Resolver o Simulado Prefeitura Municipal de Concórdia - Agente Administrativo I - VUNESP - Nível Médio

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Administração Pública

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É correto que a Administração Pública é tudo aquilo que se refere à máquina estatal. A Administração Pública Direta abrange

  • A os poderes executivo e legislativo.
  • B o poder judiciário.
  • C o poder executivo.
  • D os poderes: legislativo e judiciário.
  • E os três poderes: executivo, legislativo e judiciário.
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A burocracia é uma organização que se baseia na separação entre a propriedade e a administração. Os membros do corpo administrativo estão separados da propriedade dos meios de produção. Em outros termos, os administradores da burocracia não são seus donos, acionistas ou proprietários. O dirigente não é necessariamente o dono do negócio ou grande acionista da organização. Com a burocracia, surge o profissional. Os meios de produção, isto é, os recursos necessários para desempenhar as tarefas da organização, não são propriedade dos burocratas. É correto dizer que esse modelo de separação indica a seguinte característica da burocracia:

  • A caráter racional e divisão do trabalho.
  • B impessoalidade nas relações.
  • C hierarquia de autoridade.
  • D competência técnica e meritocracia.
  • E especialização da administração.
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A Administração Direta é caracterizada por: ausência de personalidade jurídica, ausência de patrimônio próprio e capacidade processual excepcional. Como exemplo, na esfera do poder legislativo, pode-se apontar

  • A o Conselho de Contas.
  • B as Secretarias de Estados.
  • C as Secretarias e órgão auxiliares municipais.
  • D o Tribunal de Alçada.
  • E o Superior Tribunal Militar.
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As entidades da Administração Indireta podem adquirir direitos e assumir obrigações por conta própria, não necessitando, para tanto, das pessoas políticas, em decorrência de

  • A possuírem patrimônio próprio.
  • B terem sido criadas por autorização.
  • C terem sido criadas por lei específica.
  • D serem dotadas de personalidade jurídica.
  • E serem vinculadas aos órgãos da administração auxiliar.
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Na organização do trabalho na repartição pública, um dos grandes desafios é a obtenção do aumento da produtividade. Este aumento está relacionado com a eficiência e, portanto, por servidor público produtivo entende-se aquele que consegue realizar suas demandas aproveitando melhor o seu tempo, os recursos disponíveis e as suas habilidades pessoais. Uma das metodologias de organização mais simples para aumento desta produtividade é o Getting Things Done – GTD, baseada em cinco passos básicos. O passo em que são realizadas as anotações, em uma agenda ou bloquinho de anotação, de todas as tarefas a serem desenvolvidas no dia é denominado:

  • A organização.
  • B coleta.
  • C processamento.
  • D revisão.
  • E execução.
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Na administração pública, observa-se uma ordenação vertical de chefias e serviços e que lhe confere o poder de ordenar, coordenar, controlar e, também, corrigir as atividades em seu âmbito interno. Esse poder é o

  • A hierárquico.
  • B vinculado.
  • C organizacional.
  • D distributivo.
  • E decisório.
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As três características mais relevantes da teoria burocrática em administração são:

  • A formalidade; autoridade; e controle.
  • B formalidade; impessoalidade; e profissionalismo.
  • C centralização; participação; e padronização.
  • D informalidade; padronização; e eficiência.
  • E informalidade; impessoalidade; e racionalidade.
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Uma das ações precursoras para o desenvolvimento da administração gerencial no Brasil foi

  • A a criação do DASP – Departamento Administrativo do Serviço Público, em 1936.
  • B o estabelecimento da Assembleia Nacional Constituinte de 1934.
  • C a criação da CLT, em 1943.
  • D o Programa Nacional de Desburocratização, de 1979.
  • E a promulgação da Emenda nº 1, de 1969.
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Os tipos de serviços públicos que possuem usuários determinados e sua utilização pode ser mensurada de maneira individual, podendo, desta forma, ser remunerados por meio da cobrança de taxas ou tarifas, são os

  • A uti singuli.
  • B uti universi.
  • C impróprios do Estado.
  • D próprios dos Estado.
  • E de utilidade pública.
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Especialmente após a promulgação da Constituição de 1988, na Administração Pública, deve-se evitar o desperdício de recursos ao mesmo tempo em que se busca manter e ampliar a qualidade dos serviços prestados à população. Com base nesse raciocínio, os gestores públicos devem se pautar pelo princípio constitucional denominado

  • A Eficácia.
  • B Efetividade.
  • C Accountability.
  • D Legalidade.
  • E Eficiência.

