Resolver o Simulado Secretaria da Educação do Estado de Goiás (SEDUC-GO) - Professor - Matemática - Nível Superior

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Português

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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Quanto à flexão verbal, assinale a alternativa que apresenta uma passagem do texto, retirada do 8º parágrafo, com verbo no pretérito maisque-perfeito do modo indicativo:

  • A “Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, (...)”.
  • B “(...) ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos.”.
  • C “Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, (...)”.
  • D “A visita não era de todo desagradável, (...)”.
  • E “(...) desde que a doença deixara de ser assunto.”.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Há um uso adequado do acento grave indicativo de crase apenas na opção:

  • A Não me dirigi à ela nem à ninguém durante a reunião.
  • B Os viajantes chegaram bem àquele território inóspito.
  • C Não costumo comprar nada à prazo.
  • D Ela se referiu à uma heroína do século XIX.
  • E Por causa da promoção, os produtos estavam orçados à partir de 1,99.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

O vocábulo corretamente grafado está presente na alternativa:

  • A Pretencioso.
  • B Inadmiscível.
  • C Sisudez.
  • D Enxarcado.
  • E Xávena.
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Texto


        A Guiné Equatorial confirmou o seu primeiro surto de febre hemorrágica de Marburg, doença causada pelo vírus de Marburg. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até aquela data foram contabilizadas nove mortes mais 16 casos suspeitos com sintomas como febre, fadiga e vômito com sangue e diarreia.

         Autoridades de saúde do país enviaram amostras ao laboratório de referência do Instituto Pasteur no Senegal, com ajuda da OMS, para determinar a origem do surto. Das oito amostras testadas, uma deu positivo para o vírus.

       Segundo a OMS, há várias investigações em andamento. Existem equipes nos distritos afetados para rastrear contatos, isolar e fornecer assistência médica às pessoas que apresentam sintomas da doença. A organização, em colaboração com forças nacionais da Guiné Equatorial, também colocou esforços para montar rapidamente uma resposta de emergência e controle do surto.

       A doença causada pelo vírus de Marburg é rara, porém mortal. Ela tem taxa de letalidade de até 88%, mas com os cuidados adequados ao paciente, pode cair para até 24%. Em comparação, a taxa do Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, chegou a 14% no auge da pandemia. A do vírus do Ebola, que já variou de 25% a 90%, hoje tem média de 50%. Isso torna o vírus de Marburg um dos mais letais do mundo. Capaz de atingir humanos e outros primatas, ele pertence à família Filoviridae, a mesma do vírus do Ebola – e causa sintomas similares: a doença começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça e mal-estar intensos. Dentro de sete dias, muitos pacientes já desenvolvem sintomas hemorrágicos graves.

       O vírus é altamente infeccioso, e pode ser transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutas, ou se espalhar entre os humanos por meio do contato direto com fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.

     O intervalo da infecção até o início dos sintomas, chamado de período de incubação, varia de 2 a 21 dias. Além dos sintomas já citados, dores musculares também são uma característica comum. Diarreia intensa, dor abdominal e cólicas, náuseas e vômitos podem começar no terceiro dia.

    Muitos pacientes desenvolvem quadros hemorrágicos graves entre o quinto e o sétimo dia – casos fatais costumam apresentar sangramento generalizado. O sangue fresco no vômito e nas fezes costuma ser acompanhado de sangramento nasal, gengival e vaginal.

      Em casos fatais, a morte ocorre mais frequentemente entre 8 e 9 dias após o início dos sintomas, geralmente precedida por intensa perda de sangue.

      O nome Marburg é em referência à cidade em que foi identificado um dos primeiros surtos da doença. Em 1967, grandes surtos simultâneos atingiram três cidade: Belgrado (Sérvia), Frankfurt (Alemanha) e, a pouco menos de 100 quilômetros ao norte dali, a também alemã Marburg.

   O problema começou quando trabalhadores de laboratório foram expostos a macacos infectados trazidos de Uganda. Os pesquisadores passaram a doença para médicos e familiares, resultando em 31 pessoas infectadas e sete mortes.

       Apesar do início na Europa, a maioria dos casos ao longo dos anos se restringiu à África. Há relatos de surtos e casos esporádicos em Angola, República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e em Uganda – neste último, em 2008, houve registro de dois casos independentes de viajantes que visitaram uma caverna habitada por colônias de morcegos.

    O mais indicado é tomar cuidado com áreas de morcegos frugívoros. Durante pesquisas ou visitas turísticas em minas ou cavernas habitadas por morcegos do tipo, as pessoas devem usar luvas e outras roupas de proteção adequadas. Detalhe: a espécie de morcego atribuída à propagação do vírus, a Rousettus aegyptiacus, só é encontrada na África e em algumas partes da Ásia. 

       Outra medida importante é reduzir o risco de transmissão entre pessoas via fluidos corporais. É melhor evitar contato físico próximo com pacientes suspeitos, e luvas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar de doentes em casa. Além de, é claro, sempre lavar as mãos.

     É pouco provável que o surto da Guiné Equatorial se torne uma pandemia tão disseminada quanto a da Covid-19. Os sintomas do vírus de Malburg aparecem em poucos dias e, rapidamente, levam o paciente a um quadro grave (e um possível óbito). Dessa forma, não dá tempo para que ele se espalhe e infecte muitas pessoas, como fez o SarsCoV-2 (e como faz o vírus da gripe, que tem uma taxa de letalidade baixa e se dissemina rapidinho).

       Mesmo assim, é bom ficar alerta – afinal, viajantes podem levar o vírus para outros países – e acompanhar a resposta à doença, que, até agora, tem sido positiva.
 
   “Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pôde atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, afirma o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS na África. 


CAPARROZ, Leo. O que é o Vírus de Marburg que teve surto
confirmado pela OMS. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/saude/o-que-e-o-virus-de-marburgque-teve-surto-confirmado-pela-oms/>. Último acesso em 18
fev. 2023. (Adaptado)

A palavra ‘surto’ pode ser empregada não somente como substantivo, referente à doença local que se dissemina rapidamente, mas também como verbo no presente do indicativo na primeira pessoa do singular do verbo ‘surtar’. 
A esse fenômeno linguístico dá-se o nome de:

  • A Paronímia.
  • B Sinonímia.
  • C Polissemia.
  • D Homonímia.
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O Cérebro do Futuro

Por Luah Galvão

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

(Disponível em: https://exame.com/colunistas/o-que-te-motiva/o-cerebro-do-futuro-no-olhar-de-daniel-pink/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Assinale a alternativa que indica a correta função sintática do termo sublinhado no trecho a seguir: “passado, presente e futuro se misturam sempre em um constante direcionar de nossas vidas”. 

  • A Predicativo do sujeito.
  • B Complemento nominal.
  • C Objeto direto.
  • D Objeto indireto.
  • E Adjunto adverbial.
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O Cérebro do Futuro

Por Luah Galvão

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

(Disponível em: https://exame.com/colunistas/o-que-te-motiva/o-cerebro-do-futuro-no-olhar-de-daniel-pink/ – texto adaptado especialmente para esta prova).

Considerando a formação do período composto, analise o período e as assertivas a seguir:
“Mas, o tempo passou, o mundo girou, o contexto se alterou e cá estamos para comprovar as tendências”. 
I. O período é composto por cinco orações. II. Há uma oração reduzida no período. III. O período apresenta duas orações coordenadas.
Quais estão corretas?

  • A Apenas I.
  • B Apenas II.
  • C Apenas I e II.
  • D Apenas I e III.
  • E Apenas II e III.
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Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.


[Acerca da “Igualdade”]

  “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” foi o grito de guerra da Revolução Francesa. Hoje há disciplinas inteiras − ramos da filosofia, da ciência política e dos estudos jurídicos − que têm a “igualdade” como tema central de estudos. Todos concordam que a igualdade é um valor; ninguém parece concordar quanto ao que se refere o termo. Igualdade de oportunidades? Igualdade de condições? Igualdade formal perante a lei?
   Estaremos falando de uma ideologia, a crença de que todos na sociedade deveriam ser iguais − claro que não em todos os aspectos, mas nos mais importantes? Ou será uma sociedade em que as pessoas são efetivamente iguais? O que isso significaria de fato, na prática, em ambos os casos? Que todos os membros da sociedade têm igual acesso à terra, ou tratam uns aos outros com igual dignidade, ou são igualmente livres para expor suas opiniões em assembleias públicas?
   A igualdade seria o apagamento do indivíduo ou a celebração do indivíduo? Numa sociedade, por exemplo, em que os mais poderosos são tratados como divindades e tomam as decisões mais importantes, é possível falar em igualdade? E as relações de gênero? Muitas sociedades tratadas como “igualitárias” na verdade têm seu igualitarismo restrito aos homens adultos. Em casos assim, podemos falar em igualdade de gêneros?
   Como não existe nenhuma resposta clara e consensual a questões desse tipo, o uso do termo “igualitário” tem levado a discussões infindáveis. Para alguns teóricos do século XVII, a igualdade se manifestava no estado da Natureza. Igualdade, pois, seria um termo definido por omissão: identificaria uma humanidade que pudesse estar livre depois de removidas todas as armadilhas da civilização. Povos “igualitários” seriam, pois, aqueles sem príncipes, sem juízes, sem inspetores, sem sacerdotes, possivelmente sem cidades, sem escrita ou sequer agricultura. Seriam sociedades de iguais apenas no sentido estrito de que estariam ausentes todos os sinais mais evidentes de desigualdade.
   Não há dúvida, pensando-se sempre no ideal de “igualdade”, de que algo deu muito errado no mundo. Uma ínfima parte da população controla o destino de quase todos os outros, e de uma maneira cada vez mais desastrosa.


