O Rei Arthur é um lendário personagem britânico que liderou a defesa da Grã-Bretanha contra invasores
no final do século V e no início do século VI.
De acordo com a história medieval e também romances de cavalaria, os invasores eram saxões – confederação de tribos germânicas. Arthur venceu doze batalhas sucessivas na Idade Média Britânica.
A história detalhada de Arthur é composta por invenções literárias e folclore. Seu nome é citado em várias poesias medievais e lendas.
Os historiadores contemporâneos debatem vários pontos de sua existência histórica e buscam estabelecer, a partir de várias fontes, o contexto histórico em que o rei está inserido.
Ele despertou interesse internacional por causa da popularidade que a crônica História dos Reis da Bretanha alcançou
. Nela, Arthur é retratado como um grande guerreiro e também como uma figura mágica e folclórica que defendia a Bretanha de inimigos tanto humanos quanto sobrenaturais.
A literatura Arturiana evoluiu na Idade Média, mas nos séculos seguintes decaiu e em XIX renasceu novamente. A verdade é que a lenda de Arthur continua viva até os dias atuais, tanto na literatura quanto no cinema, no teatro, na televisão, nos quadrinhos e em outras opções de mídias.
Nascimento do Rei Arthur
Arthur nasceu na Grã-Bretanha e era filho primogênito de Uther Pendragon e da duquesa Ingraine. A duquesa era casada com Garlois e o casal tinha uma filha chamada Morgana. Uther se interessou por Ingraine e se aproveitou do fato de que o marido dela estava no campo de batalha para conquistá-la.
Para atingir seu objetivo, Pedragon pediu para que Merlin modificasse toda sua aparência e o deixasse igual a Garlois. Em troca disso ele deixaria que o filho que viesse a nascer dessa união fosse educado pelo mago. Sendo assim, Ingraine iria confundi-lo como seu marido.
Logo depois, ao receber o corpo do marido, Ingraine percebeu que foi enganada, mas como já era tarde, resolveu casar-se com Pendragon.
Nove meses depois, nasceu Arthur. Seguindo o conselho do mágico Merlin, ele foi educado em um local secreto, pois ninguém poderia descobrir a sua verdadeira identidade. Cresceu como escudeiro de Kay, filho de Ector.
A lenda do Rei Arthur
As histórias de Arthur aconteceram na época em que os bretões estavam dominando a Grã-Bretanha nos séculos V e VI. Trata-se dos celtas que acabaram adotando os costumes romanos quando ainda moravam na ilha. Mesmo depois de enfrentarem inimigos externos, denominados saxões, o povo bretão lutava entre si para formar alianças.
Os registros do Ciclo Arturiano tinham como cenário a Alta Idade Média, quando a Bretanha foi catequizada. Por essa razão, eles tiveram que conviver com as celebrações do cristianismo, do paganismo e também com a magia. Daí surgiram referências a magos e sacerdotisas em igrejas e mosteiros.
Sobre os bretões
Quando o pai de Arthur morreu, a Grã-Bretanha ficou sem rei.
Kay foi consagrado cavaleiro, sua espada acabou se partindo e Arthur teve que correr para encontrar outra arma. Conta a lenda que em uma floresta britânica havia uma pedra com uma espada cravada e a seguinte descrição em ouro:
“Qualquer um que extrair esta espada desta pedra será o rei da Inglaterra por direito de nascimento”
.
Vendo aquela espada, muitos tentaram, mas só Arthur conseguiu puxá-la da pedra.
Quando entregou a espada para Kay, o pai adotivo logo reconheceu a arma e pediu para ser levado ao local encontrado. Lá cravaram a espada na pedra e Arthur, para a surpresa de todos, novamente conseguiu tirar com facilidade, sendo logo reconhecido pelos soberanos. Depois dali, ele foi coroado rei por Merlin.
Em uma luta, a espada se partiu ao meio e Merlin a levou para um lago onde uma mão misteriosa surgiu das águas e lhe entregou a Excalibur – espada que deixaria Arthur invencível nos combates. Ele participou de doze batalhas e em todas elas saiu vitorioso juntamente com seu exército.
Família do Rei Arthur
Arthur foi inserido em antigos rituais pagãos, e prometeu proteger esses povos. Em uma das festas de rituais, ele acabou se envolvendo com sua própria meia-irmã Morgana e teve com ela um filho chamado Mordred. No entanto, algumas publicações afirmam que Mordred na verdade era sobrinho de Arthur.
Reforçando alianças com os senhores feudais católicos, Arthur se casou com a princesa de Guinevere, conhecida por ser bela e piedosa. Apesar da união, a rainha era apaixonada pelo melhor amigo do rei, o cavaleiro Lancelot. Eles moravam no castelo de “Camelot”, no alto de uma montanha, onde se reunia a Távola Redonda e seus cavaleiros.
Apesar de Arthur colecionar vitórias nas batalhas que participava, o casal real não conseguia ter herdeiros. Guinevere acreditava que aquilo era uma espécie de castigo por ela desejar outro homem, enquanto que o Rei Arthur acreditava que o problema estava nele.
Morte de Rei Arthur
O Rei Arthur foi seriamente ferido por Mordred quando participava da Batalha de Camelot.
No entanto, ele matou Mordred. Rei Arthur pediu ao seu fiel escudeiro sir Bevedere para que o levasse para a beira do lago e lá jogasse a espada Excalibur.
Assim é feito e a mão misteriosa da Dama do Lago apareceu para receber a espada. Reza a lenda que logo depois as sacerdotisas de Avalon surgiram em uma embarcação para levar o rei para uma ilha onde iria fazer tratamento para ser curado.
Não existem registros reais desse acontecimento e também não se pode afirmar ao certo se o rei Arthur realmente existiu.
O que se sabe é que, na verdade, ele não foi rei, mas deve ter sido um grande guerreiro que estava sempre à frente nas batalhas. Historicamente, ele é retratado sempre como um rei bondoso e honesto.
Távola Redonda
De acordo com a lenda, alguns homens foram sorteados para participar da mais alta ordem da cavalaria – a Távola Redonda, na corte do Rei Arthur, que também fazia parte da mesa, dentro do Ciclo Arturiano. As reuniões eram feitas em Camelot.
O número de participantes cavaleiros da Távola Redonda varia em diferentes histórias, entre 12 e 150 ou até mais. Os componentes do grupo deveriam ser homens puros de coração e viver de acordo com os preceitos cristãos.
Távalo significa “mesa” em italiano e essa denominação foi consagrada no português do Brasil. Seu formato era redondo, sem cabeceira para igualar a importância de todos os participantes. Não havia liderança.
Alguns membros da Távola Redonda:
- Kay
- Lancelot
- Gaheris
- Bedivere
- Lamorak de Galis
- Gawain
- Galahad
- Tristão
- Gareth,
- Percival
- Boors
- Geraint
Em uma dessas reuniões os componentes tiveram uma visão do Santo Graal, o cálice que Jesus Cristo teria usado na última santa ceia. Isso provocou uma competição entre os cavaleiros para ver quem conseguiria encontrar o objeto sagrado primeiro. Segundo as histórias, só três conseguiram alcançar o objetivo: Boors, Galahad e Perceval.