Resolver o Simulado IBFC

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Administração Financeira e Orçamentária

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O processo de elaboração do orçamento público federal é bastante complexo e envolve várias etapas. Esse instrumento estima as receitas que serão arrecadadas e fixa as despesas que serão efetuadas com o dinheiro arrecadado pelo governo. A esse respeito, assinale a alternativa correta.
  • A O orçamento público é elaborado seguindo a ordem das seguintes etapas: Plano Plurianual (PPA), Lei Orçamentária Anual (LOA) e por último a Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO)
  • B As leis que compõem o orçamento púbico federal são propostas pelo poder legislativo e aprovadas pelo poder executivo
  • C O Plano Plurianual (PPA) apresenta as políticas e metas previstas para um período de quatro anos
  • D A Lei das Diretrizes Orçamentária (LDO) é elaborada, detalhando todos os gastos que serão realizados pelo governo, nos próximos 2 anos
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Com relação ao Orçamento Público Federal, assinale a alternativa incorreta
  • A A lei orçamentária anual compreende orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto e o orçamento da seguridade social
  • B O orçamento da seguridade social, abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, apenas da administração direta
  • C O orçamento fiscal refere-se aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público
  • D A lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento
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Receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do governo. Com relação às Receitas Orçamentárias, assinale a alternativa correta.
  • A As receitas orçamentárias podem ser classificadas apenas de acordo com sua natureza e de acordo com sua esfera orçamentária
  • B Classificação da receita por natureza visa identificar a origem do recurso segundo o fato gerador, isto é, acontecimento real que ocasionou o ingresso da receita nos cofres públicos
  • C Todas as receitas orçamentárias devem estar registradas na Lei de Orçamento pelos seus totais líquidos, isto é, devem ser consideradas suas respectivas deduções
  • D De acordo com a categoria econômica, as receitas podem ser classificadas em receitas correntes e receitas extraorçamentárias
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Com relação às etapas das Receitas Públicas, assinale a alternativa correta.
  • A As etapas das Receitas Públicas são: previsão, planejamento, lançamento e arrecadação
  • B O Planejamento de receitas é a etapa que sucede à fixação do montante de despesas que irá constar nas leis de orçamento, além de ser consequência do montante das necessidades de financiamento do governo
  • C Arrecadação corresponde à entrega dos recursos devidos ao governo pelos contribuintes ou devedores por meio dos agentes arrecadadores ou instituições financeiras autorizadas
  • D Lançamento consiste na transferência dos valores arrecadados à conta específica do governo, responsável pela administração e controle da arrecadação e pela programação financeira
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Com relação à classificação das despesas públicas segundo as disposições da Lei n° 4.320/1964, assinale a alternativa que apresenta um gasto que representa corretamente uma despesa corrente.
  • A Amortização da dívida pública
  • B Subvenções econômicas
  • C Equipamentos e instalações
  • D Material permanente
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Acerca da classificação das receitas públicas pela Lei n° 4.320/1964, assinale a alternativa que apresente corretamente uma hipótese de receita corrente.
  • A Receitas de serviços
  • B Operações de crédito
  • C Amortização de empréstimos
  • D Alienação de bens
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No que se refere às disposições da Lei n° 4.320/1964 sobre os créditos adicionais, analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F):

( ) São créditos adicionais, as autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente dotadas na Lei de Orçamento. ( ) Os créditos adicionais classificam-se em suplementares, ordinários e extraordinários.

( ) Os créditos extraordinários são os destinados a despesas urgentes e imprevistas, em caso de guerra, comoção intestina ou calamidade pública. 

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

  • A V, V, V
  • B V, V, F
  • C V, F, V
  • D F, F, V
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A Lei n° 4.320/1964 estatui normas gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Acerca das disposições da referida lei sobre despesas públicas, assinale a alternativa correta.
  • A A despesa com obra pública é hipótese de despesa corrente
  • B A despesa com material de consumo é hipótese de despesa de capital
  • C A despesa com material permanente é hipótese de despesa corrente
  • D A despesa com juros da dívida pública é hipótese de despesa corrente
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Acerca das disposições constitucionais sobre o orçamento público e as leis orçamentárias, analise as afirmativas abaixo:
I. A lei orçamentária anual compreenderá o orçamento empresarial e o orçamento extrafiscal, referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. II. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. III. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Assinale a alternativa correta.
  • A As afirmativas I, II e III estão corretas
  • B Apenas as afirmativas I e II estão corretas
  • C Apenas as afirmativas II e III estão corretas
  • D Apenas as afirmativas I e III estão corretas
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Sobre SIAFI (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal) e SIOP (Sistema Integrado de Orçamento e Planejamento) analise as afirmativas e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) O SIAFI é o principal instrumento utilizado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Governo Federal.

