Resolver o Simulado Nível Superior

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Português

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Texto I.


Ao assumir a direção de um carro, o pacato e humilde senhor Andante se transforma no terrível senhor Volante, modelo de arrogância e violência. Protagonizada pelo personagem Pateta, a cena do desenho clássico da Disney (1950) ilustra uma situação comum até hoje no trânsito, onde os motoristas descarregam toda sorte de frustrações. São condutores que não usam as luzes indicadoras de direção (conhecidas como piscas ou setas) nas conversões – e apontam o dedo médio para os pedestres que lhes chamam a atenção por isso –, ou ultrapassam pela direita – inclusive pelo acostamento das rodovias –, ignoram as faixas de pedestres e dirigem veículos com pneus carecas ou amortecedores vencidos.

Não por acaso, o fator humano é responsável pela maioria dos acidentes. Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os desastres ou pelo menos minimizar suas consequências. De acordo com o professor Adilson Lombardo, especialista em segurança no trânsito, a direção defensiva passa por uma série de comportamentos ligados à inteligência emocional e ao raciocínio lógico. “É preciso avaliar o risco, analisar as possibilidades, reduzir a velocidade perto de escolas ou em dias de chuva, não fazer ultrapassagens perigosas”, ensina. Na prática, são medidas simples, que podem ser resumidas em duas: bom senso e respeito às normas.

Para o especialista, um trânsito mais seguro depende do comportamento mais inteligente não apenas do condutor de veículo automotor, mas também do pedestre e do ciclista. Assim como o motorista tem de respeitar a preferência do pedestre na faixa de segurança nos casos em que não há semáforo, o pedestre precisa atravessar na faixa e respeitar a sinalização luminosa, quando houver. Bicicletas, por sua vez, não devem trafegar em pistas exclusivas de ônibus, e cabe ao ciclista usar os equipamentos de segurança obrigatórios, como o capacete.

Lombardo lembra que as pessoas costumam transferir muitos de seus comportamentos para o trânsito. “O carro não é uma extensão do corpo”, adverte. “O motorista deve seguir as regras e respeitar o próximo, demonstrando gentileza e educação.”

                           Adaptado de Gazeta do Povo.com.br. Curitiba, 22/08/2009. 

Assinale a opção que apresenta o segmento em que a conjunção ou tem valor alternativo, e não valor aditivo.

  • A “conhecidas como piscas ou setas”.
  • B “... ou ultrapassam pela direita – inclusive pelo acostamento das rodovias”.
  • C “e dirigem veículos com pneus carecas ou amortecedores vencidos”.
  • D “... para prevenir os desastres ou pelo menos minimizar suas consequências”.
  • E “reduzir a velocidade perto de escolas ou em dias de chuva”.
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Texto I – Do que as pessoas têm medo?


A geração pós-1980 e início de 1990 só conhece os tempos militares pelos livros de História e pelas séries da TV. Para a maioria dela, as palavras “democracia” e “liberdade” têm sentido diferente daquele para quem conheceu a falta desses direitos e as consequências de brigar por eles. Se hoje é possível existir redes sociais; se é possível que pessoas se organizem em grupos ou movimentos e digam ou escrevam o que querem e o que pensam, devem-se essas prerrogativas a quem no passado combateu as arbitrariedades de uma ditadura violenta, a custo muito alto.

A liberdade não é um benefício seletivo. Não existe numa sociedade quando alguns indivíduos têm mais liberdade que outros, ou quando a de uns se sobrepõe à de outros.

É fundamental para a evolução das sociedades compreender que o status quo das culturas está sempre se modificando, e que todas as modificações relacionadas aos costumes de cada época precisaram quebrar paradigmas que pareciam imutáveis. Foi assim com a conquista do voto da mulher, com a trajetória até o divórcio e para que a “desquitada” deixasse de ser discriminada. Foi assim, também, com outros costumes: o comprimento das saias, a introdução do biquíni, a inclusão racial, as famílias constituídas por união estável, o primeiro beijo na TV e tantas outras mudanças que precisaram vencer os movimentos conservadores até conseguirem se estabelecer. Hoje, ninguém se importa em ver um casal se beijando numa novela (desde que o casal seja formado por um homem e uma mulher). Há pouco mais de 60 anos, o primeiro beijo na TV, comportado, um encostar de lábios, foi um escândalo para a época.

