Resolver o Simulado IDECAN - Nível Superior

0 / 56

Segurança e Saúde no Trabalho

1

Em relação às pausas que deverão ser concedidas nas atividades de teleatendimento/telemarketing, é INCORRETO afirmar que

  • A somente poderá ser concedida após as primeiras 2 horas de trabalho.
  • B deverão ser concedidas fora do posto de trabalho.
  • C deverão ser concedidas em 2 períodos de 10 minutos contínuos.
  • D somente poderá ser concedida antes dos últimos 60 minutos de trabalho.
  • E a instituição de pausas não prejudica o direito ao intervalo obrigatório para repouso e alimentação.
2

Em relação ao mobiliário nos postos de trabalho, considerando os procedimentos ergonomicamente corretos, analise as afirmativas.

I. Sempre que o trabalho puder ser executado na posição sentada, o posto de trabalho deve ser planejado ou adaptado para esta posição, salvo em caso de baixa considerável na produção.
II. Para trabalho manual sentado ou que tenha de ser feito em pé, as bancadas, mesas, escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa postura, visualização e operação.
III. Para trabalho manual sentado, o mobiliário deverá ter características dimensionais que possibilitem posicionamento e movimentação adequados dos segmentos corporais.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

  • A I
  • B I, II
  • C I, III
  • D II, III
  • E I, II, III
3

Em relação ao processo eleitoral de uma CIPA já constituída em uma empresa, marque a alternativa que corresponde ao prazo mínimo pelo qual o empregador deverá convocar eleições para escolha dos representantes dos empregados em uma CIPA, antes do término do mandato em curso.

  • A 90 dias.
  • B 60 dias.
  • C 45 dias.
  • D 30 dias.
  • E 15 dias.
4

NÃO corresponde a um benefício ou serviço compreendido no Regime Geral de Previdência Social.

  • A Reabilitação profissional.
  • B Bolsa-família.
  • C Salário-família.
  • D Aposentadoria especial.
  • E Auxílio-acidente.
5

Os níveis mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores de iluminâncias estabelecidos em norma brasileira registrada no INMETRO. A medição dos níveis de iluminamento deve ser feita no campo de trabalho onde se realiza a tarefa visual. Porém, quando não puder ser definido o campo de trabalho, este será um plano horizontal ao piso à uma distância definida em norma específica. Marque a distância correta desse plano ao piso.

  • A 0,50 m
  • B 0,75 m
  • C 0,90 m
  • D 1,00 m
  • E 1,10 m
6

Considere uma instituição bancária, a qual possui grau de risco igual 1. Marque a alternativa que corresponde ao intervalo de quantitativo de empregados pelo qual o SESMT da instituição necessitará apenas de um técnico de segurança do trabalho.

  • A De 501 a 1000.
  • B De 1001 a 2000.
  • C De 501 a 2000.
  • D De 2001 a 3500.
  • E De 501 a 3500.
7
* Para a questão, considere a atividade de trabalho em um ambiente de atendimento bancário.

Marque a alternativa que corresponde à temperatura recomendada para se obter uma situação ideal de conforto.
  • A Entre 17°C e 21°C.
  • B Entre 17°C e 23°C.
  • C Entre 20°C e 23°C.
  • D Entre 20°C e 25°C.
  • E Entre 21°C e 26°C.
8

Em relação ao funcionamento correto de uma CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), é correto afirmar que

  • A terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário estabelecido pela empresa.
  • B as reuniões ordinárias serão realizadas fora do horário do expediente normal da empresa e em local apropriado.
  • C o membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de 3 reuniões ordinárias sem justificativa.
  • D no caso de afastamento definitivo do vice-presidente, os membros titulares da representação dos empregados, escolherão o substituto, entre seus titulares, em 2 dias úteis.
  • E as reuniões terão atas assinadas por todos os membros presentes, com encaminhamento de cópias apenas para os membros eleitos.
9
* Para a questão, considere a atividade de trabalho em um ambiente de atendimento bancário.

Marque a alternativa que corresponde ao limite inferior da umidade relativa do ar, recomendado em norma específica, pela qual NÃO se proporciona uma condição de conforto ideal.
  • A 20%
  • B 25%
  • C 30%
  • D 35%
  • E 40%
10

O mapa de risco é uma das modalidades mais simples de avaliação dos riscos existentes nos locais de trabalho. Entre seus benefícios pode-se citar, EXCETO:

  • A Identificação prévia dos riscos existentes nos locais de trabalho em que os trabalhadores poderão estar expostos.
  • B Conscientização quanto ao uso adequado das medidas e dos equipamentos de proteção coletiva e individual.
  • C Melhoria do clima organizacional, maior produtividade, competitividade e lucratividade.
  • D Redução dos investimentos com a aquisição de equipamentos de proteção individual e treinamentos organizacionais.
  • E Facilitação da gestão de saúde e segurança no trabalho com o aumento da segurança interna e externa.
11

Equipamento de Proteção Individual (EPI) é todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. Marque a alternativa que NÃO corresponde a uma obrigação do empregador quanto ao EPI.

  • A Solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade.
  • B Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica.
  • C Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
  • D Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.
  • E Exigir seu uso.
12

Os trabalhadores da construção civil devem, conforme norma regulamentadora específica, receber treinamento admissional e periódico, visando garantir a execução de suas atividades com segurança. O treinamento admissional deverá ser ministrado dentro do horário de trabalho e possuir carga horária mínima de

  • A 6 horas.
  • B 5 horas.
  • C 4 horas.
  • D 3 horas.
  • E 2 horas.
13

A avaliação de risco que utiliza apenas da sensibilidade do avaliador para identificar o risco no local de trabalho, denomina-se

  • A apreciativa.
  • B quantitativa.
  • C qualitativa.
  • D objetiva.
  • E subjetiva.
14

São procedimentos que devem ser adotados nas atividades que envolvam leitura de documentos para digitação, EXCETO:

  • A Fornecer suporte adequado para documentos.
  • B Evitar movimentação frequente do pescoço e fadiga visual.
  • C Utilizar documento de fácil legibilidade.
  • D Utilizar papel brilhante, quando possível.
  • E Evitar a utilização de qualquer tipo de papel que provoque ofuscamento.
15

Os acidentes e doenças decorrentes do trabalho, em sua maioria, ocorrem devido à culpa, sendo esta uma conduta, ação ou omissão de alguém que não quer que o dano aconteça. Empilhar caixas e volumes sem obedecer as recomendações de arrumação, trânsito, carga e descarga classifica-se como

  • A negligência.
  • B imprudência.
  • C imperícia.
  • D incoerência.
  • E crime.
16

Considerando a atividade de limpeza geral das dependências de um escritório, marque a opção que melhor orienta sobre possíveis adicionais financeiros relativos a exposição a riscos biológicos.

  • A A atividade dá direito a percepção de adicional de grau mínimo, ou seja, 10 % sobre o salário mínimo vigente.
  • B A atividade é considerada insalubre em grau médio.
  • C A atividade não é considerada insalubre de acordo com normas regulamentadoras específicas, porém, deve-se verificar quanto à necessidade de utilização de EPI.
  • D A atividade não é considerada insalubre, caso não seja verificada a necessidade do uso de EPI.
  • E A atividade é considerada insalubre em grau mínimo e, ainda, deverá ser fornecido ao trabalhador os EPI’s necessários.

