Corrente filosófica baseada na subjetividade
Principais características do idealismo
Um dos pontos centrais do idealismo é o da existência metafísica. Nesse cenário a realidade pode ser compreendida através da experiência sensível (aquilo que podemos sentir) e também daquilo que é suprassensível (que está além do que pode ser captado pelos sentidos). E é nesse campo, do que não pode ser sentido mas que existe enquanto ideia, que surge o conhecimento.
Isso porque, a realidade que pode ser captada, vista, tocada, desperta experiências sensoriais. Mas a realidade imaterial só pode ser constatada por meio do intelecto, e esse exercício da racionalidade é a base para o conhecimento de toda a realidade.
De um modo geral, as teorias idealistas têm a mesma fundamentação, porém é preciso lembrar que, como a corrente foi desenvolvida por várias pensadores, que surgiram em contextos e épocas diferentes, essa corrente filosófica pode apresentar várias características.
A primeira delas é a de Platão, que como foi explicada anteriormente, afirmou a existência de duas realidades: a ideal e a material, sendo que a primeira é perfeita e imutável e a segunda é uma cópia, próxima do que seria a realidade ideal.
Um dos grandes exemplos do pensamento idealista de Platão vem do Mito da Caverna, no qual, a realidade sensível é como as sombras da caverna e exibem apenas uma projeção da realidade. E, para conhecê-la de verdade, é preciso romper com a representação.
Embora existam várias divergências de pensamento, a subjetividade do “eu” está sempre no centro de todas as teorias. Para entender como ela funciona, é preciso identificá-la a partir de três sentidos:
Ontológico
A natureza da realidade pertence ao campo espiritual e a parte material. O que pode ser sentida é apenas uma porção inacabada de algo maior. Dessa forma, a realidade perfeita pertence à esfera das ideias.
Gnosiológico
Cada indivíduo interpreta a realidade de uma forma, já que todos são diferentes e possuem diferentes formas de enxergar o mundo. Sendo assim, a realidade palpável é determinada pela subjetividade de cada um.
Prático
O sentido básico é determinado pela ação. O que se inicia no campo das ideias se torna uma espécie de manual para indicar como as pessoas devem agir no mundo.
Idealismo alemão
Entende-se por idealismo alemão o conjunto de teorias desenvolvidas por filósofos alemães em um período bem específico. Entre os filósofos desse movimento, estão, Immanuel Kant, Johan Gottlieb Fichte, George Wilhelm Friedrich Hegel e Friedrich Wilhelm Joseph Schelling, dentre estes, o que mais se destacou foi Immanuel Kant, que foi responsável por desenvolvê-lo na Alemanha.
Foi Kant quem começou uma nova discussão a respeito dessa divisão entre as realidades, introduzindo o idealismo transcendental. Para ele, o idealismo transcendental se referia à coexistência das ideias. Elas não podiam ser tidas como algo separado, tanto a razão quanto a realidade podiam produzir conhecimento.
O filósofo também defendia que o que está no campo abstrato (as ideias) nos ajuda a ter noções da experiência prática. Sendo assim, a realidade é ambígua e é constituída desses dois fatores.