Resumo de História - Idade dos Metais

A Idade dos Metais (3.000 a.C – 1.000 a.C) foi marcada pelo desenvolvimento da metalurgia e a expansão das técnicas de fundição. Esse período da Pré-História é divido em três partes: Idade do Cobre, Idade do Bronze e Idade do Ferro.

  • Pré-História (2.5 milhões – 3.500 a.C)
    • Idade da Pedra
      • Paleolítico (2.5 milhões – 10.000 a.C.)
      • Mesolítico (13.000 – 9.000 a.C.)
      • Neolítico (5.000 – 3.000 a.C.)
    • Idade dos Metais
      • Idade do Cobre (3.300 – 1.200 a.C)
      • Idade do Bronze (3.300 – 700 a.C)
      • Idade do Ferro (1.200 a.C. – 1.000)
  • História Antiga (4000 a.C. – 476)
  • Idade Média (476 – século XV)
  • História Moderna (1453 – 1789)
  • História Contemporânea (1789 – atual)

Durante a Idade dos Metais, o homem pré-histórico fez muito avanços na produção de ferramentas e armas que lhe condicionaram uma melhor qualidade de vida. Foi nessa fase também que o crescimento populacional aumentou em algumas regiões do planeta.

Determinadas comunidades que surgiram nesse período sentiram necessidade de expansão, o que consequentemente causou conflitos por terras e formação de civilizações grandiosas. Além do domínio das técnicas de fundição, o homem criou ferramentas para aperfeiçoar a prática agrícola.

Idade do Cobre

Durante a Idade do Cobre ou Calcolítico, o planeta já era habitado pelo Homo Sapiens Sapiens, caracterizado principalmente pela grande inteligência se comparado aos seus primórdios. Ele desenvolveu técnicas para derreter e moldar o cobre.

No Neolítico, período anterior ao Calcolítico, os animais começaram a ser usados para tração e transporte, além de alimentação. Com isso, desencadou-se a criação de tecnologias como o arado, a roda e a metalurgia.

O processo de fundição

Depósitos de cobre podiam ser facilmente encontrados na época da Idade dos Metais, principalmente pela cor verde do metal. O método de fundição perpassou por vários povos, mas acredita-se que os egípcios e árabes foram os primeiros a utilizarem.

Na Anatólia (atual Turquia), o material extraído das jazidas metalíferas (que não era puro) era colocado em buracos no solo revestidos por pedra, que funcionavam como grandes recipientes, e então aquecidos em altas temperaturas.   

O cobre derretido em temperaturas acima de 650º C, ainda sob o calor da fogueira, era colocado em moldes talhados na própria rocha de onde foi retirado. O acabamento podia ser realizado por meio da fricção de pedras.

Já os egípcios sopravam em foles para a fornalha atingir altas temperaturas. O cobre era triturado e misturado, por exemplo, com malaquita. Com o calor, as impurezas eram liberadas em forma de monóxido e dióxido de carbono, e gerava um cobre relativamente puro. 

Ao atingir 1000º C, o cobre já em estado líquido era depositando na parte inferior do forno. Existia um orifício no fundo dele que permitia que metal escorresse para o exterior e então recolhido em moldes.

Mais tarde, o cobre foi misturado com outros elementos. Por exemplo, o latão é uma liga gerada com a mistura do cobre e zinco e foi bastante utilizada na Roma Antiga para confecção de moedas.

A primeira fase da Idade dos Metais teve três características principais:

  • Confecção de utensílios domésticos e armas de caça e pesca;
  • Avanço da produção agrícola;
  • Surgimento de trabalhos especializados nas comunidades. 

Idade do Bronze

Um metal mais resiste que o cobre passou a utilizado naquela época. A liga de cobre com arsênio ou de cobre com estanho gerou o bronze, que passou a ser utilizado como matéria-prima na produção capacetes, machados, lanças martelos, facas, entre outros objetos.

