Resolver o Simulado FUNCAB - Nível Médio

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Matemática

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Você sabe como se calcula a quantidade de pessoas em uma multidão?

De acordo com engenheiros e estudiosos, o número de pessoas que cabem em 1 m², em um local com grande concentração de pessoas, é de no máximo 7. Isso com as pessoas se espremendo umas nas outras. É mais objetivo levar em consideração um número de 3 a 4 pessoas, mas este número ainda pode variar.

Para calcular o número de pessoas que compareceram a um evento, os limites foram estipulados analisando diversas fotos originais feitas por ocasião do evento. Coma ajuda do Google Earth, foi traçada a área total de 2.835 m² que multiplicada pelo número de pessoas, por metro quadrado, estimou-se em aproximadamente 8.505 o número de pessoas presentes, desconsiderando o total de pessoas nos arredores e espalhados fora da área calculada.
O número aproximado de pessoas por m², dentro dos limites da área calculada, é de aproximadamente:

  • A 2
  • B 2,5
  • C 3
  • D 3,5
  • E 4
2

Determine o valor de c na igualdade abaixo.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • A -4/3
  • B -6
  • C 14/3
  • D -22/3
  • E -14/3
3

O Batalhão de Polícia Militar Ambiental da PMES contava com um efetivo de 30 policiais em 1987. Em 2012, contava com um efetivo de 180 policiais.
Supondo linear a taxa de crescimento do efetivo de policiais no Batalhão de Polícia Militar Ambiental nos últimos 25 anos, e que a mesma taxa de crescimento permanecerá constante nos próximos cinco anos, o número total de policiais no Batalhão de Polícia Militar Ambiental, ao final desses cinco anos, será de:

  • A 200
  • B 210
  • C 220
  • D 230
  • E 240
4
Um capital acrescido dos seus juros simples a 10% ao mês, em 12 meses, é R$ 1.936,00.
Qual o valor desse capital?
  • A R$790,00
  • B R$880,00
  • C R$1.260,00
  • D R$1.080,00
  • E R$900,00
5

Determine o produto de -9 pelo simétrico da diferença entre -18 e -36, nessa ordem.

  • A 18
  • B -18
  • C -81
  • D 162
  • E -162
6

Com o objetivo de levar orientação e entretenimento, o grupo de Teatro da Polícia Militar do Espírito Santo serve como um elo de aproximação entre a população e a instituição. Ao longo de todos os anos de atuação, o grupo já atraiu um público aproximado de 160 mil pessoas em suas 250 apresentações já realizadas em todo o Espírito Santo.

O número médio de pessoas, por apresentação, do Grupo de Teatro da Polícia Militar do Espírito Santo, de acordo com o texto acima, foi de aproximadamente:

  • A 640
  • B 650
  • C 660
  • D 670
  • E 680
7
Maria compra diariamente 10 bolos por R$ 6,90 cada um e revende todos em 8 fatias, por R$ 1,50 cada fatia.

O lucro obtido por ela com as vendas dos bolos, de segunda a sábado,é:
  • A R$306,00.
  • B R$51,00.
  • C R$120,00.
  • D R$69,00.
  • E R$255,00.
8
Uma atendente de farmácia observou que, se colocasse 6 embalagens em cada caixa, sobrariam 20 embalagens. Usando o mesmo número de caixas, mas colocando 8 embalagens por caixa, sobrariam 6 embalagens.

O número total de embalagens é:
  • A 72.
  • B 62.
  • C 80.
  • D 76.
  • E 46.
9

Marcos trabalha quatro horas por dia, e leva 18 dias para realizar um determinado trabalho. Quantas horas Marcos precisaria trabalhar diariamente para realizar o mesmo trabalho em seis dias?

  • A 6
  • B 8
  • C 10
  • D 12
  • E 16
10

Determine os valores de x que satisfazem a seguinte inequação:

3x/2 + 2 ≤ x/2 - 3

  • A x > 2
  • B x ≤-5
  • C x > -5
  • D x < 2
  • E x ≤ 2

Português

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Cultura

Ele disse: “O teu sorriso é como o primeiro suave susto de Julieta quando, das sombras perfumadas do jardim sob a janela insone, Romeu deu voz ao sublime Bardo e a própria noite aguçou seus ouvidos.”

E ela disse: “Corta essa.”

E ele disse: “A tua modéstia é como o rubor que assoma à face de rústicas campônias acossadas num quadro de Bruegel, pai, enaltecendo seu rubicundo encanto e derrotando o próprio simular de recato que a natureza, ao deflagrá-lo, quis.”

E ela disse: “Cumé que é?”

E ele: “Eu te amo como jamais um homem amou, como o Amor mesmo, em seu autoamor, jamais se considerou capaz de amar.”

E ela: “Tô sabendo...”

“Tu és a chuva e eu sou a terra; tu és ar e eu sou fogo; tu és estrume, eu sou raiz.”

“Pô!”

“Desculpe. Esquece este último símile. Minha amada, minha vida. A inspiração é tanta que transborda e me foge, eu estou bêbado de paixão, o estilo tropeça no meio-fio, as frases caem do bolso...”