Português

17
Depois dos táxis, as ‘caronas’

No princípio era o táxi.Dezenas de aplicativos de celular para chamar amarelinhos proliferaram no ano passado, seduzindo passageiros e incomodando cooperativas.Agora,a nova onda de soluções móveis para o trânsito tenta abolir taxistas por completo em busca de objetivo mais ambicioso: convencer motoristas a aderirem, de vez, às caronas.
Um dos modelos é inspirado em softwares que fazem sucesso - e barulho - em São Francisco e Nova York, a exemplo de Uber e Lyft. A primeira experiência do tipo no Brasil atende pelo nome de Zaznu - gíria em hebraico equivalente ao nosso “partiu?” - e começou pelo Rio, mês passado.
Por meio do app, donos de smartphones solicitam e oferecem caronas a desconhecidos. Tudo começa com o passageiro, que aciona o programa para pedir uma carona. Com base na localização e no perfil da pessoa, motoristas cadastrados que estiverem nas redondezas decidem se topam ou não pegá-lo. Quando a carona é aceita, os dois conversam por telefone para combinar o ponto de encontro.
Para garantir a segurança dos passageiros, o Zaznu diz entrevistar os motoristas cadastrados,além de checar antecedentes criminais. Já os passageiros precisam registrar um cartão de crédito para pagamentos “voluntários”.
É justamente por não ser gratuito que o aplicativo já faz barulho.Tão logo surgiu, taxistas abriram a página no FacebookZaznu, a farsa da carona solidária”, que denuncia “o crime que é oferecer serviço de transporte em carro particular”,como explicou o criador do grupo, Allan de Oliveira. O sindicato da categoria no Rio concorda.
- É irregular,iremos à Justiça.Mas temos certeza de que a prefeitura vai detê-lo - disse o diretor José de Castro.
Procurada por duas semanas, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio não se manifestou.
Em sua defesa,Yuri Faber,fundador do Zaznu,alegou que o aplicativo não constitui um serviço pago de transportes porque seus termos de uso classificam o pagamento como “doação opcional”. A sugestão de preço equivale a 80% do preço que seria cobrado por um táxi no mesmo trajeto. A Zaznu fica com um quinto do valor, o resto vai para o motorista.
- O passageiro tem todo o direito de decidir se paga,e quanto paga. O app só sugere um valor - justificou.
(O Globo,20/04/2014.)
Quanto ao nível de formalismo da linguagem, assinale o trecho do texto que apresenta características de uma linguagem coloquial.
  • A “Dezenas de aplicativos de celular [...]” (1º§)
  • B “[...] a nova onda de soluções móveis [...]” (1º§)
  • C “[...] solicitam e oferecem caronas a desconhecidos.” (3º§)
  • D “[...] conversam por telefone para combinar o ponto de encontro.” (3º§)
  • E “A sugestão de preço equivale a 80% do preço que seria cobrado [...]” (8º§)
18

Texto I

Energia nuclear: ontem e hoje


Guerra e paz

O sucesso do primeiro reator nuclear pode ser comparável em importância à descoberta do fogo, à invenção da máquina a vapor, do automóvel ou avião ou, mais modernamente, à difusão da internet pelo mundo – afinal, tornou possível usar a enorme quantidade de energia armazenada no núcleo atômico.
As circunstâncias daquele momento fizeram com que essa energia fosse primeiramente empregada na guerra, com a produção de três bombas atômicas – duas lançadas sobre o Japão, em agosto de 1945, pondo fim ao conflito. Mas, terminada a “guerra quente" – e iniciada a Guerra Fria –, os reatores nucleares, já a partir de 1950, passaram a ser construídos com propósitos pacíficos.
Mais potentes e tecnologicamente avançadas, essas máquinas começaram a produzir diversos elementos radioativos (molibdênio e iodo, por exemplo) que eram incorporados em quantidades adequadas a produtos farmacêuticos (radiofármacos), que passaram a ser usados na medicina nuclear para diagnóstico e tratamento de doenças.
Na década de 1950, surgiram vários reatores para gerar eletricidade, trazendo bem‐estar e conforto às populações. O pioneiro foi Obminsk (Rússia), em 1954, e, dois anos depois, Calder Hall (Reino Unido), primeira usina nuclear de larga escala, que funcionou por 50 anos.

(Odilon A. P. Tavares. Disponível em: http://cienciahoje.uol.com.br/. Adaptado.)


Texto III
O presente e o futuro dos exames de imagem


Para o professor Celso Darío Ramos, do Departamento de Radiologia da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), é da medicina nuclear que vem o que há de mais moderno hoje no que diz respeito aos exames de imagem. Um exemplo citado por ele é PET‐CT, equipamento que possibilita, ao mesmo tempo, indicar a função biológica de determinado órgão do corpo, por meio da tecnologia PET (tomografia por emissão de pósitrons), bem como mostrar a anatomia de várias partes do corpo, com o auxílio do CT (tomografia computadorizada).
Celso explica que tanto a tomografia por emissão de pósitrons quanto a computadorizada utilizam radiação para produzir imagens. No caso da medicina nuclear, essa radiação é captada dentro do próprio corpo do paciente graças à injeção de um radiofármaco, uma espécie de glicose que emite uma fraca radiação. “Para analisar um tumor, por exemplo, quanto mais agressivo, mais ele consome a glicose radioativa, se tornando radioativo também. Com isso, o equipamento vai identificar as características desse tumor, desde a sua fisiologia ao seu grau de agressividade. Com a medicina nuclear é possível fazer imagens do cérebro para avaliar doenças, bem como da distribuição do sangue no coração", exemplifica o especialista.

(Disponível em: http://redeglobo.globo.com/globociencia/noticia/20...‐especialistas‐medicina‐
nuclear‐ditara‐futuro‐dos‐exames‐de‐imagem.html
.)







Texto IV

A rosa de Hiroshima


Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A antirrosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada.

(Vinicius de Moraes. In: Ítalo Moriconi (Org.). Os cem melhores poemas
brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001
.)


Considerando que o poema “A rosa de Hiroshima", de Vinicius de Moraes, faz uma referência ao uso da energia nuclear citado no texto I “Energia nuclear: ontem e hoje", por ocasião da guerra, é correto afirmar que, em relação ao texto III “O presente e o futuro dos exames de imagem", existe uma
  • A abordagem diferente.
  • B negação dos fatos apresentados.
  • C confirmação dos fatos mencionados.
  • D comparação quanto ao uso da energia nuclear.
  • E continuidade, uma sequência do assunto abordado.
19
Texto I 
Consumo e consumismo: pela consciência em primeiro lugar 
 
Não  há  como  fugir  do  consumo.  Ele  representa  nossa  sobrevivência  e  não  é  possível  passar  um  único  dia  sem 
praticá-lo. Precisamos adquirir bens para suprir nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer, educação, abrigo. 
Associado ao termo consumo sempre surge a  ideia do consumismo e cuja diferenciação não é tão simples quanto 
parece. Muito mais  do  que  pessoas  que  compram muito  e  adquirem  bens  que  não  precisam,  o  consumismo  é  um 
retrato do modelo atual de sociedade, do desperdício e dos valores que imperam. O consumismo refere-se a um modo 
de  vida  orientado  por  uma  crescente  busca  pelo  consumo  de  bens  ou  serviços  e  sua  relação  simbólica  com  prazer, 
sucesso,  felicidade, que  todos os  seres humanos almejam, e  frequentemente é observada nas mensagens  comerciais 
dos meios de comunicação de massa. 
Em meio às suas rotinas de consumo, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em perceber o que é necessário e o 
que é supérfluo e avaliar o tamanho do seu consumo. E é natural que o que é essencial para uma pessoa seja dispensável 
para outra devido à complexidade e à diversidade do ser humano. Qual é, afinal, o consumo ideal para uma pessoa ou uma 
família? Podemos mensurar as necessidades do outro? E seus desejos? Mais do que focar nos consumidores, podemos ter 
a percepção do tamanho do consumismo observando o culto ao consumo que impera em todos os meios. O nosso sistema 
de produção e  toda a engrenagem que alimenta o sistema capitalista são  impulsionados pelo consumo excessivo. Basta 
verificarmos como produzimos bens para serem pouco usados e logo descartados, com enorme impacto ambiental, gasto 
de água, recursos, energia e trabalho humano, para sentirmos como nossos processos não são sustentáveis, por mais que 
tentem  pintá-los  de  verde.  Enquanto  convivermos  com  o  bombardeio  publicitário  incentivando  o  consumismo,  com  a 
obsolescência programada não apenas de produtos tecnológicos mas também de pessoas, suas roupas e demais objetos, e 
um modelo de produção linear, que produz grande volume de resíduos, estamos vivenciando o consumismo. [...] 
Para que as pessoas possam entender como elas vivem em um processo de consumo sem consciência é importante 
um entendimento individual acerca das necessidades reais e fabricadas. O condicionamento ao consumo pode acontecer 
de várias formas, mas a comunicação mercadológica que chega a homens, mulheres e crianças tem um papel decisivo. Os 
modismos chegam por novelas, desfiles, comerciais, incentivando hábitos que não eram comuns a determinado grupo. 
E com isso cria-se, então, um consumo que não existia. 
Como resistir aos comportamentos consumistas? Quando pensamos na consciência antes do consumo temos como 
objetivo justamente entender o que é necessidade para o ser humano hoje. É tirar o foco do consumo e colocar em um 
entendimento de nossas necessidades e desejos e nos  impactos pessoais, sociais e ambientais de nossas escolhas. Em 
meio  a  suas  rotinas  estressantes de  trabalho,  a uma  corrida para  ganhar dinheiro  e pagar  as  contas no  fim do mês, 
estamos perdendo a essência da vida. Qual seria um olhar com consciência da relação trabalho e obtenção de renda e 
estilo de  vida e de  consumo? Ocupamos nosso  tempo,  fazemos  tarefas que não  gostamos, nos afastamos de nossas 
famílias por longas horas para consumir coisas que a gente não precisa ou não precisaria e que são, inclusive, maléficas
à nossa saúde física e mental. Mas estamos mergulhados em uma comunicação mercadológica que diz que aquele item 
é importante para que a gente se sinta bem e que pertença a determinados grupos. O consumo é visto como algo que 
credencia as pessoas e dá acesso a um mundo ilusório de perfeição e felicidade. 
Mais grave ainda é a situação vivida pelas crianças e adolescentes, nos dias de hoje, que crescem em meio a valores 
extremamente materialistas e consumistas. Como falar em sustentabilidade se não cuidamos da infância em um sentido 
amplo,  não  oferecemos  proteção  contra  todo  tipo  de  abuso,  inclusive  a  exploração  comercial,  e  a  disseminação  de 
comportamentos  insustentáveis?  Estamos  garantindo  as  condições para que no  futuro  as pessoas possam  viver  com 
qualidade. 
Comerciais abusivos que falam direto para as crianças, promoções que nos ofertam brindes e descontos tipo leve 6 e 
pague  5,  campanhas  sedutoras  e  estratégias  de  venda  com  profundo  conhecimento  do  comportamento  humano. 
Armadilhas para um mundo consumista. Conseguir se desvencilhar deste grande emaranhado de recursos que  induzem 
ao consumismo é hoje uma tarefa que exige um redescobrir do que é o ser humano, do nosso papel, e da nossa condição 
acima  de  “sujeitos-mercadorias”,  como  coloca  o  escritor  Zygmunt  Bauman.  Será  que  conseguimos?  Um  desafio  que 
engloba uma tomada de consciência, uma nova comunicação midiática, mudança de valores, educação ambiental e para 
o consumo e, sobretudo, uma educação para a vida. 
(Disponível em: http://conscienciaeconsumo.com.br/artigos/consumo-e-consumismo-pela-consciencia-em-primeiro-lugar.) 
  