O processo de fundição do bronze era igual ao do cobre, porém as técnicas empregadas já eram mais avançadas. Os homens perceberam que a fundição de dois materiais gerava um novo, com qualidade superior e o molde já era tinha a forma final desejada.

A indústria metalúrgica se desenvolveu ao longo dos séculos, o que marcou a Idade dos Metais. Os metalúrgicos da civilização mesopotâmica e império Hitita atuaram como exploradores e comerciantes, que ofereciam seus produtos em troca de matérias-primas.

O advento do bronze se desenvolveu de maneira gradual no mundo. A China pulou a Idade do Cobre e foi direto da Idade do Bronze, com o desenvolvimento de técnicas originais, o que permitiu a confecção de raras e belíssimas peças como as caldeiras trípodes.

As três principais características da Idade do Bronze foram:

  • Substituição de alguns instrumentos de pedra e cobre por de bronze, aumentando a qualidade e a durabilidade;
  • Estreitamento das relações comerciais para venda de artefatos em troca de matéria-prima;
  • Uso do bronze para a criação de objetos artísticos e de adorno.

Idade do Ferro

O ferro já era conhecido pelos povos antigos e considerado como valioso, porém eles só conheciam o “ferro meteórico”, originado de meteoritos. Somente em 1.200 a.C o ferro começou a ser dominado pelo homem nas regiões na Europa e Oriente Médio.

No início desse período da Idade dos Metais, não existiam tecnologias para trabalhar os minerais ferrosos. Contudo, objetos de ferro artificial (um alfinete e uma lâmina) datados no terceiro milênio a.C, foram encontrados ruínas da Anatólia.

De acordo com textos antigos, com escrita cuneiforme, os hititas foram os primeiros a controlarem o ferro e até monopolizá-lo. Esse povo enviava artefatos de ferro para os egípcios, sírios, assírios e fenícios com finalidades diplomáticas.

O processo de fabricação do ferro era diferentes dos metais anteriores. O material triturado, juntamente com o carvão, era colocado em uma forja, contudo não alcançavam o ponto de fusão ferro (1530 º C) e o material obtido era cheio de impurezas.

Então o ferreiro trabalhava novamente em cima desse ferro, mas em um segundo forno. Após um longo e repetitivo processo de aquecimento e martelagem era obtido um material de qualidade.

Com o domínio do ferro foram criados o arado de metal, a enxada e outras ferramentas rústicas que auxiliaram na agricultura. Também foram produzidos utensílios domésticos como potes, facas e panelas.

 

Expansão do ferro

Assim como o bronze, o ferro se expandiu de maneira gradual pelo resto do mundo. Na Europa, a Idade do Ferro desenvolveu-se por volta de 800 a.C e foi usado principalmente para produção de ferramentas agrícolas e artesanais. Os europeus também utilizaram o ferro para ornamentar joias e armas.

Durante a Idade dos Metais, a China apresentou várias especificidades nas indústrias metalúrgicas e siderúrgicas. Por exemplo, eles descobriram que a pátina de óxido de cromo era capaz de proteger o metal da corrosão e construíram um forno que superava os 1350° C.

A Idade dos Metais significou, principalmente, avanços na área agrícola. E isso não foi diferente na África Subsaariana, que teve acesso ao ferro pela primeira vez durante a civilização de Nok (500 a.C. e 200 d.C.). Lá, o bronze perdeu um pouco da sua popularidade e passou a ser utilizado para fins artísticos.

Além dos três materiais vistos na Idade dos Metais, a América conheceu outros como o ouro, a prata e a platina, que foram misturados em diversas proporções. A liga mais bem-sucedida foi a tumbaga, junção de cobre e de ouro, que confere resistência às joias, sem perderem a aparência áurea.

Entre as características da Idade do ferro podemos destacar:

  • Melhorias na construção de casas, pontes e fortalezas;
  • Surgimento de profissões relacionadas a siderurgia, como o ferreiro;
  • Valorização e disputa por áreas com reservas de ferro.