O protecionismo tem uma política diferente do livre comércio. No protecionismo, o governo cria barreiras e taxações para que as mercadorias das empresas internacionais, principalmente as de multinacionais, tenham que pagar um pouco mais para que seus produtos circulem no país. Além disso, os produtos importados, são restritos.
O protecionismo é uma doutrina que está presente em vários países do mundo, como os Estados Unidos e a China. A diferença é que uns estão em graus maiores e outros menores. O objetivo do protecionismo é beneficiar as atividades econômicas internas.
Ao restringir a quantidade de importações de produtos estrangeiros, a medida busca valorizar o comércio e movimentar a economia local.
O protecionismo sempre causou muitas divisões. Depois da Revolução Francesa, o livre comércio foi muito incentivado, e para algumas pessoas, esse modelo tinha dado certo.
De fato, uma parcela da sociedade tinha conseguido ascender e apresentar melhoria nos padrões de vida. Mas logo após as crises econômicas, desemprego e principalmente o aumento da disparidade entre as classes sociais, as medidas protecionistas voltaram a vigorar.
O liberalismo econômico não tinha dado certo. Ficava claro que a ausência de um Estado fiscalizador também não era a solução.
Em 1 de janeiro de 1995 surgia a Organização Mundial do Comércio (OMC). Um órgão responsável por fiscalizar e tornar viável as relações comerciais entre os países. Essa instituição também se incumbe de supervisionar as medidas protecionistas.
Atualmente, há uma tentativa de conciliar os dois termos. Os críticos desse sistema ainda acreditam que a medida só beneficia empresas que mantém relações políticas, afirmam que como não existem muitos concorrentes, os comerciantes elevam o preço das mercadorias, e não investem em inovação. Como resultado, os consumidores, sem alternativas, têm que pagar caro por aquele produto.
A origem do protecionismo
Em 1841, Georg Friedrich List, economista alemão, já fazia contra argumentações ao modelo liberal de Adam Smith. Smith tinha elaborado uma teoria para a economia moderna, na qual afirmava que o potencial de trabalho e a ausência de intervenções estatais garantiria a prosperidade de uma nação.
Friedrich List acreditava no oposto, e o contexto da época corroborava com suas ideias. Na proposição de Smith, em um comércio internacional livre, duas nações, independente do seu grau de desenvolvimento econômico e tecnológico, disputam como se estivessem em condições de igualdade.
List não achava isso justo. Para ele, era óbvio que esse sistema ia fazer com que as nações “atrasadas”, perdessem ainda mais espaço.
Na obra “Sistema Nacional de Economia Política”, List faz uma comparação entre a Inglaterra e a Alemanha. Os ingleses estavam passando pela Revolução Industrial, novas tecnologias e crescimento urbano.
Já a Alemanha ainda estava longe de ser um país industrializado e desenvolvido. Como esses dois países que viviam fases tão distintas, podiam entrar em uma disputa comercial de forma igualitária?
Os países menos adiantados deveriam se equiparar primeiro, e depois concorrer com as demais potências. E enquanto isso não acontecesse, seria preciso criar um sistema protecionista para salvaguardar as indústrias nacionais, e ajudá-las a se desenvolver.
Com a chegada do capitalismo financeiro no final do século XIX e início do século XX, os oligopólios industriais e bancários começam a surgir.
Os principais autores do protecionismo, como Vladimir Lenin e Rudolf Hilferding, influenciados pelo marxismo apontam que a livre-concorrência não daria conta de suportar esse sistema, o Estado precisava intervir.
De acordo com esses teóricos, o protecionismo era essencial para a expansão do capital nacional. O Estado, em companhia dos bancos e indústrias lucrariam com o comércio ao passo que também deveriam protegê-las.
O protecionismo garantia que as empresas exportassem mais, obtivesse lucro e possibilidades de competir no comércio externo.
Com o passar do tempo, além da exportação das mercadorias, que já atingia várias regiões, as empresas passariam a exportar a produção. Isso quer dizer que elas ocupariam fisicamente outros territórios.
Além de avançar economicamente, outros países também poderiam compartilhar do progresso.
Medidas protecionistas
Das medidas de protecionismo conhecidas, temos:
- Barreiras tarifárias – tarifas altas e normas que regulamentam os produtos estrangeiros.
- Empréstimo para a indústria nacional.
- Quotas de importação – Restrição da quantidade de produtos importados