Resolver o Simulado Perito Criminal - Nível Superior

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Criminologia

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A respeito das características das escolas criminológicas clássicas e positivistas, é INCORRETO afirmar:

  • A A metodologia da escola clássica é a lógico-abstrata e a da escola positivista é a empírica-experimental.
  • B A escola clássica dá ênfase na prevenção geral e a positivista na prevenção especial negativa.
  • C A escola clássica defende uma concepção orgânica de sociedade e a positivista uma concepção contratualista de sociedade.
  • D A escola clássica dá ênfase na contenção do poder punitivo e a positivista na defesa social.
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Mévio trabalha como Agente de Segurança Educacional. Diante da ocorrência de um conflito em que Tício foi ofendido por Caio e com a intenção de resolver a situação, tendo como premissa a Justiça Restaurativa, Mévio solucionou o conflito por meio do (a):

  • A Ministério público com consequente acionamento do poder judiciário.
  • B Diálogo e negociação, com a participação ativa da vítima e passiva do ofensor.
  • C Diálogo e negociação, com a participação ativa da vítima e do seu ofensor.
  • D Diálogo e negociação, com a participação passiva da vítima e ativa do ofensor.
  • E Conflito de interesses com sentença proferida pelo magistrado.
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Levando-se em conta os princípios constitucionais que regem o processo penal brasileiro, corresponde ao que a doutrina brasileira nomeou de "garantismo penal integral":

  • A a prevalência do direito das vítimas sobre os direitos fundamentais do réu;
  • B processo penal ter como exclusiva função servir de proteção ao réu contra abusos do Estado;
  • C uma oposição à teoria do garantismo desenvolvida por Ferrajoli, que defende o abolicionismo penal;
  • D os princípios penais e processuais penais serem interpretados de modo a favorecer a condenação de culpados, mesmo que exista violação de direitos fundamentais;
  • E o reconhecimento de que no processo penal deve existir o equilíbrio entre os direitos fundamentais do réu e da vitima, bem como os interesses da sociedade.
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Segundo Eduardo Viana (2018), a criminologia é uma ciência relativamente nova e não pode, de modo algum, ser esquecida ou ladeada em razão de uma inaceitável preferência pelo dogmatismo acrítico e isolacionista. O enfrentamento da (moderna) criminalidade depende, e muito, da conjugação dos esforços da Criminologia e do Direito Penal. Contribuindo para a construção da criminologia enquanto ramo do saber, destaca-se

  • A Cesare Beccaria, precursor da escola positivista sociológica, ao estudar o crime pelo método observacional, em que o fenômeno criminológico é tido como decorrente de fatores físicos, sociais e antropológicos.
  • B Paul Topinard, precursor da escola cartográfica, ao estudar o crime pelo método estatístico, em que o criminoso era avaliado a partir do comportamento do homem médio.
  • C Cesare Lombroso, precursor da escola positivista, ao estudar o crime pelo método experimental, em que se desenvolve a figura do criminoso nato, associando-o ao atavismo.
  • D Lambert Adolphe Quetelet, precursor da escola clássica, ao estudar o crime pelo método lógico-abstrato, em que a pena, de caráter retributivo, deveria ser severa, certa e clara.
  • E Enrico Ferri, precursor da escola sociológica do consenso, ao estudar o crime pelo método probabilístico, em que se parte de um pressuposto de que há valores fundamentais que orientam a ordem social.

Criminalística

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Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e seu manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte, conforme o art. 158-A do Código de Processo Penal. Quanto às etapas do rastreamento do vestígio da cadeia de custódia, assinale a alternativa correta.

  • A Reconhecimento é o procedimento relativo à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial. É o que ocorre quando o corpo é sepultado ou quando a droga apreendida é destruída e se preserva, evidentemente, amostra necessária à realização do laudo definitivo e para fins de eventual contraprova.
  • B Acondicionamento é o ato de recolher o vestígio que será submetido à análise pericial, respeitando suas características e sua natureza, como, por exemplo, quando o cadáver é retirado da casa. 
  • C Isolamento é o ato de evitar que se altere o estado das coisas, isolando e preservando o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e ao local de crime. É o que ocorre quando a autoridade policial isola o cômodo e a casa onde o corpo foi encontrado.
  • D Recebimento é o ato de transferir o vestígio de um local para outro utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle e sua posse. Nos casos das amostras biológicas, a cadeia de custódia deve ser a mais curta possível para evitar a degradação do material.
  • E Fixação é o exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada às suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito. Na hipótese de um cadáver, realiza-se uma necrópsia.
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No âmbito das lesões corporais causadas pela ação de projetil expelido por tiro de arma de fogo, o vestígio mais adequado para inferência acerca da proximidade entre a vítima e a arma de fogo do atirador é a