(Adaptado de: GRAEBER, David, e WENGROW, David. O despertar de tudo − Uma nova história da humanidade. Trad. Denise Bottmann e Claudio Marcondes. São Paulo: Companhia das Letras, 2022, p. 91 a 94, passim)

As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:

  • A Não correspondem aos conceitos defendidos pelos revolucionários franceses nenhuma prática moderna plenamente objetiva.
  • B Restam aos que ainda se proponham a bem definir o que seja igualdade o desafio de comprová-la nas vivência sociais.
  • C Não deve satisfazer a um defensor intransigente da igualdade entre os homens as convicções abstratas dos idealistas.
  • D Por mais dúvidas que se coloquem diante do conceito de igualdade, não se apaga o ânimo dos humanistas esperançosos.
  • E Deverá sobrevir como efeito imediato do fim das práticas autoritárias as práticas possíveis de um real igualitarismo.
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Atenção: Para responder à questão, baseie-se no texto abaixo.

[Cidades devastadas]

     Em vinte anos eliminaram a minha cidade e edificaram uma cidade estranha. Para quem continuou morando lá, a amputação pode ter sido lenta, quase indolor; para mim, foi uma cirurgia de urgência, sem a inconsciência do anestésico.
     Enterraram a minha cidade e muito de mim com ela. Por cima de nós construíram casas modernas, arranha-céus, agências bancárias; pintaram tudo, deceparam árvores, demoliram, mudaram fachadas. Como se tivessem o propósito de desorientar-me, de destruir tudo o que me estendia uma ponte entre o que sou e o que fui. Enterraram-me vivo na cidade morta.
      Mas, feliz ou infelizmente, ainda não conseguiram soterrar de todo a minha cidade. Vou andando pela paisagem nova, desconhecida, pela paisagem que não me quer e eu não entendo, quando de repente, entre dois prédios hostis, esquecida por enquanto dos zangões imobiliários, surge, intacta e doce, a casa de Maria. Dói também a casa de Maria, mas é uma dor que conheço, íntima e amiga.
      Não digo nada a ninguém, disfarço o espanto dessa descoberta para não chamar o empreiteiro das demolições. Ah, se eles, os empreiteiros, soubessem que aqui e ali repontam restos emocionantes da minha cidade em ruínas! Se eles soubessem que aqui e ali vou encontrando passadiços que me permitem cruzar o abismo!

(Adaptado de CAMPOS, Paulo Mendes. Os sabiás da crônica. Antologia. Belo Horizonte: Autêntica, 2021, p. 209-210)

Está correto o emprego de todas as formas verbais na frase:

  • A Quem se propor a recuperar a visão de sua cidade natal, municie-se de muita tolerância.
  • B Para que se revejem vestígios da nossa antiga cidade, urge alimentar a imaginação.
  • C Conter-se-ia nossa decepção caso déssemos, de súbito, com uma casinha poupada?
  • D A menos que retêssemos na memória uma imagem fiel, nada escaparia a tal devastação.
  • E Ele havia salvo da devastação da cidade alguns vestígios que se manteram vivos.
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Andorinhas-azuis intrigam cientistas ao fazerem pequena ilha da Amazônia de casa

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(Daniel Grossman, Dado Galdieri. https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/12/andorinhas-azuis-intrigam-cientistas-ao-fazerem-pequena-ilha-da-amazonia-de-casa.shtml. 28.dez.2022)

A ilha de apenas cinco hectares – quase o tamanho do Estádio do Morumbi – atrai uma quantidade enorme dessas andorinhas de penugem cintilante. (linhas 9 e 10)
O pronome sublinhado no período acima desempenha papel 
  • A dêitico.
  • B anafórico.
  • C catafórico.
  • D exofórico.
  • E epanafórico.
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Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das sentenças a seguir.
Estão sujeitos ____ certas doenças. Decisão submetida ____ votação no plenário. Ele é pouco afeito ____ cortesias. Crédito sujeito ____ qualquer aprovação.

  • A a; a; a; à.
  • B a; à; a; a.
  • C a; à; à; a.
  • D à; a; a; à.

Direito da Criança e do Adolescente

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As leis federais nº 8.069, de 13/07/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e a nº 10.741, de 01/10/2003, que dispõe sobre o Estatuto do Idoso, apresentam proteções a grupos de pessoas em conformidade com suas idades. Neste contexto, discorrem sobre direitos comuns aos grupos de tutelados. Quanto ao direito de liberdade expressos nas referidas normas, analise as assertivas abaixo e, ao final, responda o que se pede:
I. Participar da vida política, na forma da lei; II. Ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais III. Opinião e expressão; IV. Crença e culto religioso; V. Prática de esportes e de diversões; VI. Buscar refúgio, auxílio e orientação; VII Participação na vida familiar e comunitária.
Marque a alternativa CORRETA.

  • A Todas as assertivas estão contidas no rol expresso do Estatuto do Idoso e do Estatuto da Criança e do Adolescente.
  • B Apenas uma das assertivas não está contida expressamente no Estatuto da Criança e do Adolescente.
  • C Apenas uma das assertivas não está contida expressamente no Estatuto do Idoso.
  • D Há uma assertiva que não está contida expressamente no Estatuto do Idoso e uma que não está contida no Estatuto da Criança e do Adolescente.
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Jennifer, por intermédio de seu advogado, protocoliza petição perante a Vara da Infância e da Juventude, comunicando ao juízo que deseja realizar a entrega de seu filho em adoção à Andréa, tia materna da criança, que não é habilitada à adoção. A criança e a tia possuem fortes vínculos de afinidade e afetividade, além de convivência quase diária. O Ministério Público requer a realização de estudo social e psicológico. Considerando o disposto na Lei nº 8.069/1990 (ECA), é correto afirmar que a hipótese narrada:

  • A consiste na entrega voluntária da criança em adoção para a sua tia materna, na forma prevista pelo Art. 19-A do ECA;
  • B exige a prévia habilitação à adoção por parte da tia materna, caso haja interesse em perfilhar o seu sobrinho;
  • C configura modalidade de adoção que encontra fundamento no Art. 50, §13, II, do ECA;
  • D não encontra fundamento legal, na medida em que a entrega voluntária se destina à adoção por pessoa ou casal habilitado perante o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA);
  • E torna obrigatório o encaminhamento da genitora à rede pública de saúde e de assistência social para atendimento especializado, independentemente da sua vontade.
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Jonathan, pai da criança Gabriele, de 5 anos, pratica ato de violência doméstica e familiar contra a sua filha, consistente em agressão sexual. Ao ser notificado acerca dos fatos pela escola da criança, o Conselho Tutelar promove o afastamento do agressor do lar, requerendo ao juiz a aplicação de medida protetiva de urgência de proibição de aproximação da vítima. O magistrado defere o pedido e cientifica o Ministério Público. Considerando o disposto na Lei nº 14.344/2022, é correto afirmar que:

  • A o Conselho Tutelar possui atribuição para afastar o agressor do lar, com fulcro no princípio da proteção integral de crianças e adolescentes;
  • B a ausência de manifestação prévia do Ministério Público acerca do cabimento das medidas protetivas de urgência requeridas gera a nulidade do procedimento;
  • C ao Conselho Tutelar incumbe a aplicação de medidas protetivas do ECA, não possuindo atribuição para requerer medidas protetivas de urgência previstas na Lei nº 14.344/2022;
  • D as medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas pelo juiz, a requerimento do Ministério Público e da autoridade policial, inexistindo outros legitimados;
  • E o Conselho Tutelar pode requerer ao Ministério Público a propositura de ação cautelar de antecipação de produção de prova nas causas que envolvam violência contra a criança e o adolescente.
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Fábio, adolescente de 15 anos, reside com os seus pais em Campo Grande e irá passar as férias de julho com a sua tia e os seus primos, que residem em Corumbá. A mãe de Fábio, Andressa, elabora declaração autorizando a viagem do adolescente desacompanhado e leva o documento ao Cartório de Notas para reconhecimento de firma por autenticidade. Ao chegar à rodoviária, Fábio é impedido de viajar pelo funcionário da empresa de ônibus, que alega que o adolescente não pode embarcar sozinho e deve estar acompanhado dos pais ou de representante legal na viagem. Considerando o disposto na Resolução CNJ nº 295, de 13/09/2019, é correto afirmar que Fábio:

