Resolver o Simulado Auxiliar Pericial - AOCP - Nível Médio

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Criminalística

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Com base na seguinte situação hipotética, responda a questão.


Durante um levantamento de local de homicídio, o cadáver de uma mulher foi encontrado em uma varanda ao lado de uma mesa. A morte, aparentemente, ocorreu por asfixia por constrição do pescoço na modalidade esganadura. Sobre a mesa havia uma garrafa de vinho parcialmente consumida e duas taças, uma das quais estava com manchas de batom. 

É provável que impressões dígito-papilares estejam presentes na superfícies externa da garrafa e das taças. Sobre o levantamento papiloscópico nesses objetos, assinale a alternativa correta.
  • A Sendo a superfície desses objetos porosa, o ideal seria revelar tais impressões utilizando ninidrina.
  • B Pós reveladores e aplicadores, como pincéis, mostrariam-se adequados para a revelação desses vestígios.
  • C As impressões dígito-papilares nessas superfícies, se presentes, serão visíveis, não carecendo de revelação de qualquer natureza para levantamento e análise.
  • D Apesar de amplamente utilizadas no levantamento de impressões reveladas, fitas adesivas devem ser evitadas, pois resultam em impressões deformadas e inanalisáveis.
  • E É importante coletar as impressões digitais da vítima para exclusão, sendo os ésteres de cianoacrilato os compostos mais adequados para esse fim.
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A Criminalística pode ser definida como
  • A uma disciplina autônoma, integrada pelos diferentes ramos do conhecimento técnico-científico, auxiliar e informativa das atividades policiais e judiciárias de investigação criminal, tendo por objeto o estudo dos vestígios materiais extrínsecos à pessoa física, no que tiver de útil à elucidação e à prova das infrações penais e, ainda, à identificação dos autores respectivos.
  • B a parte da jurisprudência que tem por objeto o estabelecimento de regras que dirigem a conduta do perito e na forma que lhe cumpre dar às suas declarações verbais ou escritas.
  • C o conjunto de conhecimentos médicos e paramédicos destinados a servir ao Direito, cooperando na elaboração, na interpretação e na execução dos dispositivos legais, no campo de ação da ciência aplicada.
  • D o ramo das ciências que se ocupa em elucidar as questões da administração da justiça civil e criminal que podem ser resolvidas somente à luz dos conhecimentos médicos.
  • E a área do direito penal que se ocupa da doutrina criminal envolvida na elucidação material do fato, sendo prescindível à elucidação de crimes que deixam vestígios e regida por leis jurídicas e ritos processuais rígidos e imutáveis e cujos resultados e apontamentos são de origem empírica, ambígua e inextricável.
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Considere o texto a seguir e responda a questão.


“O início efetivo do uso de vestígios das impressões digitais na cena do crime ocorreu quando Juan Vucetich Kovacevich resolveu, em 1892, juntamente com Eduardo M. Alvaréz, o caso Teresa Francisca Rojas, na cidade de Necochea, Argentina (...). Nesse caso, Francisca, que acusava um vizinho pela morte de seus dois filhos (...), acabou presa e condenada como autora do crime depois que marcas de impressões digitais compatíveis com as suas, produzidas em sangue, foram coletadas na cena do crime.”

(extraído de Figini, A.R.L. et al. 2012. Criminalística, Impressões Digitais e o Local de Crime In Figini, A.R.L. (org.). Datiloscopia e revelação de impressões digitais. Millennium Editora, Campinas, SP).

Com base nas informações constantes no texto, assinale a alternativa que apresenta a categoria de impressões dígito-papilares mencionadas.
  • A Impressões latentes.
  • B Impressões visíveis.
  • C Impressões invisíveis.
  • D Impressões plásticas.
  • E Impressões padrões.
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Considere o texto a seguir e responda a questão.


“O início efetivo do uso de vestígios das impressões digitais na cena do crime ocorreu quando Juan Vucetich Kovacevich resolveu, em 1892, juntamente com Eduardo M. Alvaréz, o caso Teresa Francisca Rojas, na cidade de Necochea, Argentina (...). Nesse caso, Francisca, que acusava um vizinho pela morte de seus dois filhos (...), acabou presa e condenada como autora do crime depois que marcas de impressões digitais compatíveis com as suas, produzidas em sangue, foram coletadas na cena do crime.”