A questão do momento é se existe limite para a expressão da arte.

                                    Simone Kamenetz, O Globo, 18/10/2017. (Adaptado) 

O título do texto é uma pergunta: De que as pessoas têm medo?


Segundo o que se pode depreender do texto, a resposta mais adequada seria:

  • A da liberdade.
  • B de mudanças.
  • C do conservadorismo.
  • D do radicalismo.
  • E da imoralidade.
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                     Para você estar passando adiante


      Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunição moderna, o futuro do gerúndio.

      Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet. O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando.

      Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por essa epidemia de transmissão oral.

      Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha nas pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.

      Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim!, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito. Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases assim o dia inteirinho.

                                                                                               Ricardo Freire.

            In “ As Cem Melhores Crônicas Brasileiras”. Ed. Objetiva, RJ, 2009.

Para o autor, o uso indevido do que ele denomina “futuro do gerúndio” propagou-se na comunicação moderna a ponto de se tornar uma:

  • A maneira de estar aprendendo
  • B garantia de enviar mensagens
  • C epidemia de transmissão oral
  • D construção de linguagem erudita
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Texto I.


Ao assumir a direção de um carro, o pacato e humilde senhor Andante se transforma no terrível senhor Volante, modelo de arrogância e violência. Protagonizada pelo personagem Pateta, a cena do desenho clássico da Disney (1950) ilustra uma situação comum até hoje no trânsito, onde os motoristas descarregam toda sorte de frustrações. São condutores que não usam as luzes indicadoras de direção (conhecidas como piscas ou setas) nas conversões – e apontam o dedo médio para os pedestres que lhes chamam a atenção por isso –, ou ultrapassam pela direita – inclusive pelo acostamento das rodovias –, ignoram as faixas de pedestres e dirigem veículos com pneus carecas ou amortecedores vencidos.

Não por acaso, o fator humano é responsável pela maioria dos acidentes. Dirigir defensivamente é essencial para prevenir os desastres ou pelo menos minimizar suas consequências. De acordo com o professor Adilson Lombardo, especialista em segurança no trânsito, a direção defensiva passa por uma série de comportamentos ligados à inteligência emocional e ao raciocínio lógico. “É preciso avaliar o risco, analisar as possibilidades, reduzir a velocidade perto de escolas ou em dias de chuva, não fazer ultrapassagens perigosas”, ensina. Na prática, são medidas simples, que podem ser resumidas em duas: bom senso e respeito às normas.

Para o especialista, um trânsito mais seguro depende do comportamento mais inteligente não apenas do condutor de veículo automotor, mas também do pedestre e do ciclista. Assim como o motorista tem de respeitar a preferência do pedestre na faixa de segurança nos casos em que não há semáforo, o pedestre precisa atravessar na faixa e respeitar a sinalização luminosa, quando houver. Bicicletas, por sua vez, não devem trafegar em pistas exclusivas de ônibus, e cabe ao ciclista usar os equipamentos de segurança obrigatórios, como o capacete.

Lombardo lembra que as pessoas costumam transferir muitos de seus comportamentos para o trânsito. “O carro não é uma extensão do corpo”, adverte. “O motorista deve seguir as regras e respeitar o próximo, demonstrando gentileza e educação.”

                           Adaptado de Gazeta do Povo.com.br. Curitiba, 22/08/2009. 

"Não por acaso, o fator humano é responsável pela maioria dos acidentes.”


O enunciador do texto, com essa frase, quer dizer que os acidentes de trânsito

  • A são causados por falhas humanas.
  • B recebem a interferência da casualidade.
  • C trazem a marca do azar além das falhas humanas.
  • D ocorrem por circunstâncias imprevistas e por falhas humanas.
  • E são provocados, como se prevê, por falhas humanas.
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                     Para você estar passando adiante


      Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunição moderna, o futuro do gerúndio.

      Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet. O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando.

      Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por essa epidemia de transmissão oral.

      Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha nas pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.

      Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim!, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito. Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases assim o dia inteirinho.

                                                                                               Ricardo Freire.

            In “ As Cem Melhores Crônicas Brasileiras”. Ed. Objetiva, RJ, 2009.

