A macroeconomia é uma das áreas da ciência econômica. Ela é responsável pelos cálculos e análises da economia regional ou nacional.
Junto com a microeconomia, esse estudo forma a base dos conhecimentos em economia.
E como surgiu essa área? O modelo apareceu como forma de enfrentamento ao sistema mercantilista. Vale ressaltar que o mercantilismo estava presente em praticamente toda a Europa.
Origem da macroeconomia
O começo da ciência econômica tem como marco o clássico “A Riqueza das Nações“, publicado em 1776 por Adam Smith (1723-1790).
Apesar do pontapé inicial, o termo macroeconomia somente apareceu mais tarde, em 1930. Ele foi fruto da Crise de 29, momento em que ocorreu a urgência do estudo das estruturas macroeconômicas.
Diante do contexto, a primeira relevante obra da literatura macroeconômica foi o livro “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda” (1936). O trabalho é do economista britânico John Maynard Keynes (1883 – 1946).
O resultado da publicação de Keynes foi a instauração da escola keynesiana, o chamado keynesianismo. Essa teoria econômica foi de encontro aos modelos ortodoxos da economia clássica.
Características da macroeconomia
De modo geral, a macroeconomia desenvolve estudos em setores ligados com a:
- Produção;
- Geração de renda;
- Uso de recursos;
- Comportamento de preços;
- Comércio exterior.
Em outras palavras, o foco desse modelo econômico está no crescimento da economia, na geração de empregos, na estabilidade de preços e no controle da inflação.
O sistema econômico, termo pilar da geografia econômica, também serve de elemento essencial para a macroeconomia, pois os seus estudos envolvem organizações que produzem recursos.
E por mencionar sistema econômico, na relação com o mercado, o sistema macroeconômico é composto por cinco segmentos:
- Mercado de Bens e Serviços: responsável por determinar o nível de produção agregada e o nível de preços do mercado;
- Mercado de Trabalho: relacionado com as questões que envolvem a mão-de-obra, a exemplo da taxa de salários e do nível de emprego;
- Mercado Monetário: incumbido da análise da demanda da moeda e a oferta da mesma pelo Banco Central, instituição que também determina a taxa de juros;
- Mercado de Títulos: observa os agentes econômicos e os seus diferentes níveis de gastos, sempre na relação com a sua renda;
- Mercado de Divisas: conectado com as exportações e entradas de capitais financeiros. Ou seja, esse mercado determinada o volume de importações e saída desses capitais.
Variáveis da macroeconomia
As principais variáveis macroeconômicas são movidas por condições como a inflação, o desemprego, a taxa de juros, o consumo e o Produto Interno Bruto (PIB).
Os fatores citados interferem no rumo de uma economia de diferentes maneiras. Dada tal importância, cabe explicar determinados termos.
Inflação
O primeiro é a inflação. A variável está relacionada com a taxa de aumento de preços na economia em um certo período.
Na prática, a inflação representa um aumento no nível dos preços. Isso justifica o fato dela ser vista como algo negativo, pois reduz o poder de compra da população e compromete todo o sistema social e econômico.
Entre as outras consequências que a alta da inflação pode causar, cabe destacar:
- Desvalorização da moeda;
- Aumento da taxa de juros;
- Aumento do custo de importações;
- Desemprego;
- Aumento da especulação financeira.
Desemprego
O desemprego impacta na macroeconomia por meio da redução do consumo, fato que faz as empresas faturarem menos e o PIB cair.
Na economia brasileira, por exemplo, a recessão econômica de 2016 fez o desemprego do ano seguinte alcançar quase 14% da população.
O auge da queda do PIB no Brasil foi em 2016, cerca de 3,6%, mas o desemprego segue preocupando os atuais caminhos econômicos do país.
Taxa de juros
A taxa de juros estabelece o custo dos empréstimos. Como resultado, a sua baixa estimula os investimentos das empresas e gera novas contrações.
Entretanto, ao olhar para os estudos da macroeconomia, a queda dos juros pode ocasionar o aumento da inflação.
Mas qual o motivo da elevação da inflação? No capitalismo financeiro, quando a atividade econômica cresce em um nível superior ao suportado pela sua estrutura, aumentando empregos, salários e o custo dos insumos produtivo, ocorre como consequência o aumento de preços.
Consumo e PIB
Por lógica, enquanto a alta dos juros pode conter a inflação, essa ação tem como fruto a queda do PIB e o aumento do desemprego.
Por isso o consumo é parte importante da macroeconomia, pois eleva os lucros das empresas e impulsiona o PIB do país.