Matemática

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A média aritmética simples das idades das 10 pessoas de um grupo familiar é de 40 anos. Excluindo-se as pessoas com a maior e a menor idades, a média aritmética simples das demais idades é de 38 anos. Se, no grupo das 10 pessoas, a menor idade corresponde à terça parte da maior, então essa menor idade é de

  • A 20 anos.
  • B 22 anos.
  • C 23 anos.
  • D 24 anos.
  • E 25 anos.
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Uma folha de papel, no formato retangular, tem os maio­res lados medindo 3 cm a mais que os menores lados, e área de 378 cm2. Reduzindo-se 1 cm de cada lado, tem­-se nova folha, cuja área será de

  • A 330 cm2.
  • B 340 cm2.
  • C 350 cm2.
  • D 360 cm2.
  • E 370 cm2.
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Um terço de um serviço foi realizado por 5 homens, que trabalharam 6 horas por dia durante 8 dias. O restante desse serviço deverá ser concluído em 10 dias e, para isso, um total de 9 homens trabalharão um mesmo número de horas por dia. Dessa maneira, o número de horas diárias trabalhadas por cada homem, na conclusão desse serviço, será

  • A 5 horas e 20 minutos.
  • B 5 horas e 40 minutos.
  • C 6 horas e 20 minutos.
  • D 6 horas e 40 minutos.
  • E 7 horas e 20 minutos.
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Em um grupo estavam reunidos 20 alunos, entre alunos do segundo ano e alunos do terceiro ano. Todos esses alunos treinaram para uma prova resolvendo uma série de exercícios, de maneira que cada aluno do terceiro ano fez um número de exercícios igual ao total de exercícios feitos pelos alunos do segundo ano. Cada aluno do segundo ano fez 3 exercícios, e o total de exercícios feitos por esses 20 alunos foi igual a 270. Sabendo que no grupo há mais alunos do terceiro ano do que do segundo ano, o total de exercícios feitos pelos alunos do terceiro ano está compreendido entre

  • A 170 e 190.
  • B 190 e 210
  • C 210 e 230.
  • D 230 e 250.
  • E 250 e 270.
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Em um retângulo ABCD, o ponto M divide o lado AD em dois segmentos de mesma medida e o ponto N está sobre o lado BC. Esse retângulo foi dividido em duas regiões, R1 e R2 , por meio de três segmentos, cada um medindo a metade do lado AB, e que são perpendiculares entre si e aos lados do retângulo, conforme mostra a figura.


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Sabendo que a razão entre as medidas dos lados AD e AB é igual a 1,5 e que o perímetro do polígono que delimita a região R1 é igual a 81 cm, a área da região R2 é

  • A 162 cm2 .
  • B 171 cm2 .
  • C 180 cm2 .
  • D 189 cm2 .
  • E 198 cm2 .
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Andreia colheu, ao todo, 100 laranjas e quer distribuí-las para 3 pessoas, sendo que uma delas receberá a quinta parte do total de laranjas colhidas, a outra pessoa receberá a quarta parte do total de laranjas colhidas, e a última pessoa receberá o que restou. Sendo assim, o número de laranjas que a última pessoa receberá é

  • A 40.
  • B 45.
  • C 50.
  • D 55.
  • E 60.
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Em um depósito, há 120 caixas, das quais 3/5 são de papelão, 33 são de plástico e as demais, de madeira. Em relação ao número total de caixas, as de madeira correspondem a:

  • A 7/8
  • B 3/4
  • C 2/5
  • D 1/4
  • E 1/8
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Em uma empresa, 30% dos funcionários têm idade superior a 60 anos e, entre eles, 20% está de licença médica. Dos demais funcionários, apenas 6 estão de licença médica, o que corresponde a 4% do total de funcionários da empresa. O número de funcionários com idade superior a 60 anos que estão de licença médica é

  • A 10.
  • B 9.
  • C 8.
  • D 7.
  • E 6.
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Uma determinada máquina produz 8 m de fio em 3 minutos. O tempo necessário para essa máquina produzir 520 m desse fio será de

  • A 4 horas e 5 minutos.
  • B 3 horas e 40 minutos.
  • C 3 horas e 25 minutos.
  • D 3 horas e 15 minutos.
  • E 2 horas e 50 minutos.
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Para contratar novos funcionários, uma empresa realizou uma prova de seleção para os 80 candidatos interessados. Se a razão do número de candidatos aprovados para o número de candidatos reprovados nessa prova foi 3/5 , então o número de candidatos aprovados foi

  • A 30.
  • B 32.
  • C 35.
  • D 38.
  • E 40.