Assinale a alternativa correta quanto à ortografia oficial.
  • A Um consumidor conscencioso sabe o limite do que vai consumir.
  • B Festas beneficientes, organizadas por empresas, comovem os clientes.
  • C Os consumidores que se sentirem lesados podem reivindicar seus direitos.
  • D Quando o produto é de qualidade, os consumidores se degladeiam para adquiri-lo.
  • E Muitos propietários de imóveis ficam atentos ao aquecimento do mercado imobiliário.
20
Texto I 
Consumo e consumismo: pela consciência em primeiro lugar 
 
Não  há  como  fugir  do  consumo.  Ele  representa  nossa  sobrevivência  e  não  é  possível  passar  um  único  dia  sem 
praticá-lo. Precisamos adquirir bens para suprir nossas necessidades de alimentação, vestuário, lazer, educação, abrigo. 
Associado ao termo consumo sempre surge a  ideia do consumismo e cuja diferenciação não é tão simples quanto 
parece. Muito mais  do  que  pessoas  que  compram muito  e  adquirem  bens  que  não  precisam,  o  consumismo  é  um 
retrato do modelo atual de sociedade, do desperdício e dos valores que imperam. O consumismo refere-se a um modo 
de  vida  orientado  por  uma  crescente  busca  pelo  consumo  de  bens  ou  serviços  e  sua  relação  simbólica  com  prazer, 
sucesso,  felicidade, que  todos os  seres humanos almejam, e  frequentemente é observada nas mensagens  comerciais 
dos meios de comunicação de massa. 
Em meio às suas rotinas de consumo, as pessoas têm cada vez mais dificuldade em perceber o que é necessário e o 
que é supérfluo e avaliar o tamanho do seu consumo. E é natural que o que é essencial para uma pessoa seja dispensável 
para outra devido à complexidade e à diversidade do ser humano. Qual é, afinal, o consumo ideal para uma pessoa ou uma 
família? Podemos mensurar as necessidades do outro? E seus desejos? Mais do que focar nos consumidores, podemos ter 
a percepção do tamanho do consumismo observando o culto ao consumo que impera em todos os meios. O nosso sistema 
de produção e  toda a engrenagem que alimenta o sistema capitalista são  impulsionados pelo consumo excessivo. Basta 
verificarmos como produzimos bens para serem pouco usados e logo descartados, com enorme impacto ambiental, gasto 
de água, recursos, energia e trabalho humano, para sentirmos como nossos processos não são sustentáveis, por mais que 
tentem  pintá-los  de  verde.  Enquanto  convivermos  com  o  bombardeio  publicitário  incentivando  o  consumismo,  com  a 
obsolescência programada não apenas de produtos tecnológicos mas também de pessoas, suas roupas e demais objetos, e 
um modelo de produção linear, que produz grande volume de resíduos, estamos vivenciando o consumismo. [...] 
Para que as pessoas possam entender como elas vivem em um processo de consumo sem consciência é importante 
um entendimento individual acerca das necessidades reais e fabricadas. O condicionamento ao consumo pode acontecer 
de várias formas, mas a comunicação mercadológica que chega a homens, mulheres e crianças tem um papel decisivo. Os 
modismos chegam por novelas, desfiles, comerciais, incentivando hábitos que não eram comuns a determinado grupo. 
E com isso cria-se, então, um consumo que não existia. 
Como resistir aos comportamentos consumistas? Quando pensamos na consciência antes do consumo temos como 
objetivo justamente entender o que é necessidade para o ser humano hoje. É tirar o foco do consumo e colocar em um 
entendimento de nossas necessidades e desejos e nos  impactos pessoais, sociais e ambientais de nossas escolhas. Em 
meio  a  suas  rotinas  estressantes de  trabalho,  a uma  corrida para  ganhar dinheiro  e pagar  as  contas no  fim do mês, 
estamos perdendo a essência da vida. Qual seria um olhar com consciência da relação trabalho e obtenção de renda e 
estilo de  vida e de  consumo? Ocupamos nosso  tempo,  fazemos  tarefas que não  gostamos, nos afastamos de nossas 
famílias por longas horas para consumir coisas que a gente não precisa ou não precisaria e que são, inclusive, maléficas
à nossa saúde física e mental. Mas estamos mergulhados em uma comunicação mercadológica que diz que aquele item 
é importante para que a gente se sinta bem e que pertença a determinados grupos. O consumo é visto como algo que 
credencia as pessoas e dá acesso a um mundo ilusório de perfeição e felicidade. 
Mais grave ainda é a situação vivida pelas crianças e adolescentes, nos dias de hoje, que crescem em meio a valores 
extremamente materialistas e consumistas. Como falar em sustentabilidade se não cuidamos da infância em um sentido 
amplo,  não  oferecemos  proteção  contra  todo  tipo  de  abuso,  inclusive  a  exploração  comercial,  e  a  disseminação  de 
comportamentos  insustentáveis?  Estamos  garantindo  as  condições para que no  futuro  as pessoas possam  viver  com 
qualidade. 
Comerciais abusivos que falam direto para as crianças, promoções que nos ofertam brindes e descontos tipo leve 6 e 
pague  5,  campanhas  sedutoras  e  estratégias  de  venda  com  profundo  conhecimento  do  comportamento  humano. 
Armadilhas para um mundo consumista. Conseguir se desvencilhar deste grande emaranhado de recursos que  induzem 
ao consumismo é hoje uma tarefa que exige um redescobrir do que é o ser humano, do nosso papel, e da nossa condição 
acima  de  “sujeitos-mercadorias”,  como  coloca  o  escritor  Zygmunt  Bauman.  Será  que  conseguimos?  Um  desafio  que 
engloba uma tomada de consciência, uma nova comunicação midiática, mudança de valores, educação ambiental e para 
o consumo e, sobretudo, uma educação para a vida. 
(Disponível em: http://conscienciaeconsumo.com.br/artigos/consumo-e-consumismo-pela-consciencia-em-primeiro-lugar.) 
  