( ) Os documentos de entrada de dados no SIAFI dividem-se em de natureza orçamentária e financeira.

( ) O SIOP permite o controle da dívida interna e externa.

( ) Tanto o PLPPA (Projeto de Lei do Plano Plurianual), como o PLDO (Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias), e o PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), são elaborados no SIAFI.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.

  • A V, V, F, F
  • B V, F, V, F
  • C F, V, F, V
  • D F, V, V, F
  • E V, V, F, V

Contabilidade Geral

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A empresa XYZ iniciou suas atividades em 01.02.20X e em 31.12 do mesmo ano apresentou os saldos em reais nas seguintes contas, conforme quadro a seguir. Utilize as informações abaixo para responder à questão.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
O Lucro Bruto e o Lucro Líquido apurado na Demonstração de Resultado de 20X foram respectivamente de:
  • A R$ 215.000 e R$ 129.750
  • B R$ 185.000 e R$ 93.750
  • C R$ 215.000 e R$ 99.750
  • D R$ 185.000 e R$ 99.750
12
Utilize os dados abaixo para responder à questão

Uma indústria adquiriu um equipamento a prazo no valor de R$ 300.000.
Outros gastos incorridos no processo de aquisição do equipamento, em R$:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Outros dados:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
O valor da depreciação acumulada no encerramento do exercício, em 31.12.2019 será:
  • A R$ 22.917
  • B R$ 31.000
  • C R$ 25.833
  • D R$ 22.083
13
Utilize os dados abaixo para responder à questão

Uma indústria adquiriu um equipamento a prazo no valor de R$ 300.000.
Outros gastos incorridos no processo de aquisição do equipamento, em R$:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Outros dados:

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
Com relação à contabilização da depreciação, assinale a alternativa correta. 
  • A A depreciação deve ser contabilizada mensalmente, através do seguinte lançamento contábil: Débito: Despesa de Depreciação, Crédito: Depreciação Acumulada
  • B A depreciação deve ser contabilizada anualmente, através do seguinte lançamento contábil: Débito: Despesa de Depreciação, Crédito: Depreciação Acumulada
  • C A depreciação deve ser contabilizada mensalmente, através do seguinte lançamento contábil: Débito: Depreciação Acumulada, Crédito: Despesa de Depreciação
  • D A depreciação deve ser contabilizada anualmente, através do seguinte lançamento contábil: Débito: Depreciação Acumulada, Crédito: Despesa de Depreciação
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De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade, NBC TG Estrutura Conceitual de 21.11.2019, “Passivo é uma obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico como resultado de eventos passados”. Nesse sentido, assinale a alternativa que apresenta apenas contas do Passivo.
  • A Fornecedores, tributos a recolher, clientes e financiamentos
  • B Duplicatas a pagar, salários, tributos a recuperar e adiantamento a fornecedores
  • C Debêntures não conversíveis emitidas, adiantamento de clientes, parcelamento tributário e empréstimos bancários
  • D Despesas antecipadas, obrigações de leasing, provisão para férias e reserva de lucros
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Uma empresa comercial adquiriu mercadorias para revenda no valor de R$ 35.400 já incluído nesse total o valor de R$ 5.400 referente a impostos não recuperáveis. A negociação foi feita da seguinte forma: 30 % à vista e o restante a ser pago através de três parcelas mensais, consecutivas e de igual valor. Assinale a alternativa que apresenta a correta contabilização a ser efetuada pela empresa comercial.
  • A D – Estoques R$ 30.000, D – Impostos não recuperáveis R$ 5.400, C – Caixa R$ 9.000, C – Impostos a recolher R$ 5.400 e C – Fornecedores R$ 21.000
  • B D – Estoques R$ 30.000, D – Impostos não recuperáveis R$ 5.400, C – Caixa R$ 10.620, C – Fornecedores R$ 24.780
  • C D – Estoques R$ 35.400, C – Caixa R$ 10.620, C – Fornecedores R$ 24.780
  • D D – Estoques R$ 35.400, C – Impostos não recuperáveis R$ 5.400, C – Caixa R$ 9.000, C – Fornecedores R$ 21.000
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De acordo com a Norma Brasileira de Contabilidade Técnica Geral (NGBC TG 03) ± Demonstração dos Fluxos de Caixa, em relação a apresentação dos fluxos de caixa das atividades operacionais, analise as alternativas abaixo e assinale a correta.
  • A A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alternativamente o método indireto, segundo o qual, o lucro bruto é ajustado pelos efeitos de transações que envolvem caixa
  • B Pelo método direto, as informações sobre as principais classes de recebimentos e pagamentos líquidos podem ser obtidas dos registros contábeis da entidade
  • C Pelo método indireto, o fluxo de caixa bruto, advindo das atividades operacionais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar
  • D A entidade deve apresentar os fluxos de caixa das atividades operacionais, usando alternativamente o método direto, segundo o qual, as principais classes de recebimentos e pagamentos brutos são divulgadas
  • E A conciliação entre o lucro bruto e o fluxo de caixa líquido das atividades operacionais deve ser fornecida, obrigatoriamente, caso a entidade use o método direto para apurar o fluxo líquido das atividades operacionais
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Atualmente, os livros contábeis obrigatórios podem ser em forma digital e não digital, sendo que em ambos os formatos existem formalidades extrínsecas a serem seguidas. A este respeito, analise as afirmativas abaixo.