Português

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Investimento em educação na primeira

infância como “estratégia anticrime”


            James Heckman já era vencedor do Nobel de Economia quando começou a se dedicar ao assunto pelo qual passaria a ser realmente conhecido: a primeira infância (de 0 a 5 anos de idade), sua relação com a desigualdade social e o potencial que há nessa fase da vida para mudanças que possam tirar pessoas da pobreza.

            Em grande parte por causa de seus estudos, o assunto tem ganhado mais atenção nos últimos anos. Heckman concluiu que o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz para o crescimento econômico. Ele calcula que o retorno financeiro para cada dólar gasto é dos mais altos.

            Isso ocorre porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade – atenção, motivação, autocontrole e sociabilidade – necessárias para o sucesso na escola, saúde, carreira e na vida.

            No início dos anos 2000, Heckman começou a se debruçar sobre os dados do Perry Preschool Project, experimento social que mudou a vida de seus participantes. Ele funcionou assim: em 1962, na pequena cidade de Ypslanti, no Estado do Michigan, nos Estados Unidos, 123 alunos da mesma escola foram divididos aleatoriamente em dois grupos. Um deles, com 58 crianças, recebeu uma educação pré-escolar de alta qualidade, e o outro, com 65, não participou das mesmas atividades – este último é o grupo de controle. A proposta era testar se o acesso a uma boa educação infantil melhoraria a capacidade de crianças desfavorecidas de obter sucesso na escola e na vida.

            “O consenso quando comecei a analisar os dados era de que o programa não tinha sido bem-sucedido porque o QI dos participantes era igual ao de não participantes”, lembra ele, anos depois, em conversa com a BBC News Brasil.

            Heckman e colegas resolveram analisar os resultados do experimento por outro ângulo. “Nós olhamos não para o QI, mas para as habilidades sociais e emocionais que os participantes demonstraram em etapas seguintes da vida e vimos que o programa era, na verdade, muito mais bem-sucedido do que as pessoas achavam. Constatamos que os participantes tinham mais probabilidade de estarem empregados e tinham muito menos chance de ter cometido crimes”, diz o economista.

            Sua análise do programa Perry chegou à conclusão de que houve um retorno sobre o investimento de 7 a 10% ao ano, com base no aumento da escolaridade e do desempenho profissional, além da redução dos custos com reforço escolar, saúde e gastos do sistema penal.

(Luiza Franco. BBC News Brasil. 21 de maio de 2019. Adaptado)

Assinale a alternativa em que a frase está correta quanto à concordância verbal e nominal.

  • A Os resultados do experimento de Heckman, conduzido nos Estados Unidos, confirma a tese do pesquisador e ganhador do Nobel de Economia.
  • B O retorno financeiro dos investimentos realizados na primeira infância fazem com que essa estratégia seja economicamente vantajosa.
  • C A diferença entre o QI das crianças participantes e o das não participantes da pesquisa foi quase nulo.
  • D Fazem mais de 50 anos que a pesquisa foi realizada, e ainda hoje os resultados são relevantes para as políticas públicas.
  • E Não é incorreto afirmar que os investimentos em educação na primeira infância têm impactos econômicos relevantes.
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Uma geração de extraterrestres


            Penso que Michel Serres seja a mente filosófica mais aguda na França de hoje e, como todo bom filósofo, é capaz de dedicar-se também à reflexão sobre a atualidade. Uso despudoradamente (à exceção de alguns comentários pessoais) um belíssimo artigo de Serres publicado em março de 2010 que recorda coisas que, para os leitores mais jovens, dizem respeito aos filhos e, para nós, mais velhos, aos netos.

            Só para começar, estes filhos ou netos nunca viram um porco, uma vaca, uma galinha. Os novos seres humanos não estão mais habituados a viver na natureza, e só conhecem as cidades. Trata-se de uma das maiores revoluções antropológicas depois do neolítico* .

