Lenin e revolução russa consiste em uma fase da história da administração russa marcada por conflitos, autoritarismo e repressão militar.
Vladimir Ilyich Ulyanov, conhecido mundialmente como Lenin, estando sempre associado a revolução russa foi um atuante, político e comunista, que chefiou o governo da República Russa no período compreendido entre 1917 a 1918.
Líder do governo da República Socialista Federativa Soviética da Rússia de 1918 a 1922, atuando também na União Soviética entre os anos de 1922 a 1924.
Baseado em ideais marxistas, a disseminação da sua ideologia, principalmente associando Lenin e revolução russa, ficou conhecida como leninismo.
Lenin nasceu em Simbirsk, império russo, em uma família bem estruturada de classe média alta e desenvolveu interesse por políticas revolucionárias após o assassinato do seu irmão, no ano de 1887.
Já na Universidade, devido ao comportamento fora dos padrões e constantes protestos contra o império Czarista do Império Russo, Lenin foi expulso da Universidade Imperial de Kazan. Entretanto, nos anos seguintes graduou-se em direito.
Vida de Lenin
Nascido no dia 10 de abril do ano de 1870, Lenin logo recebeu o apelido de “Volodya”. Era um dos oito filhos do casal Ilya Nikolayevich Ulyanov e Maria Alexandrovna Blank, os dois considerados conservadores e apoiadores dos ideais monarquistas.
Aos 16 anos de Lenin, o pai falece vítima de uma hemorragia cerebral. Em virtude desse falecimento, o então adolescente tornou-se ainda mais agressivo do que já demonstrava durante a sua infância e abandonou a crença em Deus, assumindo o caráter ateu que dominou toda a sua conduta ao longo da vida.
Neste mesmo período, o irmão de Lenin, Alexander, estudava na Universidade de São Petersburgo e, contrário ao regime monárquico absolutista, participou de protestos e atuação radicais contra o governo.
Selecionado para construir uma bomba e assassinar o imperador, Alexander foi executado por enforcamento antes de concluir ar atuações com grupos de revoltosos.
Apesar das tragédias das mortes trágicas do irmão e do pai, Lenin segue os estudos e conclui a graduação em direito.
Nesse período da graduação, uma fase conturbada para a família, Lenin se une a um grupo e formam uma sociedade organizada com representatividade de pessoas de determinadas regiões.
Devido ao seu potencial centralizador, foi eleito líder dessa associação e comandou manifestações contra as medidas restritivas do governo russo.
O líder da ação foi preso, expulso da universidade e condenado ao exílio. A conclusão da graduação ocorreu nos anos subsequentes.
Severamente preocupada com o comportamento revolucionário do filho, Alexandrovna intermediou uma negociação com o governo e conseguiu que o filho retornasse à cidade de Kazan.
Em seu retorno, novamente faz parcerias com pessoas com perfil radicalizador, assim como o seu, conhece o revolucionário Nikolai Fedoseev e passa a ter acesso ao livro “O Capital” de Karl Marx.
A obra fez acender seu interesse pelas ideais marxistas e os caminhos e os caminhos entre Lenin e revolução russa eram praticamente inevitáveis.
Ativismo revolucionário, Lenin e revolução russa
Passados alguns anos, Lenin mudou-se para São Petersburgo, começando a atuar como assistente de um advogado. Dedicado e eficaz na função, inicia uma carreira bem-sucedida, ascendendo para uma função sênior.
Inserido neste novo ambiente, começa a disseminar as ideias de revolução contra o governo e cria associações revolucionárias nos centros industrias da Rússia.
Durante viagens a diversas localidades para encontrar grupos afins aos seus ideais, Lenin levou para a Rússia um estoque de publicações revolucionárias ilegais e distribuiu para milhares de trabalhadores em estado de greve.
A obra “Rabochee delo” (Causa dos Trabalhadores), na qual atuou na produção foi o estopim para que ele estivesse entre os quarenta ativistas presos em São Petersburgo e acusados de desordem pública ou revolta.
Negando todas as acusações, o ativista passou um ano preso antes do decreto da sua sentença. Mas em fevereiro de 1897 foi condenado a três anos de exílio na Sibéria.
Passados esses anos, quando teve fim a sua reclusão, ele fixou moradia em Pskov, já em 1900 e começou a arrecadar recursos para o jornal intitulado “A Faísca”.