  • A orla de enxugo.
  • B zona de tatuagem.
  • C borda evertida.
  • D orla de escoriação.
  • E zona de contusão.
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Em um locas de acidente de trânsito, para o esclarecimento da dinâmica e da causa do embate oblíquo entre dois veículos, é fundamental que o perito criminal determine o ponto/sitio de colisão sobre a pista. Qual é o vestígio determinante para averiguação do exato ponto de colisão?
  • A Marcas de arrastamento de corpo flácido
  • B Pontos de repouso final dos veículos
  • C Sedes de impacto nos veículos
  • D Marcas de distorção/deflexão pneumática
  • E Fragmentos de vidro esparsos
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Tecnicamente, lesões verificadas no pescoço são diferenciadas em função da região anatômica onde a lesão se produz e pela separação parcial ou total da cabeça. Acerca desse assunto, a secção quase total do pescoço feita pela parte posterior refere-se a 
  • A decapitação.
  • B esgorjamento.
  • C degola.
  • D ferida punctória.
  • E ferida perfurocontusa.
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O art. 171 do Decreto-Lei n° 3.689/1941 (Código de Processo Penal) estabelece que, "nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo a subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos, além de descrever os vestígios, indicarão com que instrumentos, por que meios e em que época presumem ter sido o fato praticado."

Esse dispositivo está relacionado, principalmente, a exame pericial de local de crimes
  • A contra o patrimônio.
  • B contra a pessoa.
  • C de trânsito.
  • D contra a dignidade sexual.
  • E de incêndio.

Medicina Legal

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Considere a descrição: "projeção dos olhos e da língua e distensão do abdome, o qual permite um som timpânico pela percussão, destacamento da epiderme e desenho marcado na derme".


O fenômeno cadavérico e os sinais descritos correspondem, respectivamente, à

  • A maceração e ao sinal de Spalding.
  • B mumificação e ao fenômeno de Brakeman.
  • C putrefação e à circulação póstuma de Brouardel.
  • D saponificação e ao parâmetro de Thouret.
  • E conficação e ao achado de Della Volta.
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De acordo com os critérios diagnósticos de morte encefálica, a respeito dos exames clínicos e complementares empregados para se aferir a atividade e a vitalidade cerebrais, assinale a alternativa correta.

  • A Os exames físicos incluem, pelo menos, cinco testes de reflexos oculares/palpebrais.
  • B O reflexo corneano e a angiografia fazem parte dos exames complementares.
  • C O potencial evocado é um exame constituinte da lista de exames clínicos primários. 
  • D O teste da apneia figura como exame complementar para o estudo da morte encefálica.
  • E O reflexo oculocefalogiro é caracterizado pelo desvio dos olhos para cima (fenômeno de Bell).
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Crimes contra a dignidade sexual requerem perícias que se fundamentam em procedimentos técnicos específicos, como os exames subjetivo e objetivo da vítima. Com relação a esses exames, assinale a alternativa correta.

  • A As condições psíquicas da vítima são contempladas no exame objetivo específico.
  • B No exame subjetivo, a pericianda é analisada em posição ginecológica. 
  • C O peso e a estatura da vítima são avaliados e descritos durante o exame objetivo genérico. 
  • D No exame objetivo específico, o perito deve se restringir à nominação das lesões.
  • E Sangramentos, rupturas e orvalhamento sanguíneo são verificados no exame subjetivo.
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Com base no estudo das asfixias, considerando suas características por espécie, assinale a alternativa correta.

  • A A obstrução das vias respiratórias por substância pulverulenta raramente é acidental.
  • B O fenômeno das "unhas rosadas" caracteriza sinal patognomônico da causa de morte por afogamento. 
  • C O fenômeno dos "dentes rosados" caracteriza sinal patognomônico da morte por estrangulamento.
  • D No soterramento, a presença de substâncias obstrutivas nas vias respiratórias é constatada tanto em vida quanto post mortem.
  • E A pele anserina constitui um dos sinais cadavéricos externos da vítima fatal de afogamento.

Raciocínio Lógico

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Texto CG2A2-I

O diálogo a seguir apresenta uma discussão sobre futebol.
Alvin: Seu time é muito ruim...
Bruno: Você está errado, pois meu time é multicampeão de inúmeros torneios.
Alvin: [seu time] nunca foi campeão da Champions League.
Bruno: [meu time] foi campeão da Champions League todas as vezes que disputou esse campeonato.

A partir do texto CG2A2-I e sabendo-se que o time de Bruno nunca disputou a Champions League, assinale a opção correta.