“Sei...”

“Os teus olhos são dois poços de águas claras onde brinca a luz da manhã, minha amada. A tua fronte é como o muro de alabastro do templo de Zamaz-al-Kaad, onde os sábios iam roçar o nariz e pensar na Eternidade. A tua boca é uma tâmara partida... Não, a tua boca é como um... um... Pera só um pouquinho...”

“A tua boca, a tua boca, a tua boca... (Uma imagem, meu Deus!)”

“Que qui tem a minha boca?” “A tua boca, a tua boca... Bom, vamos pular a boca. O teu pescoço é como o pescoço de Greta Garbo na famosa cena da nuca em , com Charles Boyer, dirigido por Clarence Brown, iluminado por...”

“Ó escuta aqui...”

“Eu tremo! Eu desfaleço! Ela quer que eu a escute! Como se todo meu ser não fosse uma membrana que espera a sua voz para reverberar de amor, como se o céu não fosse a campana e o Sol o badalo desta sinfonia especial: uma palavra dela...”

“Tá ficando tarde.”

“Sim, envelhecemos. O Tempo, soturno cocheiro deste carro fúnebre que é a Vida. Como disse Eliot, aliás, Yeats – ou foi Lampedusa? – , o Tempo, esse surdo-mudo que nos leva às costas...”

“Vamos logo que hoje eu não posso ficar toda a noite.” [...]

A função sintática do segmento destacado em “[...]Romeu deu voz AO SUBLIME BARDO[...]” é:

  • A adjunto adverbial.
  • B complemento nominal.
  • C agente da passiva.
  • D objeto indireto.
  • E objeto direto.
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Meter a língua onde não é chamado

Azeite, não é meu parente! Nem todos entendem, mas a língua que se falava antigamente era tranchã, era não?

As palavras pareciam todas usar galocha, e eu me lembro como ficava cabreiro quando aquela teteia da rua, sempre usando tank colegial, se aprochegava com a barra da anágua aparecendo, vendendo farinha, como se dizia. Só porque tinha me trocado pelo desgramado que charlava numa baratinha, ela sapecava expressões do tipo “conheceu, papudo?!", “Ora, vá lamber sabão", eu devolvia de chofre, com toda a agressividade da época, “deixa de trololó, sua sirigaita".

A língua mexe, pra frente e pra trás, e assim como o bacana retornou guaribado para servir de elogio nos tempos modernos, pode ser que breve, na legenda de uma foto da Daniela Cicarelli, os jornais voltem a fazer como diante da Adalgisa Colombo outrora, e digam que ela tem it, que ela é linda, um chuchu. São coisas do arco da velha, vai entender?! Não é só o mistério da ossada da Dana de Teffé que nos une ao passado. Não saberemos nunca, também, quem matou o mequetrefe, a pinimba, o tomar tenência e o neca de pitibiribas, essas delícias vocabulares que enxotadas pelo bom gosto gramatical picaram a mula e foram dormitar, como ursos no inverno, numa página escondida do dicionário.

Outro dia eu disse para as minhas filhas que o telefone estava escangalhado. Morreram de rir com esse maiô Catalina que botei na frase. Nada escangalha mais, no máximo não funciona. Me acharam, sem usar tamanho e tão cansativo polissílabo, um completo mocorongo. Como sempre, estavam certas. Eu tenho visto mulheres de botox, homens que escondem a idade, tenho visto todas as formas de burlar a passagemdo tempo,mas o que sai da boca tem data. Cuidado cinquentões com o ato falho de pedir um ferro de engomar, achar tudo chinfrim, reclamar do galalau que senta na sua frente no cinema e a mania de dizer que a fila do banco está morrinha. Esse papo, por mais que você curta música techno e endívias, denuncia de que década você veio.
[...]
Uma língua bem exercida é metida, jamais galinha morta. É feita de avanços e recuos, e se isso parece reclame de algum programa do canal a cabo Sexy Hot, digamos que, sim, pode ser. Língua, seja qual for, é erótica. Dá prazer brincar com ela. Uma lambida no passado envernizaria novamente palavras que estavam lá, macambúzias e abandonadas, como quizumba, alaúza e jururu, expressões da pá virada como “na maciota", “onde é que nós estamos!" e “ir para a cucuia". Certamente, por mais cara de emplastro Sabiá que tenham, elas dariam na verdade uma viagrada numa língua que tem sido sacudida apenas pelo que é acessado do cibercafé e o demorô dos manos e das minas.

Meter a língua onde não é chamado pode ser divertido. Lembro de Oscarito passando a mão na barriga depois de botar pra dentro uma feijoada completa e dizer, todo preguiçoso e feliz, “tô comuma idiossincrasia!". Estava com o bucho cheio, empanturrado de palavras. Troque essa dieta de alface americana, de palavras transgênicas gordas, compridas e nonsenses como um paio de porco. É o banquete que eu sugiro, que anda na moda mas não vale um caracol. Caia de boca num sarrabulho com assistência na porta, umpifão de tirar uma pestana do caramba, uma car raspana batuta. Essa idiossincrasia vai fazer sentido. Se alguém, depois de receber todas essas palavras de lambuja, repetir a mamãe das antigas e, amuado, gritar “dobre a língua", não se faça de rogado-estique.