Nesse mesmo ano deixou a Rússia e migrou para a Europa Ocidental, na Suíça. Lá ele encontrou com outros revolucionários marxistas russos e durante a realização de uma conferência em Corsier, concordou em lançar o jornal de Munique, cidade para onde mudou posteriormente.
Com contribuições de reacionários europeus, o “Iskra” (A Faísca) foi contrabandeado na Rússia, e alcançou a marca de publicação clandestina mais bem-sucedida do país durante meio século.
Nessa mesma época adotou o pseudônimo “Lenin”.
Lenin e revolução russa de 1917
Lenin e revolução russa são intrinsecamente ligados desde o período de início de repressões e massacres que ocorrem no país até a fase de enfraquecimento da autocracia russa, resultando na implantação do sistema soviético, chamada de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), período que perdurou até 1991.
Nessa época, os trabalhadores das áreas rurais sobreviviam em condições subumanas e pagavam altos impostos para garantir a estabilidade e progresso do sistema czarista de Nicolau II.
A Rússia era governada de maneira centralizada, sem nenhuma abertura para o sistema democrático.
Situação difícil para os trabalhadores rurais e também para os habitantes do centro da cidade. Apesar de ocupar espaço no mercado de trabalho, principalmente dentro das fábricas, esse grupo também estava insatisfeito com a gestão czarista.
Passado algum tempo do governo, no ano de 1905, Nicolau II ultrapassa os limites e demonstra um perfil repressivo da sua administração.
Em um episódio que ficou conhecido como “Domingo Sangrento”, o gestor russo manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes que tomaram as ruas da cidade.
A partir de então, os ideais de Lenin e revolução russa começam a se estruturar, estabelecendo, portanto, a formação dos sovietes (bolcheviques). Uma organização de trabalhadores liderada por Lenin.
O “grupo bolcheviques”, Lenin e revolução russa, foram, na verdade, um desencadeamento de ideais que resultaram na derrubada da monarquia.
Essa revolução pode ser entendida como uma soma de fatores e insatisfações, que atrelados aos ideais bolcheviques, teve como consequência a queda da supremacia czarista.
Lenin e revolução russa: fases distintas
- A primeira fase do período que estabeleceu os ideais entre Lenin e revolução russa ocorre em fevereiro de 1917.
Essa primeira etapa foi responsável por enfraquecer a autonomia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar a Rússia, dando espaço para consolidar a república de cunho liberal.
- A segunda fase do período que estabeleceu os ideais entre Lenin e revolução russa ocorreu em outubro.
Depois do primeiro período em que as ideologias de Lenin e revolução russa foram implementadas, o partido bolchevique derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.
–> O vídeo apresentado a seguir mostra exatamente o estabelecimento dos objetivos de Lenin e revolução russa, considerando os períodos apresentados acima. Tanto os fatos mais marcantes que ocorreram em fevereiro, na primeira tomada do poder Czarista, quanto na segunda etapa, já em outubro.
Acompanhe!
Morte
Já em meados do mês de março de 1923, o reacionário russo sofreu o terceiro acidente vascular cerebral (AVC) e teve a fala comprometida, com muita dificuldade de pronunciar as palavras.
Pouco meses começou a dar sinais de melhora em seu quadro de saúde, retomando aos poucos a coordenação motora, fala e capacidade de escrita.
Entretanto, apesar de demonstrar condições de recuperação, Lenin falece em sua residência no dia 21 de janeiro de 1924.
No dia seguinte à morte o governo fez um anúncio público do seu falecimento e dois deputados foram inspecionar as causas reais da sua morte.
O corpo do comunista foi levado em um caixão vermelho (cor representativa do movimento) por líderes bolcheviques
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O translado do caixão foi realizado de trema até Moscou, onde o corpo foi velado por três dias em público. Cerca de um milhão de pessoas fizeram a última visita a Lenin.
Em 26 de janeiro, um grupo de comunistas bolcheviques se reuniram para prestar homenagem ao líder falecido, com os discursos de Kalinin, Zinoviev e Stalin.
O funeral ocorreu no dia seguinte, quando seu corpo foi levado à Praça Vermelha, acompanhado de música marcial e uma multidão. A cerimônia foi conduzida por discursos idólatras de outro líderes e seguidores do falecido.
O cadáver foi erguido em praça pública antes de ser colocado dentro do mausoléu.