  • A A segunda afirmação de Alvin é verdadeira, mas a segunda afirmação de Bruno é falsa.
  • B A segunda afirmação de Alvin é falsa, mas a segunda afirmação de Bruno é verdadeira.
  • C A segunda afirmação de Alvin e a segunda afirmação de Bruno são ambas falsas.
  • D Não é possível determinar o valor lógico de pelo menos uma dentre as segundas afirmações de Alvin e Bruno.
  • E A segunda afirmação de Alvin e a segunda afirmação de Bruno são ambas verdadeiras.
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Considere a proposição P: “a menos que o sistema funcione, o servidor não entregará o trabalho”. Assinale a opção que apresente uma proposição equivalente a P.

  • A Se o sistema funcionar, o servidor entregará o trabalho.
  • B Se o sistema não funcionar, o servidor não entregará o trabalho.
  • C O servidor entregará o trabalho a menos que o sistema não funcione.
  • D O sistema funciona e o servidor entrega o trabalho.
  • E Quanto mais o sistema funcionar, mais trabalho o servidor entregará.
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Um grupo é formado por 9 analistas administrativos, entre eles, Paulo e Miguel. Um grupo de trabalho será formado com cinco desses analistas, obedecendo-se às seguintes condições:
• Em primeiro lugar, um dos analistas deve ser escolhido para ser o líder do grupo; • Esse líder não pode ser nem Paulo, nem Miguel; • Miguel deve, obrigatoriamente, fazer parte do grupo.
A quantidade máxima de grupos distintos que podem ser formados sob as condições impostas é de:

  • A 210
  • B 225
  • C 230
  • D 245
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Na segunda fase de um concurso, os 300 candidatos aprovados na fase anterior deveriam resolver três questões discursivas, A, B e C, sendo que para cada uma dessas questões seria atribuído 1 ponto ou 0 ponto. Ao final dessa fase, verificou-se que:

• 160 candidatos conseguiram 1 ponto na questão B;

• 140 candidatos conseguiram 1 ponto na questão C;

• 50 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões A e B;

• 60 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões A e C;

• 40 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões B e C;

• 30 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões A, B e C;

• Todos os candidatos conseguiram pelo menos 1 ponto.


O número total de candidatos que conseguiram 1 ponto na questão A corresponde a:

  • A 100
  • B 110
  • C 120
  • D 130
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Edson e Roberto fazem uma aposta jogando dois dados, ambos regulares. Edson ganha a aposta se saírem dois números maiores do que 3. Caso contrário, ganha Roberto.
Eles pretendem fazer um jogo honesto. Se perder, Edson pagará a Roberto 10 reais.
Então, se perder, Roberto deverá pagar a Edson

  • A 18 reais.
  • B 24 reais.
  • C 30 reais.
  • D 42 reais.
  • E 46 reais.

Matemática

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12,9 km equivalem a

  • A 129000 dm.
  • B 12900 dm.
  • C 1290 dm.
  • D 129 dm.
  • E 1,29 dm
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Hélio comprou um pacote com menos de 160 alfinetes, e pretende utilizar diariamente o mesmo número de alfinetes. Após contabilizar o número total de alfinetes disponíveis no pacote, percebeu que poderia utilizar por dia, ou 4 alfinetes, ou 5 alfinetes, ou 6 alfinetes, e, qualquer fosse a opção, todos os alfinetes seriam utilizados. O número total de alfinetes do pacote é

  • A 40.
  • B 45.
  • C 50.
  • D 55.
  • E 60.
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Josué faz trufas. Quando ele trabalha com outros dois funcionários por três dias, juntos produzem 180 trufas. Quantas trufas serão produzidas se ele trabalhar com outros quatro funcionários, no mesmo ritmo, por quatro dias?

  • A 300 trufas.
  • B 400 trufas.
  • C 500 trufas.
  • D 600 trufas.
  • E 700 trufas.
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RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO  
Roberto, José e Vander são funcionários de um determinado Conselho Regional de Farmácia há 28, 30 e 54 meses, respectivamente. Com a atualização do sistema de cadastro de denúncias recebidas por telefone e e-mail, 1.324 denúncias precisam ser arquivadas. Considerando que o número de denúncias que cada funcionário irá arquivar é inversamente proporcional ao tempo de trabalho de cada um, em meses, é correto afirmar que: 
  • A José arquivou 504 denúncias.
  • B Vander arquivou 290 denúncias.
  • C Vander arquivou 316 denúncias.
  • D Roberto arquivou 542 denúncias.
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Um quadro-negro de forma retangular tem lados horizontais de 81,0cm e lados verticais de 70,2cm. Deseja-se traçar linhas horizontais e verticais igualmente espaçadas, de modo a cobrir inteiramente o quadro-negro de quadrados.
O número mínimo de quadrados que se obtém dessa forma é igual a 

  • A 195.
  • B 209.
  • C 216.
  • D 252.
  • E 280.