A repetição do chamado “futuro do gerúndio” em todos os parágrafos teve como objetivo dar ao texto um efeito:

  • A resumido
  • B adequado
  • C técnico
  • D irônico
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                   Texto I – Há sempre o inesperado


Quem não nasceu de novo por causa de um inesperado?

Iniciei-me no exílio antropológico quando – de agosto a novembro de 1961 – fiz trabalho de campo entre os índios gaviões no sul do Pará. Mas, como os exilados também se comunicam, solicitei a uma respeitável figura do último reduto urbano que visitamos, uma cidadezinha na margem esquerda do rio Tocantins, que cuidasse da correspondência que Júlio César Melatti, meu companheiro de aventura, e eu iríamos receber. Naquele mundo sem internet, telefonemas eram impossíveis e cartas ou pacotes demoravam semanas para ir e vir.

Recebemos uma rala correspondência na aldeia do Cocal. E, quando chegamos à nossa base, no final da pesquisa, descobrimos que nossa correspondência havia sido violada.

Por quê? Ora, por engano, respondeu o responsável, arrolando em seguida o inesperado e ironia que até hoje permeiam a atividade de pesquisa de Brasil. Foi quando soubemos que quem havia se comprometido a cuidar de nossas cartas não acreditava que estávamos “estudando índios”. Na sua mente, éramos bons demais para perdermos tempo com uma atividade tão inútil quanto estúpida. Éramos estrangeiros disfarçados – muito provavelmente americanos – atrás de urânio e outros metais preciosos. Essa plausível hipótese levou o nosso intermediário ao imperativo de “conferir” a correspondência.

Mas agora que os nossos rostos escalavrados pelo ordálio do trabalho de campo provavam como estava errado, ele, pela primeira vez em sua vida, acreditou ter testemunhado dois cientistas em ação.

Há sempre o inesperado.

                      Roberto da Matta. O GLOBO. Rio de Janeiro, 18/10/2017 

“... fiz trabalho de campo entre os índios gaviões no sul do Pará”.


Com a expressão sublinhada, o enunciador do texto quer dizer que

  • A realizou pesquisa in loco.
  • B pesquisou a relação dos índios com o meio-ambiente.
  • C estudou a agricultura entre os selvagens referidos.
  • D observou os hábitos indígenas no meio florestal.
  • E coletou amostras para futuros estudos.
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                     Para você estar passando adiante


      Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunição moderna, o futuro do gerúndio.

      Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet. O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando.

      Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por essa epidemia de transmissão oral.

      Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha nas pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.

      Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim!, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito. Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases assim o dia inteirinho.

                                                                                               Ricardo Freire.

            In “ As Cem Melhores Crônicas Brasileiras”. Ed. Objetiva, RJ, 2009.

O trecho “ Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias...” pode ser reescrito, mantendo-se o sentido da frase, da seguinte forma:

  • A Sinta-se livre para fazer tantas cópias quantas você achar necessárias...
  • B Sinta-se livre para sair e fazer tantas cópias quantas forem necessárias...
  • C Sinta-se livre para conseguir fazer tantas cópias quantas você fizer necessárias...
  • D Sinta-se livre para continuar a fazer tantas cópias quantas você passar a achar necessárias...
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

O efeito textual pretendido pela autora ao empregar a pergunta que encerra o segundo parágrafo do texto 1A1AAA é o de

  • A apontar a impossibilidade de o cérebro, ao mesmo tempo, processar estímulos e registrá-los na memória.
  • B menosprezar os leitores que acreditam ser possível se lembrar de tudo o que lhes ocorre.
  • C obter diretamente dos leitores respostas honestas à indagação proposta.
  • D modificar o modo como os leitores lidam com os dados provenientes do mundo exterior.
  • E provocar os leitores a refletir sobre os processos de recepção de estímulos e formação de memórias.
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                   Texto I – Há sempre o inesperado


Quem não nasceu de novo por causa de um inesperado?

Iniciei-me no exílio antropológico quando – de agosto a novembro de 1961 – fiz trabalho de campo entre os índios gaviões no sul do Pará. Mas, como os exilados também se comunicam, solicitei a uma respeitável figura do último reduto urbano que visitamos, uma cidadezinha na margem esquerda do rio Tocantins, que cuidasse da correspondência que Júlio César Melatti, meu companheiro de aventura, e eu iríamos receber. Naquele mundo sem internet, telefonemas eram impossíveis e cartas ou pacotes demoravam semanas para ir e vir.

Recebemos uma rala correspondência na aldeia do Cocal. E, quando chegamos à nossa base, no final da pesquisa, descobrimos que nossa correspondência havia sido violada.

Por quê? Ora, por engano, respondeu o responsável, arrolando em seguida o inesperado e ironia que até hoje permeiam a atividade de pesquisa de Brasil. Foi quando soubemos que quem havia se comprometido a cuidar de nossas cartas não acreditava que estávamos “estudando índios”. Na sua mente, éramos bons demais para perdermos tempo com uma atividade tão inútil quanto estúpida. Éramos estrangeiros disfarçados – muito provavelmente americanos – atrás de urânio e outros metais preciosos. Essa plausível hipótese levou o nosso intermediário ao imperativo de “conferir” a correspondência.

Mas agora que os nossos rostos escalavrados pelo ordálio do trabalho de campo provavam como estava errado, ele, pela primeira vez em sua vida, acreditou ter testemunhado dois cientistas em ação.

Há sempre o inesperado.

                      Roberto da Matta. O GLOBO. Rio de Janeiro, 18/10/2017 

O texto começa por uma pergunta, cuja finalidade básica é

  • A interagir com o leitor do texto, a fim de que ele participe com mais interesse da leitura.
  • B provocar uma reflexão pessoal do leitor, que possa ligá-lo à temática do texto.
  • C dirigir-se a um leitor particular, que já tenha refletido sobre a questão.
  • D realizar uma questão de ordem geral, que possa aumentar o número de leitores do texto.
  • E selecionar um tipo de leitor que tenha interesse pela temática abordada no texto.
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                     Para você estar passando adiante


      Este artigo foi feito especialmente para que você possa estar recortando e possa estar deixando discretamente sobre a mesa de alguém que não consiga estar falando sem estar espalhando essa praga terrível da comunição moderna, o futuro do gerúndio.

      Você pode também estar passando por fax, estar mandando pelo correio ou estar enviando pela Internet. O importante é estar garantindo que a pessoa em questão vá estar recebendo esta mensagem, de modo que ela possa estar lendo e, quem sabe, consiga até mesmo estar se dando conta da maneira como tudo o que ela costuma estar falando deve estar soando nos ouvidos de quem precisa estar escutando.

      Sinta-se livre para estar fazendo tantas cópias quantas você vá estar achando necessárias, de modo a estar atingindo o maior número de pessoas infectadas por essa epidemia de transmissão oral.

      Mais do que estar repreendendo ou estar caçoando, o objetivo deste movimento é estar fazendo com que esteja caindo a ficha nas pessoas que costumam estar falando desse jeito sem estar percebendo.

      Nós temos que estar nos unindo para estar mostrando a nossos interlocutores que, sim!, pode estar existindo uma maneira de estar aprendendo a estar parando de estar falando desse jeito. Até porque, caso contrário, todos nós vamos estar sendo obrigados a estar emigrando para algum lugar onde não vão estar nos obrigando a estar ouvindo frases assim o dia inteirinho.

                                                                                               Ricardo Freire.

            In “ As Cem Melhores Crônicas Brasileiras”. Ed. Objetiva, RJ, 2009.

As expressões”estou dirigindo” e “estamos andando” apresentam os verbos principais da ação no gerúndio e demonstram que esta ação acontece, no momento da fala, de forma:

  • A hipotética
  • B contínua
  • C duvidosa
  • D imperativa

Matemática

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A respeito de uma função contínua, julgue se verdadeiras ou falsas as seguintes afirmações:

I) Uma função não pode ter duas assíntotas horizontais distintas.

II) Se f for diferenciável em a, então f é contínua em a.

III) Se f é derivável em a, então |f | também é derivável.

A(s) seguinte(s) afirmação(ões) é(são) VERDADEIRA(S):

  • A I, II e III
  • B I e II
  • C I e III
  • D II e III
  • E II
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Em relação ao plano que passa pelos pontos A(0, 1, 3), B(1, −3, 0) e C(1, 0, 2), pode-se afirmar que:

  • A é paralelo ao plano 2x + 4y + z − 7 = 0
  • B é perpendicular ao plano 3x − 2y + z − 2 = 0
  • C é perpendicular à reta de direção dada pelo vetor v = (1, 2, −1)
  • D é perpendicular ao plano 3x + 2y + z + 6 = 0
  • E é paralelo ao plano 2x − 4y + 6z + 10 = 0
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A alternativa que representa a raiz quadrada do números 3375 é:

  • A 15√3.
  • B 15√15.
  • C 40√5.
  • D 58√2.
  • E 58√3.
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A medida da altura relativa à hipotenusa de um triângulo retângulo de catetos 6 cm e 8 cm é igual a:
  • A 2
  • B 4
  • C 4,8
  • D 6
  • E 10
15

Em um concurso, há 150 candidatos em apenas duas categorias: nível superior e nível médio.

Sabe-se que:


• dentre os candidatos, 82 são homens;

• o número de candidatos homens de nível superior é igual ao de mulheres de nível médio;

• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres.


O número de candidatos homens de nível médio é

  • A 42.
  • B 45.
  • C 48.
  • D 50.
  • E 52.
16

O volume do sólido S = {(x,y,z) ∈ ℝ3 : 0 ≤ x ≤ 1, 0 ≤ y ≤ π, 0 ≤ z ≤ xsin(y) ex + cos(y) } é igual a

  • A e - e-1
  • B 1 - e-1
  • C e-1+ 1
  • D e + e-1
  • E e + 1
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Um professor montará uma prova com as 4 questões que ele dispõe. O número de maneiras diferentes que o professor pode montar essa prova, levando em conta apenas a ordem das questões, é 
  • A 20
  • B 22
  • C 24
  • D 26
18

Uma loja tinha 20 funcionários e a média aritmética das idades desses funcionários era igual a 35 anos. Prevendo um aumento das vendas, o dono da loja contratou mais 5 funcionários, cada um deles com a idade de 60 anos. Após a contratação dos 5 funcionários, a média aritmética das idades dos funcionários da loja, em anos, passou a ser igual a

  • A 38
  • B 40
  • C 42
  • D 44
  • E 46
19

Jailton saiu caminhando para o trabalho a uma velocidade constante de 10 km/h. Seu irmão percebeu que ele esqueceu o celular e, como conhecia o trajeto, resolveu ir de bicicleta entregá-lo. O irmão saiu 18 minutos após a saída de Jailton e andou a uma velocidade constante de 25 km/h.

A distância que o irmão percorreu até encontrar Jailton foi de

  • A 7 km.
  • B 8 km.
  • C 5 km.
  • D 6 km.
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Uma empresa possui duas fábricas para produzir o mesmo item. Em novembro de 2017 a fábrica A produz 500 unidades e a fábrica B produz 1100 unidades. A empresa então decide incrementar mensalmente a produção da fábrica A em 65 unidades e a da fábrica B em 25 unidades. Desta forma, em dezembro de 2017 a fábrica A produzirá 565 unidades e a fábrica B produzirá 1125 unidades.


Qual o primeiro mês (e ano) que a produção mensal na fábrica A superará a produção mensal na fábrica B?

  • A Janeiro de 2019
  • B Fevereiro de 2019
  • C Março de 2019
  • D Abril de 2019
  • E Dezembro de 2018

Pedagogia

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Na observância das Diretrizes, a proposta pedagógica das instituições de Educação Infantil deve garantir que elas cumpram plenamente sua função sociopolítica e pedagógica:

I. Oferecendo condições e recursos para que as crianças usufruam seus direitos civis, humanos e sociais.

II. Assumindo a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias.

III. Possibilitando tanto a convivência entre crianças e entre adultos e crianças quanto à ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas.

IV. Promovendo a desigualdade de oportunidades educacionais entre as crianças de diferentes classes sociais no que se refere ao acesso a bens culturais e às possibilidades de vivência da infância.