  • A não pode viajar para fora da Comarca em que reside sem autorização judicial em quaisquer hipóteses;
  • B somente pode viajar para fora da Comarca em que reside se estiver acompanhado dos pais ou de responsável legal, sendo vedada a companhia de terceiros, sem grau de parentesco;
  • C não pode viajar para Comarca contígua à da sua residência sem autorização judicial;
  • D pode viajar desacompanhado, desde que autorizado por um dos genitores por meio de escritura pública ou de documento particular com firma reconhecida;
  • E pode viajar desacompanhado para fora da Comarca mediante concordância de ambos os pais e anuência do Conselho Tutelar do Município em que reside.
15

Sabrina, adolescente de 16 anos, possui conta em rede social onde realiza postagens para os seus seguidores, nas quais aparece dançando em roupas íntimas. Visando à produção de novos conteúdos, Sabrina hospeda-se, por conta própria e sem anuência dos seus responsáveis legais, em um motel, onde realiza as gravações de vídeos. Os pais de Sabrina noticiam os fatos ao Conselho Tutelar, que aplica medidas de proteção à adolescente e encaminha notícia de fato ao Ministério Público. Considerando o disposto na Lei nº 8.069/1990 (ECA) e as medidas de natureza não criminal na seara da infância e juventude, é correto afirmar que:

  • A o Conselho Tutelar não tem atribuição para ajuizar representação por infração administrativa, ante a ausência de capacidade postulatória;
  • B o responsável pelo estabelecimento praticou infração administrativa às normas de proteção à criança e ao adolescente;
  • C a legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas no ECA afasta a de terceiros, nas mesmas hipóteses;
  • D o fato narrado configura violência doméstica e familiar praticada contra criança e adolescente, conforme definido na Lei nº 14.344/2022;
  • E a adolescente praticou ato infracional, cabendo oitiva informal pelo Ministério Público e eventual ação socioeducativa.
16

O Ministério Público propõe ação de obrigação de fazer em face do Município, a fim de que seja assegurado o fornecimento de tratamento de saúde especializado para criança em acolhimento que possui deficiência grave. O juiz da Infância e Juventude concede a tutela antecipada, determinando ao ente municipal que adote as medidas concretas visando à oferta de tratamento à criança, no prazo de dez dias, sob pena de multa diária de dez mil reais. Em que pese tal decisão, o Município mantém-se inerte no curso da instrução, agravando-se o quadro de saúde da criança. O pedido é julgado procedente, sendo confirmada a decisão de tutela antecipada e operando-se o trânsito em julgado da sentença. O Ministério Público peticiona nos autos requerendo ao magistrado que o valor da multa devida pelo réu seja utilizado para a reforma da entidade de acolhimento institucional conveniada ao Município, com depósito na conta bancária da instituição. Considerando o disposto na Lei nº 8.069/1990 (ECA), é correto afirmar que:

  • A na condição de exequente das multas devidas pela municipalidade, o Ministério Público pode definir a destinação de tais verbas;
  • B as multas devidas podem ser objeto de execução provisória promovida pelo Ministério Público em face da municipalidade;
  • C não se admite a legitimidade concorrente de terceiros para a execução dos valores das multas, que deverão ser cobradas judicialmente apenas pelo Ministério Público;
  • D os valores das multas reverterão ao fundo gerido pelo Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do respectivo Município;
  • E a multa só será exigível e devida pelo réu após o trânsito em julgado da sentença, desconsiderando-se o dia em que se houver configurado o descumprimento.
17

Vinícius, de 11 anos de idade, pratica ato infracional análogo ao crime de roubo, em coautoria com Eduardo, de 19 anos, havendo o emprego de arma de fogo. Após a autuação do flagrante, a autoridade policial representa pela internação provisória de Vinícius, que está em situação de rua e sem frequentar a escola há dois anos. Considerando o disposto na Lei nº 8.069/1990, é correto afirmar que:

  • A o Conselho Tutelar possui atribuição legal prevista no ECA para a investigação de ato infracional praticado por criança e a aplicação das medidas protetivas;
  • B Vinícius responderá pela prática de ato infracional perante a Vara da Infância e Juventude e Eduardo perante a Vara Criminal, por ser imputável;
  • C a aplicação das medidas protetivas previstas no Art. 101 do ECA a Vinícius dependerá da existência de indícios de autoria e prova da materialidade;
  • D a apuração dos fatos caberá à autoridade policial, sendo da atribuição do Conselho Tutelar a aplicação das medidas de proteção a Vinícius;
  • E após a coleta de suas declarações em sede policial, Vinícius será apresentado ao Ministério Público para oitiva informal e análise do cabimento da internação provisória, conforme previsto no Art. 179 do ECA.
18

Anderson, de 17 anos, cumpre medida socioeducativa em unidade de internação. O adolescente procura a direção para solicitar autorização para que Sarah, com quem vive, comprovadamente, em união estável, realize visita íntima. Anderson solicita, ainda, que seja autorizada, em outra data, a visita na unidade de internação de seu filho com Sarah, a criança Lucas, de 5 anos. Anselmo, diretor da unidade, indefere ambos os pleitos, razão pela qual o adolescente manifesta o desejo de ser atendido pela Defensoria Pública. Considerando o disposto na Lei nº 12.594/2012 (Sinase), é correto afirmar que:

  • A a visita íntima em unidade socioeducativa não encontra previsão legal no Sinase, somente podendo ser deferida nas hipóteses de cumprimento de pena em unidade prisional;
  • B a visita íntima a adolescente em cumprimento de medida socioeducativa tem como requisito a autorização dos pais ou responsável legal, em razão da inimputabilidade;
  • C a entrada de Lucas na unidade é vedada pelo ECA, em observância ao princípio da proteção integral, por se encontrar a criança na fase da primeira infância;
  • D a visita íntima solicitada pelo adolescente na unidade socioeducativa está restrita à comprovação do casamento com Sarah;
  • E é garantido aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de internação o direito de receber visita dos filhos, independentemente da idade desses.
19

Qual a legislação que prioriza a prática que seja restaurativa?

  • A Lei do SINASE.
  • B Estatuto da Criança e do Adolescente.
  • C Lei Henry Borel.
  • D Lei da Palmada.
20

A adoção de criança ou adolescente residente no Brasil, realizada por brasileiro residente no exterior, deve:

  • A ser considerada mista, dependendo de autorização da Autoridade Central Administrativa Federal – ACAF.
  • B ser considerada adoção nacional, devido à nacionalidade do adotante e residência do adotando em território nacional.
  • C ser considerada adoção internacional se o país de residência do adotante for signatário da Convenção da Haia, e nacional se o país de residência do adotante não for signatário da Convenção da Haia.
  • D ser considerada adoção internacional.

Direito Civil

21

Fernanda concedeu a Marcos, mediante escritura pública registrada em cartório de imóveis, o direito de ele plantar em terreno de propriedade dela, durante dez anos.
Nessa situação hipotética, Marcos adquiriu

  • A concessão por avulsão.
  • B direito de uso e usufruto de propriedade alheia.
  • C direito de superfície.
  • D concessão de uso especial.
  • E direito de usufruto limitado.
22
Consoante a jurisprudência, do STJ acerca do direito das obrigações, no que se refere aos atos unilaterais, caracteriza enriquecimento sem causa
  • A a exploração ilícita de parte do patrimônio público imaterial.
  • B a estipulação contratual de multa cominatória com valor elevado.
  • C a rescisão de promessa de compra e venda por iniciativa do promitente-comprador no caso de terreno não edificado.
  • D a existência de causas jurídicas distintas para a resolução contratual e para a indenização por lucros cessantes.
  • E o aumento, determinado pelo juiz, da multa coercitiva destinada ao cumprimento de decisão judicial.
23

De acordo com o que dispõe o Código Civil acerca dos defeitos do negócio jurídico, se o devedor, ao perdoar uma divida, for reduzido à insolvência, o ato de perdão da dívida poderá ser anulado sob a alegação de

  • A erro.
  • B dolo.
  • C abuso de direito.
  • D lesão.
  • E fraude contra credores.
24

Acerca do bem de família, assinale a opção correta, considerando o entendimento jurisprudencial do Superior Tribunal de Justiça (STJ):

  • A É penhorável o bem de família oferecido por pessoa física como garantia em contrato de mútuo em beneficio de pessoa jurídica.
  • B É impenhorável o bem de família quando os únicos sócios da empresa devedora são os titulares do imóvel hipotecado.
  • C Vaga de garagem que possua matricula própria no registro de imóveis constitui bem de família para efeito de penhora.
  • D A impenhorabilidade legal tem o objetivo de proteger o devedor contra suas dívidas.
  • E O beneficio da impenhorabilidade não alcança o casal que tenha mais de um bem imóvel.
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As decisões tomadas pela pessoa jurídica que tiver administração coletiva, por maioria de votos, poderão ser anuladas se decorrerem de
I - violação do estatuto da pessoa jurídica.
II - erro.
III - dolo.
IV - simulação.
V - fraude.