Noções de Informática

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Nos ambientes organizacionais é comum o emprego de ferramentas de produtividade, como o Microsoft Word, a partir da oferta de diversos recursos que possibilitam a construção de documentos profissionais eficientemente. Considere um usuário que está trabalhando em um documento numa versão recente do Microsoft Word em Português e deseja aplicar o seguinte efeito na letra “O” no início do parágrafo, conforme a ilustração a seguir:
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Assinale a alternativa que descreve o nome deste recurso disponível na aba “Inserir” do Microsoft Word.

  • A Partes Rápidas.
  • B Letra Capitular.
  • C Meus Suplementos.
  • D Referência Cruzada.
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É o núcleo do sistema operacional. Ele representa a camada mais baixa de interface com o Hardware, sendo responsável por gerenciar os recursos do sistema computacional em sua totalidade.
Fonte: http://uab.ifsul.edu.br/tsiad/conteudo/modulo1/sop/ua/at2/04.html
Marque a alternativa CORRETA que corresponde ao contexto acima.

  • A Unidade de disco.
  • B BIOS.
  • C Kernel.
  • D Partição.
  • E Chipset.
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Em relação aos Antivírus e Firewall, analise as afirmativas a seguir e assinale a alternativa correta.
I. Os Antivírus combatem malwares tais como: Cavalo de Tróia, Adware e Spyware.

II. Tanto o Antivírus como o Firewall têm o propósito de proteger o computador de ameaças.

III. O Firewall tem como função principal compactar os dados de entrada em uma rede.
Das afirmativas:

  • A apenas I e II são tecnicamente verdadeiras
  • B apenas II e III são tecnicamente verdadeiras
  • C apenas I e III são tecnicamente verdadeiras
  • D I, II e III são tecnicamente verdadeiras
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De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados, as atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar a boa-fé, bem como alguns princípios. O princípio que representa a limitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização de suas finalidades, com abrangência dos dados pertinentes, proporcionais e não excessivos em relação às finalidades do tratamento de dados é: 
  • A Finalidade.
  • B Prevenção.
  • C Necessidade.
  • D Transparência.
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Utilizando o Google planilhas e aplicando a fórmula: = MED(A2:A6) aos dados representados na figura abaixo, assinale a alternativa que corresponde ao resultado da aplicação da fórmula


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

  • A 100
  • B 130
  • C 140
  • D 135
  • E 150
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Um computador precisa de memória para armazenar os dados e as informações, seja de forma temporária (volátil) ou permanente (não volátil). Pode-se representar a hierarquia dos tipos de memória em um esquema de pirâmide, onde quanto mais próxima da base da pirâmide, maior é a capacidade de armazenamento, menor é a velocidade e menor é o preço.


Observe a imagem a seguir e associe a cada nível (de 1 a 4) à memória correspondente.


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas



A associação correta é


  • A  memória cache, registradores, memória principal e memória secundária.
  • B memória cache, memória principal, memória secundária e registradores. 
  • C memória principal, memória secundária, memória cache e registradores.
  • D registradores, memória cache, memória principal e memória secundária. 
  • E registradores, memória cache, memória secundária e memória principal.

