Resumo de História - Liberalismo

No liberalismo, defendia-se um conjunto de ideologias e resguardavam ideias como: eleições democráticas, liberdade de expressão, direitos civis, liberdade de imprensa, liberdade religiosa, livre-comércio, igualdade de gênero, estado laico, liberdade econômica e propriedade privada.

O liberalismo ficou popular entre filósofos e economistas no mundo ocidental e a organização se transformou em um movimento político durante o iluminismo ao não aceitar as regras sociais e políticas prevalecentes de privilégios hereditários, religiões estatais, monarquia absoluta e direito divino dos reis.

O filósofo John Locke foi considerado o fundador do liberalismo e alegava que cada homem tem um direito natural à vida, liberdade e propriedade. Ele dizia ainda que os governantes não devem transgredir esses direitos baseados no contrato social.

Os membros no movimento liberal eram contra o conservadorismo tradicional e buscaram mudar o absolutismo instaurado no governo pela democracia e pelo Estado de direito.

O liberalismo começou a crescer com mais rapidez, principalmente após a Revolução Francesa.

Liberalismo político

O movimento liberalista político baseia-se na liberdade do cidadão, assim como no distanciamento do Estado nas responsabilidades e pensamentos do mesmo.  As correntes liberais que resguardam o liberalismo político podem ter muitas variações dependendo dos seus iniciadores.

Os precursores mais conhecidos estão John Locke, Montesquieu, Rousseau e Adam Smith.

Conclui-se que o liberalismo é a concepção de que o Estado possui poderes e funções limitadas, dessa forma indo contra o absolutismo e o socialismo. O Estado liberal defende os direitos naturais do homem, como andar, viver e ser feliz, cabendo ao Estado respeitar esses direitos, ou seja, não interferir na independência do homem.

Os liberais não entraram em acordo sobre a abrangência desejável à participação política dos cidadãos. Enquanto Locke, Montesquieu e Constant defendiam a participação dos cidadãos através das eleições e atuando em cargos representativos, Tocqueville afirmava que a verdadeira ética apenas iria se concretizar na atividade política ativa e no associativismo.

Na história ocidental, diversos modelos de liberalismo apareceram. A maioria dos teóricos se distinguiam por dar maior destaque na liberdade ou na igualdade, ou discordavam ainda na maneira com que era proposto reconciliá-los.

O liberalismo foi retaliado pelas doutrinas socialistas e comunistas, que foram contra de maneira mais intensa do que as correntes conservadoras e tradicionais.

O movimento entrou em decadência por causa dos problemas sociais que surgiram após a Primeira Guerra Mundial, e isso resultou em grandes crises em países como a Alemanha e a Itália,  o que ajudou para o crescimento de sistemas totalitários, como o fascismo, o falangismo e o nacional-socialismo.

Depois da Segunda Guerra Mundial, movimentos com tendências democráticas surgiram trazendo de volta o liberalismo, com o objetivo de reconstruí-lo no campo político e econômico.

Os princípios fundamentais eram a transparência, os direitos individuais e civis e um governo de aceitação popular, estabelecido por meio das eleições livres e sem fraudes, garantindo assim um governo democrático, e a igualdade da lei perante todos os cidadãos.

Liberalismo econômico

O liberalismo econômico é uma ideologia que se baseia na organização da economia com características individualistas, o que significa que a maior quantidade das decisões econômicas são tomadas pelas pessoas e não por instituições ou organizações coletivas.

As ideias liberalistas econômicas foram criadas no século XVI com o objetivo de combater o mercantilismo, onde as propostas já não eram eficazes às novas necessidades do capitalismo, sendo seu pressuposto básico a emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma.

No fim do século XVIII os economistas eram contra a interferência do Estado na economia. Para os economistas o Estado tinha apenas que dar condições para que o mercado se mantivesse de forma natural

Um dos principais pensadores da época foi François Quesnay, que mesmo sendo médico tinha contato com as ideologias econômicas.

François Quesnay dizia que a verdadeira atividade produtiva estava introduzida na agricultura. Já para Vincent de Gournay as atividades comerciais e industriais tinha que ter liberdade para um melhor andamento dos processos produtivos e assim alcançar um acúmulo de capitais.

Adam Smith foi quem criou a teoria mais aceita na economia moderna. O economista britânico apontou como as nações iriam prosperar sob tal sistema e confrontou as ideias de Quesnay e Gournay, dizendo que a tão desejada ascensão econômica e a acumulação de riquezas não são provenientes da atividade rural e nem comercial.

Segundo Adam Smith , o principal artifício para gerar riquezas é o trabalho sem ter o Estado como regulador e interventor da atividade.

Outro ponto importante em sua visão era o fato de que os agentes econômicos são impulsivos quando se trata do crescimento e desenvolvimento econômico, o que pode ser entendido como ambição individual, que em um contexto ampliado traria benefícios para toda a sociedade, já que a soma dos interesses particulares promoveria um crescimento generalizado e um equilíbrio.

O economista também contribuiu para a derrubada da teoria mercantilista, e equiparou a importância do ouro e da prata às outras mercadorias.

O liberalismo econômico favoreceu mercados sem restrições do governo e afirmou que o Estado tinha um papel legítimo no fornecimento de bens públicos. Além disso, era contra as ordens não capitalistas, como o socialismo, socialismo de mercado e economias planificadas.

O liberalismo econômico foi a melhor forma que os democratas capitalistas e sociais-democracias encontraram para alcançar o estado de bem-estar social, por isso foi amplamente defendido por vários grupos – a maioria deles formado por empreendedores e partidos/políticos de centro-direita e direita – habitantes de países em desenvolvimento ou com economias fechadas.