Assinale a opção correta.

  • A Apenas os itens I e lI estão certos.
  • B Apenas os itens lI e IV estão certos.
  • C Apenas os itens III e V estão certos.
  • D Apenas os itens I, III, lV e V estão certos.
  • E Todos os itens estão certos.
26

Quando o juiz, por permissão legal, julga um processo conforme seus ditames, ocorre o chamado julgamento por

  • A analogia.
  • B equidade.
  • C integração.
  • D costumes.
  • E princípios gerais do direito
27

Cristóvão e Antônia celebraram financiamento imobiliário com o Banco ABC, garantido por alienação fiduciária do apartamento adquirido.
Sobrevindo o inadimplemento por parte de Cristóvão e Antônia, a instituição financeira procedeu à consolidação da propriedade em seu nome.
Seguindo as disposições contratuais previamente firmadas, o imóvel foi avaliado por uma auditoria externa no valor de quatrocentos mil reais, quando o saldo em aberto já alçava a quinhentos mil reais.
Ainda com base no contrato, a instituição financeira deixa de proceder aos leilões judiciais e dá por extinta a dívida, havendo para si o imóvel.
Cristóvão e Antônia ajuízam demanda indenizatória para ver restituído o valor das prestações que já tinham suportado antes da perda do bem.
Nesse caso, à luz exclusivamente do Código Civil e da Lei nº 9.514/1997, o juiz deverá reconhecer que a instituição financeira impôs aos adquirentes pacto:

  • A comissório, vedado pelo ordenamento jurídico, e determinar a realização dos leilões previstos na Lei nº 9.514/1997 para arrecadar, no mínimo, o valor da dívida, das despesas, dos prêmios de seguro, dos encargos legais, inclusive tributos, e das contribuições condominiais;
  • B marciano, vedado pelo ordenamento jurídico, e determinar a realização dos leilões previstos na Lei nº 9.514/1997 para arrecadar, no mínimo, o valor da dívida, das despesas, dos prêmios de seguro, dos encargos legais, inclusive tributos, e das contribuições condominiais;
  • C comissório, aceito pela doutrina e pela jurisprudência, sem vedação expressa no ordenamento, de modo a julgar improcedentes os pedidos de Cristóvão e Antônia;
  • D marciano, aceito pela doutrina e pela jurisprudência, sem vedação expressa no ordenamento, de modo a julgar improcedentes os pedidos de Cristóvão e Antônia;
  • E comissório, aceito pela doutrina e pela jurisprudência, sem vedação expressa no ordenamento; mas, sem prejuízo, admitir que os valores pagos ao longo do financiamento não podem ser perdidos pelos mutuários, sob pena de enriquecimento ilícito.
28

Após a morte de seu pai, Alessandro cedeu para Dejair, por instrumento particular, os quadros que eventualmente herdaria na divisão da herança. Nesse caso, é correto afirmar que o negócio jurídico:

  • A que versa sobre a alienação de bens móveis, é existente, válido e eficaz;
  • B é nulo, por violação de forma prescrita em lei, de modo que não admite qualquer aproveitamento ou convalidação;
  • C é anulável, por violação de forma prescrita em lei, mas admite sua conversão em promessa de cessão;
  • D é nulo, por violação de forma prescrita em lei, mas admite sua conversão em promessa de cessão;
  • E que versa sobre a alienação de bens móveis, é existente, válido e tem eficácia subordinada a fato futuro e incerto, qual seja, Alessandro ser aquinhoado, na divisão, com os quadros que alienou a Dejair.
29
Com base nas disposições da Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (LINDB) e seu regulamento no direito administrativo, assinale a opção correta.
  • A A indicação de formas de regularização de ato administrativo não é um direito do sujeito atingido pela invalidação do ato, sendo mera liberalidade da esfera controladora indicar, conforme a lei, as consequências jurídicas e administrativas do referido ato.
  • B Não se considera obstáculo para a decisão que decretar a invalidação de ato administrativo a imposição de perdas excessivas ao sujeito atingido, não havendo necessidade de indicação das condições para a sua regularização, quando for o caso.
  • C A decisão que invalida o ato administrativo será legítima ainda que não haja indicação expressa das consequências jurídicas e administrativas advindas dessa invalidação.
  • D A invalidação de ato administrativo independe da imposição de perdas excessivas ao sujeito atingido, sendo desnecessária, em qualquer caso, a indicação das condições para a sua regularização.
  • E Exige-se, para a invalidação de ato administrativo, que essa decisão não imponha perdas excessivas ao sujeito atingido, bem corno não se omita, quando for o caso, a indicação das condições para a sua regularização.
30

Assinale a opção que indica corretamente o conjunto de teorias com o qual o conceito de distinção sistemática se relaciona.

  • A teoria da imprevisão, teoria da onerosidade excessiva, teoria da base do negócio
  • B teoria da equivalência, teoria da causalidade, teoria da imputação e teoria da probabilidade
  • C teoria da segurança jurídica, teoria do direito e desenvolvimento e teoria da ponderação
  • D teoria da diferença, teoria do patrimônio e teoria da realidade
  • E teoria da competência, teoria da ordenação, teoria da tradição e teoria do interesse

Legislação Federal

31
O Decreto n.º 4.887/2003, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), foi objeto de impugnação por meio da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) n.º 3.239. Nessa ADI, o STF
I  declarou que esse decreto é inconstitucional por ofensa aos princípios da legalidade e da reserva de· lei, com base no entendimento de que o procedimento previsto no art. 68 do ADCT necessariamente deve ser regulamentado por lei em sentido formal e, uma vez inexistente lei a respeito, a Presidência da República. invadira esfera reservada ao Poder Legislativo.
lI  julgou improcedente o pedido de declaração de inconstitucionalidade formal desse decreto, entendendo que ele representa o efetivo exercício do poder regulamentar da administração pública inserido nos limites estabelecidos pela CF.
IlI reconheceu como constitucionalmente legítima a adoção da autoatribuição como critério de determinação da identidade quilombola, a qual, para os efeitos do referido decreto, é atestada por certidão emitida pela Fundação Cultural Palmares.
IV reconheceu que, similarmente ao que ocorre nos casos das terras tradicionalmente ocupadas pelos indígenas, a CF reputa nulos e extintos os títulos de terceiros eventualmente incidentes sobre as terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos, de modo que a regularização do registro dispensa o procedimento expropriatório. 
Estão certos apenas os itens
  • A I e II.
  • B II e III.
  • C III e IV.
  • D I, II e IV.
  • E I, III e IV.
32
Em fiscalização executada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), foi constatado dano em área sobreposta à floresta amazônica em determinado município do estado do Mato Grosso. No momento da ação fiscalizatória, foi lavrado auto de infração contra a empresa Sigma M.E., pelo desmatamento de 1.350 hectares de floresta amazônica sem autorização do órgão ambiental competente.  Diante da constatação efetiva da autoria e materialidade do dano ambiental, o IBAMA pretende ajuizar ação civil pública, com o objetivo de que a empresa ré seja proibida de explorar a área desmatada indicada na petição inicial, bem como de que haja a indisponibilidade dos bens da infratora, com a suspensão de benefícios ou incentivos fiscais e creditícios e a averbação da existência da ação civil pública à margem da matrícula imobiliária da empresa ré.
Considerando essa situação hipotética, julgue os próximos itens, quanto à legitimidade do IBAMA para ajuizar a ação civil pública em questão.
I Por se tratar de ação para tutelar direito difuso, o IBAMA não possui legitimidade ativa extraordinária para promover a ação civil pública em matéria ambiental, pois a legitimidade extraordinária para tanto é excepcional e condicionada a expressa previsão legal nesse sentido. 
lI O IBAMA possui legitimidade ativa para propor o ·ajuizamento da ação civil pública, pois, além de a defesa do meio ambiente ser concernente a todas as pessoas de direito público da Federação, o IBAMA é entidade autárquica constituída com a finalidade de executar a Política Nacional do Meio Ambiente, por conseguinte possui legitimidade para propor ações civis públicas de cunho ambiental.
III Por se tratar de ação para tutelar direito difuso e defender e preservar, para as presentes e futuras gerações, o meio ambiente ecologicamente equilibrado, essencial à sadia qualidade de vida, apenas o Ministério Público tem legitimidade para ingressar com a referida ação.
IV Por fiscalizar as atividades nocivas ao meio ambiente, o IBAMA tem interesse jurídico suficiente para exercer o poder de polícia ambiental, no entanto tal competência não lhe confere legitimidade para o ajuizamento da ação civil pública, devendo-se buscar a responsabilidade ambiental por meio das vias ordinárias.
Assinale a opção correta.  
  • A Nenhum item está certo.
  • B Apenas o item I está certo.
  • C Apenas o item lI está certo.
  • D Apenas o item IlI está certo.
  • E Apenas o item IV está certo.
33
Quanto ao que preconiza a jurisprudência do STF a respeito dos direitos difusos e coletivos, assinale a opção correta.
  • A O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos e coletivos, não se reconhecendo o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de via terrestre (DPVAT) como de inequívoco interesse social a legitimar a sua atuação.
  • B A Defensoria Pública não tem legitimidade para propor ação civil pública na defesa de direitos difusos e coletivos de que sejam titulares pessoas necessitadas.
  • C Os direitos difusos e coletivos são transindividuais, indivisíveis e sem titular determinado, devendo ser tutelados em juízo invariavelmente em regime de substituição processual, por iniciativa exclusiva do Ministério Público.
  • D O Ministério Público tem legitimidade para promover ação civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.
  • E os direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos se  confundem no que tange à titularidade, a qual é determinada e definida por uma circunstância de fato específica.
34

Considerando as disposições da Lei Anticorrupção Lei n.º 2.846/2013, assinale a opção correta.