“... que aquele item é importante para que a gente se sinta bem...” (5º§) Nessa frase, a oração sublinhada traz uma ideia de
  • A tempo.
  • B oposição.
  • C finalidade.
  • D conclusão.
  • E concessão.
21

Texto I

Visão comunicativa


Até pouco tempo atrás, a qualificação de empresários, headhunters, executivos e CEOs e dos mais variados profissionais se fundava no domínio de outro idioma - o inglês em particular. Num mundo globalizado, saber outra língua é signo e condição competitiva.
Décadas recentes demonstraram, no entanto, que já é digna de atenção a maneira como nossos recursos humanos buscam reciclar o próprio português. Aumenta a necessidade de usar o idioma de forma refinada, como ferramenta nos negócios, ou pelo menos de modo a não pôr a perder um negócio.
O mercado brasileiro avança em seus próprios terrenos, não só os globalizados. Vivemos hoje num país em que mais de 800 milhões de mensagens eletrônicas diárias são trocadas, muitas das quais enviadas para tratar de questões empresariais. Há mais relatórios, encontros entre empresários, almoços de negócios, apresentações em reuniões de trabalho. Cresce o número de situações em que as pessoas ficam mais expostas por meio da escrita e da retórica oral, expondo a fragilidade de uma má formação em seu próprio idioma. Não por acaso, cresce também a procura por aulas de língua portuguesa, destinadas a executivos, gerentes e os mais diversos tipos de profissionais.
A velocidade da mensagem eletrônica não perdoa desatenção. Texto de correio eletrônico, de redes sociais com fins corporativos e de intranets deve ser simples, mas exige releitura e cuidado para acertar o tom da mensagem. Se por um lado a popularização da tecnologia nos ambientes de trabalho fez com que as pessoas passassem a ter contato diário com a língua escrita, por outro a enorme quantidade de mensagens trocadas nem sempre deixa claro onde está o valor da informação realmente importante. As mensagens eletrônicas do mundo empresarial dão ainda muita margem a mal-entendidos, com textos truncados, obscuros ou em desacordo com normas triviais da língua e da comunicação corporativa.
Quem se comunica bem no mundo profissional não é quem repete modelinhos e regras, ideias e frases feitas aprendidas em cursos prêt-à-porter de comunicação empresarial. Saber interagir num ambiente minado como o das organizações ajuda a carreira, mas para ter real efeito significa dar voz ao outro, falar não para ouvir o que já sabia, mas descobrir o que não se percebia por pura falta de diálogo.

(Luiz Costa Pereira Junior. Língua Portuguesa. Ed. Segmento. Janeiro de 2014.)

“A coesão é a manifestação linguística da coerência;advém da maneira como os conceitos e relações subjacentes são expressos na superfície textual. Responsável pela unidade formal do texto, constrói-se através de mecanismos gramaticas e lexicais."

(Maria da Graça Costa Val. Redação e Textualidade.)

Considerando esse aspecto, assinale a alternativa em que o termo destacado atua como elemento de coesão textual indicando a referência a um termo anterior.
  • A “[…] e os mais diversos tipos de profissionais."(3º§)
  • B “[…] nem sempre deixa claro onde está o valor da informação[…]"(4º§)
  • C “Cresce o número de situações em que as pessoas ficam mais expostas […]"(3º§)
  • D “Não por acaso, cresce também a procura por aulas de língua portuguesa, […]"(3º§)
  • E “[...] fez com que as pessoas passassem a ter contato diário com a língua escrita, […]"(4º§)
22

Texto II
Até que o beneficiário do plano complete 18 anos, os pais, como responsáveis pelos aportes, têm liberdade para interromper as contribuições e realizar saques. Mas essas medidas vão distanciá-los do objetivo inicial.
“É importante que o compromisso seja mantido. Certa vez um cliente nos disse que resgatar o valor investido seria o mesmo que assaltar o cofrinho do filho”, lembra João Batista Mendes Angelo, da Brasilprev.
(Veja, 9 de maio 2012. Com adaptações)

A respeito da oração: “Mas essas medidas vão distanciá- los do objetivo inicial.”, analise as afirmativas.

I. “- los” pode ser substituído por “- lhes” preservando- se a correção da norma culta.

II. “- los” atua como elemento de coesão textual retomando referente anterior.

III. O termo “mas” pode ser substituído por “porém” sem prejuízo de sentido.

Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s)

  • A I, II
  • B II, III
  • C I, III
  • D I
  • E I, II, III
23

Texto

Pregos

Foi de repente. Dois quadros que tenho na parede da sala despencaram juntos. Ninguém os havia tocado, nenhuma ventania naquele dia, nenhuma obra no prédio, nenhuma rachadura. Simplesmente caíram, depois de terem permanecido seis anos inertes. Não consegui admitir essa gratuidade, fiquei procurando uma razão para a queda, haveria de ter uma.

Poucos dias depois, numa dessas coincidências que não se explicam, estava lendo um livro do italiano Alessandro Baricco, chamado Novecentos, em que ele descrevia exatamente a mesma situação. "No silêncio mais absoluto, com tudo imóvel ao seu redor, nem sequer uma mosca se movendo, eles, zás. Não há uma causa. Por que precisamente neste instante? Não se sabe. Zás. O que ocorre a um prego para que decida que já não pode mais?"

Alessandro Baricco não procura desvendar esse mistério, apenas diz que assim é. Um belo dia a gente se olha no espelho e descobre que está velho. A gente acorda de manhã e descobre que não ama mais uma pessoa. Um avião passa no céu e a gente descobre que não pode ficar parado onde está nem mais um minuto. Zás. Nossos pregos já não nos seguram.

Nascemos, ficamos em pé, crescemos e a partir daí começamos a sustentar nossas inquietações, nossos desejos inconfessos, algum sofrimento silencioso e a enormidade da nossa paciência. Nossos pregos são feitos de material maciço, mas nunca se sabe quanto peso eles podem aguentar. O quanto podemos conosco? Uma boa definição para felicidade: ser leve para si mesmo.

Sobre os meus quadros: foram recolocados na parede. Estão novamente fixos no mesmo lugar. Até que eles, ou eu, sejamos definitivamente vencidos pelo cansaço.

(Martha Medeiros. Disponível em: http://www.dihitt.com/barra/pregos-de-martha-medeiros. Adaptado.)

São características do gênero textual apresentado, EXCETO:

  • A Visão subjetiva
  • B Temas cotidianos.
  • C Linguagem jornalística.
  • D Tempo e espaço limitados.
  • E Geralmente, veiculado em jornais ou revistas.
24

Jornalismo robotizado

Computadores treinados escrevem sobre jogos, terremotos e crimes.

O uso de algoritmos na confecção de textos não é algo novo. A companhia americana Narrative Science treina computadores para escreverem sumários de jogos de diferentes modalidades desde 2012 com grande sucesso. Os resumos são publicados online nos jornais que compram seu serviço logo depois do fim do jogo, com uma velocidade impossível para um redator humano. Embora sejam informativos, os textos com uma descrição dos gols da rodada ou das cestas marcadas no clássico regional são corriqueiros e pouco importantes.
Uma tecnologia criada pelo Los Angeles Times pode mudar os rumos do “robô-jornalismo". Escrito pelo jornalista e programador Ken Schwencke, um algoritmo usado pelo jornal é capaz de gerar um texto sobre terremotos com base nos dados divulgados eletronicamente pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) sempre que o tremor ultrapassa um limite mínimo de magnitude. Assim, o jornal foi capaz de colocar na sua página de internet um texto sobre o terremoto que atingiu Los Angeles na segunda-feira 17, três minutos depois de receber os dados do USGS. O jornalista conta que o terremoto o assustou e o fez levantar-se da cama, quando caminhou até seu computador e encontrou o texto pronto. O único trabalho que teve foi apertar o botão para publicar o texto no site do Los Angeles Times.
Schwencke, que também criou um algoritmo que escreve notícias sobre criminalidade na região de Los Angeles, disse à revista eletrônica Slate (www.slate.com) que o “robô-jornalismo" não chegou para acabar com os jornalistas humanos. “É algo suplementar. As pessoas ganham tempo com isso e para alguns tipos de notícias a informação é disseminada de um modo como qualquer outra. Eu vejo isso como algo que não deve acabar com o emprego de ninguém, mas que deixa o emprego de todo mundo mais interessante", disse o jornalista. “Assim a redação pode se preocupar mais em sair às ruas e verificar se há feridos, se algum prédio foi danificado ou entrevistar o pessoal do USGS", explicou Schwencke, acrescentando que o texto inicial foi atualizado 71 vezes por repórteres e editores até se tornar a matéria de capa do dia seguinte.

(Carta Capital, 26 de março de 2013.)

Releia o trecho apresentado a seguir: “Embora sejam informativos, os textos com uma descrição dos gols da rodada ou das cestas marcadas no clássico regional são corriqueiros e pouco importantes." (1º§). Assinale a alternativa correta tendo em vista o sentido da palavra “corriqueiros" no contexto.

  • A Banais.
  • B Atípicos.
  • C Comuns.
  • D Vulgares.
  • E Informais.
25
Qual o limite do humor?

