontecimentos importantes no país, com destaque para a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), sendo, inclusive, o grupo com mais envolvidos no conflito.
No entanto, com o fim da guerra, essa convivência pacífica começou a desaparecer com o surgimento de grupos radicais ultranacionalistas.
Esses grupos acusavam os judeus de falso patriotismo e de uma suposta conspiração, que teria resultado na derrota do país durante alguns conflitos.
Embora não houvesse nenhum grupo étnico com mais participação do que os judeus durante a guerra, os grupos radicais, nos quais participavam muitos ex-combatentes da classe média, insistiam nessa falsa alegação, contribuindo para o aumento do antissemitismo que sempre existiu na Europa.
Como líder de um desses movimentos, Hitler soube direcionar toda a raiva e frustração do povo alemão para os comunistas e judeus, que na sua visão deturpada tinham se organizado para derrubar e destruir a Alemanha.
Dessa forma, iniciou-se uma perseguição oficial contra a população judaica, patrocinada pelo governo alemão, e início do que seria o holocausto
. Em apenas dois meses de poder no cargo de chanceler (abaixo apenas do presidente), todo o ódio demostrado por Hitler em seus discursos resultou em ações práticas.
Com a morte do presidente alemão Von Hinderburg, o próprio Hitler se auto proclamou “Führer”, que quer dizer “líder” em alemão. Assim, ele assumiu o poder e instaurou o chamado Terceiro Reich (“Terceiro Reino”).
Entre as drásticas medidas adotadas por ele estava a Lei da Restauração do Serviço Civil Profissional, imposta em abril de 1933. Com ela, todos os cidadãos e trabalhadores não arianos foram expulsos do serviço público alemão, como médicos, advogados, comerciário, dentre outros.
Associada a essa lei foram aprovadas também as Leis de Nuremberg, uma combinação de três leis, que, juntas, contribuíram para a propagação de ideologias racistas e nazistas pelo país. Uma delas, inclusive, previa a desconsideração de qualquer parente de um judeu como cidadão alemão.
Início do holocausto
Após a invasão e a conquista da Polônia, os alemães descobriram que havia uma grande comunidade judaica no país, com cerca de 3,5 milhões de pessoas, o que correspondia a 10% de toda a população polonesa.
Diante disso, eles implementaram as mesmas políticas de ódio, segregação e perseguição através da criação dos chamados "guetos", que eram grandes áreas cercadas, cujo objetivo era manter todos os judeus reunidos em um só local, facilitando o controle das grandes massas.
Muitos guetos foram construídos no interior do país, com destaque para os das cidades de Varsóvia, com mais 350.000 judeus, e de Lodz, com mais 160.000. As moradias dentro desses espaços não ofereciam as mínimas condições de sobrevivência.
Os prédios, em situação de desgaste, eram superlotados, sem aquecedores, infraestrutura e higiene. Assim, a população judia (jovens, crianças e idosos) foi falecendo gradualmente. Algumas pessoas morreram de doenças, outras de frio.
Quando a Alemanha passou a dominar outros países do leste europeu, o mesmo cenário se repetia. O objetivo de Hitler e todos os seguidores do Nazismo era exterminar a raça judaica e enaltecer a ariana, considerada por eles a mais pura e digna de toda Europa.
Com isso, mais guetos foram sendo construídos, além de campos de concentração de trabalhos forçados e extermínio. Contudo, a população judaica era muito grande e os alemães já não sabiam mais o que fazer.
A partir desse momento Reinhard Heydrich, oficial alemão, teve a ideia do que seria um ensaio do holocausto. A chamada “solução final” foi apresentada por ele durante uma conferência nazista
, que ocorreu em janeiro de 1942. Ela previa a morte de todos os judeus em campos de concentração.
Einsatzgruppen
Na época da solução final proposta por Heydrich já decorria ao longo de toda a Europa oriental “ações de limpeza”, na qual os grupos de extermínio nazistas, conhecidos como Einsatzgruppen, encarregavam-se da execução da população judaica dentro da Alemanha e também em outros países do Leste europeu.
Essas atitudes já pronunciavam o começo do holocausto. Estima-se que entre 1941 e 1945 cerca de 2 milhões de pessoas morreram com as ações desses grupos, sendo a maior parte compreendida por judeus.
Campos de extermínio
Para dar início ao holocausto propriamente dito foram construídos diversos campos de concentração. Oficiais e apoiadores nazistas foram responsáveis por transportar toda a população judia até esses locais por meio de vagões de trem abarrotados de pessoas.
O maior campo de extermínio construído pelo holocausto foi o da cidade de Auschwitz, Polônia. Haviam campos femininos e masculinos. Quando as pessoas chegavam ao local, a primeira medida das SS, forças militares nazistas responsáveis por essa missão, era acabar com a dignidade do povo judeu.
Dessa forma, os judeus tinham as suas cabeças raspadas, eram despidos, uniformizados e ainda marcados com um número de identificação prisional. Tal número retirava a individualidade contida no nome próprio de registro e batismo, reduzindo-a a simples números, isto é, a um estado completamente desumano.
Não só os judeus ocupavam os campos de extermínio do holocausto. Além deles, comunistas, poloneses, ciganos, deficientes físicos e povos de outras etnias
eram obrigadas a executar no campo trabalhos forçados até o exaurimento.
Após isso, as pessoas eram cruelmente “descartadas” e encaminhadas às câmaras de gás venenoso, nas quais se vaporizava o inseticida Zyklon-B. Depois, os corpos eram cremados em fornos construídos com a mesma finalidade: sumir com todos os indivíduos.