            Há mais de sessenta anos, os jovens europeus não conhecem guerras, beneficiam-se de uma medicina avançada e não sofrem como sofreram seus antepassados. Então, que obras literárias poderão apreciar, visto que não conheceram a vida rústica, as colheitas, os monumentos aos caídos, as bandeiras dilaceradas pelas balas inimigas, a urgência vital de uma moral?

            Foram formados por meios de comunicação concebidos por adultos que reduziram a sete segundos o tempo de permanência de uma imagem e a quinze segundos o tempo de resposta às perguntas. São educados pela publicidade que exagera nas abreviações e nas palavras estrangeiras e faz com que percam o senso da língua materna. A escola não é mais o local da aprendizagem e, habituados aos computadores, esses jovens vivem boa parte da sua vida no virtual. Nós vivíamos num espaço métrico perceptível, e eles vivem num espaço irreal onde vizinhanças e distâncias não fazem mais a menor diferença.

            Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as novas exigências da educação. Em todo caso, sua panorâmica nos fala de um período semelhante, pela subversão total, ao da invenção da escrita e, séculos depois, da imprensa. Só que estas novas técnicas hodiernas mudam em grande velocidade. Por que não estávamos preparados para esta transformação?

            Serres conclui que talvez a culpa seja também dos filósofos, que, por profissão, deveriam prever as mudanças dos saberes e das práticas e não o fizeram de maneira suficiente porque, “empenhados na política de todo dia, não viram chegar a contemporaneidade”. Não sei se Serres tem toda razão, mas alguma ele tem.

*Última divisão da Idade da Pedra, caracterizada pelo desenvolvimento da agricultura e a domesticação de animais.

(Umberto Eco. Pape Satàn aleppe: crônicas de uma sociedade líquida.

2 ed. – Rio de Janeiro: Record, 2017. Excerto adaptado)

Considere a passagem do penúltimo parágrafo:


•  Não vou me deter nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de administrar as novas exigências da educação.


Assinale a alternativa em que, com a substituição dos verbos destacados, a redação atende à norma-padrão de regência verbal.

  • A Não vou me demorar das reflexões de Serres acerca das possibilidades de tratar às novas exigências da educação.
  • B Não vou me ocupar para as reflexões de Serres acerca das possibilidades de resolver das novas exigências da educação.
  • C Não vou me prender nas reflexões de Serres acerca das possibilidades de governar das novas exigências da educação.
  • D Não vou me dedicar das reflexões de Serres acerca das possibilidades de cuidar as novas exigências da educação.
  • E Não vou me ocupar com as reflexões de Serres acerca das possibilidades de conduzir as novas exigências da educação.
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Leia o texto, para responder a questão.

China ultrapassa os EUA na produção científica

    Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.
    A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.
    A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.
    É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia. Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

*Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da economia.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml. 31.12.2021. Adaptado)

O autor do texto discute a

  • A disputa acirrada pela hegemonia no desenvolvimento científico, que já compromete o crescimento sustentável dos Estados Unidos.
  • B decadência econômica e científica dos Estados Unidos, cada vez menos relevantes comparados a países como Rússia e China.
  • C evolução da China no campo da produção científica, que ultrapassou as publicações norte-americanas em números absolutos.
  • D produção científica chinesa, que parece caminhar para o mesmo destino da antiga URSS, em vista de decisões políticas equivocadas.
  • E maneira como mudanças profundas no regime político tiveram papel preponderante para o atual avanço científico na China.
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Leia o texto, para responder a questão.

China ultrapassa os EUA na produção científica

    Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.
    A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.
    A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.
    É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia. Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

*Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da economia.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml. 31.12.2021. Adaptado)

Para o autor, embora a produção científica chinesa tenha

  • A atingido bons resultados, eles poderiam ser muito mais expressivos se a análise dos dados não viesse de instituições americanas.
  • B obtido certo avanço, o país vive uma realidade socioeconômica que inviabiliza a manutenção desse quadro de desenvolvimento.
  • C estagnado, a ampliação das liberdades da população poderia reconduzir o país a uma situação sustentável de progressos.
  • D superado em quantidade a norte-americana, estes últimos ainda estariam na dianteira em relação à produção mais importante.
  • E alcançado resultados expressivos, ela só será sustentável se esse avanço for acompanhado de mudanças no regime político do país.
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Leia o texto, para responder a questão.