(extraído de Figini, A.R.L. et al. 2012. Criminalística, Impressões Digitais e o Local de Crime In Figini, A.R.L. (org.). Datiloscopia e revelação de impressões digitais. Millennium Editora, Campinas, SP).

Impressões dígito-papilares em sangue, como as de Teresa Francisca Rojas, citadas no texto, devem ser levantadas:
  • A mediante fotografia direta, uma vez que os desenhos digitais são evidentes nessa situação.
  • B por meio de pós e pinceis aplicadores e superfícies adesivas adequadas.
  • C mediante revelação por processos químicos, exceto pelo uso de ninidrina e amido black.
  • D com aquecimento de ésteres de cianoacrilato, seguindo da aplicação de pós contrastantes.
  • E borrifando nitrato de prata após tratamento com iodo e coletando a impressão revelada mediante levantadores articulados.
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Preencha as lacunas e assinale a alternativa correta.


____________, ao postular que “todo contato deixa uma marca”, consagrou o Princípio____________, aplicável nas perícias de locais de crime e que, diante da doutrina da criminalística brasileira, ficou também conhecido como Princípio____________.

  • A Edmond Locard / da Transferência / da Observação
  • B Hans Gross / da Troca / Fundamental da Criminalística
  • C Alexandre Lacassagne / do Contato / da Análise
  • D Paul Kirk / da Troca / da Interpretação
  • E James T. Kirk / do Espaço / da Iniciativa

Medicina Legal

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Com base na seguinte situação hipotética, responda a questão.


Durante um levantamento de local de homicídio, o cadáver de uma mulher foi encontrado em uma varanda ao lado de uma mesa. A morte, aparentemente, ocorreu por asfixia por constrição do pescoço na modalidade esganadura. Sobre a mesa havia uma garrafa de vinho parcialmente consumida e duas taças, uma das quais estava com manchas de batom. 

Considerando a modalidade de asfixia apresentada, o responsável pelo levantamento do local deve buscar
  • A a corda ou o objeto que pudesse ter sido utilizado como laço na constrição do pescoço da vítima.
  • B a região em que a corda ou instrumento constritor foi amarrada para que o peso da própria vítima tracionasse o laço.
  • C marcas ungueais ao redor do pescoço da vítima, corroborando a hipótese de esganadura.
  • D sulco oblíquo, ascendente e interrompido ao nível do nó, ao redor do pescoço da vítima.
  • E vultosas manchas de sangue no local, uma vez que esganaduras tendem a se caracterizar pela intensa hemorragia pelas vias aéreas superiores.
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Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.


Na perícia relacionada a um crime alusivo à subtração de coisa alheia móvel, sem emprego de violência ou grave ameaça, o levantamento de local visa avaliar uma série de informações relevantes à investigação e à justiça. Sobre essa temática, pertinente à perícia em crimes contra o patrimônio, são finalidades desse tipo de exame:


I. verificar se o evento ocorreu mediante rompimento de obstáculo.

II. avaliar a possibilidade de o acesso ter ocorrido por meio de escalada.

III. apontar se o crime foi cometido com emprego de veneno.

IV. averiguar se uma chave falsa poderia ter sido empregada.

V. apurar a eventualidade de o crime ter sido praticado durante o repouso noturno.

  • A Apenas II, III e V.
  • B Apenas I, III e IV.
  • C Apenas I, II, IV e V.
  • D Apenas III, IV e V.
  • E Apenas II, III, IV e V.
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Durante a perícia em um caso de homicídio, ocorrido em uma via pública, o responsável solicita ao auxiliar que observe o local e aponte vestígios de interesse forense considerando o caso. O cadáver, ainda no local, foi analisado preliminarmente, tendo sido identificadas lesões provocadas por arma branca. Assinale a alternativa que NÃO apresenta, nessa situação e relacionado ao caso, vestígios que o auxiliar mencionaria.
  • A Os danos no tecido do vestuário da vítima em compatibilidade com as lesões pérfuroincisas.
  • B Um automóvel estacionado a alguns metros do cadáver juntamente com outros veículos.
  • C Manchas de sangue próximas ao corpo formadas por espargimento arterial.
  • D Uma faca situada nas redondezas e compatível com o instrumento causador das lesões.
  • E Uma adaga com impressões digitais latentes na empunhadura.
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Segundo a INTERPOL 2014, assinale a alternativa que apresenta métodos primários de identificação humana.
  • A Tatuagens, DNA e registros dentais.
  • B Antropometria, datiloscopia e reconhecimento.
  • C Reconstrução facial, DNA e datiloscopia.
  • D Datiloscopia, DNA e registros dentais.
  • E Altura, estatura e idade.
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É INCORRETO afirmar que a Odontologia Legal é uma Especialidade que
  • A atua nos fenômenos psíquicos, químicos, físicos e biológicos que atingem somente o homem morto.
  • B tem sua atuação definida na Resolução nº 63, de 8 de abril de 2005, do Conselho Federal de Odontologia (CFO).
  • C atua na análise, perícia e avaliação de eventos relacionados à área de competência do cirurgião-dentista, podendo, dependendo das circunstâncias, estender-se para outras áreas do corpo humano, em busca da verdade e/ou pelo interesse da justiça.
  • D atua em perícias cíveis, criminais, trabalhistas, administrativas e previdenciárias.
  • E tem como exemplos de áreas de competência a balística forense, a deontologia odontológica, a tanatologia forense e a identificação humana.
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Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta em que ocorrem os períodos de fenômenos transformativos destrutivos.
  • A Coliquativo; coloração; gasoso; esqueletização.
  • B Coliquativo; gasoso; coloração; esqueletização.
  • C Coloração; coliquativo; gasoso; esqueletização.
  • D Coloração; gasoso; coliquativo; esqueletização.
  • E Gasoso; coloração; coliquativo; esqueletização.
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Dois trabalhadores brigaram no serviço, trocando socos e pontapés, o que resultou em contusões recíprocas. Após duas semanas, ambos estavam bem e retornaram ao trabalho normalmente, voltando ao convívio amistoso. Nesse caso, sob o ponto de vista médico-legal, é correto afirmar que
  • A não houve lesão corporal, pois contusões não se enquadram como lesões.
  • B houve lesão corporal.
  • C lesão corporal é um diagnóstico subjetivo, que depende da queixa da vítima.
  • D lesões apenas externas não configuram lesão corporal.
  • E como as lesões foram leves e os envolvidos logo se restabeleceram, sem sequela, não houve lesão corporal.
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Um indivíduo está fazendo uma conexão clandestina na rede elétrica quando, repentinamente, recebe uma descarga elétrica fatal. Esse tipo de morte é designado
  • A fulguração.
  • B fulminação.
  • C choque cardiogênico.
  • D eletroplessão.
  • E choque elétrico fulminante.
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O que são livores cadavéricos ou manchas de hipóstase?
  • A São manchas esbranquiçadas nos pulmões dos afogados, devido à diluição do sangue.
  • B São manchas puntiformes escuras na pleura visceral, também conhecidas como manchas de Tardieu.
  • C São a coloração que aparece nas regiões mais baixas do cadáver, em consequência da deposição do sangue.
  • D São a cianose acentuada que ocorre na cabeça dos estrangulados.
  • E São a coloração azulada da pele e das mucosas, resultante da anóxia.
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Morte violenta é aquela
  • A causada apenas por trauma mecânico.
  • B causada por agente externo.
  • C decorrente de dor e sofrimento.
  • D sem assistência médica.
  • E sem causa diagnosticada e que requer necropsia.

Português

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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Sobre “que” e “se” nos excertos a seguir, assinale a alternativa correta.
  • A Em “[...] como se queríamos ser astronautas [...]”, “se” indica que o sujeito é indeterminado.
  • B Em “[...] ou se tornar diretor de cinema em Hollywood [...]”, “se” faz parte de um verbo pronominal.
  • C Em ‘[...] pensar naquilo que não queremos.”, “que” é uma partícula de realce.
  • D Em “[...] definir objetivos que nos animem.”, “que” é uma conjunção integrante que introduz o complemento de “objetivos”.
  • E Em “Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente [...]”, “que” retoma “fantasia”, podendo ser substituído por um pronome relativo flexionado no feminino.
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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