Fazer rir é uma arte e como em toda arte há bons artistas e maus artistas. Há bons músicos e maus músicos, há bons pintores e maus pintores, há bons humoristas e maus humoristas. O estranho é que, mesmo assim, quando publicam uma música de mau gosto, que transforma a mulher em objeto sexual, por exemplo, não se fala em proibi‐la, retirá‐la de circulação; quando o artista elabora uma pintura obscena, que ofende os bons costumes, às vezes vira vanguardista, transgressor, e faz sucesso. O humorista, por outro lado, é o alvo da vez.
Talvez porque haja exageros. No pretexto de fazer humor, piadistas chegam a extravasar essa esfera e atingir a dignidade, a reputação e a imagem alheia, causando danos sociais muitas vezes irreparáveis.
Há um forte argumento que diz que a piada com base em diferenças físicas, de sexo, de orientação sexual e congêneres reflete o preconceito das elites e das maiorias em desfavor dos oprimidos. Será? Sei que um erro não justifica outro, mas é fato que o humor sempre foi assim e, até pouquíssimo tempo atrás, ninguém processava humoristas por piadas de mau gosto. “Os Trapalhões" era recheado de piadas infames e racistas por meio do Mussum e contra os calvos tendo como alvo Zacarias. E Renato Aragão é, até hoje, embaixador da ONU. O acesso à justiça e a luta por direitos representa um enorme avanço social que o Brasil conseguiu nos últimos anos, mas algo mudou de lá para cá na sociedade em si?
Instigado o debate, deixo minha contribuição: penso que o limite do humor é a individualidade. Não se pode tolher o humorista de fazer graça com diferenças genéricas, atribuíveis a pessoas indeterminadas. Há abuso a ser coibido, contudo, a partir do momento em que o comediante aponta especificamente o “Fulano de Tal" e, com base em uma característica que lhe é própria, tira sarro, diminui, ridiculariza aquela pessoa determinada. Aí cabe ao Poder Judiciário impor as sanções cabíveis para desincentivar condutas desse jaez. De resto, que se permita o humor para alegrar nossas vidas.

(SUBI, Henrique. Disponível em: http://www.estudeatualidades.com.br/2013/11/qual‐o‐limite‐do‐humor/. Acesso em: 05/12/2014. Adaptado.)

De acordo com as ideias do texto, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.


( ) Há bons artistas e maus artistas.
( ) Há um forte argumento que diz que a piada com base em diferenças físicas reflete o preconceito das elites e das maiorias em desfavor dos oprimidos.
( ) “Os Trapalhões" era recheado de piadas infames e racistas.


A sequência está correta em

  • A V, V, V.
  • B F, V, F.
  • C V, F, V.
  • D V, V, F.
26

O analfabetismo no Brasil não deveria ser tratado apenas na base dos números

A Unesco está celebrando hoje, dia 8, o Dia Internacional da Alfabetização. O especialista em educação de jovens e adultos da Unesco no Brasil, Timothy Ireland, deu declaração avaliando que, no Brasil, o analfabeto continua sendo, em sua maioria, nordestino, negro, de baixa renda e com idade entre 40 e 45 anos.

Segundo Ireland, “A questão do analfabetismo sempre foi minimizada como um direito, mas ela é fundamental para que o cidadão participe de forma democrática. Hoje vivemos na sociedade da informação e do conhecimento, a pessoa que não tem acesso à escrita e à leitura acaba excluída de informações que são necessárias para garantir todos os outros direitos, a saúde, a participação política na sociedade”.

Em 2006, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, apresentou números nada animadores sobre o analfabetismo no Brasil. Segundo aquele levantamento, 10,38% da população brasileira se declarou analfabeta absoluta. Esse percentual representa 14,3 milhões de brasileiros.

Entre os que se declararam negros e pardos, o analfabetismo é duas vezes maior do que os que se declararam brancos. Esse relatório também mostrou que nas áreas rurais o índice mais que dobra, indo para 25%.

A quantidade de analfabetos no Brasil acima de 15 anos (14 milhões de pessoas) coloca o país no grupo das 11 nações com mais de 10 milhões de analfabetos, ao lado do Egito, Marrocos, China, Indonésia, Bangladesh, Índia, Irã, Paquistão, Etiópia e Nigéria.

Os dados educacionais são sempre alarmantes no Brasil. No entanto, outra preocupação que não deve escapar das avaliações mais aprofundadas, que não se limitem aos dados, é o tipo de alfabetização que estamos buscando como desafio para os próximos anos.

Em 2000, durante a Conferência Mundial de Educação em Dacar, o Brasil assinou o compromisso Educação para Todos. Desde então, os índices parecem ter melhorado um pouco, embora de forma superficial e insuficiente.

Segundo o compromisso assinado em Dacar, o objetivo do Brasil seria reduzir o analfabetismo para 6,7% até 2015. A avaliação da Unesco é que no ritmo que as coisas estão caminhando, será praticamente impossível atingir essa meta.

Minha avaliação é de que a educação no País não pode ser baseada apenas em números quantitativos. É preciso levar em conta, sobretudo, a qualidade das ações contra o analfabetismo.

Pouco adiantará reduzirmos drasticamente o analfabetismo, se não levarmos em consideração um outro lado da moeda, que parece escapar aos números: o analfabetismo funcional. A redução dos números apenas agradará os organismos internacionais e o governo brasileiro. A quantidade de indivíduos que sabem ler, mas não conseguem entender o que o texto lido diz é grande e preocupante.

Se a meta numérica preocupa a Unesco e os brasileiros, fico imaginando se nos concentramos não nos números apenas, mas na qualidade do Ensino Público, a que ponto chegará nossas preocupações.

De acordo com as ideias do texto, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, entre os que se declararam negros e pardos, o analfabetismo

  • A é alarmante no Brasil.
  • B reduziu drasticamente.
  • C é duas vezes maior do que os que se declararam brancos.
  • D parece ter melhorado um pouco, embora de forma superficial e insuficiente.
27
Cultura e terror


Essa minha ideia de que o homem é, sobretudo, um ser cultural, não deve ser entendida como uma visão idealizada e otimista, pelo simples fato de que isso o distingue dos outros seres naturais.
Se somos seres culturais, se pensamos e com nosso pensamento inventamos os valores que constituem a nossa humanidade, diferimos dos outros animais, que se atêm a sua animalidade e agem conforme suas necessidades vitais imediatas.
Entendo que, ao contrário dos outros animais, o homem nasceu incompleto e, por essa razão, teve de inventar-se e inventar o mundo em que vive. Por exemplo, um bisão ou um tigre nasce com todos os recursos necessários à sua sobrevivência, mas o homem, para caçar o bisão, teve que inventar a lança.
Isso, no plano material. Mas nasceu incompleto também no plano intelectual, porque é o único animal que se pergunta por que nasceu, que sentido tem a existência. Para responder a essas e outras perguntas, inventou a religião, a filosofia, a ciência e a arte.
Assim, construiu, ao longo da história, uma realidade cultural, inventada, que alcança hoje uma complexidade extraordinária e fascinante. O homem deixou de viver na natureza para viver na cidade que foi criada por ele.
Mas, o fato mesmo de se inventar como ser cultural criou-lhe graves problemas, nascidos, em grande parte, daqueles valores culturais. É que, por serem inventados, variam de uma comunidade humana para outra, gerando muitas vezes conflitos insuperáveis. As diversas concepções filosóficas, religiosas, estéticas e políticas podem levar os homens a divergências insuperáveis e até mesmo a conflitos mortais.
Pode ser que me engane, mas a impressão que tenho é de que o homem, por ser essencialmente os seus valores, tem que afirmá-los perante o outro e obter dele sua aceitação. Se o outro não os aceita, sente-se negado em sua própria existência. Daí por que, a tendência, em certos casos, é levá-lo a aceitá-los por bem ou por mal. Chega-se à agressão, à guerra.
Certamente, nem sempre é assim, depende dos indivíduos e das comunidades humanas; depende sobretudo de quais valores os fundamentam.
De modo geral, é no campo da religião e da política que a intolerância se manifesta com maior frequência e radicalismo. A história humana está marcada por esses conflitos, que resultaram muitas vezes em guerras religiosas, com o sacrifício de centenas de milhares de vidas.
Com o desenvolvimento econômico e ampliação do conhecimento científico, a questão religiosa caiu para segundo plano, enquanto o problema ideológico ganhou o centro das atenções.
A questão da riqueza, da desigualdade social e consequentemente da justiça social tornou-se o núcleo dos conflitos entre as classes e o poder político.
Esse fenômeno, que se formou em meados do século XIX, ocuparia todo o século XX, com o surgimento dos Estados socialistas. O ápice desse conflito foi a Guerra Fria, resultante do antagonismo entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Surpreendente, porém, é que, em pleno século do desenvolvimento científico e tecnológico, tenha eclodido uma das expressões mais irracionais da intolerância religiosa: o terrorismo islâmico, surgido de uma interpretação fanatizada daquela doutrina.
O terrorismo não nasceu agora mas, a partir do conflito entre judeus e palestinos, lideranças fundamentalistas islâmicas o adotaram como arma de uma guerra santa contra a civilização ocidental, que não segue as palavras sagradas do Corão.
Em consequência disso, homens e mulheres jovens, transformados em bombas humanas, não hesitam em suicidar-se inutilmente, convencidos de que cumprem a vontade de Alá e serão recompensados com o paraíso.
Parece loucura e, de fato, o é, mas diferente da doença psíquica propriamente dita. É uma loucura decorrente do fanatismo político ou religioso, que muda o amor a Deus em ódio aos infiéis.
Embora o Corão condene o assassinato de inocentes, na opinião dos promotores de tais atentados - que matam sobretudo inocentes - só é proibido matar os “nossos” inocentes, como afirmou Bin Laden, não os inocentes “deles”.
Tudo isso mostra que o homem é mesmo um ser cultural, mas que a cultura tanto pode nos transformar em santos como em demônios.

