Resolver o Simulado Enfermeiro Assistencial - Nível Superior

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Enfermagem

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No trauma craniano é comum a ocorrência da hipertensão intracraniana. Com o objetivo de evitar o aumento dessa pressão, o diurético administrado é:

  • A Vasopressina
  • B Manitol
  • C Hidroclorotiazída
  • D Furosemida
2

Segundo o Caderno de Atenção Básica nº16, assinale a alternativa que apresenta o conceito de Diabetes Mellitus.

  • A Uma doença em que se evidencia hiperglicemia frequente durante três meses.
  • B Um grupo de doenças metabólicas caracterizadas por hiperglicemia e associadas a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos.
  • C Caracteriza-se por distúrbios nutricionais devido a alta ingestão de glicose contida nos alimentos.
  • D Resultado da destruição das células beta do fígado.
3

De acordo com o grau de risco de aquisição de infecções, os artigos hospitalares são classificados em críticos, semicríticos e não críticos. A esse respeito, assinale a alternativa que indica artigos críticos.

  • A Inaladores e termômetros.
  • B Máscaras de ambu e PVC.
  • C Cânula endotraqueal e comadres.
  • D Endoscópio do trato digestivo e artroscópio.
  • E Instrumental cirúrgico e tubos de látex.
4

Um cliente está recebendo uma infusão de 300 mL de soro fisiológico por veia periférica. Considerando que a venóclise iniciou às 15 horas e o gotejamento é de 33 gotas/minuto, a previsão do término da infusão será, aproximadamente, às

  • A 15 horas.
  • B 16 horas e 33 minutos.
  • C 18 horas.
  • D 19 horas e 30 minutos.
  • E 20 horas.
5

A via Intradérmica é utilizada para auxílio diagnóstico, verificação da sensibilidade a alérgenos e reações de hipersensibilidade. Para essa técnica é correto afirmar que:

  • A O volume máximo a ser administrado é de 0,5 ml, com agulha pequena e fina (10x5mm ou 15x5mm) e a técnica compreende distender a pele do local de aplicação, introduzindo o bisel da agulha para cima, fazendo com que seja visível a penetração da mesma superficialmente na pele.
  • B O volume máximo a ser administrado é de 2,0 ml, com agulha pequena e fina (20x5mm ou 15x5mm) e a técnica compreende aplicar com angulação à 90º.
  • C O volume máximo a ser administrado é de 1,5 ml, com agulha pequena e fina (2x5mm ou 5x5mm) e a técnica compreende aplicar com angulação à 30º.
  • D O volume máximo a ser administrado é de 4 ml, com agulha pequena e fina (25x5mm ou 20x5mm) e a técnica compreende aplicar com angulação à 15º.
6

Um Acidente Vascular Cerebral-AVC pode causar uma grande variedade de déficits neurológicos, dependendo da localização da lesão, do tamanho da área de perfusão inadequada e da quantidade de fluxo sanguíneo colateral. A enfermagem deve estar atenta às manifestações decorrentes desses déficits para que possa prestar um cuidado adequado a esses pacientes. Relacione os déficits neurológicos decorrentes de um AVC, apresentados a seguir, com suas manifestações.

1. Ataxia
2. Disartria
3. Hemianopsia
4. Afasia receptiva

( ) Incapacidade de compreender palavras faladas
( ) Dificuldade em avaliar distâncias
( ) Dificuldade em formar palavras
( ) Marcha cambaleante e instável

Assinale a alternativa que mostra a relação correta de cima para baixo:

  • A 1, 2, 3, 4.
  • B 3, 2, 4, 1.
  • C 4, 3, 2, 1.
  • D 2, 1, 4, 3.
  • E 1, 4, 3, 2.
7

Um homem de 62 anos foi diagnosticado com tuberculose em atividade, sendo que o mesmo já havia se tratado e recebido alta por cura há três anos. No período que esteve em tratamento para tuberculose deixou de comparecer à unidade de saúde por cinco dias consecutivos após a data aprazada para seu retorno. Nesta situação, para a adoção do esquema de tratamento adequado, considera-se que este homem apresenta

  • A caso novo.
  • B abandono de tratamento.
  • C tuberculose multidrogarresistente (TBMDR).
  • D recidiva.
  • E falência.
8

Com relação às radiações ionizantes, a monitoração individual externa de corpo inteiro ou de extremidades deve ser realizada por meio de