Biologia

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A formação de um imunocomplexo consiste na associação molecular entre antígeno e anticorpo, que pode se dissociar sem alteração química irreversível para a molécula de antígeno. Essa combinação ocorre de forma específica por combinações entre as estruturas químicas envolvidas na ligação. COnsiderando os tipos de interação entre o antígeno e anticorpo específico, a habilidade de um sítio de combinação de anticorpo em particular de reagir com mais de um determinante antigênico ou a habilidade de uma população de moléculas de anticorpos de reagir com mais de um antígeno refere-se à 
  • A avidez.
  • B opsonização.
  • C reação cruzada.
  • D hemaglutinação.
  • E imunização passiva.
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Uma população encontra-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg quando não apresenta alteração na frequência de alelos ao longo das gerações. Nas situações em que os fatores evolutivos não atuam em uma população, a frequência gênica e as proporções genotípicas permanecerão constantes por um longo período de tempo. Considerando que as populações de indivíduos são afetadas, constantemente, por fatores que influenciam as frequências alélicas e genotípicas, assinale a alternativa correspondente a um evento ou fator que permanece atuante na população quando ela atinge o equilíbrio de Hardy-Weinberg. 
  • A Migração.
  • B Seleção natural
  • C Mutação
  • D Oscilações genéticas
  • E Segregação mendiliana
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Vários tipos transgênicos de plantas de soja e de milho vêm sendo desenvolvidos atualmente. A planta de soja mais conhecida e plantada comercialmente expressa, por meio de técnicas de biotecnologia, um gene de outro organismo capaz de torná-la tolerante ao uso de um tipo de herbicida, o glifosato. Em organismos transgênicos, a característica de interesse será manifestada em decorrência da
  • A transferência do DNA para genomas hospedeiros por meio de plastídeos nucleares. 
  • B inserção de genes exógenos de genoma das células hospedeiras por meio de plastídeos mitocondriais.
  • C tradução do RNA mensageiro sintetizado a partir do DNA recombinante.
  • D transcrição do RNA transportador a partir do gene recombinante.
  • E expressão de proteínas da soja sintetizadas a partir do DNA não hibridizado.
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As enzimas são proteínas globulares que atuam como catalisadores nas diferentes reações do organismo. No mecanismo de ação, após ser ativada por um cofator, a enzima se liga ao substrato, reage e gera um produto final que se desliga da enzima. Acerca da função enzimática, é correto afirmar que as enzimas
  • A incativam o sítio de ligação do substrato em pH 7.
  • B aceleram a formação do substrato em temperaturas acima de 40°C.
  • C ativam os sítios de ligação apenas com cofatores de mesma função biológica. 
  • D reconhecem nucleotídeos do substrato a partir da interação com cofatores proteicos. 
  • E reduzem a energia de ativação reacional. 
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As enzimas de restrição são ferramentas biotecnológicas utilizadas em técnicas de biologia molecular e foram descobertas em bactérias que produziam enzimas que seccionavam o DNA viral, gerando resistência à infecção por bacteriófagos. As enzimas de restrição reconhecem determinadas sequências nucleotídicas do DNA e fragmentam a molécula sempre que identificam essa sequência. Elas atuam 
  • A como exonucleases, clivando nucleotídeos do DNA alvo nas extremidades livres. 
  • B identificando determinadas sequências específicas e clivando as ligações entre o grupo hidroxila 3' de um nucleotídeo e o grupo fosfato 5' do nucleotídeo adjacente. 
  • C como endonucleases, pela interação dos aminoácidos do sítio de ligação e as ligações de hidrogênio entre as bases nitrogenadas. 
  • D adicionando novos nucleotídeos às sequências coesivas de quatro a sesis nucleotídeos, partir da extremidade 5' do grupamento fosfato. 
  • E como ligases em experimentos de clonagem de DNA, para a inserção de sequências gênicas em plamídeos bacterianos.
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A síndrome de ectrodactilia, a displasia ectodérmica e fenda labíopalatina (EEC) corresponde a uma rara anomalia genética congênita associada à mutação no cromossomo 7 ou translocação entre os cromossomos 7 e 9, com penetrência e expressividade variáveis, determinada essencialmente pelas características de ectrodactilia nos pés e nas mãos, com apenas dois dígitos em forma de "garra de lagosta". Em um casal de homozigotos, cujo pai é portador da ectrodactilia e a mãe não apresenta a condição, foi verificado que há probabilidade de aparecimento da ectrodactilia em 100% da prole. 


Nesse contexto, tendo em vista as padrões de herança genética e as informações acerca do caso, a condição genética mencionada corresponde a um tipo de herança

  • A ligada ao cromossomo X.
  • B autossômica recessiva.
  • C restrita ao cromossomo Y.
  • D autossômica dominante.
  • E influenciada pelos sexo.
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As plantas conhecidas como leguminosas contêm bactérias fixadoras de nitrogênio em suas raízes, que aumentam o nitrogênio do solo para uso por outras espécies, relação conhecida como símbiose rizóbio-leguminosa. Esse é um exemplo de mecanismo de sucessão ecológica de
  • A facilitação.
  • B cronossequência.
  • C prioridade.
  • D tolerância.
  • E inibição.
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“Biodiversidade” é um termo que engloba diferentes níveis biológicos de diversidade, desde genes até espécies e comunidades. Em um nível global, a biodiversidade não se apresenta igualmente distribuída na Terra. Assinale a alternativa que informa CORRETAMENTE um dos principais padrões de biodiversidade global.

