Resumo de História - Sionismo

O sionismo também é conhecido como nacionalismo judaico. Foi uma atividade política que defendia o direito a um Estado nacional judaico autônomo, emancipado, e soberano. O sionismo defendia também a preservação da identidade judaica e o retorno de todos os judeus ao seu local de origem.

Durante muito tempo o povo de Israel esteve em constante deslocamento, geralmente ocasionado pelas guerras e conquista do território por outros povos. À medida que esses conflitos aconteciam, a população era expulsa de sua comunidade de origem e se via obrigada a construir novos arranjos em outros países fora de Israel.  

A trajetória do povo de Israel

De acordo com a Bíblia, a origem do país e do povo de Israel começa com um homem chamado Abraão. Há cerca de 4.000 anos ele foi escolhido por Deus e recebeu dele uma terra, Canaã, que seria de seus descendentes para sempre.

A confirmação dessa profecia veio através de Jacó. Isaque, filho de Abraão teve dois filhos, Esaú e Jacó. De acordo com a tradição judaica, o filho mais velho, tinha direito a benção da primogenitura, uma espécie de herança especial que o pai passava para o filho mais velho.

Mesmo sendo o mais novo, Jacó queria receber a benção que seria destinada ao irmão. Por isso aproveitou a velhice do pai, se fez passar por Esaú e roubou a benção. Por conta disso, ele teve que fugir, pois Esaú queria matá-lo.

Mas durante a sua peregrinação ocasionada pela fuga, Deus falou com ele. Não só falou como lutou com ele e depois disso mudou seu nome para Israel, que significa “aquele que luta com Deus”.

Jacó teve 12 filhos que deram origem às 12 tribos de Israel: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar, Naftali,Dã, Aser, Zebulom, Gade e José. 

Jacó morreu mas seus familiares se estabeleceram no Egito. Eles continuaram a crescer até se tornar um povo grande e numeroso. Temendo uma rebelião, o Faraó os tornou escravos e durante 400 anos o povo de Israel viveu sob esse regime.

Foi somente sob a liderança de Moisés que os israelitas saíram do Egito em direção à terra prometida. Aquela dada a Abraão.

Peregrinação e conquista da terra prometida

Assim que saíram do Egito, os israelitas foram em direção à Canaã. Mas eles percorrem um longo caminho. Foram 40 anos vagando no deserto mais todos os conflitos que envolviam a conquista da terra que já estava sendo ocupada por outros povos.

Foi preciso muito tempo até que o povo de Israel dominasse a região. Além das guerras que eram travadas com outros grupos, eles tinham que lidar com os desentendimentos internos. Era muito difícil liderá-los.

Observando os costumes das nações vizinhas, o povo de Israel também desejou ter um rei. Naquela época, eles ainda eram liderados pelos sacerdotes (descendentes de Levi) e chefes dos grupos.

O primeiro rei da história das tribos foi Saul. Durante um tempo ele foi temente a Deus e realizou grandes conquistas para a população. Mas em algum momento de sua trajetória ele foi desobediente. Seus descendentes não herdaram o reino.           

O segundo rei foi Davi. Conhecido por ter matado o gigante Golias, Davi foi um homem que teve muitas conquistas e à ele foi prometido que sua descendência sempre herdaria o trono.

Logo após a morte de Davi, Salomão, seu filho, se tornou rei. Ele foi conhecido pela sua sabedoria e por ter construído o templo de adoração a Deus. Mas na sua velhice ele se esqueceu de Deus, e por causa disso, o reino se dividiu em dois.

A própria Bíblia diz que “um reino dividido não subsiste”. Assim foi com Israel. A maior parte dos reis que vieram depois de Salomão, não conseguiram manter um padrão de liderança ou de santidade. Sendo assim, aos poucos o povo começou a experimentar o castigo de Deus. 

Diáspora Judaica

De acordo com a Bíblia, o povo de Israel sempre teria posse daquela terra se continuasse em obediência a Deus. Mas com o passar dos anos, eles foram se afastando e seguindo as tradições de outras religiões. Sendo assim, eles foram castigados com guerras e perseguições. Uma parte foi exterminada e a outra expulsa da terra.

A Bíblia relata que aqueles que ignorassem os mandamentos de Deus seriam dispersos e dominados por outros povos. Na história, a migração do povo judaico acontece a partir da invasão e conflito com outros povos que buscavam dominar a região e subjugar os israelitas.

A população de Israel estava dividida entre as tribos do Norte e Sul. Ao Norte ficava Israel com a capital em Samaria, e ao Sul Judá, com a capital em Jerusalém. A primeira invasão no território acontece no Norte, quando os assírios destroem as cidades e levam o povo cativo para a Assíria.

Depois, no ano de 586 a.C, Nabucodonodor II, imperador da Babilônia, invade Judá, destrói a capital Jerusalém e leva cativo os judeus para Mesopotâmia.

Uma parte da comunidade judaica consegue se estabelecer novamente no reinado de Ciro II, mas logo foram dominados pelos romanos e migraram para a Babilônia.

Em outro período histórico, 70 d.C os romanos destroem Jerusalém e forçam os judeus a fugirem para as regiões da Europa, África e Ásia Menor. O judaísmo até tenta se estabelecer, mas em seguida é rechaçado pela ideologia do nazismo.

Ascensão do Sionismo

O Sionismo, é derivado de “Sião”, nome do monte que ficava na zona sul de Israel, em Jerusalém. Esse monte também foi escolhido para ser o local em que seria construído o templo de adoração a Deus.

Foi o Sionismo que deu base para a criação do Estado de Israel. Theodor Herzl, um escritor e jornalista austro-húngaro, foi o criador dessa teoria. Para ele, os judeus tinham direito a uma pátria que anteriormente já havia sido estabelecida pela bíblia.  

Segundo Herzl, os judeus já tinham sofrido muitas perseguições e a criação de um Estado próprio os tornaria mais fortes. Esse movimento ganhou força porque foi justamente no período em que o antissemitismo, uma organização que pregava o ódio aos judeus, estava se espalhando pela Europa.

No primeiro encontro sionista, realizado em 1897, ficou definido que os judeus retornariam à Terra Santa.

O Sionismo foi um dos fatores responsáveis pela migração judia para a região da Palestina. Naquela época, 500 mil árabes já ocupavam aquela região.

Vários conflitos se instalaram porque para os Palestinos aquela terra também era sagrada. Mesmo assim, após a migração, o povo judeu ocupou a terra e se tornou independente em 1948 com a criação do Estado de Israel.