China ultrapassa os EUA na produção científica

    Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.
    A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.
    A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.
    É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia. Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

*Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da economia.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml. 31.12.2021. Adaptado)

A expressão destacada em negrito na passagem do segundo parágrafo “A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita dos EUA ainda é superior.” estabelece relação com sentido de

  • A consequência.
  • B comparação.
  • C proporção.
  • D condição.
  • E oposição.
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Leia o texto, para responder a questão.

China ultrapassa os EUA na produção científica

    Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.
    A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.
    A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.
    É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia. Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

*Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da economia.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml. 31.12.2021. Adaptado)

Para o autor, a posição defendida por economistas de que a ausência de instituições políticas livres compromete a prosperidade econômica

  • A mostra-se acertada, dada a dificuldade que a China já demonstra para conseguir manter o crescimento vigoroso de sua economia.
  • B é refutável, já que as barreiras ao progresso científico são da mesma natureza em ditaduras e em nações em que se tem liberdade.
  • C é equivocada, ao vaticinar que, via de regra, a prosperidade econômica de uma nação demandaria inovação científica permanente.
  • D despreza o fato de que, justamente por se tratar de regimes fechados, os dados econômicos de tais países não refletem a realidade.
  • E é discutível, sendo possível a um governo conceder liberdades apenas o suficiente para manter a produção econômica e científica.
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Leia o texto, para responder a questão.

China ultrapassa os EUA na produção científica

    Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.
    A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.
    A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.
    É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia. Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

*Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da economia.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml. 31.12.2021. Adaptado)

A forma verbal destacada na frase “Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados” exprime a ideia de possibilidade, assim como a forma verbal destacada em:

  • A Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica.
  • B ... o que faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem.
  • C Isso ocorre porque a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações...
  • D ... não asseguram a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.
  • E Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica.
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Leia o texto, para responder a questão.

China ultrapassa os EUA na produção científica

    Pela primeira vez, a China superou os EUA em produção científica. Em 2020, instituições chinesas publicaram 788 mil artigos contra 767 mil das americanas. É possível relativizar esse dado.
    A China tem uma população quatro vezes maior que a americana, de modo que a produção per capita dos EUA ainda é superior. A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel quanto os EUA, o que faz supor que, nas áreas mais relevantes, os americanos liderem. Tudo isso é verdade, mas o fato é que a ciência chinesa vem evoluindo de forma robusta. Nada indica que um apagão esteja próximo.
    A questão é relevante para os economistas liberais, particularmente os da escola institucionalista*. Para eles, o crescimento sustentável só é possível quando as instituições políticas de um país são inclusivas e seus cidadãos gozam de liberdade para decidir o que farão de suas vidas e recursos. Isso ocorre porque a prosperidade duradoura depende de um fluxo constante de inovações, que resulte em ganhos de produtividade. Ainda segundo os institucionalistas, regimes autoritários, como o chinês, não asseguram a liberdade necessária para que ciência e tecnologia se desenvolvam.
    É possível que tais economistas tenham razão e que a China, por um déficit de liberdade, não consiga manter o ritmo. Já vimos ditaduras colapsarem porque ficaram para trás na corrida tecnológica. O caso mais notório é o da URSS, que, embora tenha chegado a liderar a ciência espacial, não foi capaz de manter-se competitiva em outras áreas, com reflexos na economia. Mas não dá para descartar a hipótese de que os institucionalistas estejam errados. Não me parece em princípio impossível para um regime assegurar as liberdades necessárias para manter a ciência e a economia funcionando sem estendê-las à política. Ditaduras podem se reinventar.

*Corrente de pensamento econômico que analisa o papel instituições para o comportamento da economia.

(Hélio Schwartsman. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/helioschwartsman/2021/12/china-ultrapassa-os-eua-na-producao-cientifica.shtml. 31.12.2021. Adaptado)

Substituindo-se a expressão destacada por um pronome, a frase “A China também não tem ganhado tantos prêmios Nobel...” atende à norma-padrão de uso e de colocação dos pronomes em:

  • A A China também não os tem ganhado...”
  • B A China também não tem-lhes ganhado...”
  • C A China também não tem ganhado-lhes...”
  • D A China também não tem ganhado-os...”
  • E A China também não lhes tem ganhado...”
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Leia o texto, para responder a questão.

Direto da Zona Fantasma

    Leio que a TV a cabo será o novo telefone fixo. Má notícia para os que, como eu, ainda veem nela uma alternativa aos programas de auditório que infestam a TV aberta. O telefone fixo, por sua vez, já é um fóssil paleozoico contemporâneo.            
    Nada como o avanço da tecnologia para redefinir as relações sociais. Há décadas na praça, acumulei uma razoável quantidade de amigos com quem continuei mais ou menos em contato pelos canais convencionais – telefone, e-mail, telegrama, uma ou outra carta e, em caso de viagem, o querido cartão postal. Mas todos esses amigos devem ter se mudado para a Zona Fantasma, porque telegramas, cartas e cartões postais são coisas que não recebo há 20 anos. E só agora me dou conta de que também não os envio, donde, para eles, já devo ter sido despachado, idem, para a Zona Fantasma.
    Estamos aprendendo a dispensar coisas que até há pouco eram corriqueiras no cotidiano. Faz tempo que, por falta de ofertas, não compro um CD ou DVD. Por sorte, ainda tenho milhares, mas não sei até quando existirá equipamento para tocá-los.
    Há pouco, na rua, perguntei as horas a uma jovem com um relógio de pulso. Em vez de consultá-lo, ela tirou do bolso um celular e olhou para a tela. Eram 9h30. Seu relógio deve estar na categoria de seus brincos e pulseiras.

(Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2022/01/ direto-da-zona-fantasma.shtml/. 30.01.2022. Adaptado)

No texto, o autor trata

  • A da obsolescência da TV aberta, que vem perdendo direito de transmissão inclusive de programas de auditório.
  • B do avanço da tecnologia, destacando a forma como tal evolução o reaproximou de antigos amigos.
  • C da opção pessoal por adotar a tecnologia em substituição ao antigo hábito de se comunicar por cartas.
  • D das mudanças no que diz respeito à forma como nos relacionamos com objetos de uso cotidiano.
  • E do descaso com que pessoas sem habilidade com a tecnologia são tratadas, especialmente pelos mais jovens.
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Leia o texto, para responder a questão.

Direto da Zona Fantasma

    Leio que a TV a cabo será o novo telefone fixo. Má notícia para os que, como eu, ainda veem nela uma alternativa aos programas de auditório que infestam a TV aberta. O telefone fixo, por sua vez, já é um fóssil paleozoico contemporâneo.            
    Nada como o avanço da tecnologia para redefinir as relações sociais. Há décadas na praça, acumulei uma razoável quantidade de amigos com quem continuei mais ou menos em contato pelos canais convencionais – telefone, e-mail, telegrama, uma ou outra carta e, em caso de viagem, o querido cartão postal. Mas todos esses amigos devem ter se mudado para a Zona Fantasma, porque telegramas, cartas e cartões postais são coisas que não recebo há 20 anos. E só agora me dou conta de que também não os envio, donde, para eles, já devo ter sido despachado, idem, para a Zona Fantasma.
    Estamos aprendendo a dispensar coisas que até há pouco eram corriqueiras no cotidiano. Faz tempo que, por falta de ofertas, não compro um CD ou DVD. Por sorte, ainda tenho milhares, mas não sei até quando existirá equipamento para tocá-los.
    Há pouco, na rua, perguntei as horas a uma jovem com um relógio de pulso. Em vez de consultá-lo, ela tirou do bolso um celular e olhou para a tela. Eram 9h30. Seu relógio deve estar na categoria de seus brincos e pulseiras.

(Ruy Castro. https://www1.folha.uol.com.br/colunas/ruycastro/2022/01/ direto-da-zona-fantasma.shtml/. 30.01.2022. Adaptado)

A frase “O telefone fixo, por sua vez, já é um fóssil paleozoico contemporâneo.” é empregada pelo autor para expressar a ideia de que, no tempo atual,

  • A as pessoas ainda apreciam o telefone fixo.
  • B a dependência do telefone fixo persiste.
  • C o telefone fixo é um objeto antiquado.
  • D o telefone fixo conseguiu reinventar-se.
  • E o fim do uso do telefone fixo é injustificável.