A sífilis é uma DST – Doença Sexualmente Transmissível. Ela é caracterizada por apresentar verrugas, feridas e ter várias fases.
Apesar de poder levar à morte se não for corretamente tratada, a sífilis, uma vez contraída e rapidamente diagnosticada, pode ser facilmente curada sem grandes traumas ao paciente.
Existem três fases da doença, mas a evolução só acontece se não for tratada corretamente. Ela é uma das doenças causadas por bactérias, especificamente pela bactéria Treponema pallidum.
Veja uma explicação sobre a sífilis:
Fases da sífilis
Fase primária
A sífilis primária dá sintomas pouco tempo depois do contágio, entre 7 e 20 dias. Os primeiros sintomas são: inchaços dos gânglios, verrugas ou feridas nas genitais ou boca.
Na primeira fase, as feridas da sífilis são indolores, com pouca ou nenhuma secreção, e sem pus. Elas somem em poucas semanas e, por isso, o portador acredita que tratou-se de uma simples ferida que já sarou.
Fase secundária
Quando tudo parece tranquilo, as feridas e verrugas que já haviam sumido reaparecem mais ou menos um mês depois. “Pode ser apenas uma alergia”, pensa tranquilamente quem possui a sífilis sem saber.
Mas o cabelo começou a cair. “A alergia está forte, o que será?”, se pergunta o paciente. O peso diminui, a pessoa sente febre e dor de cabeça. E assim começa a segunda fase da sífilis. Sintomas corriqueiros e facilmente confundidos, como um simples mal-estar ou um problema de pele são comuns.
Como na primeira fase, no momento secundário da sífilis os sintomas podem desaparecer, mesmo sem tratamento.
Fase terciária
Cerca de 20 anos depois de algumas verrugas e mal-estar acompanhado de manchas de pele, os sintomas mais severos aparecem. Nesse momento surgem feridas maiores, com mais secreção e tomam o rosto e as parte íntimas. Problemas neurológicos também acontecem, bem como cegueira e problemas cardíacos.
Quando o paciente chega na terceira fase da sífilis sem tratamento, a doença pode levar à morte, por conta das complicações.
Outras fases
Além das três fases evolutivas da sífilis, há também outros três tipos característicos: latente, congênita e decapitada.
A sífilis latente é o período em que a bactéria causadora já está no corpo, mas não causa sintomas.
O tipo congênito acomete a quem nasce com sífilis. Quando uma mulher engravida doente, o risco de infecção ao bebê é grande. Quando não há o aborto espontâneo, os riscos de a criança nascer com deficiências e/ou má formações são grandes.
E a sífilis decapitada é aquela transmitida por transfusão de sangue, e só apresenta segunda fase. Hoje em dia é um tipo raro, quase inexistente de transmissão, já que existe uma triagem antes de casa transfusão para que isso não ocorra. A transmissão dessa doença pelo sangue tem maior probabilidade de ocorrer quando há compartilhamento de seringas de drogas injetáveis.
Contágio
A maior forma de transmissão é através do contato sexual, mas diferente do HIV, não ocorre pela secreção vaginal ou peniana, mas pelas úlceras que se abrem nas genitálias.
Portanto, apesar de ser a melhor forma de proteção, o preservativo não protege totalmente no caso da sífilis, mas ajuda evitar o contágio. As feridas fora da área coberta pela camisinha farão a transmissão de qualquer maneira. O contato da boca com as lesões também é uma forma de transmissão, bem como o parto.
Diagnóstico
O diagnóstico da sífilis só pode ser dado por um médico após uma avaliação do sangue ou das lesões que apareceram.
Se for através do sangue, o exame deve ser feito com cerca de 3 semanas, para que seja possível detectar a bactéria. Pode-se também analisar as erupções cutâneas, ou seja, as feridas que surgem na pele.
Já nos casos avançados é necessário um exame de líquor para analisar se o sistema nervoso não foi afetado.
Tratamentos
Como a sífilis é uma doença bacteriana, deve ser tratada com o uso de antibióticos, principalmente a penicilina. O médico é quem vai designar quais as doses e qual o período em que se deve tomar a medicação.
Quanto mais avançada esteja a sífilis, mais demorado será o tratamento. Tudo irá depender também de como o organismo reagiu à presença da bactéria e ao medicamento. Algumas pessoas podem ter alergia à penicilina, então é necessário fazer um pequeno tratamento de dessensibilização.
Alergia à penicilina e dessensibilização
A alergia à penicilina pode ser descoberta ao esfregar um pouco do remédio na pele. Caso apresente coceira e vermelhidão, o paciente possui alergia.
Esse teste é feito antes de começar o tratamento contra a sífilis por um profissional especializado.
A dessensibilização é feita em pacientes gestantes ou com problemas neurológicos. É um tratamento contra a alergia para que o corpo não seja mais sensível à penicilina, ao menos durante o tratamento.
Reações ao tratamento
A penicilina pode causar reações adversas, mesmo em pacientes não alérgicos. Calafrios, dores musculares e febres, dentro das primeiras 24 horas após o uso da medicação.
Nesses casos o médico receita antitérmicos e analgésicos para alívio dos sintomas.
A penicilina só é contraindicada para os pacientes que possuem a Síndrome de Stevens-Johnson, dermatite exfoliativa e necrólise epidérmica tóxica. Nesses casos, outros antibióticos são administrados.