SANTOS, Joaquim Ferreira dos.Meter a língua onde não é chamado . Jornal “O Globo", 08/09/2003, 2º Caderno. Disponível emwww.releituras.com.

Os textos, de modo geral, têm uma intenção comunicativa. Combase nessa afirmação, é possível dizer que a crônica de Joaquim Ferreira dos Santos tempor objetivo:

  • A argumentar para persuadir.
  • B contrariar a realidade.
  • C explicar didaticamente.
  • D descrever minuciosamente
  • E refletir a realidade
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A língua que somos, a língua que podemos ser

(Eliane Brum)

A alemã Anja Saile é agente literária de autores de língua portuguesa há mais de uma década. Não é um trabalho muito fácil. Com vários brasileiros no catálogo, ela depara-se com frequência com a mesma resposta de editores europeus, variando apenas na forma. O discurso da negativa poderia ser resumido nesta frase: “O livro é bom, mas não é suficientemente brasileiro". O que seria “suficientemente brasileiro"?

Anja (pronuncia-se “Ânia") aprendeu a falar a língua durante os anos em que viveu em Portugal (e é impressionante como fala bem e escreve com correção). Quando vem ao Brasil, acaba caminhando demais porque o tamanho de São Paulo sempre a surpreende e ela suspira de saudades da bicicleta que a espera em Berlim. Anja assim interpreta a demanda: “O Brasil é interessante quando corresponde aos clichês europeus. É a Europa que define como a cultura dos outros países deve ser para ser interessante para ela. É muito irritante. As editoras europeias nunca teriam essas exigências em relação aos autores americanos, nunca".

Anja refere-se ao fato de que os escritores americanos conquistaram o direito de ser universais para a velha Europa e seu ranço colonizador― já dos brasileiros exige-se uma espécie de selo de autenticidade que seria dado pela “temática brasileira". Como se sabe, não estamos sós nessa xaropada. O desabafo de Anja, que nos vê de fora e de dentro, ao mesmo tempo, me remeteu a uma intervenção sobre a língua feita pelo escritor moçambicano Mia Couto, na Conferência Internacional de Literatura, em Estocolmo, na Suécia. Ele disse:

— A África tem sido sujeita a sucessivos processos de essencialização e folclorização, e muito daquilo que se proclama como autenticamente africano resulta de invenções feitas fora do continente. Os escritores africanos sofreram durante décadas a chamada prova de autenticidade: pedia-se que seus textos traduzissem aquilo que se entendia como sua verdadeira etnicidade. Os jovens autores africanos estão se libertando da “africanidade". Eles são o que são sem que se necessite de proclamação. Os escritores africanos desejam ser tão universais como qualquer outro escritor do mundo. (...) Há tantas Áfricas quanto escritores, e todos eles estão reinventando continentes dentro de si mesmos.

[...]

— O mesmo processo que empobreceu o meu continente está, afinal, castrando a nossa condição comum e universal de contadores de histórias. (...) O que fez a espécie humana sobreviver não foi apenas a inteligência, mas a nossa capacidade de produzir diversidade. Essa diversidade está sendo negada nos dias de hoje por um sistema que escolhe apenas por razões de lucro e facilidade de sucesso. Os autores africanos que não escrevem em inglês – e em especial os que escrevem em língua portuguesa – moram na periferia da periferia, lá onde a palavra tem de lutar para não ser silêncio.

[...]

Talvez os indígenas sejam a melhor forma de ilustrar essa miopia, forjada às vezes por ignorância, em outras por interesses econômicos localizados em suas terras. Parte da população e, o que é mais chocante, dos governantes, espera que os indígenas – todos eles – se comportem como aquilo que acredita ser um índio. Portanto, com todos os clichês do gênero. Neste caso, para muitos os índios não seriam “suficientemente índios" para merecer um lugar e para serem escutados como alguém que tem algo a dizer.

Outra parte, que também inclui gente que está no poder em todas as instâncias, do executivo ao judiciário, finge que os indígenas não existem. Finge tanto que quase acredita. Como não conhecem e, pior que isso, nem mesmo percebem que é preciso conhecer, porque para isso seria necessário não só honestidade como inteligência, a extinção progressiva só confirmaria uma ausência que já construíram dentro de si.

[...]

Disponível em: <http://revistaepoca.globo.com/Sociedade/ eliane-brum/noticia/2012/01/lingua-que-somos-lingua-que-podemos-ser.html>

Na palavra ANJA, tal qual a pronúncia que é indicada, no segundo parágrafo, é acertado dizer que apresenta:

  • A um ditongo, já que há aí o encontro de duas vogais em uma única sílaba.
  • B um hiato, uma vez que as vogais excluem-se em sílabas distintas.
  • C um ditongo crescente, dada a semivogal em primeira posição silábica.
  • D um ditongo decrescente, pela última posição do encontro ser ocupado por semivogal.
  • E um ditongo crescente, no qual a semivogal encerra o encontro vocálico.
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E se a revolução dos costumes tiver sido a verdadeira revolução deste século? Não a soviética ou a chinesa, nem a cubana, nem a portuguesa, muito menos a de 64, mas a que fez o homem e a mulher do século XX mudarem seu estilo de vida e seu modo de estar no mundo, tendo ao fundo o rock como trilha sonora.

O historiador Francisco Iglésias, por exemplo, achava isso. Talvez no futuro, quando se escrever a história definitiva deste século, “quando se quiser destacar o que aconteceu de mais importante”, vai-se chegar à conclusão de que esta foi a era do comportamento: a que reformou a velha ordem moral, instituindo novas atitudes e condutas sociais, psicológicas e culturais.

Num processo às vezes dramático de desconstrução e reconstrução, o homem e principalmente a mulher deste mundo pós-moderno transformaram suas concepções de família, suas relações afetivas, a maneira de se vestir, de fazer sexo, seus hábitos e atitudes comportamentais enfim – pelo menos como tendência ou possibilidade, quando não como realidade.

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Esse processo de liberação se acelerou a partir da segunda metade do século, quando caíram as últimas resistências de pudicícia e pudor.Ainda em 1962, na França, a primeira imagem pública de uma mulher nua segurando uma rosa sobre o peito provocou um escândalo tão grande que os seios do anúncio tiveram que ser logo cobertos com um . Em 1965, na terra de Bill Clinton, um cidadão cumpriu três anos de cadeia dos cinco a que fora condenado, por ter praticado sodomia com a esposa.

A “Revolução do Comportamento” talvez tenha conseguido tantos resultados porque sua ação atingiu primeiro a própria unidade constitutiva da sociedade: a família. Núcleo indissolúvel, em que os membros eram submetidos ao poder central do chefe, ao mesmo tempo déspota e provedor, com a mulher desempenhando apenas o papel de procriar e obedecer, aquela família patriarcal do começo do século virou outra: não tanto pela dissolução moral, como se temia, e sim pelo surgimento de novos núcleos afetivos.

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É claro que tudo isso não aconteceu isoladamente, mas estimulado ou causado pelas invenções da ciência e da tecnologia em geral, especialmente a da comunicação. Com o poder de entrar não só dentro das casas, como dentro de seus próprios moradores, condicionando gostos, preferências e sensações, a mídia foi fundamental na criação desse ser planetário e tribal, que passou a viver numa aldeia global.

O homem moderno nem sempre se deu conta de que ao lado das descobertas espetaculares que mudaram a cabeça do século XX, como a bomba atômica, a fertilização artificial, a TV a cores, a Internet, os transplantes, as viagens interplanetárias, houve muitos achados minúsculos, como a pílula anticoncepcional, e outros que pareciam não passar de insignificantes trivialidades, como o biquíni, a minissaia, os , o tênis, o rádio transístor, o clipe, o telefone celular, que transformaram nosso comportamento.

O corpo foi o espaço onde se travaram as batalhas comportamentais mais significativas. Permissivo e hedonista, o século XX desenvolveu como nunca o seu culto, aprimorando a plástica e as funções corporais – seja através de exercícios e de cirurgias embelezadoras, seja por intermédio de drogas que monitoram o seu metabolismo. Vivemos o tempo dos antidepressivos, dos excitantes ou relaxantes, dos moderadores de apetite, dos estimuladores do orgasmo feminino, das pílulas para ereção masculina, do Prozac, do Viagra, do Xenical.

Mas o comportamento não se destacou apenas pelos avanços.

Patologias e retrocessos, como o narcotráfico, a violência e a Aids, constituíram uma espécie ameaçadora de contrarrevolução. A esperança é que aconteça agora o que ocorreu com o século passado, que terminou derrotado pela sífilis. Era apenas uma derrota passageira.

A substituição do complemento verbal em destaque por um pronome átono ocasiona ERRO de regência verbal em:

  • A “[...] a que reformou A VELHA ORDEM MORAL [...]” (parágrafo 2) / a reformou.
  • B “[...] o homem e principalmente a mulher […] transformaram SUAS CONCEPÇÕES DE FAMÍLIA[...]” (parágrafo 3) / transformaram-nas
  • C “[...] por ter praticado SODOMIA com a esposa.” (parágrafo 4) / tê-la praticado.
  • D “[...] em que os membros eram submetidos AO PODER CENTRAL DO CHEFE [...]” (parágrafo 5) / lhe eramsubmetidos.
  • E “[...] aprimorando A PLÁSTICA E AS FUNÇÕES COR POR A I S [ . . . ] ” ( p a r á g r a f o 8 ) / aprimorando-lhes
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A Olimpíada é a vida – melhorada

Vou, sim, assistir à Olimpíada (pela tevê, naturalmente). Vou torcer por nossos atletas.Vou vibrar e sei que, em alguns momentos, vou me emocionar. Por quê? De onde tiro essa certeza, que é a de milhões de pessoas em todo o mundo?

No meu caso, a resposta está num nome, hoje pouco lembrado: Abebe Bikila. Etíope, ex-pastor de ovelhas e depois militar, foi o primeiro atleta a vencer duas maratonas olímpicas e é considerado por muitos o maior maratonista de todos os tempos.

Bom, vocês dirão, grandes atletas existem, isso não chega a ser novidade. Mas Bikila era diferente. Esse homenzinho pequeno, magro, franzino, nascido em um dos países mais pobres do mundo, assombrou o público na maratona de 1960, em Roma, porque correu pelas ruas da cidade eterna descalço. Isso mesmo, descalço. E, descalço, ele chegou quatro minutos antes do segundo colocado; descalço, declarou que poderia correr mais dez quilômetros sem problemas.

Na maratona seguinte, em Tóquio, ele convalescia de uma cirurgia de apêndice realizada cinco semanas antes. Mas correu, e novamente venceu.

Dessa vez teve de usar tênis por imposição dos juízes. E só não venceu a terceira maratona, na Cidade do México, porque, depois de correr 17 quilômetros, fraturou a perna esquerda e teve de desistir.

Uma outra e irônica tragédia o aguardava. Em 1969, dirigindo o carro que ganhara do governo, teve um acidente que o deixou paralisado do pescoço para baixo. Os pés o consagraram, um automóvel foi a sua nêmese, o instrumento de sua desgraça.

Olimpíadas são eventos mundiais.

Conotações sociais, políticas, ideológicas são inevitáveis; boicotes e até atentados [...] podem ocorrer. Já em 1936, Hitler tentara transformar a Olimpíada de Berlim num vasto espetáculo de propaganda nazista. Mas algo estragou, ainda que parcialmente, o deleite dos arianos: o fato de o atleta americano Jesse Owens ter ganho medalhas de ouro nas provas de corrida.

Como Abebe Bikila, Jesse Owens era negro; neto de escravos, filho de um humilde trabalhador agrícola.

Bikila e Owens não foram, e não são, casos isolados. Para milhares de jovens, inclusive e principalmente no Brasil, o esporte, e sobretudo o esporte olímpico, é o caminho da autoafirmação, da restauração da dignidade pessoal. E o instrumento para isso é aquilo que o ser humano possui de mais autêntico: o próprio corpo.

É o corpo que tem de responder ao desafio. Na verdade, o atleta não está só competindo com os outros; está competindo consigo próprio. Está pedindo a seu tronco, seus braços, suas pernas, seus músculos, seus nervos que o ajudem a mostrar aos outros o que ele vale. Quando o peito do corredor rompe a fita na chegada da prova, não se trata apenas de uma vitória mensurável em minutos e segundos. Trata-se de libertação. É o momento em que a pessoa se liberta da carga pesada representada por um passado de pobreza, de privações, de humilhação.

Vocês dirão que o esporte não corrige as distorções, não redistribui a renda. Mas corrige distorções emocionais e sociais, representadas pelo preconceito; e redistribui a autoestima. É pouco? Talvez seja, mas é um primeiro passo.

E nós? Nós, os espectadores, sentados em nossas poltronas, diante da tevê? Para nós, é igualmente importante. Não só porque representa um puxão de orelhas no sedentário (“Puxa vida, está na hora de eu começar a caminhar pelo parque”), coisa que ajuda a saúde pública, mas também porque, de algum modo, participamos do que ocorre nos estádios.

Sabemos que a vida é dura, cheia de problemas. Mas então pensamos no Abebe Bikila correndo de pés descalços sobre as pedras de Roma. Pensamos no que são as solas daqueles pés, enrijecidas por anos de caminhada e corrida sobre pedregulhos, sobre áspera areia, sobre espinhos. São um símbolo de resistência, esses pés. São pés que, transportando gente humilde, levam-nas longe no caminho da esperança, fazem-nas subir ao pódio de onde se pode, ao menos por um momento, divisar novos horizontes.

Ao longo do texto, o autor antecipa alguns argumentos contrários aos seus. Assinale a alternativa que confirma essa afirmação.

  • A “No meu caso, a resposta está num nome, hoje pouco lembrado:Abebe Bikila.” (parágrafo 2)
  • B “Na maratona seguinte, em Tóquio, ele convalescia de uma cirurgia de apêndice realizada cinco semanas antes.” (parágrafo 4)
  • C “...boicotes e até atentados [...] podem ocorrer.” (parágrafo 8)
  • D “Vocês dirão que o esporte não corrige as distorções, não redistribui a renda.” (parágrafo 12)
  • E “E o instrumento para isso é aquilo que o ser humano possui de mais autêntico: o próprio corpo.” (parágrafo 10)
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Um texto a cavalo

Crônica, vamos dizer assim, é um texto a cavalo. Mantém um pé no estribo da literatura. E outro no do jornalismo. Bem estribada desse jeito, tem conseguido vencer belas provas mesmo correndo em pista pesada.

Você sabe o que é pista pesada? É quando a pista de areia – ou seria saibro? – está molhada, tornando mais difícil e cansativa a corrida.

Pois bem, a crônica corre em pista pesada porque lida ao mesmo tempo com as coisas mais ásperas, como economia e política, as mais dramáticas, como guerras, violência e tragédia, e as mais poéticas, como um momento de beleza ou uma reflexão sobre a vida. E o bom cronista é aquele que consegue o melhor equilíbrio entre esses elementos tão diferentes, entrelaçando-os e alternando-os com harmonia.

Pode parecer que o cronista faz biscoitos, ou seja, coisinhas pequenas com algum açúcar por cima. Mas na verdade, a crônica é uma tessitura complexa.

Pois o cronista sabe que não está escrevendo só naquele momento, naquele dia, para aquela rápida publicação no jornal ou revista, mas está falando para um leitor que, na maioria das vezes, voltará a ele, que o acompanhará, somando dentro de si as crônicas lidas e vivendo-as, no seu todo, como uma obra maior.

O leitor tem expectativas em relação ao “seu” cronista. Espera que diga aquilo que ele quer ouvir, e que, ao mesmo tempo, o surpreenda. Mas o cronista desconhece essas expectativas e, ao contrário do publicitário que trabalhava voltado para o perfil do cliente potencial, trabalha às cegas.

Às cegas em relação ao leitor, bem entendido. Como preencher então as expectativas? Eu, pessoalmente, acho que a melhor maneira é não pensando nelas. O leitor escolhe o cronista porque gosta do seu jeito de pensar e de escrever, e o cronista justifica mais plenamente essa escolha continuando a ser quem ele é.

Eu comecei a fazer crônicas quando muito jovem, logo no início da minha carreira de jornalista. Mudei bastante ao longo do percurso. Antes era movida à emoção, escrevia de um jato, qualquer assunto servia. Hoje sou mais reflexiva, afinei o olhar, preocupo-me muito com a qualidade das ideias. Mas aquela paixão que eu tinha no princípio continua igual. Hoje como ontem, toda vez que me sento para escrever uma crônica é com alegria.

Em “O leitor tem expectativas em relação ao SEU cronista. [...]”( 6), o uso do pronome destacado se justifica por se referir, no texto, ao seguinte trecho:

  • A “[...] Bem estribada desse jeito, tem conseguido vencer belas provas mesmo correndo em pista pesada.” ( 1)
  • B “Você sabe o que é pista pesada? É quando a pista de areia – ou seria saibro? – está molhada, tornandomais difícil e cansativa a corrida.” ( 2)
  • C “[...] a crônica corre em pista pesada porque lida ao mesmo tempo com as coisas mais ásperas, como economia e política, as mais dramáticas, como guerras, violência e tragédia [...]” ( 3)
  • D “Pode parecer que o cronista faz biscoitos, ou seja, coisinhas pequenas com algum açúcar por cima. [...]” ( 4)
  • E “[...] está falando para um leitor que, na maioria das vezes, voltará a ele, que o acompanhará, somando dentro de si as crônicas lidas e vivendo-as, no seu todo, como uma obra maior.” ( 5)
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Novos pesadelos informáticos

Outro dia, uma revista me descreveu como convicto “tecnófobo”, neologismo horrendo inventado para designar os que têm medo ou aversão aos progressos tecnológicos.Acho isso uma injustiça. Em 86, na Copa do México, eu já estava escrevendo (aliás, denúncia pública: este ano não vou à França, ninguém me chamou; acho que fui finalmente desmascarado como colunista esportivo) num computadorzinho arqueológico, movido a querosene, ou coisa semelhante. Era dos mais modernos em existência, no qual me viciei e que o jornal, depois de promessas falsas, me tomou de volta. [...]
Já no final de 86, era eu orgulhoso proprietário e operador de um possante Apple IIE (enhanced), com devastadores 140 kb de memória, das quais o programa para escrever comia uns 120. Mas eu continuava feliz, com meu monitor de fósforo verde e minha impressora matricial Emilia, os quais se transformaram em atração turística de Itaparica, tanto para nativos quanto para visitantes. Que maravilha, nunca mais ter de botar papel carbono na máquina ou ter de fazer correções a caneta – e eu, que sempre fui catamilhógrafo, apresentava um texto mais sujo do que as ruas da maioria de nossas capitais. Havia finalmente ingressado na Nova Era, estava garantido.
Bobagem, como logo se veria. Um ano depois, meu celebrado computador não só me matava de vergonha diante dos visitantes, como quebrava duas vezes por semana e eu, que não dirijo, pedia à minha heroica esposa que o levasse a Salvador, poderosíssima razão para minha conversão pétrea à indissolubilidade do matrimônio. [...]
[...] Mas ganhei um computador novo! Fui dormir felicíssimo, pensando em meu lapetope de última geração, cheio de todas as chinfras. Mas tudo durou pouco, porque um certo escritor amigo meu me telefonou.
–Alô! – disse o Zé Rubem do outro lado.
– Você tem tempo para mim? Digo isso porque, com seu equipamento obsoleto, não deve sobrar muito tempo, além do necessário para almoçar apressadamente.
– Ah-ah! – disse eu. – Desta vez, você se deu mal. Estou com um lapetope fantástico aqui.
– É mesmo? – respondeu ele. – Pentium II?
– Xá ver aqui. Não, Pentium simples, Pentium mesmo.
– Ho-ho-ho-ho! Ha-ha-ha-ha! Hi-hi-hi hi!
– O que foi, desta vez?
– Daqui a uns quatro meses, esse equipamento seu estará completamente obsoleto.
Isso não se usa mais, rapaz, procure se orientar!
– Como não se usa mais? Todos os micreiros amigos meus têm um Pentium.
– Todos os amigos, não. Eu, por exemplo, tenho um Pentium II. Isso... Ninguém tem Pentium II!
– Eu tenho. Mas não é grande coisa, aconselho você a esperar mais um pouco.
– Como, não é grande coisa? Entre todo mundo que eu conheço é só você tem um e agora vem me dizer que não é grande coisa.
– Você é um bom escritor, pode crer, digo isto com sinceridade. Quantos megahertz você tem nessa sua nova curiosidade?
– 132.
– Hah-ha-ha! Ho-ho-hihi!
– Vem aí o Merced, rapaz, o Pentium 7, não tem computador no mercado que possa rodar os programas para ele.
– E como você fica aí, dando risada?
– Eu já estou com o meu encomendado, 500 megahertz, por aí, nada que você possa entender.
– Mas, mas…
Acordei suando, felizmente era apenas um pesadelo. Meu amigo Zé Rubem, afinal de contas, estaria lá, como sempre, para me socorrer. Fui pressuroso ao telefone, depois de enfrentar mais senhas do que quem quer invadir os computadores do Pentágono.
– Alô, Zé! Estou de computador novo!
– Roda Windows 98? Tem chip Merced?
– Clic – fiz eu do outro lado.
( U B A L D O , J o ã o . D i s p o n í v e l e m . Consulta em 06/12/2012. Fragmento adaptado)