  • A avaliação médica mensal, não sendo necessário à dosimetria.
  • B exames clínicos com periodicidade trimestral.
  • C dosimetria com periodicidade mensal e levando-se em conta a natureza e a intensidade das exposições normais e potenciais previstas.
  • D dosimetria com periodicidade trimestral, não sendo obrigatório levar em consideração a intensidade das exposições normais.
  • E dosimetria com periodicidade anual e levando-se em conta a natureza das exposições.
9

Uma mulher obesa, com 46 anos, confirmou o diagnóstico clínico de diabetes mellitus tipo 2 e iniciará o tratamento fazendo uso de um comprimido de metformina de 500 mg, duas vezes ao dia. A enfermeira orientou-a sobre os possíveis efeitos colaterais causados pelo medicamento, enfatizando que, entre as reações indesejáveis muito comuns no início do tratamento, se encontra o seguinte distúrbio:

  • A diarreia
  • B poliúria
  • C icterícia
  • D hipoglicemia
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Durante a internação de um paciente adulto, foram-lhe prescritos 125 mg (EV) do medicamento Ampicilina a ser administrado de 6 em 6 horas. A farmácia disponibilizou frasco ampola de 1 g, em 10 ml.

Considerando a informação anterior, calcule quantos ml deverão ser administrados para que a dose em cada horário seja de 125 mg e assinale a alternativa CORRETA.

  • A Deverão ser administrados 1,50 ml.
  • B Deverão ser administrados 1,00 ml.
  • C Deverão ser administrados 1,25 ml.
  • D Deverão ser administrados 2,00 ml.

Português

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é porque estou morto


O elemento sublinhado acima também pode ser corretamente empregado na lacuna da frase: 

  • A Não entendi o ...... da sua atitude na reunião.
  • B Percebi logo ...... ele demorou para chegar.
  • C ...... você não confia nas suas ideias?
  • D Esclareça o ...... da necessidade desse procedimento.
  • E Os jovens às vezes erram ...... são muito ansiosos.
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A proposição que se substituiu INCORRETAMENTE a expressão destacada pelo pronome oblíquo átono é:

  • A Entregaram o convite para o debate ao candidato. ➔ Entregaram-no o convite para o debate.
  • B Dirão ao pai o que ouviram durante a aula. ➔ Dir-lhe-ão o que ouviram durante a aula.
  • C Esta é a versão que contei ao meu irmão. ➔ Esta é a versão que contei a ele.
  • D Quem houver terminado a pesquisa poderá entrar de férias. ➔ Quem a houver terminado poderá entrar de férias.
13

1º Num recente debate com estudantes de Letras da USP, o crítico de arte e ficcionista Rodrigo Naves pôs lado a lado, numa boutade cheia de razão, Pelé e Machado de Assis. De fato, se a formação da literatura brasileira desemboca em Machado, a do futebol brasileiro desemboca em Pelé. Quem ousaria compará-los? Quem dirá quem é superior? Driblarei a questão indo direto ao ponto: como foram possíveis um ao outro? Ambos nos dão a impressão de render as condições que os geraram, como se pairassem acima delas. Render, aqui, significa submetê-las (a pobreza, o atraso, a situação periférica do país) levando-as as suas consequências máximas, e superando-as sem negá-las. A discrepância aparentemente berrante entre o escritor e o jogador de futebol contém nela mesma o xis do problema. Ambos são necessários para que se formule a trama de um país mal letrado e exorbitante, cujo destino passa pelas reversões entre a “alta" e a “baixa" cultura, pelo confronto e pelo contraponto das raças, pela palavra e pelo corpo, e cuja formação não poderia se dar apenas na literatura: o ser brasileiro pede minimamente – para se expor em sua extensão e intensidade – a literatura, o futebol e a música popular.

2º Comparo Machado de Assis a Pelé (...) não porque sejam semelhantes como personalidades e estilos, mas porque ______ aquela similitude dos opostos complementares: além de todas as diferenças óbvias implicadas nos campos da literatura e do futebol, o foco de um ilumina o cerne da nossa incapacidade de escapar ao retorno vicioso do mesmo, e o do outro a nossa capacidade de invenção lúdica e a extraordinária potência da nossa promessa de felicidade. O que os ______ é a afirmação, na negatividade e na possibilidade, da consciência fulminante e da intuição em ato, assim como a capacidade de fazer o país saltar aos nossos olhos como melhor do que ele mesmo.