  • A A celebração do acordo de leniência exime a pessoa jurídica da obrigação de reparar integralmente o dano causado.
  • B A instauração e o julgamento de processo administrativo para apuração de responsabilidade de pessoa jurídica cabem à autoridade máxima de cada órgão ou entidade dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, que agem somente mediante provocação.
  • C O processo administrativo para apuração de responsabilidade de pessoa jurídica será conduzido por comissão composta por 3 servidores e designada pela autoridade instauradora.
  • D A celebração do acordo de leniência não interrompe o prazo prescricional dos atos ilícitos.
  • E A Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão competente para celebrar os acordos de leniência no âmbito do Poder Executivo federal, bem como no caso de atos lesivos praticados contra a administração pública estrangeira.
35
Assinale a opção correta no que concerne à naturalização, conforme disposto na Lei n.º 13.445/2017 - Lei de Migração.
  • A A naturalização provisória é concedida ao migrante criança ou adolescente que tenha fixado residência em território nacional até os 12 anos de idade e requerida por intermédio de seu representante legal, podendo a naturalização ser convertida em definitiva se o naturalizando assim o requerer no prazo de I ano após atingir a maioridade.
  • B No curso do processo de naturalização, o naturalizando poderá solicitar a tradução ou a adaptação de seu nome à língua portuguesa, o qual integrará cadastro com o nome traduzido ou adaptado associado ao nome anterior; do pedido de naturalização apresentado e processado não caberá recurso em caso de denegação.
  • C A naturalização extraordinária será concedida ao estrangeiro que se tenha se fixado no Brasil por mais de 10 anos ininterruptos e sem condenação penal, devendo ser requerida pelo interessado.
  • D A naturalização especial é concedida ao estrangeiro que seja cônjuge ou companheiro, há mais de 3 anos, de integrante do serviço exterior brasileiro em atividade ou de pessoa a serviço do Estado brasileiro no exterior; ou que seja ou tenha sido empregado em missão diplomática ou em repartição consular do Brasil por mais de 5 anos, de forma alternada.
  • E Entre os requisitos para obter a naturalização ordinária, o naturalizando deve possuir capacidade civil, segundo a lei brasileira, ter residência em território nacional, pelo prazo mínimo de 4 anos, sendo esse prazo reduzido para, no mínimo, 1 ano caso o naturalizando tenha prestado serviço relevante ao Brasil.
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Considerando as disposições da Lei n.º 10.973/2004 n.º 13.243/2016, assinale a opção correta, referente ao marco legal da ciência, tecnologia e inovação no Brasil.
  • A A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as respectivas agências de fomento poderão estimular e apoiar a constituição de alianças estratégicas e o desenvolvimento de projetos de cooperação envolvendo empresas e entidades privadas sem fins lucrativos.
  • B O apoio para o desenvolvimento de projetos de cooperação previsto na citada legislação restringe-se a projetos nacionais de pesquisa tecnológica e ações de empreendedorismo tecnológico e de criação de ambientes de inovação
  • C As instituições científicas, tecnológicas e de inovação criadas pelos órgãos federados deverão estimular a constituição de alianças estratégicas e o desenvolvimento de projetos de cooperação envolvendo todas as entidades privadas do setor tecnológico.
  • D As instituições cientificas, tecnológicas e de inovação têm como fim único a transferência e difusão de tecnologias.
  • E As agências de fomento poderão estimular e apoiar a constituição de alianças estratégicas e o desenvolvimento de projetos de cooperação exclusivamente com empresas nacionais.
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Com base no que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/ 1996) a respeito dos níveis de ensino e da sua obrigatoriedade, é correto afirmar que somente

  • A a pré-escola e o ensino fundamental são obrigatórios, sendo o acesso ao ensino médio e ao ensino superior dependente da capacidade de cada aluno.
  • B a educação infantil e o ensino fundamental , que englobam a pré-escola, a alfabetização e os cinco primeiros anos do ensino básico, são obrigatórios. ·
  • C o ensino infantil, o qual engloba a pré-escola, a alfabetização e a educação básica, é obrigatório.
  • D o ensino fundamental, o qual abrange o ensino infantil e o ensino básico, é obrigatório
  • E a educação básica, a qual abrange a pré-escola, o ensino fundamental e o ensino médio, é obrigatória.
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À luz da Lei n. º 12.846/2013, que dispõe sobre a responsabilidade administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira, assinale a opção correta.
  • A Na esfera administrativa, as sanções de advertência e suspensão serão aplicadas às pessoas jurídicas consideradas responsáveis por atos lesivos previstos na lei.
  • B No caso de aplicação de sanção, a manifestação jurídica da advocacia pública ou do órgão de assistência jurídica, ou equivalente, do ente público é dispensável. 
  • C Os efeitos do acordo de leniência não serão estendidos às pessoas jurídicas que integram o mesmo grupo econômico, de fato e de direito, mesmo que firmem o acordo em conjunto, respeitadas as condições nele estabelecidas. 
  • D Na esfera administrativa, as sanções às pessoas jurídicas consideradas responsáveis pelos atos lesivos previstos na lei não poderão ser aplicadas de forma cumulativa.
  • E A aplicação das sanções previstas na lei não exclui, em qualquer hipótese, a obrigação da reparação integral do dano causado.

Direito Civil

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Julgue os itens a seguir, relativos a contratos e pessoas, além do Marco Civil da Internet ( Lei nº. 12.965/2014) e da Lei da Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/2019). 
I  A responsabilidade pela transmissão, comutação ou roteamento de dados, no âmbito do Marco Civil da Internet, não se coaduna com o dever de tratamento isonômico dos pacotes de dados, independentemente de distinção por conteúdo, origem e destino, serviço, terminal ou aplicação.
II Em atenção aos princípios da solidariedade e da dignidade humana, as partes na evicção não podem reforçar, diminuir ou excluir a responsabilidade uma da outra.
III  A Lei da Liberdade Econômica terá aplicação exclusiva na interpretação de contratos relativos a direito civil, empresarial e econômico, e nas relações jurídicas que se encontrem no seu âmbito de aplicação, exceto sobre o exercício das profissões.
IV  O casamento, a colação de grau em curso de ensino superior, o exercício de emprego público efetivo e a existência de relação de empregos que garanta economia própria ao menor dezesseis anos completos são hipóteses legais de emancipação. 
Assinale a opção correta. 
  • A Apenas o item I está certo.
  • B Apenas item IV está certo.
  • C Apenas o item III está certo.
  • D Apenas os itens II e IV estão certos.
  • E Apenas os itens I, II e III estão certos.

Legislação Federal

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Segundo a Lei n.º 8.245/1991 e o entendimento do STJ, para o exercício do direito de preferência, o inquilino deverá

  • A depositar o preço da compra e das demais despesas da transferência, no prazo decadencial de seis meses, a contar da lavratura da escritura pública de compra e venda.
  • B depositar o preço da compra e demais despesas da transferência, no prazo decadencial de seis meses, a contar do registro do contrato de compra e venda do imóvel.
  • C registrar o contrato de locação, averbando-o na respectiva matrícula do registro imobiliário competente, podendo fazê-lo após a alienação do imóvel pelo locador ao terceiro adquirente, mas desde que antes do respectivo registro imobiliário.
  • D lavrar escritura pública do contrato de locação, averbando-o na respectiva matrícula do registro imobiliário competente, desde que o faça junto à matrícula do imóvel até noventa dias antes da alienação.
  • E depositar o preço da compra e das demais despesas da transferência, no prazo prescricional de três meses, a contar da lavratura da escritura pública de compra e venda.