(Ferreira Gullar. Cultura e terror. Folha de São Paulo. Abril/2013. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/1269134-cultura-e-terror.shtml.)


Em “[...] esses conflitos, que resultaram muitas vezes em guerras religiosas, [...]” (9º§), o verbo flexionado no mesmo tempo e modo que o destacado está em:
  • A “[...] serão recompensados com o paraíso.” (15º§)
  • B “[...] muda o amor a Deus em ódio aos infiéis.” (16º§)
  • C “[…] não segue as palavras sagradas do Corão.” (14º§)
  • D “[...] não hesitam em suicidar-se inutilmente, [...]” (15º§)
  • E “[…] a questão religiosa caiu para segundo plano, […]” (10º§)
28
Depois dos táxis, as ‘caronas’

No princípio era o táxi.Dezenas de aplicativos de celular para chamar amarelinhos proliferaram no ano passado, seduzindo passageiros e incomodando cooperativas.Agora,a nova onda de soluções móveis para o trânsito tenta abolir taxistas por completo em busca de objetivo mais ambicioso: convencer motoristas a aderirem, de vez, às caronas.
Um dos modelos é inspirado em softwares que fazem sucesso - e barulho - em São Francisco e Nova York, a exemplo de Uber e Lyft. A primeira experiência do tipo no Brasil atende pelo nome de Zaznu - gíria em hebraico equivalente ao nosso “partiu?” - e começou pelo Rio, mês passado.
Por meio do app, donos de smartphones solicitam e oferecem caronas a desconhecidos. Tudo começa com o passageiro, que aciona o programa para pedir uma carona. Com base na localização e no perfil da pessoa, motoristas cadastrados que estiverem nas redondezas decidem se topam ou não pegá-lo. Quando a carona é aceita, os dois conversam por telefone para combinar o ponto de encontro.
Para garantir a segurança dos passageiros, o Zaznu diz entrevistar os motoristas cadastrados,além de checar antecedentes criminais. Já os passageiros precisam registrar um cartão de crédito para pagamentos “voluntários”.
É justamente por não ser gratuito que o aplicativo já faz barulho.Tão logo surgiu, taxistas abriram a página no FacebookZaznu, a farsa da carona solidária”, que denuncia “o crime que é oferecer serviço de transporte em carro particular”,como explicou o criador do grupo, Allan de Oliveira. O sindicato da categoria no Rio concorda.
- É irregular,iremos à Justiça.Mas temos certeza de que a prefeitura vai detê-lo - disse o diretor José de Castro.
Procurada por duas semanas, a Secretaria Municipal de Transportes do Rio não se manifestou.
Em sua defesa,Yuri Faber,fundador do Zaznu,alegou que o aplicativo não constitui um serviço pago de transportes porque seus termos de uso classificam o pagamento como “doação opcional”. A sugestão de preço equivale a 80% do preço que seria cobrado por um táxi no mesmo trajeto. A Zaznu fica com um quinto do valor, o resto vai para o motorista.
- O passageiro tem todo o direito de decidir se paga,e quanto paga. O app só sugere um valor - justificou.
(O Globo,20/04/2014.)
De acordo com as estruturas textuais e seu principal objetivo, é correto afirmar que o texto é predominantemente
  • A científico.
  • B instrutivo.
  • C dissertativo.
  • D informativo.
  • E argumentativo.
29
Procuradorias comprovam necessidade de rendimento satisfatório para renovação do FIES

Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) não pode ser obrigado a prorrogar contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) a estudantes com baixo rendimento acadêmico. Essa foi a defesa da Advocacia-Geral da União (AGU) acatada pela Justiça para impedir o aditamento indevido aos financiados, sem observar as regras do Ministério da Educação (MEC).
Em duas ações, as estudantes pediam a prorrogação do financiamento estudantil, independentemente do baixo rendimento acadêmico por elas apresentado. Uma das autoras alegava que enfrentou problemas pessoais, pois sua filha estaria doente, o que a levou a ter um baixo rendimento na universidade.
A Procuradoria Federal no estado da Bahia (PF/BA) e a Procuradoria Federal junto ao Fundo (PF/FNDE) esclareceram que a Portaria Normativa MEC nº 15/2011, que dispõe sobre o Fies, estabelece que o não aproveitamento acadêmico em pelo menos 75% das disciplinas cursadas pelo estudante impede a manutenção do financiamento.
Os procuradores destacaram que ficou comprovado, no caso da primeira autora, que os documentos anexados para comprovar a enfermidade da filha se referiam a uma outra pessoa sem qualquer relação de parentesco com a estudante, além de serem de datas posteriores aos semestres que a universitária teve baixo rendimento.
No caso da segunda estudante, a AGU reiterou os mesmos argumentos, pois ela foi aprovada em apenas duas das seis matérias cursadas no primeiro semestre de Engenharia Civil do Centro Universitário Estácio da Bahia, e também usufruiu do aditamento excepcional concedido pela Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento (CSPA) da instituição, mas teve novamente aproveitamento acadêmico insatisfatório no 1º semestre de 2013.
As procuradorias destacaram, ainda, que a legislação atribui à CSPA a competência de excepcionalmente autorizar, por uma única vez, a continuidade do financiamento, quando há baixo rendimento acadêmico do aluno. Como a estudante obteve rendimento inferior pela segunda vez, ela perdeu qualquer direito a prorrogação do financiamento pelas regras do Fies.
Acolhendo os argumentos da Advocacia-Geral, tanto a 5ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia quanto a 9ª Vara Federal do estado reconheceram ser legal a decisão do FNDE de rejeitar o pedido de prorrogação das estudantes.

A PF/BA e a PF/FNDE são unidades da Procuradoria-Geral Federal, órgão da AGU. Ref.: Ação Ordinária nº 40279-03.2013.4.01.3300 - 5ª Vara Federal/BA e Ação Ordinária nº 36536-82.2013.4.01.3300 - 9ª Vara Federal/BA.

(Leane Ribeiro. Disponível em: http://www.agu.gov.br.)

Cada texto possui uma estrutura organizacional distinta. Considerando tal aspecto, assinale a relação corretamente estabelecida entre parágrafo e seu respectivo conteúdo.
  • A 5º§ – Apresentação dos mesmos argumentos e provas contrárias à 2ª estudante em relação à primeira.
  • B 1º§ – Apresentação de argumentos desenvolvidos ao longo do texto que sustentam a defesa da Advocacia-Geral da União (AGU).
  • C 6º§ e 7º§ – Apresentação da conclusão das ações expostas anteriormente de modo subjetivo, apresentado ponto de vista favorável às decisões indicadas.
  • D 2º§ – Apresentação das ações e respectivos argumentos nos quais as estudantes basearam-se para pedir a prorrogação do financiamento estudantil.
  • E 3º§ e 4º§ – Apresentação de embasamento legal para as decisões citadas no texto em relação ao FIES, além de exposição de elementos usados contra a estudante citada.
30
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A resposta dada no 2º quadrinho mostra um aspecto
  • A técnico.
  • B poético.
  • C científico.
  • D linguístico.
  • E sentimental.
31
Cultura e terror


