Resumo de História - Independência do Brasil

A Independência do Brasil foi um episódio histórico que marcou a memória do país. Esse fato diz respeito ao fim do domínio português sobre a nação brasileira. No calendário nacional o dia 7 de setembro celebrado o acontecimento.

Contexto da Independência do Brasil

Inúmeros foram os motivos que levaram a Independência no Brasil. Para entender o processo é importante discutir o contexto da época.

No início do século XIX o imperador da França, Napoleão Bonaparte, formou um império no continente europeu. Os países dessa região eram forçados a aceitarem as imposições dele.

A Inglaterra era a principal inimiga de Napoleão. Com isso, o imperador obrigou que as nações aliadas rompessem qualquer relação com a Inglaterra. A partir de então, ele estabeleceu o Bloqueio Continental em 1806 – fechamento dos portos para o comércio inglês. 

Portugal na época era governada por D. João. Ele sofreu pressões de Napoleão que exigia o fechamento dos portos portugueses para o comércio inglês. Como os lusitanos eram aliados dos ingleses, decidiram fugir para o Brasil.

A corte portuguesa chegou ao Brasil com a proteção da Inglaterra. Essa, no entanto, exigiu algumas medidas como: o fim do pacto colonial e o livre comércio no país.

A chegada da Família Real

Após a chegada da Família Real no Brasil, em 1808, D. João deliberou a Carta de Abertura dos Portos do Brasil às nações amigas de Portugal.  

Depois do fim das guerras napoleônicas e o restabelecimento da Europa após o Congresso de Viena em 1815 o Brasil foi elevado a Reino Unido de Portugal e Alvares.

O reinado de D. João aqui no país, no entanto, motivou algumas reações nas cortes portuguesas. A Revolução Pernambucana e a Revolução do Porto foram duas razões que provocaram o retorno de D. João a Portugal, em 1821. Contudo, ele deixou o seu filho D. Pedro que ficou com a responsabilidade da regência do Brasil.

Independência do Brasil

D. Pedro começou o reinado no Brasil com os cofres vazios. O dinheiro foi levado pelo seu pai D. João VI. Com isso, a tensão entre os brasileiros e lusitanos só aumentavam.

O processo para a Independência do Brasil não foi rápido e, nem muito menos, fácil. Existiram várias tentativas para que esse evento acontecesse antes. No entanto, as iniciativas conhecidas como Movimentos Separatistas não ajudaram de forma imediata, mas fortaleceram a idealização de um país independente. Um exemplo foi a Conjuração Baiana em 1798.

Movimentos separatistas

Sob a influência dos acontecimentos que ocorreram no resto do mundo como Revolução Industrial InglesaIndependência Americana e Revolução Francesa, nasceram no Brasil movimentos separatistas no século XVIII.  O objetivo era conquistar a Independência do Brasil. São exemplos: Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana.

A Inconfidência Mineira, em 1789

A Inconfidência Mineira (ou Conjuração Mineira) foi um movimento que objetivou a Independência do Brasil. O líder dessa revolução foi Joaquim José da Silva Xavier, mais conhecido como Tiradentes.

Em XVIII o Brasil ainda vivenciava os transtornos causados por Portugal, principalmente, pelas cobranças elevadas das taxas de impostos. Nesse período, o trabalho de extração do ouro era forte em Minas Gerais. Todavia, as pessoas que extraíam o metal precioso eram obrigados a pagarem tributos sob pena de morte.

Com a exploração forte do ouro, o metal começou a diminuir nas minas. Porém os portugueses ainda assim continuavam com taxas de cobranças elevadas. Essa atitude levou a insatisfação de fazendeiros e donos de minas. Surgiu, a partir de então, a Inconfidência Mineira.

Os inconfidentes foram:

  • Álvares Maciel
  • Tomás Antônio Gonzaga
  • Alvarenga Peixoto
  • Cláudio Manoel da Costa
  • Silva Alvarenga

A Inconfidência foi sabotada por Joaquim Silvério dos Reis, Correia Pamplona e Brito Malheiros, que apesar de participarem do movimento denunciaram os planos.

Os outros participantes foram presos, no entanto, apenas Tiradentes foi condenado à morte e no dia 21 de abril de 1792 foi esquartejado, no Rio de Janeiro

Conjuração Baiana, em 1798

A Conjuração baiana, também denominada de Revolta dos Alfaiates, aconteceu em Salvador. O motivo da revolva popular foi o desejo pela Independência do Brasil, no âmbito político, social e econômico. Ou seja, as pessoas desejavam o fim da escravidão, um governo republicano e o livre comércio.  

Líderes do movimento:

  • João de Deus Nascimento
  • Luiz Gonzaga das Virgens e Veiga
  • Lucas Dantas do Amorim Torres
  • Manoel Faustino dos Santos Lira

Todos os líderes foram condenados à morte e executados em 9 de novembro de 1799.

Obs.: embora os movimentos separatistas ajudaram na ideia da libertação do país, a Independência do Brasil não foi um movimento de participação popular. Além disso, também não houve mudanças na nação no que diz respeito a ordem social.

“Diga ao povo que fico”

A frase “Diga ao povo que fico” é muito conhecida, principalmente, pelos estudantes e pesquisadores de história. Essa expressão foi declarada por D. Pedro, regente do Brasil na época.

Após 8 meses de regência no país, as cortes de Lisboa enviaram uma carta para D. Pedro que exigia o seu retorno para Portugal. O objetivo dos portugueses era diminuir o poder dele e também recolonizar o Brasil. No entanto, para impedir essa ação, o príncipe-regente decidiu permanecer aqui e disse “não” à Corte.

A decisão dele despertou o sentimento de resistência no Brasil. Com isso, no dia 9 de janeiro de 1822, D. Pedro recebeu uma manifesto com 8.000 assinaturas para que não deixasse o país.  Esse dia ficou conhecido como o “Dia do Fico”. A expressão completa utilizada por ele foi:

“Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico”.

Obs.: o “Dia do Fico” é considerado importante porque além de ser primeira decisão pública do príncipe-regente a favor dos brasileiros colaborou com o processo de independência do Brasil.

“Independência ou Morte!”

O Grito do Ipiranga foi anunciado por D. Pedro quando ele estava em viagem de Santos para São Paulo.

O anúncio da Independência do Brasil foi dado próximo ao riacho do Ipiranga. De acordo com a História do Brasil, ele levantou a espada e disse a famosa frase:

“Independência ou Morte”.

O episódio célebre para a nação aconteceu no dia 7 de setembro de 1822.