O Império Romano foi uma grande civilização antiga que durante os cinco séculos de sua existência teve três formas de governo – Monarquia, Império e República, e deixou importantes legados políticos e culturais para o mundo ocidental.
Uma das fortes características foram as conquistas territoriais em aproximadamente sete milhões de metros quadrados.
Inclusive, o domínio da imensidão territorial se manifestava no entendimento ideológico de “imperium sine fine”, que significa “império sem fim”.
O principal centro político-econômico-cultural da civilização romana era a capital da Roma Antiga.
Roma localiza-se na Península Itálica, nas proximidades do mar Mediterrâneo. A população que habitava essa região era os povos latinos e sabinos, etnias de origem indo-europeia.
Outro aspecto importante sobre o Império Romano foi a importância do latim. Durante a dominação romana inúmeros contatos linguísticos ocorreram entre esses povos e os agregados ao império.
Dessa forma, o contato linguístico da língua romana com as dos povos dominados deu origem as chamadas línguas românicas, incluindo a língua portuguesa
.
Existem escavações arqueológicas e muitos estudos fundamentados na História Antiga acerca da fundação do principal centro romano. Mas, registros que apoiem dados mais concretos são poucos.
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Sociedade do Império Romano
A estratificação social não é uma questão do mundo contemporâneo. Esse processo foi também uma realidade em importantes civilizações antigas. No caso do Império Romano não foi diferente, pois a sociedade era claramente dividida nos seguintes grupos sociais:
- patrícios: homens que possuíam a cidadania romana, detentores de riquezas, como grandes porções de terras, e únicos que legalmente gozavam dos direitos políticos;
- plebeus: homens e mulheres livres que desempenhavam atividades econômicas ligadas ao comércio, agricultura e artesanato;
- escravos: eram tratados como uma propriedade e pertenciam as famílias abastardas. Muitas vezes eram submetidos a castigos físicos.
As famílias romanas eram compostas basicamente pelo marido, esposa e filhos. Tradicionalmente chefiadas pelo “pater famílias”, o pai era o detentor da palavra final acerca dos assuntos familiares. Por tal motivo, podia escolher os casamentos dos filhos, decidia divórcios ou até mesmo vendê-los como escravos.
No que tange a educação romana, inicialmente era informal e doméstica. Isso porque não havia no período da República a concepção de espaço escolar, sendo as crianças, principalmente os meninos, ensinadas pelo pai no próprio lar.
Posteriormente, na medida em que a sociedade romana começou a avançar em vários aspectos, inclusive político, ocorreu a progressão do sistema educacional. As aulas passaram a ser ministradas por um “litterator” ou professor, geralmente de origem grega, que ministrava em escola particular com o ensino voltado para a prática da leitura e escrita, aritmética e conhecimento da língua grega.
O primeiro itterator particular de filhos da nobreza romana foi Lívio Andrônico
. Ele aplicava os métodos educacionais gregos e traduzia a obra épica Odisseia de Homero para o latim.
Assim sendo, a metodologia e o currículo pedagógico romano tornaram-se modelos para sistemas educacionais de outras civilizações ocidentais.
Império Romano: estado republicano
O período republicano do Império Romano durou até 27 a. C. Durante esse momento, o Senado era o centro do poder político.
Os senadores romanos pertenciam a classe social dos patrícios e exerciam atividades políticas importantes, como zelar pelas finanças públicas do império, da administração romana e da política exterior.
Além disso, existia o Consulado romano e o Tribuno da plebe. Este último foi criado em 493 a. C com a finalidade de intermediar conflitos entre a classe plebeia, que estava constantemente subjugados a onerosas dívidas, e os patrícios.
Foi através dessa organização política que os plebeus puderam manifestar-se de forma contrária a maior instância política do período republicano de Roma.
Outro importante aspecto político foi a aprovação da Lei Licínia em 367 a.C. O regimento garantia a participação política dos plebeus através da função de cônsul romano, visto que o Consulado passou a ser formado por dois cônsules, um obrigatoriamente oriundo da plebe.
Conquistas territoriais
No Império Romano havia uma grande miscigenação populacional. O motivo disso foram as conquistas territoriais que provocaram a incorporação de muitos povos estrangeiros nas fronteiras romanas.
Toda a região da Península Itálica foi dominada. Após as Guerras Púnicas (século III a.C.), os romanos conquistaram uma importante rota marítima – o mar Mediterrâneo.
O exército romano foi o principal pilar para o Estado invadir e dominar muitos territórios. Entre os principais destacam-se: Grécia, Egito, Macedônia, Gália, Germânia, Trácia, Síria e Palestina.
Império Romano: estado imperial
A segunda forma de governo do Império Romano começou em de 27 a.C. e se estendeu até 476 d. C. Otávio Augusto, aos 36 anos, foi o primeiro imperador romano responsável por importantes medidas governamentais.
Anteriormente, o poder político era centralizado na figura de Julio César, que recebia total apoio do Senado e tornou-se um “Pontífice Máximo”, ou seja, um ditador.
Entre as ações ditatoriais de Julio César estava a reformulação de leis romanas sem prévios diálogos com outras instâncias da política.
De forma contrária, o imperador Otávio Augusto reduziu os poderes dos magistrados romanos, criou novos cargos políticos e três categorias sociais – a senatorial, a eqüestre e a inferior.
Durante o seu governo o povo romano experimentou 250 anos da chamada Pax Romana, um período sem guerras graças a política de apaziguamento com os outros povos.
No âmbito social, Otávio Augusto estimulou a formação de núcleos familiares numerosos, o êxodo urbano e a punição de mulheres adúlteras.
Outros imperadores de destaque no Império Romano foram:
- Tiberius Claudius Nero (14-37d. C.);
- Calígula (37-41 d. C.);
- Nero (54-68d. C.);
- Marco Aurélio (161-180d. C.);
- Cómodus (180-192d. C.).