Resumo de História - Iluminismo

O Iluminismo foi uma revolução intelectual que aconteceu a partir do século XVII (anos 1600) na Europa.

Marcado por pensadores como René Descartes, Montesquieu, Voltaire, Jacques Rousseau, Denis Diderot, além de outros nomes, esse período foi contra os ideais religiosos, filosóficos e políticos, provocando mudanças nessas áreas, e tinha como principal característica o uso da razão (luz) acima de tudo.

Foi um momento no qual a ciência se desprendia da obrigação de agradar a Igreja. Nessa época, os filósofos e economistas que difundiam suas ideias intitulavam-se como disseminadores da luz e do conhecimento, em vista da época de “trevas”, por isso chamados de iluministas.

Contexto histórico do Iluminismo

O Iluminismo tinha o apoio da burguesia, visto que os pensadores e os burgueses tinham interesses em comum.

Movimento cultural que se desenvolveu na Inglaterra, Holanda e França, nos séculos XVII e XVIII, nesse período o desenvolvimento intelectual, que começou desde o Renascimento, originou nos ideais de liberdade política e econômica, defendidas pela burguesia.

O Iluminismo juntamente com a Revolução Industrial provocou grandes mudanças, dando espaço, inclusive,  para a intensa mudança política determinada pela Revolução Francesa.

Quem iniciou o movimento foi o matemática francês René Descartes, chamado de "pai do racionalismo". Em sua produção “Discurso do método”, o matemático sugeriu duvidar de tudo para se chegar à verdade. Segundo ele, tendo como princípio a dúvida racional, é possível compreender o mundo sem excluir a crença em Deus.

Além de Descartes, um outro representante marcou o período iluminista:Isaac Newton (1643-1727), conhecido como o "pai da teoria da gravidade".

Embora muitas literaturas apontem o Iluminismo como uma escola filosófica, na prática não era bem assim, pois não havia um único movimento. Várias vertentes contribuíram para as mudanças de pensamento e o de Newton foi um dos exemplos. Era um momento de pessoas geniais pesquisarem, escreverem e divulgarem suas descobertas e teorias.

A ciência se afastou das imposições predominantes da Igreja Católica, estabelecendo as bases para que o século XVIII se tornasse o século das luzes. Com isso, eles faziam críticas e lutavam contra o antigo regime, que consistiam no mercantilismo (intervenção do estado na economia); absolutismo monárquico (rei no poder absoluto) e o poder da igreja.

E, para quebrar esse modelo ultrapassado, os iluministas buscavam, contudo, a liberdade econômica (sem a intervenção do estado), o antropocentrismo, que consistia no progresso da ciência e da razão, além do predomínio da burguesia e seus ideais.

Não foi à toa que as ideias dos iluministas se espalharam com rapidez pela sociedade. Para se ter ideia, até os reis absolutistas, com medo de perder o reinado, passaram a adotar as ideias do iluminismo. Muitos desses reis eram chamados de Déspotas Esclarecidos, uma vez que buscavam unir a maneira absolutista de governar com as ideias de avanços iluministas.

Algumas figuras que simbolizaram o despotismo esclarecido da época foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal.

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A ciência e o iluminismo

Ao passo que as ideias iluministas se difundiam pela Europa, o avanço científico dessa época trouxe muitas descobertas e inventos. Os homens tiveram informações desde a formação da órbita, bem como o sangue que circulava no corpo.

A astronomia foi um campo de bastante relevância. Newton preparou um novo modelo para explicar o universo. Amparado pelo desenvolvimento da Matemática, teve Blaise Pascal como um de seus maiores representantes. O cientista foi além da descrição do céu, explicou a posição e a órbita de muitos corpos siderais.

Quando se fala em progressos na Química, uma importante figura merece destaque: Antoine Lavoisier, muito conhecido pela perfeição com a qual realizava suas experiências. Além dele, estudiosos contribuíram para a descoberta da eletricidade, bem como a formulação de uma teoria para explicar a febre, por exemplo.

Os avanços foram muitos. Outro nome de peso que colaborou com as inovações científicas que foi Robert Hook. Seu primeiro invento foi o relógio portátil de corda, em 1657, e criou a Lei da Elasticidade ou a Lei de Hooke.

Os pesquisadores dos séculos XVII e XVIII levantaram teorias e produziram inventos, alguns indagados pela evolução da ciência posteriormente. Mas deve-se levantar as bandeiras do progresso técnico, fundamental para o auge da Revolução Industrial.

Iluministas Franceses

Os iluministas ingleses encontraram espaço e respaldo na França do século XVIII, onde teve seu ápice. Os franceses procuraram idealizar uma sociedade baseada na liberdade e justiça social.

Dos pensadores franceses, pode-se citar: Voltaire, considerado um dos maiores filósofos do iluminismo, além de ser um grande crítico do antigo regime e do clero. Ele defendia a liberdade de pensamento e de expressão. Acreditava em uma monarquia na qual o governante fizesse melhorias baseado nas ideias iluministas.

Charles de Secondat Montesquieu foi outro crítico do velho regime. Não era a favor de um governo burguês. Ele defendia a divisão do estado em esferas: executivo, legislativo e judiciário, da forma como se conhece hoje.

Rosseaut, diferente dos outros pensadores franceses, criticava a burguesia. Ele sugeria um governo onde o povo participasse politicamente e a vontade da maioria determinasse as decisões políticas, o que hoje de conhece como democracia.

Além de Rosseaut, outra figura importante marcou o iluminismo francês: Denis Diderot, que junto com Jean Le Rond d´Alembert organizaram uma enciclopédia que aglomerava conhecimentos e pensamentos filosóficos da época.

Ainda na França apareceram os chamados fisiocratas, que tinham como base o pensamento de que a riqueza vinha da agricultura, logicamente, da natureza, não havendo necessidade da intervenção do estado.

Eles pregavam o ideal de liberdade. Os fisiocratas foram os grandes influenciadores de uma corrente do iluminismo chamada de liberalismo econômico. A principal obra fisiocrata foi “A riqueza das nações”, de Adam Smith.

Iluminismo no Brasil

O Brasil sofreu a influência do iluminismo, principalmente as referências dos franceses, através da Inconfidência Mineira (1789) no século XVIII.

Alguns inconfidentes sabiam das concepções iluministas e utilizaram os princípio da corrente para fundamentar a tentativa de Independência do Brasil.

Entre as principais ideias iluministas que inspiravam os inconfidentes foram:

  • Fim do colonialismo;
  • Fim do poder absoluto nas mãos do rei;
  • Substituição da monarquia pela República;
  • Liberdade econômica (liberalismo);
  • Liberdade religiosa, de pensamento e expressão.

Apesar de não ter conseguido a Independência do Brasil, os inconfidentes ajudaram a expandir os ideais do iluminismo, principalmente nas grandes cidades. O Iluminismo no Brasil foi necessário para a formação política do país, além de ter contribuído para o reconhecimento dos direitos, separação de poderes etc.