  • A A biodiversidade é menor próximo a linha do equador e aumenta em direção aos polos.
  • B A biodiversidade é menor nas zonas temperadas e aumenta tanto na zona tropical quanto nas zonas polares.
  • C A biodiversidade é maior nas zonas polares e declina em direção à zona tropical.
  • D A biodiversidade é maior próximo a linha do equador e declina em direção aos polos.
  • E A biodiversidade é maior nas zonas temperadas e declina tanto na zona tropical quanto nas zonas polares.
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A raiva humana é uma doença viral que causa uma encefalite progressiva aguda e letalidade de aproximadamente 100%, com casos raros de cura. O “Boletim Epidemiológico Zoonoses e Intoxicações” Nº 3, de abril de 2023, publicado pela Secretaria da Saúde do Estado do Paraná, informa que o envio de amostras de animais potenciais transmissores da raiva para diagnóstico no Laboratório Central do Estado do Paraná (LACEN) é uma importante ferramenta na vigilância da circulação desse vírus no estado do Paraná. Assinale a alternativa que informa CORRETAMENTE um dos critérios de amostras de cães/gatos a serem enviadas ao LACEN, com interesse para o diagnóstico de raiva, segundo o citado boletim epidemiológico.

  • A Cães/gatos que morreram apresentando úlceras cutâneas, visto que tal característica é uma manifestação clínica da raiva.
  • B Cães/gatos comprovadamente não vacinados contra a raiva que morreram de causas desconhecidas.
  • C Cães/gatos que morreram de parvovirose, pois o vírus da raiva é associado a essa patologia.
  • D Cães/gatos atropelados em vias públicas, visto que o vírus da raiva altera o senso de direção do animal.
  • E Cães/gatos comprovadamente vacinados contra a raiva mas que demostraram comportamento agressivo anterior à morte.

Física

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A Primeira Lei da Termodinâmica estabelece que a variação da energia interna (ΔU) de um sistema é dada pela diferença entre o calor trocado com o ambiente (Q) e o trabalho realizado no processo termodinâmico (W), da seguinte forma: ΔU = Q - W. Assim, quando o trabalho realizado pelo sistema for igual ao calor fornecido a ele, haverá uma transformação

  • A adiabática.
  • B isovolumétrica.
  • C isobárica.
  • D com diminuição de temperatura.
  • E isotérmica.
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Para analisas diferentes brilhos em lâmpadas ligadas, um estudante montou circuitos elétricos usando fios condutores, duas baterias idênticas (cada uma com diferença de potencial U) e duas lâmpadas idênticas (cada qual com resistência R). O primeiro circuito montado foi configurado com as baterias ligadas em série e as lâmpadas em paralelo, enquanto o segundo circuito montado foi configurado com as baterias ligadas em paralelo e as lâmpadas em série. Considerando os circuitos elétricos montados pelo estudante, e aplicando a Lei de Ohm (U = R.i), qual é a razão entre a corrente létrica que passava por uma única lâmpada no primeiro circuito e a corrente létrica que passava por uma única lâmpada no segundo circuito? 
  • A 4
  • B 1/8
  • C 1
  • D 1/4
  • E 8
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O campo elétrico é um campo vetorial, ou seja, consiste em uma distribuição de vetores, um para cada ponto ao redor de um objeto eletricamente carregado. Por princípio, define-se o campo elétrico pela colocação de uma carga elétrica psotiva qo, chamada carga de prova, em algum ponto P próximo a um objeto eletricamente carregado. Então, mede-se a força elétrica F que age sobre a carga de prova. A direção do campo elétrico E (naquele ponto P), em razão do objeto eletricamente carregado, será a mesma direção da força F, enquanto o módulo do campo elétrico E é definido pela equação: 
  • A E = F/qo
  • B E = F.qo
  • C E = F.qo²
  • D E = F / qo²
  • E E = qo / F
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Durante um incêndio em certo edifício, um lustre que estava pendurado do lado de fora de uma janela se soltou e caiu, em queda livre, de uma altura total de 11,25 m até atingir o chão. 