Assinale a alternativa correta:

  • A I e II.
  • B I, II e III.
  • C II e IV.
  • D Todas estão corretas.
  • E N.D.A.
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Segundo Telma Weisz, numa concepção Construtivista de educação, o professor não é, nem tampouco pode ser, ________________ da construção de conhecimentos de seus alunos. Cabe a ele o papel de organizar as situações de aprendizagens, as intervenções pedagógicas que auxiliem os alunos em suas próprias construções, que considere seus conhecimentos e os mecanismos envolvidos nessa construção, além das questões relacionadas à didática do objeto a ser ensinado e aprendido. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna:

  • A Simples ativista.
  • B Mero espectador.
  • C Ativador da memória.
  • D Grande palestrante.
  • E “Pedreiro”.
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A noção de necessidades educacionais especiais entrou em evidência a partir das discussões do chamado “movimento pela inclusão” e dos reflexos provocados pela Conferência Mundial sobre Educação Especial, realizada em Salamanca, na Espanha, em 1994. Nesse evento, foi elaborado um documento mundialmente significativo denominado “Declaração de Salamanca” e na qual foram levantados aspectos inovadores para a reforma de políticas e sistemas educacionais.

De acordo com a declaração:

I. O conceito de “necessidades educacionais especiais” passará a incluir, além das crianças portadoras de deficiências, aquelas que estejam experimentando dificuldades temporárias ou permanentes na escola, as que estejam repetindo continuamente os anos escolares, as que sejam forçadas a trabalhar, as que vivem nas ruas, as que vivem em condições de extrema pobreza ou que sejam desnutridas, as que sejam vítimas de guerra ou conflitos armados, as que sofrem de abusos contínuos, ou as que simplesmente estão fora da escola, por qualquer motivo que seja.”

II. A Declaração de Salamanca estabeleceu uma nova concepção, extremamente abrangente, de “necessidades educacionais especiais” que provoca a secessão dos dois tipos de ensino, o regular e o especial, na medida em que esta nova definição implica que todos possuem ou podem possuir, temporária ou permanentemente, “necessidades educacionais especiais”.

III. Dessa forma, orienta para a existência de um sistema único, que seja capaz de prover educação para todos os alunos, por mais especial que este possa ser ou estar.

IV. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), elaborados com base na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orientam a respeito de estratégias para a educação de alunos com necessidades especiais. Para isso, estabeleceu um material didático-pedagógico intitulado “Adaptações Curriculares” que insere-se na concepção da escola inclusiva defendida na Declaração de Salamanca.

Assinale a alternativa correta:

  • A Apenas a I.
  • B I, II e IV.
  • C I, III e IV.
  • D Todas estão corretas.
  • E N.D.A.
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“É a cooperação entre as áreas da Educação, da Saúde, da Previdência e Assistência Social, de Equipamentos e Transportes Urbanos, do Trabalho, do Lazer, do Esporte e da Cultura, do Planejamento é essencial para viabilizar esse processo.” Estamos falando:

  • A Da intersetorialidade.
  • B Da interdisciplinaridade.
  • C Do pluridisciplinarismo.
  • D Do multidisciplinarismo.
  • E N.D.A.
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A avaliação a ser desenvolvida por uma instituição de educação superior, envolvendo todos os participantes da instituição para repensar e redefinir seus compromissos e metas, modos de atuação, finalidades e resultados do trabalho acadêmico denomina-se:

  • A Avaliação institucional.
  • B Avaliação externa da aprendizagem dos estudantes.
  • C Avaliação pedagógica e das condições de oferta do ensino de graduação e pós-graduação.
  • D Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE).
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O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) apresenta como um dos seus objetivos elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciatura das instituições de educação superior. NÃO constitui finalidade do PIBID:

  • A Reconhecimento de um novo status para os cursos de bacharelado das universidades brasileiras.
  • B Valorização do magistério.
  • C Apoio aos estudantes de Licenciatura Plena em seu processo formativo.
  • D Incentivo à carreira do magistério nas áreas da educação básica.
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Associe as colunas de modo que a tendência pedagógica relacione-se com a perspectiva que melhor indica a visão dos conteúdos escolares:


I) Pedagogia Tradicional

II) Pedagogia da Escola Nova

III) Pedagogia Tecnicista

IV) Pedagogia Libertária

V) Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos


( ) Existe uma relação entre conteúdo e realidade e a busca última é da transformação social.

( ) A decisão é do grupo que define o que e como fazer, ou seja, não há escolha prévia de conteúdos.