Linguística

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Compreendemos a linguagem como um fenômeno que nos capacita para a comunicação. A correta aprendizagem da linguagem verbal contribui para o entendimento de conteúdos indispensáveis na formação do alunado. Ademais, ainda existe a chamada linguagem não verbal que apresenta a mesma relevância em sala de aula, principalmente, ao longo dos desafios que cada geração apresenta ao chegar em idade escolar. Sobre linguagem verbal e não verbal, analise as afirmativas a seguir.
I. Um texto narrado e um debate em sala de aula são considerados linguagem verbais.
II. A Língua Brasileira de Sinais (Libras) é considerada uma linguagem verbal.
III. A linguagem em Braile é uma forma de comunicação não verbal.
IV. Uma placa de sinalização que contém uma figura é exemplo de linguagem não verbal.

Assinale a alternativa correta.
  • A Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas
  • B Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
  • C Apenas as afirmativas II e IV estão corretas
  • D Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas
  • E Apenas as afirmativas I, III e IV estão corretas

Libras

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A Lei nº 10.436/2002 é a Lei de Libras. Para alcançar esta conquista, a comunidade surda engendrou movimentos sociais desde 1990 com a culminância de campanha nacional para oficialização da língua de sinais em nosso país.
Assinale a opção que explicita o entendimento da Língua Brasileira de Sinais, conforme a Lei.

  • A Libras é a forma de comunicação e expressão, que apresenta uma estrutura de natureza visual- motora, com uma gramática própria, constituindo-se em um sistema linguístico misto da comunidade surda do Brasil.
  • B Libras é a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical própria, constitui um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas surdas do Brasil.
  • C Libras apresenta um sistema linguístico de natureza visualmotora com características próprias das comunidades de pessoas surdas brasileiras, por meio de uma estrutura gramatical associada a Língua Portuguesa como segunda língua.
  • D Libras apresenta uma estrutura gramatical própria e uma forma de comunicação e expressão que constituem um sistema linguístico e político das comunidades surdas e ouvintes do Brasil.
  • E Libras é a forma de comunicação e expressão, em que o sistema linguístico de natureza visual- motora, com estrutura gramatical de segunda língua escrita própria, constitui um conjunto de transmissão de ideias e fatos da comunidade surda brasileira.
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A comunidade surda, com a realização da Conferência Nacional de Educação (CONAE) em 2009, teve, na etapa nacional, a oportunidade de apresentar propostas para escola bilíngue que só haviam sido registradas em etapa estadual de São Paulo, como é citado no artigo - Libras em estudo: políticas linguísticas.
Atualmente, a base dessas propostas fundamenta a educação bilíngue de surdos. A esse respeito, analise as afirmativas a seguir assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) A educação bilíngue de surdos é entendida como a modalidade de educação escolar oferecida em Libras, como primeira língua, e em Língua Portuguesa escrita, como segunda língua. ( ) É oferecido, de acordo com a lei, quando necessário, serviço de apoio educacional especializado como AEE bilíngue. ( ) A educação bilíngue de surdos terá início ao zero ano, na educação infantil e se estenderá ao longo da vida.
As afirmativas são, na ordem apresentada, respectivamente,

  • A V, V e F.
  • B V, F e V.
  • C F, V e V.
  • D V, V e V.
  • E F, F e V.
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Em 2011, a Prefeitura de São Paulo assegurou, por uma portaria, a permanência de suas escolas municipais para surdos, transformando-as em escolas bilíngues para surdos.
Segundo o documento Currículo da Cidade de Língua Portuguesa para Surdos de 2019, na proposição de organização de um currículo bilíngue é importante a articulação entre as propostas da Libras e da Língua Portuguesa.
A esse respeito, assinale a afirmativa correta.

  • A Libras e Língua Portuguesa caminham de forma harmônica, mas a Libras antecipa os conhecimentos essenciais para que os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento sejam também alcançados em Língua Portuguesa.
  • B Nessa proposição curricular, a Língua Portuguesa para surdos está a serviço da Libras, com bases fundamentais de conhecimentos linguísticos.
  • C Nesta proposição curricular, a Língua Brasileira de Sinais está a serviço da Língua Portuguesa para surdos, com bases fundamentais de conhecimentos linguísticos.
  • D Para aquisição da Língua Portuguesa na modalidade escrita para surdos, é necessário a apropriação de um conteúdo em uma segunda língua, no caso a Libras.
  • E Libras e Língua Portuguesa caminham de forma harmônica, mas a Língua Portuguesa antecipa os conhecimentos essenciais para que os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento sejam também alcançados em Língua Brasileira de Sinais.
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Suzana, professora ouvinte da disciplina Ciências de uma escola inclusiva de ensino regular, faz parte de uma equipe bilíngue com instrutor surdo e intérprete de Libras de classes do 6º ano do Ensino Fundamental de surdos e ouvintes. A equipe iniciou a apresentação sobre a concepção humana, utilizando imagens e o uso de classificadores em Libras, além de outros recursos visuais.
Assinale a opção que apresenta a definição que melhor se aproxima da Pedagogia Visual em uma educação bilíngue.

  • A A proposta da Pedagogia Visual, que capta o pensamento por meio da semiótica imagética, poderá auxiliar uma educação que não só beneficie o estudante surdo, mas que garanta a participação de todos no contexto escolar.
  • B A Pedagogia Visual, conhecida como semiótica imagética, insere a cultura surda que será utilizada unicamente pelos estudantes surdos, em uma classe de ouvintes.
  • C A Pedagogia Visual é um campo de estudos na área da semiótica imagética e na prática faz uso de gestos e mímicas sem significados para a Língua de Sinais, em detrimento da compreensão por parte dos estudantes surdos.
  • D Para compreender a Pedagogia Visual, que ainda está em processo de pesquisas e estudos, é necessário que os estudantes surdos e ouvintes criem uma roda de conversa somente entre os professores e instrutores surdos usuários de Libras.
  • E Na Pedagogia Visual caberá ao tradutor e intérprete de Libras toda a pesquisa do processo da semiótica imagética, sem a participação do instrutor surdo e do professor ouvinte bilíngue.
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“A educação dos surdos é uma questão de extrema relevância para a comunidade surda do país, bem como para a população brasileira em geral – motivo pelo qual o tema de redação do ENEM em 2017 foi “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”, que proporcionou visibilidade nacional para a questão e para a comunidade surda.”
BARROS, Caio Vinícius da Silva. Politize: Educação dos surdos: escola inclusiva ou bilíngue¿ Publicado em 15/10/2002.
Para uma educação bilíngue de fato, se faz necessário o respeito a alguns princípios que conduzam a um currículo de formação educacional de surdos brasileiros.
Assinale a opção que apresenta um princípio básico que assegure as práticas de ensino de Libras no currículo escolar. 

  • A O diálogo em Libras deve ocorrer, de preferência, em ambiente doméstico.
  • B Interação com professores ouvintes que não fazem parte da comunidade surda brasileira.
  • C O ensino de Libras precisa contemplar a diversidade sociocultural específica dos surdos.
  • D A valorização da Libras como segunda língua na aprendizagem da Língua Portuguesa como primeira língua.
  • E O ensino de Libras na modalidade escrita (sing. wrinting) com metodologias de segunda língua.
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Humberto é professor de Libras, surdo oralizado e filho de pais ouvintes. O processo de sua formação como professor ocorreu com muitas dificuldades, pois somente adquiriu a Libras aos 18 anos de idade, período que ainda estava cursando o ensino médio, e, portanto, construindo sua própria identidade, em meio a culturas ouvintistas e surdas.
Assinale a opção que apresenta a identidade surda do professor surdo, citada acima.

  • A híbrida.
  • B flutuante.
  • C incompleta.
  • D de transição.
  • E de diáspora.
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Ana Clara é professora bilíngue (Libras-Língua Portuguesa) com formação de nível superior em Letras-Libras. Ela foi convocada para lecionar em escola de ensino médio de sua cidade, mas esta não conta com tradutores/intérpretes de Libras-Língua Portuguesa.
Assinale a opção que apresenta, conforme o Decreto nº 5.626/2005, o encaminhamento dado às instituições de ensino, sobre professores bilíngues e tradutores/intérpretes de Libras-Língua Portuguesa.