Consideranto a aceleração da gravidade com valor de 10m/s², e desprezando a resistência do ar durante a queda, com que velocidade o objeto atingiu o chão?
  • A 58 km/h
  • B 52 km/h
  • C 54 km/h
  • D 50 km/h
  • E 56 km/h
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Considere um sistema formado por duas partículas de massas iguais a 4 kg e 5 kg, que se movimentam sobre uma superfície horizontal, com velocidades de módulos iguais a 2,0 m/s e 1,2 m/s, respectivamente, em direções perpendiculares entre si. Qual é o valor da quantidade de movimento desse sistema de duas partículas? 
  • A 8 kg.m/s
  • B 6 kg.m/s
  • C 14 kg.m/s
  • D 2 kg.m/s
  • E 10 kg.m/s
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Em um kit experimental didático há um arranjo no qual uma pequena bola é lançada verticalmente para cima por um dispositivo fixo a um carrinho que, por sua vez, se move no plano horizontal com velocidade constante. Nas condições desse experimento, as forças entre a bola e o ar podem ser desprezadas. Sobre o uso desse kit em sala de aula, analise as afirmativas abaixo.
I. No referencial dos alunos que observam o experimento sentados, a bola executa um movimento parabólico mantendo sua velocidade horizontal igual à do carrinho. Esse fato pode ser usado para abordar o assunto da Primeira Lei de Newton.
II. Após perder o contato com o dispositivo lançador, pode-se dizer que a única força relevante que atua sobre a bola é a força de atração gravitacional. Por esse motivo, a bola se desloca verticalmente com velocidade constante. Esse fato poderá ser usado para abordar o assunto da Segunda Lei de Newton.
III. A terceira lei de Newton pode ser abordada ao se explicar o porquê da bola permanecer em repouso, de acordo com um observador no referencial que se move junto com o carrinho, antes do dispositivo lançador ser acionado.
Estão corretas as afirmativas:
  • A I e II apenas
  • B II e III apenas
  • C I e III apenas
  • D I, II e III
45
Uma corda tensionada e fixa nas duas extremidades vibra em regime estacionário, de modo que se vê um único nó intermediário. Se o comprimento dessa corda é 1,5 m e a frequência de vibração é 200 Hz, assinale a alternativa que apresenta qual seria a frequência (f) e o comprimento da onda (λ) se essa mesma corda estivesse vibrando no modo fundamental.
  • A λ = 3,0m; f = 100Hz
  • B λ = 1,5m; f = 100Hz
  • C λ = 3,0m; f = 400Hz
  • D λ = 1,5m; f = 400Hz
46
Um modelo de chuveiro tem as seguintes indicações de pressão mínima e máxima para funcionamento.
mínima         10 kPa máxima       400 kPa
Assinale a alternativa correta que indica respectivamente as alturas mínima e máxima da coluna de líquido que corresponde a essas pressões para a instalação desse chuveiro. Considere o valor de 10 m/s2 para a aceleração da gravidade e 1,0 g/cm3 para a densidade da água.
  • A 1 cm e 40 cm
  • B 10 cm e 400 cm
  • C 1 m e 40 m
  • D 10 m e 40 m
47
Uma parte da energia elétrica de um banho é desperdiçada na fiação que conecta o chuveiro até o quadro de distribuição. Para este problema, analise as afirmativas abaixo.
I. A corrente que percorre a fiação é a nominal de funcionamento do chuveiro na sua potência máxima.
II. O comprimento do conduíte que contém a fiação em questão é de 8m.
III. A fiação é de cobre com resistividade de 2.10-8 Ω.m e bitola de 4 mm².
IV. A tarifa elétrica média de R$1,00/kWh.
Assinale a alternativa correta que contém o valor da energia e do custo financeiro desperdiçado na fiação em um banho de 10 min com um chuveiro que contém as informações nominais de funcionamento de 220V e 6600W.
  • A 12 Wh e 1,2 centavos
  • B 12 kWh e 12 reais
  • C 720 J e 1 centavo
  • D 0,6 kWh e 60 centavos