3º Mas melhor do que ele mesmo supõe necessariamente um pior do que ele mesmo. Machado de Assis radiografou de maneira implacável o nosso atraso como um descortino fulgurante, cujo avanço não paramos de descobrir. E só pôde fazê-lo da maneira que o fez, acredito eu, porque viu por dentro a sociedade de ponta a ponta – como condição entranhada em sua trajetória de vida – e porque deu uma poderosa forma nova ....... tradição literária acumulada. Mais do que atraso, no entanto, flagrou a paralisia congênita da alma nacional, se quisermos chamar desse modo o renitente sistema auto-ilusão compartilhada que refuga os golpes do real ...... custa de expedientes de acomodação e escape que _______ ileso o estado de coisas, mesmo quando insustentável.

4º O futebol brasileiro é, por sua vez, o saldo ambivalente desse déficit, seu veneno e seu remédio prodigioso. Seria mais um mecanismo de fuga entre outros se não fosse, ao mesmo tempo, o campo em que a experiência brasileira encontrou uma das vias privilegiadas para atravessar o seu avesso e tocar as fraturas traumáticas que nos constituem e permanecem em nós como um atoleiro. Ele é a confirmação do paradoxo da escravidão brasileira como um mal nunca superado e, ao mesmo tempo, como um bem valioso em nossa existência, não pela escravidão enquanto tal – o que é óbvio e gritante aos céus –, mas pela amplitude de humanidade que desvelou. Por isso mesmo, ele figura como redenção e como falha irresolvida, como remédio irremediável em que pendulamos, na incapacidade de estender os seus dons vitoriosos e potentes ....... outras áreas da vida nacional – em especial à educação e à política, com implicações para todo o resto. E a mesma cegueira faz com que se queira gozar os seus efeitos como se fossem dados de presente e desde sempre e que se recuse ....... reconhecer o custo permanente da sua construção.

(WISNIK, José Miguel. Veneno Remédio: o futebol e o Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2008).
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas de linhas pontilhadas no texto:
  • A a – à – as – a.
  • B a – a – às – à.
  • C à – a – as – à.
  • D à – à – às – a.
14

Texto

Férias – cuidados com crianças


O verão começou no dia 21 de dezembro e a estação é sinônimo de férias escolares para crianças. Mas elas precisam de cuidados redobrados para curtir o sol, praia, piscinas e parques com segurança. Por isso, os pais devem se informar para evitarem doenças e acidentes comuns nesta época do ano.
Durante o verão, os passeios à praia, piscinas e parques são mais frequentes, o que significa que é preciso estar atento à exposição ao sol, alimentação e vestuário. Quando se fala em crianças, o assunto fica ainda mais sério. Como as crianças são mais sensíveis que adultos, é preciso atenção para exposição a raios solares e a adoção de cuidados especiais.
[...]

Roupas adequadas

Devido ao calor e ao aumento da sudorese (suor), as roupas devem ser de algodão, finas e folgadas de modo a
permitir uma maior ventilação, facilitando a evaporação do suor. Roupas íntimas também devem ser de algodão, evitando- se tecidos sintéticos.
Na praia, sungas e biquínis são os trajes ideais, porém deve-se tomar cuidado com o hábito de ficar com a roupa
molhada após sair da praia, isso favorece o surgimento de micoses da pele.
As roupas podem proporcionar uma barreira contra a radiação ultravioleta. Para a prática de esportes ao ar livre, situações que difcultem a aplicação do filtro solar com frequência ou, no caso das crianças com menos de 6 meses, as roupas podem ser uma boa opção para a proteção da pele. [...]
E nada de deixar os pequenos sem roupa. O contato com a areia ou cadeiras sujas pode levar a problemas de pele.

(Disponível em: http://www.boasaude.com.br/artigos-de-saude/4535/-1/os- cuidados-para-curtir-o-verao-com-as-criancas.html. Acesso em: 08/01/2015,
adaptado)


Em “O verão começou no dia 21 de dezembro”, o verbo em destaque indica um valor de:
  • A passado
  • B ordem
  • C presente
  • D futuro
15
Blogs e Colunistas

Sérgio Rodrigues

Sobre palavras

Nossa língua escrita e falada numa abordagem irreverente

02/02/2012

Consultório

'No aguardo', isso está certo?

“Parece que virou praga: de dez e-mails de trabalho que me chegam, sete ou oito terminam dizendo 'no aguardo de um retorno'! Ou outra frase parecida com esta, mas sempre incluindo a palavra 'aguardo'. Isso está certo? Que diabo de palavra é esse 'aguardo' que não é verbo? Gostaria de conhecer suas considerações a respeito."
(Virgílio Mendes Neto)

Virgílio tem razão: uma praga de “no aguardo" anda infestando nossa língua. Convém tomar cuidado, nem que seja por educação: antes de entrarmos nos aspectos propriamente linguísticos da questão, vale refletir por um minuto sobre o que há de rude numa fórmula de comunicação que poderia ser traduzida mais ou menos assim: “Estou aqui esperando, vê se responde logo!".

