Resumo de Biologia - Reino Monera

O Reino Monera é formado por seres vivos unicelulares, procariontes e autótrofos. Ele é compreendido pelas bactérias, cianobactérias e arqueobactérias (ou Archaea).

O termo “monera” passou por grandes mudanças ao longo do tempo, principalmente, após o estudo mais aprofundado realizado por cientistas no que tange a estrutura, origem e evolução das espécies.

Atualmente, muitos estudiosos deixaram de chamar esse grupo de “Reino Monera” e adotaram as nomenclaturas de “Reino Bactéria” e “Reino Archaea“.

Assim, as espécies ficam divididas em dois grupos: bactérias (incluindo as cianobactérias), representando o maior número de espécies; e as arqueobactérias ou Archae, bactérias mais antigas, compondo uma menor quantidade.

Reino Monera – Bactérias (atual Reino Bactéria)

O Reino Bactéria (nova divisão do Reino Monera) compreende as verdadeiras bactérias e as cianobactérias.

Elas se reproduzem de maneira muito rápida, adaptam-se perfeitamente ao ambiente terrestre, sendo encontradas em todos em qualquer ecossistema da Terra. Por isso, estão espalhadas no mar, no solo, no ar, e até mesmo no interior dos seres vivos.

As células bacterianas possuem os componentes fundamentais de qualquer célula como: membrana plasmática, hialoplasma, ribossomos e cromatina (uma molécula de DNA circular), que institui o único cromossomo bacteriano.

Nesse cromossomo, é comum a presença de plasmídios espalhados pelo hialopalasma, embora as moléculas de DNA não sejam ligadas a ele. Geralmente, esses plasmídios contém genes que produzem resistência a antibióticos.

A região ocupada pelos cromossomos é denominada nucleoide, pois na área externa da membrana plasmática existe uma parede celular (membrana esquelética específica de bactérias)

Elas podem construir agrupamentos coloniais ou viverem isoladas. As denominações podem variar, dependendo da forma como se apresentam:

  • Cocos: possuem formato arredondado ou esférico. Classificam-se de acordo com a forma em que se agrupam, formando diversos tipos de colônias: diplococos (dois cocos), estafilococos (formam cachos), estreptococos (enfileiradas), pneumococos e tétrade.
  • Espirilos: as bactérias espiraladas apresentam forma de espiral. São divididas em dois grupos: espiroquetas e espirilos. Além disso, podem causar doenças como a sífilis.
  • Vibriões: essas bactérias apresentam-se em forma de vírgula.
  • Bacilos: apresentam formas alongadas. Elas podem possui flagelos para se movimentarem, ou não. Os bacilos podem causar diferentes doenças como, por exemplo, a febre tifóide e a salmonela.

No geral, esses microrganismos são menores do que 8 micrômetros (1µm = 0,001 mm). Assim, só podem ser vistas com ajuda de microscópio.

Cianobactérias

Esse tipo de bactéria é muito encontrado na água doce, na água do mar e em ambientes úmidos, pois a grande quantidade de matéria orgânica presente nesses locais favorece o aparecimento de microrganismos. Os formatos das cianobactérias variam entre esferas, bastões ou filamentos.

Todas as cianobactérias são capazes de realizar a fotossíntese, mas nesse caso, a clorofila está espalhada pelo citoplasma e não organizada nos cloroplastos, como acontece nas plantas. Quando essas bactérias se proliferam, elas produzem um fenômeno chamado de eutrofização.

Importância das bactérias

No Reino Monera, a maioria das espécies de bactérias exercem a função de decompositores nas cadeias alimentares. Ou seja, elas conseguem desfazer a matéria orgânica morta e devolver para o ambiente em forma de molécula simples (inorgânicas), que podem ser aproveitadas por outros seres vivos.

O processo de decomposição pode ser feito tanto de forma aeróbia (com oxigênio) quanto anaeróbica (sem oxigênio). Porém, a importância dessas bactérias não está vinculada, somente, à decomposição da matéria, elas também estão presentes em processos químicos e industriais como a fabricação de iogurtes, por exemplo.

Reino Monera – Arqueobactérias (atual Reino Archaea)

São microrganismos que vivem em ambientes extremos. Elas se diferem de maneira perceptível quando estão em ambientes favoráveis a sua sobrevivência. As arqueias são organismos procariontes (não tem núcleo definido) e quimiotróficos (não necessitam de oxigênio).

Elas são encontradas em fontes de água quente, ambientes ácidos, nas profundidades das geleiras e até podem produzir o metano.  As arqueobactérias mais conhecidas do Reino Monera são: e.coli e a salmonela. Veja outros tipos de bactérias pertencentes a esse grupo.

  • Bactérias metanogênicas: são exemplos de arqueobactérias anaeróbias, ou sejam, vivem na ausência de oxigênio. São encontradas em regiões profundas dos oceanos, áreas de pântanos e ainda no sistema digestório dos animais ruminantes, atuando na digestão da celulose. Além disso, são capazes de fabricar gás metano. Essa produção ocorre nas estações de tratamento de lixo orgânico. O gás metano, presente em reservas naturais, foi produzido com a ação destas bactérias há milhões de anos atrás;
  • Bactérias halófilas extremas: essas bactérias estão presentes em áreas aquáticas com maior concentração de sal. São encontradas no Mar Morto, e em salinas, que são lagoas formadas pela água do mar para a produção do sal de cozinha;
  • Bactérias termófilas extremas: são bactérias quimiossintetizantes (obtém energia através da oxidação do enxofre). Elas são capazes de sobreviver em águas com temperaturas muito elevadas (entre 70º e 150ºC). Exemplo: fendas vulcânicas. No reino monera, as espécies mais comuns de arqueobactérias são: Nanoarchaeum equitans, Halobactéria sp., Sulfolobus sp.