Essa minha ideia de que o homem é, sobretudo, um ser cultural, não deve ser entendida como uma visão idealizada e otimista, pelo simples fato de que isso o distingue dos outros seres naturais.
Se somos seres culturais, se pensamos e com nosso pensamento inventamos os valores que constituem a nossa humanidade, diferimos dos outros animais, que se atêm a sua animalidade e agem conforme suas necessidades vitais imediatas.
Entendo que, ao contrário dos outros animais, o homem nasceu incompleto e, por essa razão, teve de inventar-se e inventar o mundo em que vive. Por exemplo, um bisão ou um tigre nasce com todos os recursos necessários à sua sobrevivência, mas o homem, para caçar o bisão, teve que inventar a lança.
Isso, no plano material. Mas nasceu incompleto também no plano intelectual, porque é o único animal que se pergunta por que nasceu, que sentido tem a existência. Para responder a essas e outras perguntas, inventou a religião, a filosofia, a ciência e a arte.
Assim, construiu, ao longo da história, uma realidade cultural, inventada, que alcança hoje uma complexidade extraordinária e fascinante. O homem deixou de viver na natureza para viver na cidade que foi criada por ele.
Mas, o fato mesmo de se inventar como ser cultural criou-lhe graves problemas, nascidos, em grande parte, daqueles valores culturais. É que, por serem inventados, variam de uma comunidade humana para outra, gerando muitas vezes conflitos insuperáveis. As diversas concepções filosóficas, religiosas, estéticas e políticas podem levar os homens a divergências insuperáveis e até mesmo a conflitos mortais.
Pode ser que me engane, mas a impressão que tenho é de que o homem, por ser essencialmente os seus valores, tem que afirmá-los perante o outro e obter dele sua aceitação. Se o outro não os aceita, sente-se negado em sua própria existência. Daí por que, a tendência, em certos casos, é levá-lo a aceitá-los por bem ou por mal. Chega-se à agressão, à guerra.
Certamente, nem sempre é assim, depende dos indivíduos e das comunidades humanas; depende sobretudo de quais valores os fundamentam.
De modo geral, é no campo da religião e da política que a intolerância se manifesta com maior frequência e radicalismo. A história humana está marcada por esses conflitos, que resultaram muitas vezes em guerras religiosas, com o sacrifício de centenas de milhares de vidas.
Com o desenvolvimento econômico e ampliação do conhecimento científico, a questão religiosa caiu para segundo plano, enquanto o problema ideológico ganhou o centro das atenções.
A questão da riqueza, da desigualdade social e consequentemente da justiça social tornou-se o núcleo dos conflitos entre as classes e o poder político.
Esse fenômeno, que se formou em meados do século XIX, ocuparia todo o século XX, com o surgimento dos Estados socialistas. O ápice desse conflito foi a Guerra Fria, resultante do antagonismo entre os Estados Unidos e a União Soviética.
Surpreendente, porém, é que, em pleno século do desenvolvimento científico e tecnológico, tenha eclodido uma das expressões mais irracionais da intolerância religiosa: o terrorismo islâmico, surgido de uma interpretação fanatizada daquela doutrina.
O terrorismo não nasceu agora mas, a partir do conflito entre judeus e palestinos, lideranças fundamentalistas islâmicas o adotaram como arma de uma guerra santa contra a civilização ocidental, que não segue as palavras sagradas do Corão.
Em consequência disso, homens e mulheres jovens, transformados em bombas humanas, não hesitam em suicidar-se inutilmente, convencidos de que cumprem a vontade de Alá e serão recompensados com o paraíso.
Parece loucura e, de fato, o é, mas diferente da doença psíquica propriamente dita. É uma loucura decorrente do fanatismo político ou religioso, que muda o amor a Deus em ódio aos infiéis.
Embora o Corão condene o assassinato de inocentes, na opinião dos promotores de tais atentados - que matam sobretudo inocentes - só é proibido matar os “nossos” inocentes, como afirmou Bin Laden, não os inocentes “deles”.
Tudo isso mostra que o homem é mesmo um ser cultural, mas que a cultura tanto pode nos transformar em santos como em demônios.

(Ferreira Gullar. Cultura e terror. Folha de São Paulo. Abril/2013. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/colunas/ferreiragullar/1269134-cultura-e-terror.shtml.)


As palavras destacadas em “Pode ser que me engane, mas a impressão que tenho é de que o homem, por ser essencialmente os seus valores, tem que afirmá-los perante o outro e obter dele sua aceitação. Se o outro não os aceita, sente-se negado em sua própria existência. Daí por que, a tendência, em certos casos, é levá-lo a aceitá-los por bem ou por mal.” (7º§) referem-se, respectivamente, a
  • A homens, valores, valor e outros.
  • B valores, valores, outro e valores.
  • C valores, homens, outro e valores.
  • D valores, outros, homem e valores.
  • E valores, valores, homem e valores.

Raciocínio Lógico

32

Um garçom memorizou os pedidos de três clientes – uma jovem, uma criança e um senhor –, que foram: um pedaçode torta de legumes, um bife à milanesa com arroz, um filé de frango com salada, água mineral, vinho e refrigerante.Considere que cada um deles fez um pedido de um alimento e uma bebida e o garçom esqueceu quem fez cadapedido; porém, sabe que:


o senhor: é vegetariano e pediu água;

a criança: pediu bife à milanesa e não toma bebida alcoólica; e,

a jovem: está de regime e não bebe refrigerante.  


Qual das alternativas corresponde a dois itens pedidos por uma mesma pessoa?

  • A Água e filé de frango.
  • B Filé de frango e vinho.
  • C Bife à milanesa e água.
  • D Vinho e bife à milanesa.
33

De quantas maneiras é possível escolher dois pares de óculos dispondo-se de 3 armações e 3 pares de lentes de materiais diferentes?

  • A 15
  • B 16
  • C 18
  • D 20
  • E 22
34

A razão entre a idade de João e José é igual à razão entre seus pesos. Sabe‐se que João tem 16 anos, José tem 20 anos e o peso de João é 60 kg, então o peso de José é igual a

  • A 66 kg.
  • B 70 kg.
  • C 72 kg.
  • D 75 kg.
35

Considere a seguinte proposição: “serei aprovado se e somente se eu estudar muito”. A sua negação pode ser escrita como:

  • A “Serei aprovado ou estudarei muito.”
  • B “Estudarei muito e não serei aprovado ou serei aprovado e não estudarei muito.”
  • C “Serei aprovado ou não estudarei muito e estudarei muito ou não serei aprovado.”
  • D “Serei aprovado e não estudarei muito ou não estudarei muito e não serei aprovado.”
  • E “Não serei aprovado e não estudarei muito ou estudarei muito e não serei aprovado.”
36

Beatriz ganhou duas caixas de bombons, uma grande e uma pequena. Considere que ela comeu 2/3 dos bombons da caixa grande mais 7 bombons e ainda sobraram 9. Sabe- se que na caixa pequena havia inicialmente metade dos bombons da caixa grande. Quantos bombons Beatriz ainda possui?

  • A 29
  • B 31
  • C 33
  • D 35
  • E 37
37
O sistema apresentado nas incógnitas "x" e "y" e parâmetro "m",
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
  • A não admite solução para m = 2.
  • B admite solução unica para m ≠ 2.
  • C admite solução única para m = 2.
  • D admite infinitas soluções para m ≠ 2.
  • E admite infinitas soluções para m = 2.
38

Renato sacou 2/3 do saldo de sua conta bancária. Em seguida, fez um depósito igual à metade do valor que restou e, então, voltou a fazer um novo saque, desta vez equivalente a 1/5 do saldo inicial. Se depois dessas movimentações, o saldo passou a ser de R$126,00, então o valor total sacado da conta bancária foi

  • A R$364,00.
  • B R$294,00.
  • C R$286,00.
  • D R$256,00.
  • E R$312,00.
39

A soma do ano do nascimento de um pai com o ano do nascimento de um filho é igual a 3900. Se o pai é 46 anos mais velho que o filho, quantos anos o filho completou no ano 2000?

  • A 24.
  • B 27.
  • C 29.
  • D 31.
  • E 32.
40
Qual das figuras a seguir NÃO pertence ao grupo?

  • A Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • B Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • C Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • D Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • E Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
41
Uma pilha, uma bala e dez palitos de fósforo custam, no total, R$ 5,60. Sabe‐se que a bala custa um terço do valor da pilha e cada palito de fósforo custa mais que dois centavos. Logo, pode‐se afirmar, com segurança, que
  • A pilha custa R$ 2,75.
  • B a bala custa menos que R$ 1,35.
  • C a bala e a pilha custam, juntas, mais que R$ 4,20.
  • D os dez palitos de fósforo custam, no máximo, R$ 0,80.
42

Em um setor de uma determinada empresa trabalham 30 pessoas, sendo 20 mulheres. Uma comissão de 3 funcionários será formada, de forma aleatória, por sorteio. A probabilidade de esta comissão ser formada por pessoas do mesmo sexo é, aproximadamente,

  • A 17%
  • B 20%.
  • C 27%.
  • D 31%.
  • E 35%.
43

Seja a sequência numérica a seguir: 1, 2, 2, 3, 4, 4, 5, 6, 6, 7, 8, 8, ..., 49, 50, 50.
Quantos termos tem essa sequência?