(Onde terá ido parar um clichê consagrado da polidez como “Agradeço antecipadamente sua resposta"? Resposta possível: foi aposentado compulsoriamente ao lado de outros bordados verbais do tempo das cartas manuscritas, porque o meio digital privilegia as mensagens diretas e não tem tempo a perder com hipocrisias. O que equivale a dizer que, sendo o meio a mensagem, como ensinou o teórico da comunicação Marshall McLuhan, a internet é casca-grossa por natureza. Será mesmo?)

Quanto à questão da existência, bem, o substantivo “aguardo" existe acima de qualquer dúvida. O dicionário da Academia das Ciências de Lisboa não o reconhece, mas isso se explica: estamos diante de um regionalismo brasileiro, um termo que tem vigência restrita ao território nacional. Desde que foi dicionarizado pela primeira vez, por Cândido de Figueiredo, em 1899, não faltam lexicógrafos para lhe conferir “foros de cidade", como diria Machado de Assis. Trata-se de um vocábulo formado por derivação regressiva a partir do verbo aguardar. Tal processo, que já era comum no latim, é o mesmo por meio do qual, por exemplo, do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica.

Considerada a norma culta escrita, há correta substituição de estrutura nominal por pronome em:

  • A incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela.
  • B Agradeço antecipadamente sua resposta // Agradeço-lhes antecipadamente.
  • C do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do verbo fabricar se extraiu-lhe.
  • D não faltam lexicógrafos // não faltam-os.
  • E Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de conhecê-las.
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O Mundo Tem Conserto

O Brasil tem mais celulares que habitantes. Em novembro de 2013, ultrapassamos 270 milhões de linhas. Não se sabe o quanto os recém-comprados substituem aparelhos jogados fora, mas uma pesquisa de 2012 da empresa de softwares F-Secure indica que um terço dos brasileiros troca de aparelho todos os anos. Não se trata de um fenômeno nacional. Em 10 dos 14 países pesquisados, a maior parte dos entrevistados disse não esperar mais de dois anos para comprar um novo equipamento. Chegou-se a um ponto em que, nos Estados Unidos, um plano da operadora Verizon permite trocar o modelo por um mais recente a cada 6 meses, o que praticamente transforma o celular num bem perecível. Mas esta reportagem não é sobre celulares. É sobre fones de ouvido, ferros de passar roupa, tostadeiras, computadores e vários outros bens eletroeletrônicos que, ao primeiro sinal de defeito ou novidade, jogamos fora, aumentando uma pilha de lixo eletrônico de quase 40 milhões de toneladas por ano, segundo a ONU. Esse nosso descaso, no entanto, tem conserto. É isso o que prega um crescente grupo de ativistas geeks presente em pelo menos 30 países, inclusive no Brasil.

Os consertadores ("fixers", em inglês) pregam que o melhor para o planeta não é reciclar lixo, e sim não produzi-lo. "Nunca possuímos tantas coisas como hoje, mesmo que as utilizemos cada vez menos", diz Deyan Sudjic, diretor do Museu do Design, em Londres, e autor do livro A Linguagem das Coisas. "Como gansos alimentados à força com grãos até seus fígados explodirem para virar foie gras, somos uma geração nascida para consumir."

A estratégia dos fixers para combater essa lógica passa por rejeitar a resposta pronta de assistências técnicas autorizadas de que "vale mais a pena comprar um novo". Só é possível esse questionamento porque o movimento começa a se apropriar do conhecimento técnico e a disseminá-lo, divulgando como é possível fazer pequenos reparos e deixar de descartar um produto ainda próprio para o uso.

Programado para morrer

Mais do que prolongar a vida útil das peças, os entusiastas do conserto propõem reduzir a dependência com relação a serviços de grandes empresas. No alvo desse questionamento está a obsolescência programada, o fato de que alguns produtos são desenhados para não durar ou para que, quando tiverem um problema, não sejam reparados. Um exemplo bem documentado disso é a primeira versão do iPod, de 2001. Clientes reclamavam que a bateria do MP3 player estragava após um ano e que não havia como trocá-la. Alguns chegaram a gravar conversas com o serviço de atendimento ao consumidor da empresa, que dizia não fornecer novas baterias e que o melhor era comprar um iPod novo. Por conta disso, a advogada Elizabeth Pritzker levou a Apple aos tribunais em uma ação coletiva em 2003. "Recebemos documentos técnicos e vimos que a bateria foi desenhada para durar apenas um curto período de tempo", diz Pritzker no documentário The Light Bulb Conspiracy. Após alguns meses, a ação judicial terminou em um acordo. A Apple, que já tinha vendido 3 milhões de unidades, aceitou criar um programa de substituição das baterias e estendeu a garantia para dois anos, oferecendo compensação aos que entraram na justiça. Procurada pela reportagem, a Apple não indicou ninguém para comentar o caso.

Não se trata apenas de ir contra fabricantes que produzem coisas com um ciclo de vida curto. Os fixers também pressionam a indústria para que não dificulte o conserto propositalmente, prática na qual a Apple também é citada. Assim que o iPad Mini foi lançado, por exemplo, blogs começaram a abrir o aparelho e mostrar como a opção por colar as partes umas às outras dificultava qualquer reparo. Outra das denúncias desse tipo, publicada na revista Wired, afirma que o Macbook Pro Retina é o laptop menos "consertável" que existe. "O display é fundido no vidro, a memória RAM é soldada na placa do computador, o que impede upgrades. A bateria é colada no case, o que obriga o usuário a enviar todo o computador para a Apple a cada vez que ela precisa ser trocada", diz o texto.

Esse tipo de alerta quer colocar na pauta dos consumidores o quão fácil será o conserto. Sim, porque, sejamos francos, uma hora o seu eletrônico deve apresentar algum problema, e é bom que neste momento você não tenha de passar por uma via- crúcis para uma simples troca de bateria. Um dos núcleos dos ativistas que pressionam a indústria é o site iFixit, um repositório internacional de guias para consertar os mais diferentes tipos de aparelho. O iFixit dissemina dicas de entusiastas da eletrônica para leigos fazerem seus reparos e tem a ambição de reunir manuais de conserto "para todos os equipamentos existentes no mundo" ? parece exagero, mas só para celulares há 1,8 mil guias no site. Com base nisso, a página mantém um índice de "consertabilidade" para alguns aparelhos, como tablets e smartphones (veja o quadro Escala de Consertabilidade no final da matéria). "Se você não pode consertar um produto, você não o possui de verdade", diz seu slogan.

O iFixit é parte de um ecossistema para o conserto que nunca foi tão propício, com vídeos tutoriais no YouTube, distribuidoras online de peças e encontros para ensinar a reparar todo tipo de eletrônicos. "Vemos esse movimento como uma forma de ativismo", afirma Vincent Lai, diretor do Fixers Collective, um coletivo de consertadores baseado em Nova York. "Quando reparamos ou consertamos algum objeto, nós reafirmamos a posse e o direito de agir sobre ele. Estamos dizendo aos fabricantes que nós é que vamos escolher a forma e por quanto tempo usamos nossos aparelhos, não eles", diz.

Mão na massa

Grupos como o de Lai estão espalhados pelo mundo todo. O próprio Fixer's Collective tratou de mapear (e contatar) mais de 30 deles, em países como Austrália, Espanha e Finlândia. "Mas existem inúmeros outros que estão fora do nosso radar", diz. "É uma contracultura em franco desenvolvimento." O objetivo desses coletivos é promover eventos em que pessoas de uma comunidade possam levar seus pertences quebrados ou com defeito e consertá-los de graça e, mais importante do que isso, aprender a repará-los no caso de uma nova necessidade. [...]

A ideia tem inspiração na Maker Faire, considerada hoje a maior feira de inovação dos EUA. Uma espécie de Woodstock dos nerds, o evento é um divertido expoente da cultura maker (adeptos do faça você mesmo). “A ideia vigente é que, para ser inovador, você precisa fazer as coisas, não as relegar às grandes corporações. Se você não faz mais, a inovação deixa de acontecer,” afirma Ronaldo Lemos, diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Fundação Getúlio Vargas (FGV). É um novo significado que surge na nossa relação com os nossos pertences: não basta só comprar, é preciso conhecer, consertar. “Com ferramentas e conhecimentos, os fazedores têm a capacidade para reparar e, em alguns casos, até mesmo melhorar os produtos que compram”, diz Mike Senese, editor-executivo da revista Make, que organiza o Maker Faire. [...] Para o movimento de consertadores, mais importante do que o ambiente de inovação é mudar a cultura em relação aos objetos.

TONON, Rafael. O mundo tem conserto. Galileu. São Paulo, Globo, n. 271, fev. 2014, p. 42- 46. (Adaptado)

A cultura do “faça você mesmo” é uma contracultura porque

  • A dissemina conhecimentos técnicos sobre os objetos.
  • B estimula a inovação e a capacidade de criar.
  • C visa prolongar a vida útil dos eletroeletrônicos.
  • D rejeita os valores culturais predominantes.
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Texto 2
O hipertexto

(1) Uma sociedade grafocêntrica, na qual o texto escrito está presente em várias situações sociais e cumpre papel significativo, exige dos falantes um grau cada vez maior de letramento, ou seja, de condições para participação efetiva nas práticas sociais que envolvem a escrita. Na chamada “era digital", o conceito de escrita se expandiu e não diz mais respeito apenas ao texto impresso. É necessário saber se relacionar com a escrita nas diversas mídias em que ela se faz presente. Em muitas delas, um tipo especial de texto circula: o hipertexto.
(2) Por hipertexto entende-se o texto disponibilizado em espaço virtual que possibilita uma leitura não linear em função de sua organização em blocos de conteúdo que se conectam por nós ou elos hipertextuais (também conhecidos como links). A rigor, as habilidades mobilizadas para produzir ou ler um hipertexto são as mesmas que se utilizam para a leitura ou escrita de um texto convencional. No entanto, o hipertexto torna mais evidentes alguns desses processos, como o percurso realizado durante o planejamento e a elaboração do texto e a construção de sentidos pelo leitor.
(3) Um texto escrito convencionalmente é a materialização de um processo de interação discursiva que exige do seu produtor atividades como pesquisa, seleção e articulação de dados e opiniões. Embora esse texto possa contar com alguns indícios desse processo de elaboração (como a hierarquização por meio de títulos e subtítulos, notas de rodapé, divisão em capítulos etc.), o hipertexto torna esse percurso mais evidente. Ele demanda de seu autor, desde o início, o desenho de um mapa de leitura, no qual se estabelece uma clara hierarquia entre informações centrais e secundárias, possibilidades de percursos distintos entre os blocos de conteúdo, conexões com textos externos, palavras-chave, para servir de elos hipertextuais, entre outros. Diante de um hipertexto, o leitor tem mais liberdade para escolher dentre os caminhos oferecidos pelo autor, em que aspectos aprofundar sua leitura, que blocos de conteúdo ignorar ou retomar, que sugestões de conexão externa acatar. Todas essas possibilidades, embora já estivessem colocadas pelo texto convencional, ampliam-se com o hipertexto.

(Ricardo Gonçalves Barreto. Português, 3º. Ano Ensino Médio. Ser protagonista.
São Paulo: Edições SM. 2010, p. 356).

No trecho: “Todas essas possibilidades, embora já estivessem colocadas pelo texto convencional, ampliam-se com o hipertexto”, o segmento sublinhado:

  • A constitui um argumento com valor concessivo.
  • B expressa uma relação semântica de condicionalidade.
  • C poderia iniciar-se com o conectivo ‘uma vez que’.
  • D contém uma informação central, em relação ao todo da sentença.
  • E traz um verbo impessoal, sem sujeito expresso, portanto.
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A história das chamadas relações entre sociedade e natureza é, em todos os lugares habitados, a da substituição de um meio natural, dado a uma determinada sociedade, por um meio cada vez mais artificializado, isto é, sucessivamente instrumentalizado por essa mesma sociedade. Em cada fração da superfície da terra, o caminho que vai de uma situação a outra se dá de maneira particular; e a parte do “natural” e do “artificial” também varia, assim como mudam as modalidades do seu arranjo.

Podemos admitir que a história do meio geográfico pode ser grosseiramente dividida em três etapas: o meio natural, o meio técnico, o meio técnico-científico-informacional.

Alguns autores preferirão falar de meio pré-técnico em lugar de meio natural. Mas a própria ideia de meio geográfico é inseparável da noção de técnica. Para S. Moscivici (1968), as condições do trabalho estão em relação direta com um modo particular de constituição da natureza, e a inexistência de artefatos mais complexos ou de máquinas não significa que uma dada sociedade não disponha de técnicas. Estamos, porém, reservando a apelação de meio técnico à fase posterior à invenção e ao uso das máquinas, já que estas, unidas ao solo, dão uma toda nova dimensão à respectiva geografia. Quanto ao meio técnico-científico-informacional é o meio geográfico do período atual, onde os objetos mais proeminentes são elaborados a partir dos mandamentos da ciência e se servem de uma técnica informacional da qual lhes vem o alto coeficiente de intencionalidade com que servem às diversas modalidades e às diversas etapas da produção.

Estamos, porém, reservando a apelação de meio técnico à fase posterior à invenção e ao uso das máquinas, já que estas, unidas ao solo, dão uma toda nova dimensão à respectiva geografia.

Considerada a frase acima, em seu contexto, afirma-se com correção:
  • A O emprego de Estamos evidencia inquestionavelmente que o autor fala em nome do grupo de pesquisadores que adota a expressão meio técnico para designar a fase posterior à invenção e ao uso das máquinas.
  • B Substituindo reservando a apelação por “nomeando”, o segmento manteria a correção e o sentido originais com a formulação “nomeando de meio técnico à fase posterior à invenção e ao uso das máquinas".
  • C O pronome estas retoma a invenção e as máquinas.
  • D A expressão unidas ao solo exprime a circunstância que determina a existência da nova dimensão citada.
  • E O termo respectiva sinaliza que se trata da geografia já citada no texto.
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O que é... decisão

1º No mundo corporativo, há algo vagamente conhecido como “processo decisório", que são aqueles insondáveis critérios adotados pela alta direção da empresa para chegar ____ decisões que o funcionário não consegue entender. Tudo começa com a própria origem da palavra “decisão", que se formou ____ partir do verbo latino caedere (cortar). Dependendo do prefixo que se utiliza, a palavra assume um significado diferente: “incisão" é cortar dentro, “rescisão" é cortar de novo, “concisão" é o que já foi cortado, e assim por diante. E dis caedere, de onde veio “decisão" significa “cortar fora". Decidir é, portanto, extirpar de uma situação tudo o que está atrapalhando e ficar com o que interessa.

2º E, por falar em cortar, todo mundo já deve ter ouvido a célebre história do não menos célebre rei Salomão, mas permitam-me recontá-la, transportando os acontecimentos para uma empresa moderna. Então, está um dia o rei Salomão em seu palácio quando duas mulheres são introduzidas na sala do trono. Aos berros e puxões de cabelo, as duas disputam a maternidade de uma criança recém-nascida. Ambas possuem argumentos sólidos: testemunhos da gravidez recente, depoimentos das parteiras, certidões de nascimento. Mas, obviamente, uma das duas está mentindo: havia perdido o seu bebê e, para compensar a dor, surrupiara o filho da outra.

3º Então Salomão, em sua sabedoria, chama um guarda, manda-o cortar a criança ao meio e dar metade para cada uma das reclamantes. Diante da catástrofe iminente, a verdadeira mãe suplica: “Não! Se for assim, ó meu Senhor, dê a criança inteira viva ____ outra!", enquanto a falsa mãe faz aquela cada de “tudo bem, corta aí". Pronto. Salomão manda entregar o bebê ____ mãe em pânico, e a história se encerra com essa salomônica demonstração de conhecimento da natureza humana.

4º Mas isso aconteceu antigamente. Se fosse hoje, com certeza as duas mulheres optariam pela primeira alternativa (porque ambas teriam feito um curso de Tomada de Decisões). Aí é que entram os processos decisórios dos salomões corporativos. Um gerente Salomão perguntaria à mãe putativa A: “Se eu lhe der esse menino, ó mulher, o que dele esperas no futuro?" E ela diria? “Quero que ele cresça com liberdade, que aprenda a cantar com os pássaros e que possa viver 100 anos de felicidade". E a mesma pergunta seria feita à mãe putativa B, que de pronto responderia: “Que o menino cresça forte e obediente e que possa um dia, por Vossa glória e pela glória de Vosso reino, morrer no campo de batalha". Então, sem piscar, o gerente Salomão ordenaria que o bebê fosse entregue à mãe putativa B.

5º Por quê? Porque na salomônica lógica das empresas, a decisão dificilmente favorece o funcionário que tem o argumento mais racional, mais sensato, mais justo ou mais humano. A balança sempre pende para os putativos que trazem mais benefícios para o sistema.

Max Gehringer, Revista Você S. A. Ano 5. Edição 43. São Paulo, Abril, jan./2002. P. 106.

Assinale a alternativa que indica a relação que a conjunção em destaque no segundo parágrafo (mas) estabelece com a oração anterior e por qual outra conjunção poderia ser substituída, sem alteração de sentido:
  • A concessão – embora.
  • B oposição – contudo.
  • C conclusão – portanto.
  • D explicação – pois.

Raciocínio Lógico

20
Observe atentamente a relação entre os dois conjuntos C e D da figura a seguir.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Assinale a alternativa que contém o valor do elemento m do conjunto D.
  • A 16
  • B 32
  • C 25
  • D 27
  • E 42
21

Observe as figuras.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Quantos quadradinhos cinzas terá a 10ª figura?

  • A 36.
  • B 40.
  • C 44.
  • D 48.
22
Uma empresa premia seus empregados pela assiduidade. A cada mês, a empresa distribui R$ 930,00 reais entre os três empregados com o menor número de faltas ao trabalho, em partes inversamente proporcional ao número de faltas de cada um. Diogo, Eder e Fabio foram os premiados do último mês, com 2, 3 e 5 faltas, respectivamente. Assinale a alternativa correta:
  • A Diogo recebeu um prêmio de R$ 186,00.
  • B Eder recebeu um prêmio de R$ 325,00.
  • C Eder recebeu um prêmio de R$ 270,00.
  • D Diogo recebeu um prêmio equivalente a 3/2 do valor do prêmio de Eder.
  • E Fabio recebeu um prêmio equivalente a 5/3 do valor do prêmio de Eder.
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Considere que as seguintes premissas são verdadeiras:
I. Se um homem é prudente, então ele é competente.
II. Se um homem não é prudente, então ele é ignorante.
III. Se um homem é ignorante, então ele não tem esperanças.
IV. Se um homem é competente, então ele não é violento.

Para que se obtenha um argumento válido, é correto concluir que se um homem
  • A não é violento, então ele é prudente.
  • B não é competente, então ele é violento.
  • C é violento, então ele não tem esperanças.
  • D não é prudente, então ele é violento.
  • E não é violento, então ele não é competente.
24

Um agente de administração deve preencher um formulário que apresenta três campos:

Sexo:

( ) masculino
( ) feminino

Lotação:

( ) Setor A
( ) Setor B
( ) Setor C
( ) Setor D
( ) Setor E

Tempo de Lotação:

( ) menos de 2 anos
( ) de 2 a 4 anos
( ) mais de 4 anos

Em cada campo, exatamente uma das opções deve ser assinalada. Dessa forma, o número máximo de maneiras distintas pelas quais esse formulário pode ser preenchido é:

  • A 10
  • B 20
  • C 30
  • D 40
25

Paulo, André e Pedro são irmãos. Um deles é médico, outro advogado, e o outro é dentista. Sabe- se que:

1. Ou Paulo é médico, ou Pedro é médico, 2. Ou Paulo é advogado, ou André é dentista, 3. Ou Pedro é dentista, ou André é dentista, 4. Ou André é advogado, ou Pedro é advogado.

Portanto, as profissões de Paulo, André e Pedro são, respectivamente:

  • A advogado, médico, dentista.
  • B médico, advogado, dentista.
  • C advogado, dentista, médico.
  • D médico, dentista, advogado.
26

Em um sofá da sala de espera de um consultório médico estão sentadas Dulce, Laura e Sônia. O médico entra na sala, sabe que as três marcaram consulta àquela hora, mas não sabe quem é cada uma delas. Entretanto, ele sabe que Dulce sempre diz a verdade, que Laura às vezes diz a verdade e às vezes mente, e que Sônia sempre mente. O médico então pede que cada uma delas diga alguma coisa.

A que está sentada a esquerda do sofá diz: — Dulce é quem está sentada no meio.

A que está no meio do sofá diz: — Eu sou Laura.
A que está sentada à direita do sofá diz: — Sônia esta no meio do sofá.

Da esquerda para a direita, a ordem das três pessoas é

  • A Laura - Dulce - Sônia.
  • B Laura - Sônia - Dulce.
  • C Sônia - Laura - Dulce.
  • D Sônia - Dulce - Laura.
  • E Dulce - Sônia - Laura.
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Relativamente aos tempos de serviço, em anos, de dois funcionários da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, Xisto e Yule, sabe-se que:

- há 1 ano, o tempo de serviço de Xisto era o quíntuplo do de Yule;

- daqui a 2 anos, o tempo de serviço de Xisto será o dobro do de Yule.

Com base nessas afirmações, é correto afirmar que, atualmente,

  • A o tempo de serviço de Xisto é igual ao triplo de Yule.
  • B o tempo de serviço de Xisto excede o de Yule em 3 anos.
  • C os tempos de serviço de Xisto e Yule somam 9 anos.
  • D os tempos de serviço de Xisto e Yule somam 11 anos.
  • E a diferença entre o tempo de serviço de Xisto e o de Yule é de 5 anos.
28

O triângulo abaixo é composto de letras do alfabeto dispostas segundo determinado critério.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Considerando que no alfabeto usado não entram as letras K, W e Y, então, segundo o critério utilizado na disposição das letras do triângulo a letra que deverá ser colocada no lugar do ponto de interrogação é:

  • A C
  • B I
  • C O
  • D P