Resumo de História - Vikings

Os vikings foram um povo da civilização antiga, oriundos da Escandinávia. Ficaram muito conhecidos na cultura ocidental por realizarem grandes excursões à costa europeia durante os séculos IX e XI. Por meio de batalhas, conquistaram territórios e ameaçaram a autoridade dos reinos ingleses e franceses, motivo que influenciou consideravelmente o continente europeu.

Por conta das grandes habilidades de seus guerreiros, o povo viking até hoje é muito representado em filmes e séries, que contam suas aventuras no alto mar e batalhas históricas.

Quem eram os Vikings?

Os vikings foram povos nórdicos que ocuparam os territórios atualmente reconhecidos como Groenlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca e Finlândia. Durante os anos de 800 a 1.100, eles viveram organizados em clãs, um tipo de tribo formado por pessoas da mesma família e chefiadas por proprietários de terras, que também assumiam o papel de líderes militares.

Esses clãs desenvolveram características culturais e costumes bem específicos. Possuíam, inclusive, línguas nativas.

Os povos nórdicos, como eram chamados, começaram a abandonar seus territórios em busca de novas terras, a partir do século VIII. Devido ao comportamento agressivo de seus guerreiros, os vikings ficaram conhecidos na cultura ocidental como violentos e arcaicos. No entanto, isso não é completamente verdade. Os nórdicos possuíam padrões de comportamentos e uma cultura muito rica e estruturada.

Sociedade Viking

A organização social dos vikings era formada por estratos sociais bem definidos. Na parte superior, estavam os grandes latifundiários, também conhecidos como magnatas. No meio, encontravam-se os fazendeiros e suas famílias, responsáveis pela produção agrícola.

Já na parte final e menos privilegiada, estavam os escravos, oriundos das expedições e disputas territoriais, muito comuns à época. Apesar dessa estratificação, todos os homens livres da sociedade nórdica participavam das tomadas de decisões, realizadas nas assembleias (things).

A sociedade viking era comandada por reis.  No entanto, diferente da monarquia europeia, o reino não era atribuído de geração a geração, por método hereditário, e sim por meio de lutas e disputas. A realização de casamentos entre famílias nobres era umas das estratégias para fortalecer alianças.

Apesar da forte presença do rei, a figura mais representativa da cultura nórdica é o guerreiro viking. Ele possuía uma forma muito característica de se vestir. Por morar da Escandinávia, área com baixíssimas temperaturas, utilizava vestimentas com peles grossas e couro de origem animal. Também gostava de combinar artefatos de pedra e metal.

Ao contrário do que é representado por muitos livros antigos, os vikings não utilizavam capacetes com chifres. A imagem foi deturpada ao longo do século XIX como forma de reforçar a impressão bárbara associada aos povos nórdicos. Na verdade, os guerreiros utilizavam elmos.

As mulheres vikings, ao contrário do que ocorria nas outras regiões da Europa, possuíam mais liberdade e um papel atuante na sociedade nórdica: elas podiam ser proprietárias de terras e negociar, inclusive, com outros mercadores.

Durante as expedições, muitas mulheres vikings lutaram lado a lado com os guerreiros homens.

Economia Nórdica

A economia viking baseava-se principalmente em aldeias agrícolas, pesca e na troca comercial por meio das expedições marítimas.

Como eram grandes navegadores, as expedições eram constantes e o saque e a pilhagem eram práticas muito realizadas e aceitas inclusive com importância comercial. Após as expedições, os guerreiros saqueavam os territórios conquistados e comercializam os objetivos encontrados.

Cultura e Mitologia Nórdicas

Os vikings eram povos politeístas, adeptos ao paganismo. Eles acreditavam em deuses relacionados aos fenômenos da natureza.

A religião atribuía aos sacerdotes um papel fundamental na sociedade nórdica. Eles eram os responsáveis por ensinar aos mais jovens a rica mitologia, que reproduzia as dificuldades cotidianas dos povos da Escandinávia.

Os deuses serviam de exemplo para a superação dos principais problemas enfrentados pela sociedade. O mais conhecido atualmente é Thor representado com seu martelo, o Mjolnir, que protegia todos os céus dos territórios conquistados. 

Outro deus muito popular é Odin, considerado o “deus dos deuses”, o senhor da vida e da morte, da magia e da profecia. Já o deus Loki lembrava a esperteza e a trapaça.

 Outros importantes deuses da cultura nórdica:

  • Frigga ou Freya: esposa de Odin. Considerada a protetora das família e deusa da fertilidade.
  • Baldr: filho de Odin e deus da inteligência e da beleza.
  • Valquírias: deusas com menor poder e responsáveis por conduzir os espíritos dos guerreiros mortos em batalha para Valhala.

A partir da Idade Média, o povo viking sofreu um processo de cristianismo. Entre os séculos XI e XII, iniciou-se uma gradual dissolução da cultura nórdica. No entanto, até hoje seus costumes são reverenciados e retratados em inúmeros documentários, filmes e séries.

Conquistas dos Povos Vikings

A partir do século VIII, os vikings começaram a deixar seu território e se aventuraram à procura de novas terras. Como eram excelentes navegadores, encontraram facilidade para desbravar a costa europeia, principalmente.

A Bretanha, na Europa Setentrional, área atualmente onde encontra-se o Reino Unido, foi um dos territórios que mais sofreram invasões. No fim do século VIII, povos naturais da Dinamarca travaram diversas batalhas com os ingleses e, após a vitória, fundaram o território do Danelaw, atuais leste e norte da Inglaterra.

Além da Bretanha, a expansão dos vikings alcançou outros territórios, como: Irlanda, França, Itália, Rússia e Ásia.

Embora tenham realizado acordos comerciais na Europa, os nórdicos ficaram conhecidos por levarem terror e caos ao continente. Como resposta, os europeus passaram a construir grandes castelos e fortalezas, tornando os portos mais seguros a invasões.

Um dos fatores determinantes para as vitórias vikings foram a força de sua frota marítima. Seus barcos, utilizados nas incursões, eram conhecidos como drakkar e traziam na proa a cabeça de um animal semelhante a um dragão.

Eles transportavam até 70 homens e alguns cavalos, possuíam apenas uma vela e um mastro. Em média, apresentavam 5 metros de largura e mais de 25 metros de comprimento.  Para movimentar em alto mar, utilizavam até 30 remadores.