Resumo de Biologia - Prolactina

A prolactina é mais conhecida por ser o hormônio responsável por estimular a produção do leite materno nas glândulas mamárias durante o período de amamentação. Mas o que pode ser curioso para algumas pessoas é que esse hormônio também é produzido no corpo masculino.

O hormônio é produzido e expelido na adenoipófise, uma glândula situada no lobo anterior da hipófise. Ele faz parte do sistema endócrino. Nas mulheres, é responsável ainda pelo aumento das mamas no período da gestação, o que prepara o local para a produção do leite.

A prolactina, ou PRL, na abreviação, é formada por 198 aminoácidos e tem peso molecular de 23.000 daltons (DA). Ela tem maior presença nas mulheres do que nos homens, mas se produzida em excesso, pode acarretar vários problemas de saúde em ambos os sexos.

Além de desempenhar um importante papel na amamentação, o hormônio tem outras funções indispensáveis no organismo, tanto em mulheres como em homens. No corpo humano, o hormônio tem papel no sistema imune, como por exemplo, no processo inflamatório.

Além disso, desempenha papel na hematopoiese, ou seja, na produção de células do sangue. Esse hormônio participa ainda da angiogênese, que é a formação de vasos sanguíneos,; e ainda está presente no processo de cicatrização e na formação de trombos.

A prolactina é usada também em diferentes tratamentos médicos, como por exemplo nos exames para verificar fertilidade da mulher ou na ginecomastia. Mas o hormônio é usado ainda nos tratamentos de hiperprolactinemia pós-parto, amenorreia secundária, disfunção erétil, oligomenorreia e hipogonadismo masculino.

Prolactina na gravidez

O corpo da mulher passa por muitas transformações durante toda a gravidez, desde mudanças hormonais até aumento de peso. O período que vem após o parto é marcado pela fase da amamentação da criança, e é a prolactina a principal responsável por essa fase.

Desde antes do parto, esse hormônio já passa por um aumento na produção, e isso continua durante toda a fase em que a criança é amamentada. A principal influência para esse aumento é a junção de alguns fatores, como o período de aleitamento materno. Mas a própria gravidez já envia sinais de que o corpo deve aumentar a produção do hormônio.

Além disso, o estrogênio também influencia na produção da prolactina. O estrogênio é um hormônio que está relacionado a funções corporais femininas, como por exemplo a ovulação. Mas a produção da prolactina pode ser influenciada também por medicamentos, assim como pressões físicas, psicológicas e estresses com níveis moderados.

Durante o período de amamentação, a produção da prolactina pode aumentar em até 20 vezes o seu nível normal. A produção desse hormônio é maior durante a parte da noite. Essa produção continua alta mesmo durante o puerpério, que é o período que marca as mudanças no corpo da mulher, desde antes até depois do parto.

Produção excessiva

Apesar de estar presente no corpo humano, cumprindo, inclusive, papel fundamental no aleitamento materno, a prolactina quando produzida em excesso pode acarretar diversas alterações na saúde.

Existem diferentes causas para essas alterações, e seus efeitos podem ser diferentes em ambos os sexos. A hiperprolactinemia é o nome dado ao problema de saúde acarretado pelo aumento na produção de prolactina.

Não existe um motivo único definido que leva a hiperprolactinemia. Mas dentre os possíveis fatores estão mutações que são transmitidas hereditariamente. Essas mutações podem ser desencadeadas por fatores internos ou externos, como por exemplo, problemas emocionais.

A ingestão de algumas substâncias também pode desencadear esse problema de saúde. Dentre essas substâncias estão os estrogênios, as fenotiazinas, a metildopa, a reserpina e a cimetidina. Além dessas, exercem essa influência também os antidepressivos tricílicos, os anti-hipertensivos e a butirofenona.

O hipotireoidismo, doença é causada por uma baixa na produção das glândulas da tireoide, também pode ser um dos fatores que levam ao desenvolvimento da hiperprolactinemia. Lesões hipotalâmicas são outros possíveis fatores para a doença.

A ovariectomia, ou ooforectomia, uma remoção feita cirurgicamente para remover um ou ambos ovários, é outro possível causador. Essa remoção é feita em tratamentos, como por exemplo a remoção de cistos.

No caso das mulheres, o próprio período de gravidez, de parto e amamentação, e até o puerpério, podem desencadear uma produção em excesso da prolactina.

Efeitos nos homens

Quando a hiperprolactinemia atinge os homens, ela pode prejudicar a produção da testosterona, o principal hormônio sexual masculino. Esse problema pode acarretar problemas como a impotência sexual, fraqueza muscular e até irritação.

A hiperprolactinemia pode causar ainda a ginecomastia, ou aumento das mamas masculinas. Essa alteração pode gerar neoplasia, mais conhecido como câncer, tanto de forma benigna quanto de forma maligna.

Efeitos nas mulheres

Dentre os principais efeitos da hiperprolactinemia nas mulheres estão a infertilidade, ou esterilidade, e alterações nos períodos menstruais.

Diagnóstico e tratamento

Apesar de provocar vários problemas de saúde, a hiperprolactinemia pode ser tratada e tem cura. O diagnóstico da doença pode ser feita, por exemplo, através de ressonância magnética ou de tomografia computadorizada.

O tratamento da doença pode ser feito através de medicamentos e acompanhamentos com especialistas, como o endocrinologista.