Resumo de História - Segunda Revolução Industrial

A Segunda Revolução Industrial aconteceu entre 1850 e 1870 e marcou a evolução da sociedade com avanços tecnológicos em alguns países da Europa, como França e Inglaterra, e os Estados Unidos. Foi um período de grandes descobertas, invenções e reutilizações.

As novas tecnologias e o aprimoramento de materiais representaram um grande conforto para os seres humanos, mas em contrapartida, geraram uma relação de dependência dos países menos desenvolvidos com os mais desenvolvidos, já que não estes atingiram o processo de revolução.

Pessoas de diferentes lugares do mundo passaram a consumir e a utilizar produtos originados no Japão, Bélgica, Alemanha, Itália, além das potências (França, Inglaterra, Estados Unidos), onde os avanços da Segunda Revolução Industrial foram ainda mais influentes.

Descobertas da Segunda Revolução Industrial

Ao final do século XVII surgia na Inglaterra um dos maiores processos de transformação da sociedade. Com os lucros obtidos através da Revolução Gloriosa, comércio e expansão industrial, além da abundância de carvão mineral e ferro, os ingleses construíram um ambiente favorável para a industrialização.

Esse processo ficou popularmente conhecido como Primeira Revolução Industrial. Após essa fase inicial, já na metade do século XIX, os incentivos para pesquisas e os métodos de produção aumentaram, exigindo que os recursos fossem aprimorados, visando um possível aumento de lucratividade. Isso foi o início da Segunda Revolução Industrial.

Nessa época, a eletricidade já era um pouco conhecida, porém o seu uso era limitado ao desenvolvimento de pesquisas laboratoriais.

Com o tempo, o fornecimento de energia passou por um desenvolvimento técnico que aprimorou os seus recursos, permitido que ela pudesse ser transmitida a longas distâncias, oferecendo um custo menor se comparado ao vapor.

A criação da lâmpada incandescente, em 1879, foi primordial, pois representou um grande marco para os sistemas de iluminação de grandes centros urbanos e industriais daquela época.

Dessa forma, o uso de energia elétrica desencadeou um série de outros processos como a invenção do telégrafo, o uso do motor a explosão, e a descoberta de corantes sintéticos.

Com isso, muitos cientistas foram estimulados a elaborar teorias e novas máquinas que fossem capazes de diminuir o tempo de fabricação e reduzir custos, além de estimular o aumento de consumo.

O petróleo também foi um recurso que teve a sua ascensão durante a Segunda Revolução Industrial. Antes, a sua utilização era limitado ao funcionamento de sistemas de iluminação, mas com a invenção do motor a combustão, ele passou a ser utilizado em um ritmo de produção mais avançado.

Seguido da utilização do petróleo, a química foi um setor de descobertas múltiplas, pois proporcionou o conhecimento de outros derivados dessa substância como fonte de energia, além do descobrimento do plástico e do poder explosivo da nitroglicerina.

A inovação das fontes de energia e também a produção de aço permitiu a implantação de novos meios de locomoção, mais rápidos e mais baratos. Com isso, foram construídas muitas estradas de ferro. Os Estados Unidos e a Europa possuíam juntos cerca de 200 mil quilômetros de trilhos construídos.

Pesquisadores dessa etapa estimam que mais de dois milhões de pessoas foram empregadas na manutenção das estradas de ferro. Já no setor de automação em 1920 surgiram as linhas de montagens com o uso de esteiras rolantes (local em que os produtos circulavam antes de serem montados). 

Fordismo

A indústria química e metalúrgica foram os setores que mais se destacaram durante a Segunda Revolução Industrial. Isso se deve principalmente ao uso do aço, pois foi com ele que a siderurgia conquistou seu espaço.

A Ford, indústria automobilística de automóveis de Detroit, nos Estados Unidos, foi a pioneira no experimento de esteiras rolantes. Ela criou esteiras que faziam o chassi percorrer por toda a fábrica. 

Essa forma de montagem se tornou o paradigma de regulação técnica e do trabalho reconhecido em todo o mundo industrial como modelo “fordista” ou Fordismo. A característica desse processo era o uso de tecnologias envolvendo a metalurgia, a petroquímica, o motor a explosão e a eletricidade.

Taylorismo

O taylorismo marcou a divisão das funções, ou seja, houve a separação entre a concepção e execução.

Frederick Taylor, engenheiro e principal fundador desse sistema, deu continuidade ao fordismo, porém separou o trabalho intelectual (quem cria), do trabalho manual (realizado pelos operários).

Essa série de segmentações dissociava o trabalho considerado, até então, organicamente integrado. Isso estimulou o desenvolvimento de grandes indústrias e a geração de grandes concentrações econômicas.

Com isso, foram criadas as holdings, trustes, cartéis, e Taylor elaborou um sistema que designou de organização científica do trabalho (OIT).

Medicina

Não só o setor de indústria foi beneficiado com os avanços da Segunda Revolução Industrial, mas também medicina. Em 1816, foi criado pelo francês Laënnec, o estetoscópio (aparelho muito utilizado pelos médicos para fazer a escuta dos batimentos cardíacos)

No Estados Unidos, foi desenvolvida a anestesia com o uso de éter e clorofórmio, além de substâncias que viraram medicamentos nas mãos do francês Jean Pierre Robiquet, em 1830.

Tudo isso ajudou a aumentar a expectativa de vida da população.

Expansão Territorial

Entre o século XIX e XX a Segunda Revolução Industrial proporcionou ao mundo uma variedade de criações e inovações. A construção das estradas de ferro diminuiu as distância entre uma região e outra. Assim, não só as pessoas como os materiais e produtos puderam ser transportados para mais longe e em menos tempo.

O envio de cartas também passou a ser mais eficiente, levando notícias e informações antes restritas a localidade.

Como consequência o mundo se transformou. Alguns países começaram a desenvolver interesses políticos e econômicos por outros menos desenvolvidos, iniciando um processo de expansão territorial.

A esse processo deu-se o nome de Imperialismo ou Neocolonialismo. No território brasileiro, os avanços da Segunda Revolução Industrial só começaram a ser sentidos de fato na metade do século XX quando o presidente Getúlio Vargas implantou a estatização de minerais e criou indústrias.

Consequências da Segunda Revolução Industrial

Por fim, todas as evoluções desse “novo” modelo industrial permitiram o aumento da produção em menor tempo. Transformaram as cidades, os países e fomentaram as conquistas territoriais. Produtos que antes levavam dias para ficarem prontos passaram a ser produzidos em horas, ou alguns minutos.

Porém, na contramão desses benefícios muitos trabalhadores foram prejudicados com a substituição de sua jornada por máquinas.

Nesse período, aumentaram consideravelmente o surgimento de doenças e os casos extremos de acidentes de trabalho devido as péssimas condições de trabalho. Além disso, os baixos salários que os operários recebiam não eram suficientes para a subsistência digna nas cidades.

A Segunda Revolução Industrial chegou ao fim durante o período da Segunda Guerra Mundial.

Resumo sobre a segunda Revolução Industrial

  • Conjunto de novas tecnologias, métodos e produtos fabricados que se expandiu pelos países europeus e nos Estados Unidos a partir da segunda metade do século XIX;
  • Empresas sentiam necessidade de aumentar a margem de lucro, descobrindo novas matérias-prima capazes de melhorar o modelo de produção;
  • Inglaterra começou a Segunda Revolução Industrial;
  • Petróleo foi uma das grandes descobertas da época, levando também a descoberta do plástico;
  • Fornecimento de energia elétrica foi facilitado, diminuindo o custo e tornando acessível à população.