A partir da leitura do texto, é correto afirmar que
  • A a dúvida sobre o que se quer surge nos momentos em que as pessoas não conseguem discernir sonhos de fantasias.
  • B seu propósito principal é discutir os motivos pelos quais as pessoas têm dificuldade em definir objetivos.
  • C a constatação de que as pessoas não sabem o que querem é resultado de uma pesquisa acadêmica feita pela autora.
  • D uma forma de definir um objetivo é recuperar um sonho da adolescência e buscar realizálo como ele foi concebido originalmente.
  • E no processo de definição de objetivos, pensar sobre o que não se quer é tão útil quanto pensar sobre que se quer.
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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Sobre os recursos linguísticos utilizados na estruturação do texto, assinale a alternativa correta.
  • A Os exemplos fornecidos pela autora têm a finalidade de comprovar seus argumentos em defesa das vantagens em se ter sonhos e objetivos.
  • B O uso frequente da primeira pessoa do plural contribui para o alto grau de formalidade do texto.
  • C As perguntas feitas no texto estabelecem um diálogo com o leitor, com o fim de fazê-lo refletir e buscar respostas para os questionamentos propostos.
  • D O texto apresenta a seguinte estrutura: introdução, em que o tema central é contextualizado; desenvolvimento, em que são dados argumentos para a defesa da tese; conclusão, em que as informações principais são retomadas resumidamente.
  • E O texto é construído majoritariamente por períodos simples, com o intuito de tornar a leitura mais fluida e de fácil compreensão.
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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Assinale a alternativa em que os verbos em destaque NÃO formam uma locução verbal.
  • A “É o que tenho observado em muitas pessoas [...]”.
  • B “[...] não devemos confundir nossos sonhos com fantasias”.
  • CPode ser mais ou menos ambicioso [...]”.
  • DAprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos [...]”.
  • E “Talvez tenham ficado um pouco desatualizados [...]”.
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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Quais são as figuras de linguagem presentes nos excertos “Os velhos sonhos atuam como faróis [...]” e “[os velhos sonhos] não são cartas de navegação [...]”, respectivamente?
  • A Comparação e metáfora.
  • B Metáfora e comparação.
  • C Analogia e metonímia.
  • D Metáfora e símile.
  • E Símile e comparação.
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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Assinale a alternativa em que a colocação do pronome em destaque pode ser alterada.
  • A “[...] recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem.”.
  • B “[...] quando nos deparamos com um fracasso [...]”.
  • C “Um sonho é um projeto que nos anima [...]”.
  • D “[...] podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade [...]”.
  • E “Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar [...]”.
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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Quanto aos elementos de coesão empregados no texto, assinale a alternativa INCORRETA.
  • A Em, “Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias.”, o termo em destaque contribui para a ordenação do texto.
  • B Em “ uma fantasia é algo que vive em nossa mente [...]”, o termo em destaque sinaliza um contraste entre sonho e fantasia.
  • C Em “[...] o problema é que não sabemos o que queremos.”, o termo em destaque se refere à ação de buscar objetivos, mencionada no período anterior, a qual é vista pela autora como algo negativo.
  • D Em “Talvez este exercício não seja tão atraente [...]”, o termo em destaque retoma a informação “pensar naquilo que não queremos”.
  • E Em “Mais uma vez, isso funciona como farol [...]”, o termo em destaque faz referência ao excerto “[...] refletir sobre com quem gostaríamos de parecer [...]”.
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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Qual é a relação de sentido estabelecida entre os períodos “O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar [...]”?
  • A Condição.
  • B Explicação.
  • C Contraste.
  • D Dúvida.
  • E Exemplificação.
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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

A respeito das seguintes expressões destacadas, assinale a alternativa correta.
  • A Em “Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos.”, a expressão em destaque é um advérbio de frequência.
  • B Em “Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação [...]”, a expressão em destaque é uma conjunção aditiva.
  • C Em “Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia [...]”, a expressão em destaque funciona como um advérbio de modo.
  • D Em “Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los.”, a expressão em destaque atua como uma conjunção consecutiva.
  • E Em “Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro [...]”, a expressão em destaque tem caráter interjetivo.
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COMO DEFINIR OBJETIVOS QUANDO NÃO SABEMOS O QUE QUEREMOS