  • A 70.
  • B 72.
  • C 73.
  • D 75.
44

Considere a progressão aritmética:

11,14,17, 20, 23, 26, 29,...

Qual dos números NÃO pertence a essa seqüência?

  • A 188.
  • B 266.
  • C 377.
  • D 433.
  • E 599
45

Uma empresa realiza a reunião mensal sempre na última terça-feira do mês. Sabe-se que 3 reuniões consecutivas de um mesmo ano ocorreram nos dias 30, 27 e 24, então, a

  • A primeira reunião ocorreu num mês par.
  • B terceira reunião ocorreu num mês de 30 dias.
  • C terceira reunião ocorreu num mês de 31 dias.
  • D primeira reunião ocorreu no primeiro semestre do ano.
  • E segunda reunião ocorreu num mês que terminou numa sexta-feira.
46

Duas agências bancárias A e B apresentam taxas mensais distintas para o cheque especial. Considere que uma determinada pessoa que possui conta nas duas agências, efetue um saque de R$400,00 em cada uma e pague após um mês R$12,00 de juros a mais na agência que cobra a maior taxa. Se a soma dessas taxas mensais é igual a 21%, então o valor dos juros cobrados na agência bancária de menor taxa será de

  • A R$28,00.
  • B R$30,00.
  • C R$32,00.
  • D R$34,00.
  • E R$36,00.

Direito Administrativo

47
“Uma  Prefeitura  precisa  escolher  um  trabalho  técnico  e, entre os vencedores, atribuir prêmios ou remuneração, definidos através de critérios constantes do edital publicado em imprensa oficial, cumprindo o prazo legal para divulgação.” Marque a alternativa que corresponde corretamente à modalidade de licitação.
  • A Leilão.
  • B Pregão.
  • C Convite.
  • D Concurso.
  • E Concorrência.

Administração Geral

48
Sendo objeto de destaque na gestão do setor público, a cultura organizacional costuma ser levada em consideração quando se trata dos esforços de explicar os fenômenos disfuncionais na administração pública. A cultura de uma organização pode ser definida, resumidamente, como o conjunto de hábitos, crenças, valores e símbolos que a particularizam frente às demais. Sob o ponto de vista dos agentes ingressantes na organização, a cultura organizacional pode representar uma barreira em face da reação refratária dos mesmos, que explica
  • A a adesão plena aos padrões culturais, incorporando valores, crenças e símbolos inerentes à cultura organizacional.
  • B uma situação composta contemplando componentes de ajuste aos padrões culturais e de transformação da cultura organizacional.
  • C uma posição intermediária do servidor ingressante e da organização e demais membros, que conjuga transformação e adaptação mútua.
  • D as características de personalidade e de interesses pessoais, próprios da estratégia de inclusão estruturada pelo servidor ingressante.
  • E a posição diametralmente oposta em relação à cultura organizacional na fase de ingresso, podendo resultar na manutenção do convívio em isolamento.

Administração Pública

49

A Constituição de 1988 contém, no Título III que trata da "Organização do Estado", um capítulo específico sobre Administração Pública - o capítulo VII. No primeiro dispositivo (art. 37) institucionalizou, em âmbito constitucional, a classificação da Administração Pública em duas modalidades: administração direta e indireta. A Administração Pública Direta inclui os serviços desempenhados pelos(as)

  • A Autarquias, que são serviços autônomos, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios
  • B Entes da Federação (União, Estados e Municípios), que possuem personalidade jurídica própria e patrimônio próprio
  • C Empresas Públicas, que são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, para a exploração de atividades econômicas que o governo seja levado a exercer.
  • D Fundações, que são dotadas de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, com autonomia administra- tiva, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
  • E Sociedades de Economia Mista, que são dotadas de personalidade jurídica de direito privado, para exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da administração indireta

Direito Penal

50

O art. 319 do Código Penal brasileiro, que trata sobre os tipos de conduta que configuram crime contraa Administração pública, dispõe um dos referidos crimes: “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal”. A pena prevista no Código Penal para a prática do crime descrito anteriormente é:

  • A Reclusão, de 2 a 5 anos, e multa.
  • B Reclusão, de 3 a 8 anos, e multa
  • C Reclusão, de 2 a 12 anos, e multa.
  • D Detenção, de 3 meses a um ano, e multa.
  • E Detenção, de 6 meses a 2 anos, ou multa.

Administração Pública

51
“Joaquim é motorista de uma sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos, integrante da administração pública municipal. Em determinada manhã, durante o horário de trabalho, em razão de uma distração enquanto trafegava com o veículo de trabalho, Joaquim acaba por abalroar o veículo de Antônio, causando-lhe prejuízos de ordem patrimonial.” Neste caso, considerando as regras sobre responsabilidade civil constitucionalmente previstas, assinale a alternativa correta.
  • A Para que Antônio tenha o dano ressarcido, terá que demonstrar que Joaquim agiu de forma imprudente, ou seja, deverá comprovar a existência de culpa.
  • B Neste caso, a sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, responderá objetivamente pelos prejuízos causados por Joaquim.
  • C No caso em tela, não há que se falar em responsabilidade objetiva, vez que, embora seja integrante da administração pública municipal, a sociedade de economia mista não é pessoa jurídica de direito público.
  • D Antônio só poderá exigir o ressarcimento do prejuízo em face de Joaquim, pois no caso em apreço verificou-se que o dano decorreu de imprudência do motorista, e não da atividade de prestação de serviço público.
  • E Caso a sociedade de economia mista seja condenada a ressarcir os prejuízos de Antônio, não poderá demandar o valor pago em face de Joaquim, já que a sociedade deve arcar com os riscos de sua atividade econômica.

Administração Financeira e Orçamentária

52
A  classificação  institucional  agrupa  as  despesas  conforme  as  instituições  autorizadas  a  realizá-las,  relacionando  os órgãos da administração pública direta ou indireta responsáveis pela dotação aprovada. São consideradas vantagens  dessa classificação institucional, EXCETO: 
  • A Refere-se ao ponto de partida para a contabilização de custos dos vários serviços.
  • B Permite identificar a unidade responsável pela execução das despesas de determinado programa.
  • C Permite comparação entre os diversos órgãos, quanto ao volume de despesa autorizada/executada.
  • D Combinada com a Classificação Funcional e com a Estrutura Programática, focaliza em detalhes a responsabilidade pela execução do programa.
  • E Tende a gerar rivalidades entre as diferentes instituições na obtenção de recursos quando da preparação do orçamento e da sua aprovação pelo Legislativo.

Administração Pública

53

Considere a hipótese de um servidor federal vir a ser condenado pela prática de ato de improbidade administrativa que configure enriquecimento ilícito. Nos termos da Lei Federal nº 8.429/92, dentre outras penalidades, o servidor estará sujeito a

  • A suspensão dos direitos políticos por 8 a 10 anose multa civil de até cem vezes a remuneração do agente.
  • B suspensão dos direitos políticos por 5 a 8 anos e proibição de contratar com o poder público por 8 a 10 anos
  • C ressarcimento integral do dano, multa civil de até três vezes o acréscimo patrimonial e perda da função pública.
  • D perda dos direitos políticos e proibição de contratar ou receber incentivos creditícios do poder público por10 anos.
  • E ressarcimento ao erário, multa civil de até duasvezes o dano ao erário e proibição de contratar com o poder público por 5 anos.

Direito Administrativo

54
Na Secretaria de Administração de determinado órgão federal surgiram duas vagas no cargo de assistente administrativo derivado da vacância. Diversos são os fatos que geram a referida situação. NÃO se enquadra nas situações de vacância:
  • A Demissão.
  • B Promoção.
  • C Exoneração.
  • D Transferência.
  • E Aposentadoria.

Administração Pública

55
O servidor público deve desempenhar suas funções com zelo, justiça e integridade e demais obrigações com a função que exerce. Entretanto, a lei elenca algumas vedações ao mesmo. Assinale a alternativa INCORRETA com relação às vedações do servidor público.
  • A O uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem.
  • B Usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material.
  • C Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão.
  • D Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem.
  • E Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim.

Ética na Administração Pública

56
Nos termos do Decreto Federal nº 1.171/94, assinale a alternativa que NÃO descreve um dos deveres fundamentais dos servidores públicos.
  • A Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função.
  • B Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo.
  • C Ser, em função do espírito de solidariedade e companheirismo que deve permear as relações internas do serviço público, conivente com erro ou infração ao Código de Ética de sua profissão.
  • D Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei.
  • E Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos.