Resumo de História - Totalitarismo

O Totalitarismo assegura o líder como responsável direto pelo avanço econômico da nação.

Nele, as estatais têm grande atuação nas indústrias de tecnologias e básicas. Desta forma seus progressos possuem extrema importância para o desenvolvimento dos demais setores da economia.

Forças militares e comunicação

O militarismo era utilizado no Totalitarismo para o controle e a manutenção da ordem na sociedade, e isso ocorria de maneira violenta com torturas psicológicas e físicas, prisões arbitrárias e perseguições políticas.

Existia também um desejo de retornar a hábitos tradicionais, relembrar momentos de glória e para isso os líderes buscavam se assemelhar a heróis nacionais como forma de atrair mais adeptos. Nesse quadro das tradições, os líderes utilizavam os meios de comunicação de massa, como o rádio e a TV, e propagandeavam seus ideais.  Dessa forma muitos se sentiam reconhecidos e inseridos no contexto político.

Nos regimes totalitários podiam existir as participações dos outros poderes, porém a decisão era do ditador. O totalitarismo exclui a heterogeneidade das orientações políticas, porque a existência de um único partido que fosse oposto ao do Estado incitaria uma divisão popular que para eles seria prejudicial aos seus interesses.

Surgimento do Totalitarismo

Esse regime totalitário surgiu no auge da crise no sistema capitalista em algumas regiões da Europa, e era caracterizado pelo poder de intervenção do ditador na vida dos cidadãos. Seus praticantes descartam qualquer tipo de oposição e faziam decisões de acordo com seus interesses.

Alguns exemplos de Totalitarismo mais conhecidos foram da Europa no pós-guerra quando a Itália e a Alemanha foram controladas pelos Fascismo e Nazismo, e o mesmo tipo de regime pôde ser notado na União Soviética quando Joseph Stálin esteve à frente do governo.

Totalitarismo na Alemanha: Nazismo

O Nazismo apoiava a teoria da hierarquia racial, onde os povos germânicos eram citados como a raça mais pura dos arianos, e dessa maneira, eram exaltados como a “raça superior”. Seu maior desejo era exceder as divisões sociais para formar a homogeneidade social e a unidade da nação com o tradicionalismo.

O Totalitarismo alemão almejou essa conquista através da “comunidade do povo” (Volksgemeinschaft) que unificaria o povo alemão e afastaria os “povos estrangeiros” (Fremdvölkische).  Exigiam também o que acreditavam ser territórios historicamente alemães e áreas para a colonização.

Na Alemanha a ideologia estava associada ao partido nazista, ao estado nazista, e a outros grupos de extrema-direita e fortaleceu na República de Weimar após a derrota alemã na Primeira Guerra Mundial. Eles rejeitavam a concepção de luta de classes e preservavam a propriedade privada.

Adolf Hitler assumiu o comando do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, NSDAP) fundado em 5 de janeiro de 1919, e rebatizou para Partido Nazista no início dos anos 1920.

O Programa Nacional Socialista apelava pela unificação da Alemanha que negou a cidadania dos judeus e de seus descendentes e apoia a nacionalização de algumas indústrias e a reforma agrária.

Totalitarismo na Itália: Fascismo

O Fascismo surgiu na Itália durante a década de 1910 e comandou o país entre 1922 e 1943.

Foi liderado por Benito Mussolini, que criou a expressão do movimento de Fasci Italiani di Combattimento. Fasci é uma menção a uma simbologia do Império Romano – um feixe de hastes de madeira com um machado no centro, o que era também parte da ideologia mitificada do fascismo: um destino imperial e glorioso para a cidade de Roma.

Seu fortalecimento teve relação paralela ao fortalecimento dos socialistas na Itália entre 1919 e 1920. Nessa fase a organização Fasci Italiani di Combattimento tornou-se partido político e surgiu o Partido Nacional Fascista.

A ideologia desse regime totalitário era apoderar a Itália por meio da violência, especificamente contra os socialistas, além de enfraquecer o socialismo enquanto manifestação social e política.  A uniformização de seus partidários milicianos eram conhecidas como camisas negras.

Totalitarismo na União Soviética: Stalinismo

Na União Soviética foi instalado o governo de Josef Stalin entre os anos de 1927 a 1953 e ficou conhecido como Stalinismo. O ditador é conhecido até hoje como um dos mais cruéis da história.

Com o objetivo de industrializar a União Soviética aceleradamente e implementar uma economia socialista, Stálin criou os Planos Quinquenais. A propriedade privada da terra foi excluída e o povo se viu obrigado à coletivização da agricultura que teve como alicerce duas formas de propriedade: o sovkhoze, ou fazenda estatal, e o kolkhoze, fazenda coletiva controlada pelo Estado.

O efeito desse plano foi a veloz industrialização da União Soviética o que a tornou uma das grandes potências mundiais apesar da agricultura ter sofrido um atraso considerável pela subordinação a indústria e ter custado milhares de vidas.

Milhares de camponeses foram assassinados por não concordarem com a coletivização das terras, outras milhares de pessoas foram deportadas com seus familiares para trabalhar forçosamente em campos de trabalho. Tais medidas eram conhecidas como expurgos e alcançaram a maior carnificina entre os anos de 1935 e 1939.

O NKVD (Comissariado Popular de Assuntos Internos) era a polícia política responsável por toda repressão e terror e utilizavam a delação e a suspeita como estímulo para descobrir cúmplices.

Totalitarismo e suas características

  • Forças armadas caminhando em conjunto com o Estado para a conquista de interesses: Marinha, Exército, Aeronáutica;
  • Reação aos opositores causando medo seja pelo uso da força, tortura física ou psicológica, prisões;
  • Regime expansionista porque visava conquistar outros territórios através da persuasão ou com o uso da força;
  • Ideologias ditadas pelo ditador, de acordo com seus princípios;
  • Propaganda governamental massiva, através do rádio, TV, jornais;
  • Enaltecimento do chefe de Estado;
  • Buscava se apresentar como um “Regime Popular Democrático”,
  • Participação dos três poderes, mas todos eles dependiam das ordens do líder;
  • Muitos adotaram um Partido Único.
  • Não existia tempo limite para o mandato político;