Resumo de Geografia - Problemas Ambientais Urbanos

Os problemas ambientais urbanos se intensificaram durante os processos de urbanização e industrialização. Esses fatores mudaram drasticamente a paisagem natural, provocando uma série de problemas, como desmatamento, mudanças climáticas, poluição (água, atmosférica, entre outros) e a geração desenfreada de lixo.

Com a Revolução Industrial, no século XVIII, o ordenamento das cidades ocorreu em prol desse novo modo de produção, mesmo que de forma inadequada. A aceleração dos novos padrões deram margem para aglomerações populacionais – pessoas que migravam dos campos para as cidades em busca de melhores condições de vida.

Essas mudanças em grande escala, aliadas à falta de infraestrutura, deram origem aos problemas ambientais enfrentados na atualidade. Esse cenário gera inúmeros riscos para a saúde da população, principalmente dos países subdesenvolvidos.

Principais Problemas Ambientais Urbanos

Entre inúmeros problemas ambientais urbanos destacam-se:

Poluição

A poluição revela-se em variadas faces: no ar, na água, na terra e até de forma visual e sonora.

A emissão de gases tóxicos, derivados da produção industrial ou uso intensivo de veículos (ônibus, carros, caminhões, etc.), tornou-se o grande dilema dos centros urbanos. Segundo levantamento da Organização Mundial da Saúde, mais de 50 mil pessoas morrem por ano no Brasil em consequência da poluição atmosférica.

No cenário global, a organização afirma que 7 milhões de pessoas vem a óbito todos os anos em função dessa poluição. Problemas como câncer de pulmão, acidente vascular cerebral, pneumonia e isquemia cardiovascular estão entre os maiores causadores de mortes.  

Outra questão preocupante é a poluição da água. O crescimento urbano desenfreado e a inexistência de projetos em saneamento básico desencadeiam o despejo de esgotos domésticos e industriais em rios e mares. Os efeitos são drásticos: extinção de ecossistemas marinhos, escassez de água doce e proliferação de doenças.

Ilhas de calor, inversão térmica e chuva ácida

Os gases poluentes jogados na atmosfera geram alterações nos fluxos de temperatura e chuvas.

As ilhas de calor equivalem o aumento das temperaturas em zonas altamente urbanizadas – concentração de prédios, concreto, e asfalto. Em contrapartida, os locais que possuem áreas verdes as taxas de temperatura oscilam de maneira natural.

Essas zonas urbanizadas podem também sofrer os efeitos da inversão térmica. O ar próximo à superfície – que em condições normais é quente – torna-se mais frio que o ar das camadas mais elevadas. Isso impede a circulação do ar quente e a dissipação das partículas poluentes.

Já a chuva ácida é a junção da água natural das chuvas com substâncias químicas da queima de combustíveis, a chamada precipitação de ácido sulfúrico e nítrico. Essa chuva afeta diretamente as florestas e biomas marinhos, e são responsáveis pela corrosão objetos e construções.

Efeito Estufa

O gás carbônico, o metano, o ozônio, o óxido nitroso e os variados clorofluorcarbonetos, quando despejados na atmosfera pela queima de combustíveis fosseis e tráfego de veículos, provocam o acúmulo de raios infravermelhos, provocando o aumento das temperaturas do planeta.

O derretimento das geleiras dos polos, aumento do nível do mar e a extinção de espécies voltadas para o consumo humanos são algumas das consequências desse efeito químico.

Lixos

Dentro dos problemas ambientais urbanos a problemática da coleta e distribuição final do lixo é uma dos assuntos mais preocupantes. O consumo desenfreado produz grandes quantidades de resíduos.

As cidades de países pobres ou tidos como emergentes não possuem sistemas eficazes de coleta e reciclagem de lixo. Além de causar danos à saúde, o descarte inadequado gera inundações e deslizamento de encostas das áreas de risco.

O lixo também elabora chorume e emite metano, que em decomposição transforma-se em dióxido de carbono, um dos compostos responsáveis pelo Efeito Estufa.

De acordo com estudo da Associação Brasileira Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, 6,9 milhões de toneladas de lixo não foram coletadas pelos órgãos municipais em 2017.

Os que passam pelo sistema de coleta são enviados para lixões ou aterros sanitários que não têm mecanismos de proteção dos solos, dos lençóis freáticos e das zonas entorno.

Problemas Ambientais Urbanos: cidades sustentáveis

Segundo cálculos da Organização Mundial da Saúde, até 2050, 70% da população mundial viverá nas cidades. Diante desse cenário, alguns países têm apostado em soluções para os principais problemas ambientais urbanos, as chamadas cidades sustentáveis.

Os primeiros países no ranking da sustentabilidade são:

  • Suécia
  • Dinamarca
  • Finlândia
  • Alemanha
  • França
  • Noruega
  • Suíça
  • Eslovênia

Esses locais adotam medidas voltadas para diminuição dos gases que contribuem com o aquecimento global, conscientização sobre o uso da água e de energias renováveis (solar, dos ventos, etc), além dos eficazes sistemas de coleta e reciclagem do lixo. 

Outra preocupação das cidades sustentáveis é a mobilidade urbana – tentativa de diminuir o uso intensivo de veículos e incentivar o consumo de transportes não poluentes (bicicletas, carros elétricos, entre outros).

Observa-se que os países que mais investem em sustentabilidade são aqueles com altos índices de alfabetização e de fácil acesso à serviços básicos. Buscam movimentar a economia sem prejudicar o meio ambiente.

Algumas cidades brasileiras estabelecem práticas sustentáveis, a exemplo de João Pessoa, Curitiba e Londrina.

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