Considere as seguintes afirmações sobre o período “Acordei suando, felizmente era apenas um pesadelo.”, transcrito do texto.

I. O período é composto por subordinação. A primeira oração (“Acordei suando ...”) é principal em relação à segunda (“... felizmente era apenas um pesadelo.”).

II. O período é composto por orações coordenadas assindéticas.

III. O vocábulo FELIZMENTE, iniciando a segunda oração, é uma conjunção coordenativa e funciona como conectivo.

Assinale a alternativa que aponta a(s) afirmativa(s) correta(s).

  • A Somente a I está correta.
  • B Somente a II está correta.
  • C Somente I e II estão corretas.
  • D Somente I e III estão corretas.
  • E Somente II e III estão corretas.
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No primeiro dia, foi o gesto genial. Era um domingo. Ao se curvar no campo do estádio espanhol, descascar a banana, comê-la de uma abocanhada e cobrar o escanteio, Daniel Alves assombrou o mundo. Não só o mundo do futebol, esse que chama juiz de “veado” e negro de “macaco”. O baiano Daniel, mestiço de pele escura e olhos claros, assombrou o mundo inteiro extracampo. Vimos e revimos a cena várias vezes. “Foi natural e intuitivo”, disse Daniel, o lateral direito responsável pelo início da virada do Barcelona no jogo contra o Vilarreal. Por isso mesmo, por um gesto mudo, simples, rápido e aparentemente sem raiva,Daniel foi pop, simbólico, político e eficaz.
Só que, hoje, ninguém, nem Daniel Alves, consegue ser original por mais de 15 segundos. Andy Warhol previa, na década de 1960, que no futuro todos seríamos famosos por 15 minutos. Pois o futuro chegou e banalizou os atos geniais, transformando tudo numa lata de sopa de tomate Campbell’s. A banana do Daniel primeiro reapareceu na mão de Neymar, também vítima de episódios de racismo em estádios. Neymar escreveu na rede em defesa do colega e dele próprio: “Tomaaaaa bando de racistas, #somostodosmacacos e daí?” Uma reação legítima, mas sem a maturidade do Daniel. Natural. Há quase dez anos de estrada de vida entre um e outro.
Imediatamente a banana passou a ser triturada por milhares de “selfies”. O casal Luciano Huck-Angélica lançou uma camiseta #somostodosmacacos. Branco, o casal que jamais correu o risco de ser chamado de macaco apropriou-se do gesto genial, por isso foi bombardeado por ovos e tomates na rede, chamado de oportunista. A presidente Dilma Rousseff, em seu perfil no Twitter, também pegou carona no gesto de Daniel “contra o racismo” e chamou de “ousada” a atitude dele. Depois de ler muitas manifestações, acho que #somostodosbobos, a não ser, claro, quem sente na pele o peso do preconceito.
“Estou há onze anos na Espanha, e há onze é igual... Tem de rir desses atrasados”, disse Daniel ao sair do gramado no domingo. Depois precisou explicar que não quis generalizar. “Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas”.
Tudo que se seguiu àquele centésimo de segundo em que Daniel pegou a fruta e a comeu, com a mesma naturalidade do espanhol Rafael Nadal em intervalo técnico de torneios mundiais de tênis, como se fizesse parte do script, tudo o que se seguiu àquele gesto é banal. Os “selfies”, a camiseta do casal 1.000, o tuíte de Dilma, as explicações de Daniel após o jogo, esta coluna. Até a nota oficial do Vilarreal, dizendo que identificou o torcedor racista e o baniu do estádio El Madrigal “para o resto da vida”. Daniel continuou a evitar as cascas de banana. Disse que o ideal, para conscientizar sobre o racismo, seria fazer o torcedor “pagar o mal como bem”.