  • A Não havendo pessoas com titulação exigida para o exercício da profissão de tradutor/intérprete de Libras-Língua Portuguesa, pode-se recorrer a profissionais ouvintes e surdos de nível superior ou médio, para realizar a interpretação das duas línguas em instituições de ensino fundamental e médio.
  • B Não havendo pessoas com titulação exigida para o exercício da profissão de tradutor/intérprete de Libras-Língua Portuguesa, nas instituições de ensino, pode-se recorrer a profissionais surdos de nível superior para atuar somente em instituições de ensino fundamental.
  • C Contratar Tradutores/Intérpretes de Libras-Língua Portuguesa que atuam em eventos religiosos e culturais, promovendo o incentivo desses profissionais em busca de formação de nível superior, para atuar em instituições de ensino fundamental e médio e de educação superior.
  • D Contratar Tradutores/Intérpretes de Libras-Língua Portuguesa que atuam em cursos e eventos para realizar a interpretação de línguas de sinais de outros países para Libras e em instituições de ensino fundamental e médio e de educação superior.
  • E Não havendo pessoas com titulação exigida para o exercício da profissão de tradutor/intérprete de Libras-Língua Portuguesa, pode-se recorrer a profissionais ouvintes de nível superior ou médio, com aprovação em exame de proficiência promovido pelo MEC, para realizar a interpretação das duas línguas.
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Carla, professora surda de escola bilíngue, procura utilizar atividades com jogos educativos, a fim de avaliar o nível de linguagem dos alunos surdos para o desenvolvimento da Libras, verificando se houve evolução ou não no processo de aquisição.
No jogo Onde e como faço os sinais¿ a professora quer estimular e identificar os parâmetros que formam os sinais, reforçando os conhecimentos sobre vocabulário. Apresentou uma das cartelas do jogo com figuras que foram sinalizadas por ela, esclarecendo seus conceitos, e solicitou que os alunos observassem a configuração de mão alvo e identificassem quais os sinais correspondentes às figuras com a configuração de mão.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas 
Imagem: Sugestões de atividades e materiais para estimulação da linguagem compreensiva e expressiva. Do livro Língua de Sinais: Instrumentos de Avaliação. 
Assinale a opção que apresenta o par da transcrição de sinais com a mesma configuração de mão indicada abaixo. 
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • A VARRER - VER
  • B DOIS - SAPO
  • C MULHER - MENINA
  • D OCUPADO - LEMBRAR
  • E DAR - VIGIAR
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O currículo bilingue para surdos, tem como princípio, na sua organização, estabelecer uma base linguística e cognitiva consistente para impulsionar o aprendizado dos conteúdos escolares e o aprendizado de uma segunda língua.
Assinale a opção que apresenta uma das características principais do Currículo de Língua Brasileira de Sinais.

  • A A presença de um eixo focado no desenvolvimento de habilidades metalinguísticas, com base na competência linguística da Língua Portuguesa.
  • B O desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita de uma língua oral, por meio de habilidades metalinguísticas na Língua de Sinais.
  • C O processo de aquisição da língua de instrução-Língua Portuguesa escrita e oral, fundamentado no funcionamento das estruturas linguísticas da Libras.
  • D A presença de um eixo focado no desenvolvimento de habilidades metalinguísticas fundamentadas em Língua de Sinais.
  • E O contraste linguístico entre as duas línguas - Libras e Língua Portuguesa, com estruturação da segunda língua-Libras.

Pedagogia

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Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) para o ensino da matemática destacam a Etnomatemática, com uma proposta alternativa para a ação pedagógica e que busca partir da realidade do educando para se chegar a uma sedimentação do aprendizado de maneira natural, tendo um enfoque cognitivo fortemente fundamentado na cultura do educando. Para melhor compreender a Etnomatemática, bem como desenvolvê-la, se faz necessário observar suas dimensões. Considerando o exposto, assinale a afirmativa INCORRETA.
  • A Dimensão cognitiva: as características principais da espécie humana são dadas pelas ideias de comparar, classificar, quantificar, medir, explicar, generalizar, inferir e, de algum modo, avaliar.
  • B Dimensão educacional: se trata de ignorar e rejeitar comportamentos modernos, retomando os valores de humanidade, sintetizados em uma ética de respeito, solidariedade e cooperação. A proposta da etnomatemática é fazer da matemática algo vivo, lidando com situações reais no tempo e no espaço, questionando o aqui e o agora.
  • C Dimensão conceitual: Etnomatemática é um programa de pesquisa em história e filosofia da matemática, com óbvias implicações pedagógicas. Cada indivíduo percebe uma realidade natural, formada pelas experiências e saberes acumulados por ele e pela sua espécie. O acúmulo de conhecimentos compartilhados pelos indivíduos de um grupo e os seus comportamentos compatibilizados constituem a cultura de um grupo.
  • D Dimensão política: uma maneira eficiente de manter um indivíduo, tribo, grupo ou cultura inferiorizados é enfraquecer suas raízes, excluir a história do conquistado. Nas escolas onde há o encontro da criança, adolescentes e jovens, que têm suas raízes culturais, com a outra cultura, a cultura da escola, que é também a do professor, poderia ter resultados positivos e criativos, mas, geralmente, o que se nota são resultados negativos e perversos.
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A autonomia refere-se à capacidade de posicionar-se, elaborar projetos pessoais e participar enunciativa e cooperativamente de projetos coletivos, ter discernimento, organizar-se em função de metas eleitas, governar-se, participar da gestão de ações coletivas, estabelecer critérios e eleger princípios éticos. Isto é, a autonomia fala de uma relação emancipada, íntegra com as diferentes dimensões da vida, o que envolve aspectos intelectuais, morais, afetivos e sociopolíticos. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), a autonomia é: 
  • A Motor de todo o planejamento do professor e condição última para a promoção do aluno.
  • B Utopia preconizada nos currículos tradicionais, versão ultrapassada com a publicação dos PCNs.
  • C Tomada ao mesmo tempo como capacidade a ser desenvolvida pelos alunos e como princípio didático geral, orientador das práticas pedagógicas.
  • D Entendida como condição a ser conquistada quando os alunos ingressarem no mundo adulto, já que, durante a escolarização, atingem apenas a heteronomia.
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As correntes pedagógicas não se extinguem, mas passam a conviver e orientar ações até os dias atuais, embora se modifiquem em prol do público e das modificações acarretadas pelo contexto sócio-histórico. Dessa forma, os professores podem se utilizar de uma concepção, ou de outra, de acordo com o que deseja ensinar e isto é observado, inclusive, na organização dos espaços escolares. A organização da sala de aula depende do que a gestão espera da aprendizagem dos alunos. Observe a organização e a disposição dos móveis nas duas salas de aula: Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
Pode-se depreender que:
  • A Na sala de aula B, não há lugar privilegiado para o professor; antes, seu papel era auxiliar o desenvolvimento livre e espontâneo da criança; se intervém, é para dar forma ao raciocínio dela.
  • B Na sala de aula B, a aprendizagem ocorre de forma receptiva e mecânica, para recorrer frequentemente à coação. A retenção do material ensinado é garantida pela repetição de exercícios sistemáticos e recapitulação da matéria.
  • C Na sala de aula A, a motivação depende da força de estimulação do problema e das disposições internas e interesses do aluno. Assim, aprender se torna uma atividade de descoberta; é uma autoaprendizagem, sendo o ambiente apenas o meio estimulador.
  • D Na sala de aula A, tanto a exposição do conteúdo quanto a análise são feitas pelo aluno e a ideia de “aprender fazendo” está sempre presente. Valorizam-se as tentativas experimentais; a pesquisa; a descoberta; o estudo do meio natural e social; e, o método de solução de problemas.
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O processo de alfabetização deve estimular a criança a falar e a ouvir, por meio de atividades lúdicas. Em relação à escrita, a curiosidade sobre os textos escritos deve ser estimulada na criança, pois ela construirá uma concepção de língua escrita após a iniciação da cultura escrita. Portanto, é nos primeiros anos do ensino fundamental que a criança irá aprofundar os seus conhecimentos sobre linguagens. Ela deve adquirir o sistema de escrita alfabético e desenvolver habilidades de leitura e escrita, a partir de quatro práticas de linguagem; assinale-as.
  • A Pré-silábico; silábico; alfabético; e, ortográfico
  • B Leitura/escuta; escrita; oralidade; e, análise linguística/semiótica.
  • C Codificação; decodificação; oralidade; e, análise linguística/semântica.
  • D Leitura/escuta; ortografia; consciência fonológica; e, consciência semiótica.
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Jogos, brinquedos e brincadeiras são muito importantes para a criança, que constrói, experimenta, aprende e demonstra toda a sua criatividade através deles. Piaget se interessou pela construção do conhecimento e buscou entender como os símbolos presentes no jogo e na imitação infantis se relacionam com a capacidade de simbolizar o mundo e a si mesma, e mais, como conferem à criança novas qualidades em seu desenvolvimento mental, bem como novas possibilidades de interação com os objetos. Considerando as relações entre formação dos símbolos e os jogos, é correto afirmar que:
  • A A formação do símbolo na criança revela como a criança constrói conceitos antes dos pré-conceitos.
  • B O jogo assim como a imitação expressam relações de desequilíbrio entre assimilação e acomodação.
  • C Como o desenvolvimento caminha do pensamento intuitivo ao egocêntrico, ambos antecedem o pensamento operatório.
  • D O aspecto individual do símbolo é essencial para a compreensão do desenvolvimento da criança pequena, embora não seja carregado de afetividade.
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Ferreiro e Teberosky iniciaram, em 1974, uma investigação, partindo da concepção de que a aquisição do conhecimento se baseia na atividade do sujeito em interação com o objeto de conhecimento e demonstraram que a criança antes de chegar à escola tem ideias e faz hipóteses sobre o código escrito, descrevendo os estágios linguísticos que percorre até a aquisição da leitura e da escrita. Assim, a partir do advento do que ficou conhecido como psicogênese da língua, podemos compreender as fases ou os estágios pelos quais nossas crianças transitam até se apropriar do código escrito. A imagem seguir representa como é a escrita em um desses estágios: Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
Sobre as características observadas, assinale a afirmativa correta.
  • A Escrita pré-silábica: a criança passa a entender que as sílabas possuem mais de uma letra. Porém, para entender os fonemas, é importante que a criança também pratique sílabas só com uma letra intercalada com sílabas maiores.
  • B Escrita alfabética: a criança passa a reproduzir adequadamente todos os fonemas de uma palavra; percebe o modo de construção do código da escrita. Entende que a escrita possui uma função social, mas ainda não se mostra nem léxica nem ortográfica.
  • C Escrita silábico-alfabética: a criança passa a relacionar as sílabas faladas a mais de uma letra. Ela realiza as primeiras combinações de vogais e consoantes em uma mesma palavra, tentando combinar sons, e entende que a escrita representa o som da fala e já é capaz de realizar leituras menos complexas. É a fase inicial de fonetização da escrita.
  • D Escrita silábica: a criança admite haver correspondência entre letras e fala, mesmo que ela não esteja pronta para conectar as letras aos seus sons e que registre cada sílaba por meio de apenas uma letra, aleatória ou não. A criança tenta ainda fonetizar a escrita e dar valor sonoro para as letras, e passa a desconfiar de que a menor unidade de língua seja a sílaba.
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A legislação brasileira garante indistintamente a todos o direito à escola, em qualquer nível de ensino, e prevê, além disso, o atendimento especializado a crianças com necessidades educacionais especiais. O direito à educação é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas. No Brasil, este direito apenas foi reconhecido:
  • A Na Constituição Federal de 1988.
  • B Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 9.394, de 1996.
  • C Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação nº 5.692, de 1971.
  • D No Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de 1990.
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Educação é uma ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontram ainda preparadas para a vida social e tem por objetivo suscitar e desenvolver na criança certo número de estados físicos, intelectuais e morais reclamados pela sociedade política, no seu conjunto e pelo meio especial a que a criança particularmente se destina. O processo da educação, nessa concepção, confunde-se com a ideia de: 
  • A Engajamento: o indivíduo educado passa por uma reflexão sobre a experiência, favorecendo a construção de novos saberes.
  • B Apatia: o indivíduo educado entende a educação como ação transformadora da sociedade em busca de objetivos considerados como válidos.
  • C Transformação: o indivíduo educado compreende a vida de sua comunidade, recebendo ideias e conceitos fundamentalmente transformadores de realidades sociais
  • D Ajustamento: o indivíduo educado seria o ajustado à vida da sua comunidade, sem nenhum julgamento crítico sobre seus usos e costumes, sobre o seu modo de viver, aceitando passivamente a cultura de seu meio social.
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As tendências pedagógicas são de extrema relevância para a Educação, pois contribuem para a condução de um trabalho docente mais consciente, baseado nas demandas atuais da clientela em questão. O conhecimento dessas tendências e perspectivas de ensino por parte dos professores é fundamental para a realização de uma prática docente realmente significativa, que tenha algum sentido para o aluno. Alguns autores organizam estas tendências em grupos filosóficos progressista e liberal. Sobre as tendências liberais, analise as afirmativas a seguir.
I. É uma manifestação da sociedade capitalista, não tendo o sentido de avançado, democrático e aberto. II. A educação brasileira, pelo menos nos últimos cinquenta anos, tem sido marcada pelas tendências liberais, nas suas formas ora conservadora, ora renovada. III. Sustenta a ideia de que a escola tem por função preparar os indivíduos para o desempenho de papéis sociais, de acordo com as aptidões individuais. IV. A ênfase no aspecto cultural esconde a realidade das diferenças de classes, pois, embora difunda a ideia de igualdade de oportunidades, não leva em conta a desigualdade de condições.
Está correto o que se afirma em
  • A I, II, III e IV.
  • B I e IV, apenas.
  • C II e III, apenas.
  • D I, II e III, apenas.
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Sobre a proposta atual do ensino religioso, de acordo com a legislação da educação nacional, Art. 33, assinale a afirmativa INCORRETA. 
  • A Na oferta do ensino religioso, deve-se assegurar o respeito à diversidade cultural e religiosa e vedadas quaisquer formas de proselitismo.
  • B Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, constituída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição dos conteúdos do ensino religioso.
  • C Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos para a definição de conteúdos do ensino religioso e estabelecerão normas para a habilitação e admissão de professores.
  • D O ensino religioso de matrícula obrigatória é parte integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino médio.