Pilar Jericó - 11 MAI 2021


    Somos estimulados a sonhar, a buscar objetivos e a nos orientar em direção ao que desejamos. Às vezes, o problema é que não sabemos o que queremos. É o que tenho observado em muitas pessoas, até em mim mesma. A dúvida aparece quando terminamos uma etapa, como concluir alguns estudos ou finalizar um trabalho. Também surge quando estamos cansados de uma determinada situação, quando temos de nos reinventar devido às circunstâncias ou quando nos deparamos com um fracasso ou um contratempo. [...] Um pequeno exercício de reflexão pode nos ajudar a recuperar sonhos e a definir objetivos que nos animem. Vejamos algumas dicas práticas.

    Primeiro, não devemos confundir nossos sonhos com fantasias. Um sonho é um projeto que nos anima, como estudar algo novo, comprar um carro ou ter um filho. Pode ser mais ou menos ambicioso, mas nos impulsiona a nos esforçar para conseguir realizá-lo. Já uma fantasia é algo que vive em nossa mente, que gostamos de imaginar, mas que, no fundo, sabemos que nunca vamos dedicar muita energia para alcançá-lo. [...] Dar a volta ao mundo, viver nas ilhas paradisíacas do Pacífico ou se tornar diretor de cinema em Hollywood poderiam ser alguns exemplos. Aprender a diferenciar os sonhos das fantasias nos faz ser honestos conosco mesmos e nos alivia da pressão de conseguir estas últimas, das quais, insistimos, não necessitamos. 

    [...] Quando não sabemos o que queremos ou não temos um sonho claro, podemos fazer várias coisas. Por um lado, podemos recuperar sonhos do passado como forma de inspiração. A adolescência é uma época muito frutífera de ideias. Valeria a pena lembrar do que gostávamos ou o que nos animava. O objetivo não é realizar os sonhos ao pé da letra. Talvez tenham ficado um pouco desatualizados ou, simplesmente, sejam impossíveis de alcançar, como se queríamos ser astronautas e agora temos 40 anos. Os velhos sonhos atuam como faróis, não são cartas de navegação, daí a importância de recuperá-los. Retomando o exemplo anterior do astronauta, obtemos informações sobre nós mesmos. Com esse exercício simples, lembramos que gostávamos de aventuras ou de estudar as estrelas. Dessa forma, podemos nos matricular em um curso de astronomia, comprar um telescópio ou acessar os recursos da NASA para conhecer mais a respeito. E você, o que gostava de fazer quando era mais jovem? O que pode extrair daquilo? 

    Outra forma de nos orientarmos é pensar naquilo que não queremos. Talvez este exercício não seja tão atraente quanto imaginar a si mesmo no futuro, mas é um passo válido. O que eu quero parar de fazer? Pode ser no âmbito pessoal ou profissional, como evitar me irritar por alguma coisa, não continuar neste trabalho ou manter uma amizade.

    Quando estamos em uma dúvida profunda sobre o que fazer ou quais são nossos sonhos, temos outra opção: refletir sobre com quem gostaríamos de parecer, mesmo que seja um personagem de ficção. Mais uma vez, isso funciona como farol, mas volta a nos dar pistas sobre nós mesmos. Com este exercício, podemos tirar conclusões que nos ajudem a aterrissar na realidade e a definir objetivos concretos.

Adaptado de: https://brasil.elpais.com/estilo/2021-05-11/como-definir-objetivos-quando-nao-sabemos-o-que-queremos.html. Acesso em: 14 mai. 2021.

Em relação à estrutura e à formação de algumas palavras utilizadas no texto, assinale a alternativa correta.
  • A Os verbos “reinventar”, ”recuperar” e “retomando” são formados por composição, com o radical “re” significando repetição.
  • B A palavra “contratempo” é formada a partir da junção de um sufixo a um radical.
  • C Tanto “desatualizados” quanto “impossíveis” possuem um prefixo com sentido de negação.
  • D As palavras “simplesmente” e “atraente” são formadas por um radical + sufixo “-ente”.
  • E Na palavra “aterrissar” o prefixo “a” possui sentido de negação ou privação, como em “anemia” (falta de sangue).