I . Ser encadernado e ter as folhas numeradas.

I I . Conter termos de abertura e encerramento devidamente assinados por representante legal da empresa e profissional de contabilidade habilitado.

I I I . Ser sempre autenticados no registro público ou em entidade competente.

IV. Ser assinado digitalmente por representante legal da empresa e profissional de contabilidade habilitado.


Assinale a alternativa correta, que apresenta as formalidades extrínsecas para forma digital e não digital.

  • A I, I I , I I I e IV
  • B I , I I e I I I apenas
  • C I I , I I I e IV apenas
  • D I e I I I apenas
  • E I, I I e IV apenas
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A Empresa Vende Bem Ltda adquiriu R$ 50.000,00 de mercadorias para revenda, contendo ICMS de 18%. O acordo realizado entre as empresas foi de 20% de entrada em cheque e o restante em três vezes sem juros. A contabilização a ser realizada pela Vende Bem Ltda, será:
  • A D - Estoque R$ 50.000,00 C - Fornecedores R$ 50.000,00
  • B D - Estoque R$ 50.000,00 D - ICMS a Recuperar R$ 9.000,00 C - Fornecedores R$ 50.000,00 C - ICMS à Recolher R$ 9.000,00
  • C D - Estoque R$ 41.000,00 D - ICMS a Recuperar R$ 9.000,00 C - Fornecedores R$ 50.000,00
  • D D - Estoque R$ 41.000,00 D - ICMS a Recuperar R$ 9.000,00 C - Caixa R$ 10.000,00 C - Fornecedores R$ 40.000,00
  • E D - Estoque R$ 41.000,00 D - ICMS a Recuperar R$ 9.000,00 C - Banco R$ 10.000,00 C - Fornecedores R$ 40.000,00

Português

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Leia atentamente a seleção de frutas abaixo. Considerando-se a norma culta da Língua Portuguesa e o uso dos acentos ortográficos, assinale a alternativa em que há desvio a essas normas.
  • A Abacaxí.
  • B Açaí.
  • C Cajá.
  • D Maracujá.
20
   Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. 
   Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir.
   Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão.

(MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72)
O texto ilustra a tipologia narrativa e sobre ele pode-se afirmar que:
  • A Edgar Wilson é o narrador personagem que conduz o leitor no percurso apresentado.
  • B há um privilégio da perspectiva de Edgar Wilson em razão da alternância de foco narrativo.
  • C Edgar Wilson apresenta-se ao leitor, exclusivamente, por meio de atributos físicos.
  • D um narrador observador apresenta ao leitor pensamentos e ações de Edgar Wilson.
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   Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. 
   Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir.
   Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão.

(MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72)
Na oração “Edgard fora atraído para esse trecho”(1º§), a forma verbal destacada está flexionada no pretérito mais-que-perfeito do modo indicativo. No contexto em que se encontra, constata-se que ela expressa uma ação:
  • A futura que se relaciona com um fato do passado.
  • B hipotética que poderia ter ocorrido no passado.
  • C passada e anterior a outra ação também passada.
  • D incompleta porque interrompida num momento passado.
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   Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. 
   Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir.
   Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão.

(MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72)
O texto transmite ao leitor um ponto de vista em relação à morte que é apresentada como algo:
  • A involuntário e temível.
  • B contínuo e lamentável.
  • C inconsciente e perverso.
  • D inevitável e recorrente.
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   Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. 
   Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir.
   Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão.

(MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72)
Sabendo que a classe gramatical de uma palavra deve considerar o contexto em que ela se encontra, na frase “Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard.”(1º§), os vocábulos destacados são classificados, respectivamente, como: 
  • A pronome oblíquo e pronome oblíquo.
  • B pronome oblíquo e pronome demonstrativo.
  • C pronome demonstrativo e artigo definido.
  • D artigo definido e pronome oblíquo.
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   Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. 
   Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir.
   Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão.

(MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72)
Em “Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado”(2º§), o conectivo destacado possui um valor semântico. Assinale a alternativa em que foi empregado com sentido diferente desse identificado no trecho. 
  • A O evento ocorrerá desde que todos ajudem.
  • B Desde que você saiu, comecei a estudar.
  • C Moro na mesma casa desde que nasci.
  • D Desde que acordei, não levantei da cama.
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   Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. 
   Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir.
   Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão.

(MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72)
No terceiro parágrafo, há uma construção linguística incomum em “Distrai-se dos voos dos abutres”. Tal estranhamento deve-se a uma alteração de regência e sugere o sentido de que Edgar Wilson:
  • A deixou de prestar atenção nos voos dos abutres.
  • B continuou encantado com os voos dos abutres.
  • C passou a seguir, com cautela, os voos dos abutres.
  • D comprometeu-se com os voos dos abutres.
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   Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. 
   Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir.
   Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão.

(MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72)
Alguns vocábulos deixaram de ser acentuados a partir do Novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa. “Voo” e “colmeia” ilustram essa afirmação. Dentre as palavras abaixo, assinale a alternativa que apresenta a única que ainda deve receber acento gráfico.  
  • A leem.
  • B jiboia.
  • C feiura.
  • D herói.
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   Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. 
   Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir.
   Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão.

(MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72)
Em “Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura.”(3º§), há dois períodos que se relacionam, semanticamente, uma vez que o segundo expressa, em relação ao primeiro, um sentido de: 
  • A finalidade.
  • B causa.
  • C consequência.
  • D alternância.
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   Depois de caminhar por alguns metros, Edgar Wilson percebe ao longe a carcaça de um animal. Segue pela estrada de terra batida, que fica deserta a maior parte do tempo e é usada como atalho pelos motoristas que conhecem bem as imediações. Edgard fora atraído para esse trecho por causa de uma revoada de abutres. Assim como a podridão os atrai, os que se alimentam dela atraem Edgard. Tanto as aves carniceiras quanto ele se valem dos próprios sentidos para encontrar os mortos, e ambas as espécies sobrevivem desses restos não reclamados. 
   Todo nascimento é também um pouco de morte. Edgar já viu algumas criaturas nascerem mortas, outras, morrerem horas depois. Sua consciência sobre o fim de todas as coisas tornou-se aguçada desde que abatia o gado e principalmente agora, ao recolher todas as espécies em qualquer parte. Assim como não teme o pôr do sol, Edgar Wilson entende que não deve temer a morte. Ambos ocorrem involuntariamente num fluxo contínuo. De certa forma, o inevitável lhe agrada. Sentir-se passível de morrer fortalece suas decisões. Não importa o que faça, seja o bem, seja o mal, ele deixará de existir.
   Distrai-se dos voos dos abutres e caminha mais alguns metros em outra direção, para a caveira de uma vaca atirada no meio da estrada. Nota que não foi atropelada. Os ossos estão intactos, nenhum sinal de fratura. O couro foi levemente oxidado, consumido pela exposição climática. Não há sinal de vermes necrófagos ou pequenos insetos a devorá-la. Edgar Wilson inclina ainda mais o corpo ao perceber uma colmeia presa às costelas da vaca. Apanha um galho de árvore caído no chão e cutuca a colmeia, mesmo sabendo que é perigoso. Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua. Diferente do que imaginou, não está podre. Come um pouco do mel. Agradam-lhe as pequenas explosões do favo rompendo em sua boca, algumas lascas muito finas que se prendem entre os molares superiores. Lambe o excesso de mel nos dedos e os limpa no macacão.

(MAIA, Ana Paula. Enterre seus mortos. São Paulo: Companhia das Letras, 2018, p. 71-72)
Considere a passagem abaixo para responder à questão.
“Nada acontece. Cutuca-a com mais força e a colmeia se parte. Não há abelhas. Percebe algo pastoso e brilhante. Leva a mão até a colmeia e arranca um favo de mel. Cheira-o. Toca a ponta da língua.”(3º§)

O ritmo de um texto é construído também por meio de sua estrutura sintática. Na passagem acima, percebe-se que o dinamismo com que os fatos foram apresentados deve-se: 
  • A à recorrência de orações subordinadas substantivas e adjetivas.
  • B ao excesso de orações coordenadas sindéticas e assindéticas.
  • C ao predomínio de períodos simples e presença de orações coordenadas.
  • D à presença reiterada de orações subordinadas adverbiais.