Matemática

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12,9 km equivalem a

  • A 129000 dm.
  • B 12900 dm.
  • C 1290 dm.
  • D 129 dm.
  • E 1,29 dm
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O sistema de um banco cria senhas aleatórias de 8 dígitos, sem repetição, com as 26 letras do alfabeto. Quantas senhas diferentes esse sistema consegue formar?

  • A De 83.648.791.320 maneiras diferentes.
  • B De 62.990.928.000 maneiras diferentes.
  • C De 57.432.618.500 maneiras diferentes.
  • D De 39.840.700.000 maneiras diferentes.
  • E De 47.215.514.000 maneiras diferentes.
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A função f(x)= 5x²– 120x, possui duas raízes, uma delas é o zero e a outra é a raiz positiva de:
  • A √144
  • B √196
  • C √400
  • D √529
  • E √576
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Para a felicidade dos moradores de um bairro da região metropolitana de Goiânia, foi inaugurado o primeiro clube aquático municipal público, que poderá ser usado por toda a população, tanto da capital quanto do seu entorno. No clube, uma das piscinas tem profundidade variável, conforme a ilustração a seguir. A superfície de tal piscina é um retângulo com 6 m de comprimento e 2 m de largura. A maior profundidade mede 2,5 m e a menor, 1 m. 


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas



Com base nessa situação hipotética, é correto afirmar que, para encher completamente a piscina, são necessários 

  • A 30.000 L de água.
  • B 21.000 L de água.
  • C 12.000 L de água.
  • D 11.000 L de água.
  • E 10.500 L de água.
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Joana trabalha em uma loja de roupas e recebeu a tarefa de organizar uma certa quantidade de camisetas, no maior número de pilhas e sem sobra de camisetas. Ao contabilizar as camisetas, ela concluiu que há 840 camisetas brancas, 945 camisetas pretas e 1050 camisetas azuis. Se todas as pilhas são iguais e contém camisetas dos três tipos, quantas camisetas há em cada pilha?

  • A 25.
  • B 26.
  • C 27.
  • D 28.
  • E 29.
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Um médico, ao prescrever um tratamento, recomenda que um enfermeiro administre três medicamentos em um paciente de acordo com a seguinte escala: remédio 1, de 5 em 5 horas, remédio 2, de 8 em 8 horas e remédio 3, de 12 em 12 horas. Se o paciente iniciou o tratamento às 10h, do dia 30 de junho, que dia o paciente irá receber os três remédios, simultaneamente, novamente?

  • A 02 de julho
  • B 03 de julho
  • C 04 de julho
  • D 05 de julho
  • E 06 de julho
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Duas torneiras de vazão igual a 100 litros por minuto enchem uma caixa d’água, em 6 horas. Quanto tempo levará para encher a mesma caixa, se mais três torneiras de mesma vazão forem abertas?

  • A 2h e 24min.
  • B 3h.
  • C 3h e 10min.
  • D 4h.
  • E 4h e 05min.
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Para construir um prédio, em 360 dias, 180 operários trabalham, 7 horas diárias. No entanto, como se deseja terminar a obra em 350 dias, de 8 horas diárias de trabalho, determine quantos operários a mais devem ser contratados.

  • A 12.
  • B 15.
  • C 17.
  • D 20.
  • E 24.
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Um professor de inglês calculou e anotou na tabela abaixo, a média aritmética das notas de suas quatro turmas.

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Sabendo que a média aritmética das notas de Inglês dos 100 alunos das turmas A, B, C e D é 7,3, qual é a média aritmética das notas da turma C? 

  • A 7,0.
  • B 7,5.
  • C 8,0.
  • D 8,5.
  • E 9,0.
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Por quanto tempo, um capital de R$ 1.780,00 deverá ser aplicado no regime de juros simples, a uma taxa de 1,5% ao mês, a fim de render R$ 186,90 de juro:

  • A 7 meses.
  • B 8 meses.
  • C 9 meses.
  • D 10 meses.
  • E 11 meses