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AQUINO, Ruth de. Rev. Época : 05 maio 2014.



Considere-se o trecho seguinte:

“ Não quis dizer que a Espanha seja racista. Mas sim que há racismo na Espanha, porque sofro isso em campos (de futebol) diferentes. Não foi um caso isolado. Não sou vítima, nem estou abatido. Isso só me fortalece, e continuarei denunciando atitudes racistas’. (§ 4) ”

Dentre as mudanças de pontuação sugeridas a seguir (feitas, quando necessário, as devidas alterações de talhe de letra), aquela que transgride norma de pontuação em vigor é:

  • A substituir por vírgula o ponto empregado após “racista”.
  • B usar dois-pontos, em vez de vírgula, após “Espanha”, apagando-se a conjunção que se segue
  • C empregar ponto e vírgula, em lugar de ponto, após o período terminado em “abatido”.
  • D marcar com vírgula a pausa, possível na enunciação, entre o demonstrativo “Isso” e “só me fortalece”.
  • E substituir por travessão a vírgula empregada após “fortalece”.
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                                                O mundo daqui a cinco anos


      Telemedicina, nanotecnologia, tecnologias 3D e tradução simultânea por reconhecimento de voz. Todos estes recursos, em maior ou menor escala, já foram absorvidos pela sociedade. Suas primeiras aparições foram na lista “Five to five” da IBM, que prevê cinco fenômenos que podem mudar nosso cotidiano a cada cinco anos. Ontem a multinacional divulgou o que acontecerá até 2018. E sua aposta é que, com o desenvolvimento tecnológico, tudo - do ensino acadêmico à hora de ir para o trabalho - pode ser personalizado.

     A transformação mais radical pode ser na medicina, área em que algumas empresas pretendem fornecer aos médicos o mapeamento genético de cada paciente. A tecnologia fará do teste do DNA, hoje ainda raro, o principal meio para a decisão da terapia adequada. Com isso, será possível optar por tratamentos personalizados para males como doenças cardiovasculares.

    Na escola, o professor terá reforço para lidar com o método como cada aluno consegue aprender. “A computação cognitiva ajudará a calcular como cada aluno aprende e cria um sistema flexível, que se adapta continuamente ao estudante”, revela a IBM.

     Com base no tempo e no engarrafamento, o smartphone poderá recomendar a seu usuário que saia de casa alguns minutos mais cedo - e, também, que caminho deve seguir.

     O deslocamento fica mais fácil, mas o comércio da vizinhança também atrairá as pessoas. A lojinha da esquina, agora conectada a seu telefone, divulgará as promoções e conhecerá suas preferências: “Será a fusão do que há de melhor na loja física - tocar e vestir um produto - com a riqueza de informações - as ofertas instantâneas e o gosto do consumidor”.

     Na web, aliás, a invasão de contas de emails e a ação de hackers esbarrarão na “polícia pessoal online". Portais como o Google já avisam o usuário quando suas mensagens são lidas fora de locais onde o dono da conta costuma acessar a internet - um outro país, por exemplo. Todos os passos são monitorados. Segundo a IBM, com a “permissão” do usuário. Mas, depois da revelação da vigilância mundial da NSA, este avanço tecnológico pode deixar muita gente ressabiada.

                                                                                               (O Globo - Caderno Ciência -19/12/2013, p. 45.)

O texto informa a respeito de cinco avanços tecnológicos que podem mudar o cotidiano das pessoas nos próximos cinco anos, fenômenos previstos pela IBM. Na ordem em que estão expressos no texto, os cinco fenômenos dos próximos cinco anos serão:

  • A telemedicina e nanotecnologia / tecnologias 3D e tradução simultânea por reconhecimento de voz / mapeamento genético de pacientes / computação cognitiva de estudantes / monitoração dos passos de usuários de emails.
  • B mapeamento genético de pacientes / computação cognitiva de estudantes / criação de sistema flexível adaptado continuamente ao estudante / polícia pessoal online / monitoração dos passos de usuários de emails.
  • C telemedicina e nanotecnologia / tecnologias 3D / tradução simultânea por reconhecimento de voz / mapeamento genético de pacientes / polícia pessoal online.
  • D telemedicina / nanotecnologia / tecnologias 3D / tradução simultânea por reconhecimento de voz / mapeamento genético de pacientes.
  • E mapeamento genético de pacientes / computação cognitiva de estudantes / itinerário pelo smartphone / promoções e preferências dos consumidores pelo telefone / polícia pessoal online.