( ) Os conteúdos são vistos como os conhecimentos acumulados pela humanidade, com ênfase na cultura clássica;

( ) Os conteúdos, objetivam, principalmente, o desenvolvimento de cada indivíduo.

( ) Conteúdos direcionados para aplicação, com ênfase em regras e, às vezes, com pouca reflexão.

Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA de associação, de cima para baixo.
  • A III, IV, V, II, I
  • B VI, V, II, I, III
  • C V, IV, III, I, II
  • D V, IV, I, II, III
  • E II, I, III, V, IV
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Leia as afirmativas abaixo a partir das relações entre as teorias de Vigotski e Piaget.


I) Maturação, experiências físicas, transmissões sociais e culturais e equilibração são fatores desenvolvidos na teoria de Piaget.

II) Vigotski enfatiza o aspecto interacionista, pois considera que é no plano intersubjetivo, isto é, na troca entre as pessoas, que têm origem as funções mentais superiores.

III) Vigotski deu ênfase ao processo de internalização como mecanismo advindo da maturação do indivíduo e que intervém no desenvolvimento das funções psicológicas complexas.

IV) A teoria de Piaget apresenta a dimensão interacionista, mas sua ênfase é colocada na interação do sujeito com o objeto físico;

V) A teoria de Vigotski apresenta um aspecto construtivista, na medida em que busca explicar o aparecimento de inovações e mudanças no desenvolvimento a partir do mecanismo de internalização.

VI) Para Piaget os processos interpsíquicos - partilhados entre pessoas - só podem funcionar durante a interação das crianças com os adultos. À medida que a criança cresce os processos acabam por ser executados dentro das próprias crianças — intrapsíquicos.

Assinale a alternativa que apresenta somente as afirmativas CORRETAS.
  • A I, II, IV, VI
  • B I, II, III, IV
  • C III, IV, VI
  • D II, IV, V, VI
  • E I, II, IV, V
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A instituição de ensino superior não pode ser pensada isoladamente dos problemas mais vividos pela sociedade e a construção da identidade do professor está vinculado a um cenário mais amplo em que ela se insere. Zabalza (2004) indaga: “O que nos faz ser bons professores, ensinar bem ou formar bons alunos? Estamos novamente diante de uma das preocupações centrais dos professores. Até onde chega nosso trabalho? Até onde chega nossa responsabilidade como docentes e onde começa a responsabilidade dos estudantes?”.


ZABALZA, Miguel. O ensino universitário: seu cenário e seus protagonistas.

Porto Alegre: Artmed, 200 (p. 123).


Sobre a docência no ensino superior, marque a alternativa que esteja CORRETA:

  • A O ensino superior, diferentemente de outros níveis de ensino, é algo direcionado para uma determinada área do conhecimento, por isso o professor não necessita observar os conhecimentos prévios de seus alunos.
  • B O processo de ensinar ocorre através da transmissão do conhecimento, tendo em vista que cabe ao docente universitário elencar os conhecimentos que serão necessários para a formação do profissional, a busca pela aplicabilidade desses é de responsabilidade do aluno.
  • C Ao professor cabe aprender a aprender, que envolve a descoberta da relevância do aprendido e do conhecimento da capacidade de aprendizagem, isso para aprender a ensinar.
  • D A formação docente não faz mais parte da rotina do professor universitário, uma vez que esses processos são indicados até chegar em tal nível.
  • E O docente pode ter uma visão generalizada, uma vez o mundo, através dos meios de comunicação e informação, perdeu suas fronteiras do conhecimento, a contextualização torna-se secundária.
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Sobre a concepção de currículo de acordo com a perspectiva crítico-emancipatória, assinale a alternativa correta.
  • A Toma como base teórica de sustentação a concepção de educação bancária, elaborada e difundida por Paulo Freire.
  • B São eixos norteadores na construção de propostas curriculares o conhecimento, a consciência crítica da realidade e a prática dialógica.
  • C É um conjunto de informações que deve ser oferecido aos estudantes, contido em programas organizados por gestores(as) e/ou professores(as).
  • D Considera a cultura erudita como central, tendo em vista que ela permite a elaboração de uma consciência crítica sobre a realidade.
  • E Os temas geradores, elementos centrais nessa perspectiva, partem da política curricular definida pelo Estado e devem basearse nos conteúdos programáticos dos currículos.