Resumo de História - Império Bizantino

O Império Bizantino é também conhecido como Império Romano do Oriente. Tornou-se uma das mais importantes e duradouras organizações políticas do mundo antigo medieval. Sua história começou na cidade de Constantinopla, hoje atual Istambul, antes conhecida como Bizâncio.

A princípio era a parte oriental do Império Romano e suportou a desintegração do Império Romano do Ocidente no século V. Prosperou por mais de mil anos até o seu declínio, diante da expansão dos turcos otomanos em 1453. Ficou conhecido apenas como Império Romano ou România pelos habitantes e vizinhanças.

A divisão do Império Romano

Todo o território do romano ficou vulnerável ao ataque dos bárbaros do Norte e também de povos do Oriente, como a dinastia sassânida da Pérsia.

Em meados de 285 d.C, o imperador Diocleciano separou o império em duas partes: oriental e ocidental. Cada uma seria governada por um Augustus e um Caesar, tendo quatro chefes de Estado.

Constâncio Cloro era um dos césares e governou as regiões da Hispânia, Gália e Britânia. Após a morte de um césar, o herdeiro de sangue deveria suceder o comando. Foi o que ocorreu em 306, quando Constantino ascendeu ao poder na parte ocidental.

Porém, o então Augustus da mesma parte, Maxêncio, se declarou o único e legítimo imperador, o que levou à primeira etapa de guerras civis que marcariam os anos seguintes.

Constantino venceu a batalha em outubro de 312 e foi nessa situação que seus soldados apareceram com o símbolo da cruz e as letras gregas Chi e Rô (iniciais de Christos) em seus escudos. No ano seguinte, Constantino publicou o Édito de Milão, o qual declarava a tolerância a qualquer credo religioso, impedindo as perseguições aos cristãos.

O lado oriental do império havia sido unificado por Constantino. Todavia, em 314 d. C,  os dois imperadores tiveram o primeiro conflito no qual Constantino saiu com grandes vantagens, exemplo disso foi a posse das regiões da Macedônia e Grécia.

As batalhas duraram dez anos. Em 324 d. C, Constantino dominou Licínio em Crisópolis. Alcançada a vitória, reunificou as duas partes do Império Romano. E, apesar de dar continuidade ao legado, incluindo aspectos culturais e institucionais, anunciou aspectos novos, como a fundação de uma nova capital imperial no Oriente.

A cidade escolhida para ser capital do Império Bizantino foi Bizâncio, onde concorriam as tradições intelectuais helenísticas e as  institucionais romanas. Além de estar situada na Ásia Menor, um dos berços da expansão cristã primitiva, a cidade era propícia para dar seguimento a uma política cristã com os bispos da igreja, os quais já possuíam autoridade espiritual e intelectual.  O local, em seguida, passou a ser chamada de Constantinopla em homenagem ao imperador.

A evolução do Império Bizantino

Durante os séculos seguintes, o Império Bizantino concentrou-se apenas na parte oriental dos antigos domínios romanos e desenvolveu elementos que seriam características diferenciadas da tradição ocidental. Entre elas a oficialização da língua grega e o cesaropapismo, isto é, a concordância do poder espiritual e político personificada pelo imperador.

Justiniano foi destaque entre os grandes imperadores do Império Bizantino. Confrontou os persas, retomou pontos importantes do império, ergueu o templo de Sofia, certificou instituições, expulsou bárbaros, anexou territórios ao Império como o sul da Espanha, o sul da Península Itálica e o norte da África. Sua mulher, Teodora, também teve fortes influências sobre a administração do império.

Os códigos organizados por  Justiniano servem até hoje como base para a cultura ocidental e foram organizados da seguinte forma:

  • Criou o Codex – leis inspiradas no código Romano, das tábuas;
  • Delegou juristas com o intuito de elaborar o Digesto, que eram ramificações dessas leis. Apesar dessa fragmentação o poder emanava do imperador;
  • As Institutas, na qual os professores tentavam escrever de forma didática para que o povo entendesse as leis;
  • As Novelas, que davam possibilidade de criar novas leis de acordo com as necessidades. Nesse caso, as leis do imperador.

Características do Império Bizantino

Veja algumas características do Império Bizantino:

Política Centralizada

O imperador era o representante de Deus na Terra, mantinha o poder em suas mãos e era a autoridade máxima do exército e da igreja no Império Bizantino. A união desses poderes tornava Bizâncio um Estado Teocrático, isto é, regido pelos dogmas e crenças religiosos.

Economia

Ao longo de vários séculos, foi uma das mais fortes da região do Mediterrâneo. Constantinopla, a capital do Império Bizantino, estava estabelecida no encontro de rotas comerciais que em seu auge cobriam praticamente todo o norte da África e a Eurásia.

Então, tinham comércio marítimo forte, produção de tecidos, agricultura realizada pelos camponeses e, principalmente, o domínio de rotas comerciais no mar Mediterrâneo.

Sociedade

Era totalmente hierarquizada, já que no topo encontrava-se o imperador e família, logo abaixo a nobreza formada pelos assessores do rei. Abaixo deles estava o alto clero, depois a elite com ricos fazendeiros, comerciantes e donos de oficinas.

Uma parte da camada da sociedade no Império Bizantino era composta por pequenos agricultores, trabalhadores das oficinas e baixo clero. A maioria da população de camponeses pobres que trabalhavam ao extremo, ganhavam pouco e pagavam taxas altas de impostos.

Religião

O Império Bizantino tinha religião própria e foi fundamental para a sua manutenção.Era predominantemente cristã, porém, devido a diversidade cultural, existiam diversas formas de interpretação sobre o cristianismo.

A Igreja era a Católica Ortodoxa Grega, mas haviam crentes de três conceitos: o Monofisismo, que acreditava apenas na divindade de Cristo; o Arianismo, afirmava que Cristo era apenas um ser de carne e osso; e o Movimento Iconoclasta, que não aceitava imagens sagradas e isso depois gerou uma guerra conhecida como Questão Iconoclasta, na qual decretaram pena de morte aos que venerassem imagens que não fossem a de Jesus Cristo.

Arte

Era praticamente toda centrada na religiosidade influenciada pela Antiguidade Clássica, principalmente da Síria e da Ásia Menor. Na arte bizantina é possível perceber a presença marcante do uso de cores nas pinturas dando destaque aos afrescos, miniaturas e ícones.

Eram feitas pinturas de Cristo e da Virgem Maria. Esculturas com uniformidade e rigidez, falta de naturalidade e presença de linhas geométricas e folhagens estilizadas. Arte em mosaico era formada por pequenas pedras coladas em paredes que tinham como tema o imperador e imagens religiosas.