Química

48
Considere hipoteticamente que um lote de cerveja foi apreendido e levado para análise. Nele foram identificados teor de álcool diferente do declarado em rótulo e presença de álcoois de cadeias longas. Com relação às técnicas analíticas realizadas, para a determinação de 
  • A teor de álcool, a titula~]ap é a técnica mais empregada.
  • B cetonas de cadeia longa, são realizados ensaios de condutimetria. 
  • C teor alcoólico, recomenda-se a remoção de ácidos orgânicos e aldeídos da amostra analisada. 
  • D álcoois de cadeia longa, são efetuados ensaios cromatográficos. 
  • E álcoois de cadeias longas, realiza-se a decantação como pré-tratamento da amostra. 
49
Quanto ás análises feitas em laboratório, assinale a alternativa correta. 
  • A Para a identificação da presença de amido em amostras, emprega-se a tintura de iodo e observa-se a cor, do azul ao preto. 
  • B Para a identificação de materiais bilógicos, emprega-se a fenolftaleína. 
  • C Para a determinação de ácidos orgânicos, recomenda-se a gravimetria. 
  • D Para a determinação de proteínas, empregam-se sulfato de cobre e hidróxido de sódio, logo, a solução apresenta características ácidas.
  • E Para a avaliação da presença de materiais biológicos, realiza-se uma titulação ácido-base.
50
Considere hipoteticamente que, durante uma análise pericial, cerca de 50 mL de ácido clorídrico caíram sobre a bancada. 
Diante dessa situação, assinale a alternativa que indica a ação correta. 
  • A Acrescentar uma quantidade equivalente de base forte à bancada para neutralizá-lo.
  • B Jogar água sobre a bancada para evitar acidentes. 
  • C Acionar o Corpo de Bombeiros, pois somente ele sabe orientar acerca do procedimento correto. 
  • D Isolar a área e esperar a evaporação do produto, a fim de evitar acidentes. 
  • E Adicionar bicarbonato de sódio sólido para neutralizar o ácido e não ter riscos de acidentes. 
51
Durante o processo de extração da cocaína, pode-se empregar gasolina ou querosene. Acerca dessas duas substâncias, é correto afirmar que
  • A são inorgânicas.
  • B são solúveis em água.
  • C apresentam características apolares.
  • D são extraídas de plantas oleaginosas. 
  • E apresentam ponto de fusão superior a 1.000 °C.
52
O bicarbonato de sódio é muito usado na indústria famacêutica, mas também é adicionado à pasta restante das etapas de preparação e de purificação da cocaína, da qual é produzido o crack. A respeito do bicarbonato de sódio, assinale a alternativa correta. 
  • A Consiste em um ácido orgânico.
  • B É um sal resultante de uma reação de neutralização. 
  • C Corresponde a um sal resultante de uma neutralização total enre um ácido e um fenol. 
  • D Trata-se de um éster inorgânico.
  • E Apresenta as mesmas características físico-químicas da glicerina. 
53

Com o objetivo de trabalhar com os alunos saberes relacionados à matéria e suas transformações, um professor planejou a observação ou realização das seguintes atividades:
1. Confecção de um bolo; 2. Reciclagem de papel; 3. Amadurecimento e apodrecimento de frutos; 4. Enferrujamento de palha de aço molhada; 5. Transformação de água líquida em vapor.
Das atividades listadas acima, são exemplos de transformações químicas as de número

  • A 1 e 5, pois envolvem o aquecimento dos materiais.
  • B 2 e 3, pois formam novos elementos químicos.
  • C 3 e 4, pois dão origem a novas substâncias.
  • D 2 e 5, pois as substâncias iniciais desaparecem.
  • E 1 e 4, pois produzem uma mistura homogênea.
54

A teoria de Arrhenius (1859-1927), usada para definir o comportamento de ácidos e bases, não é a única, sendo, inclusive, a menos abrangente de todas. Essa teoria aponta para as propriedades de muitos ácidos e bases comuns, mas apresenta importantes limitações. Ainda assim, ela serve como referência para o estudo de ácidos e bases nos livros de ciências para o ensino fundamental.
Com relação às propriedades de tais substâncias, e considerando a teoria de Arrhenius, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) Em solução aquosa, ácidos liberam prótons H+ e bases liberam ânions H- . ( ) Quando colocados em água, ácidos sofrem ionização e bases, dissociação iônica. ( ) Os ácidos são líquidos corrosivos e perigosos, por isso não podem entrar em contato com a pele nem ser ingeridos.
As afirmativas são, respectivamente,

  • A F, V e F.
  • B F, V e V.
  • C V, F e F.
  • D V, V e F.
  • E F, F e V.
55

Os processos de separação de misturas estão presentes de inúmeros modos em nosso dia a dia. Um exemplo é seu uso para tornar a água impura própria para o consumo ou, ainda, na análise dos componentes do sangue realizada nos laboratórios.
Entre os processos que podem ser usados para separar os componentes de uma mistura homogênea formada por um líquido e um sólido nele dissolvido estão

  • A a decantação e a dissolução fracionada.
  • B a filtração e a liquefação.
  • C a fusão fracionada e a levigação.
  • D a destilação simples e a evaporação.
  • E a peneiração e a centrifugação.
56
Em 1913, um cientista “publicava um dos mais importantes trabalhos da física do século XX, no qual apresentava um modelo do átomo construído a partir dos fatos experimentais e da hipótese de quantização de energia de Max Planck. Esse modelo representa uma ruptura com o mundo clássico. É nesse modelo que pela primeira vez a física abre mão de descrever detalhadamente um processo físico ao postular os saltos quânticos entre os níveis de energia.”
(Adaptado de F.A.G. Parente, A.C.F. dos Santos, A.C. Tort. Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 35, n. 4, 4301, 2013)
A proposta de que os elétrons se movem ao redor do núcleo em determinadas camadas ou níveis de energia, sendo que a energia é maior quanto mais distante do núcleo está a partícula é do físico
  • A Ernest Rutherford.
  • B Joseph John Thomson.
  • C John Dalton.
  • D Niels Bohr.
  • E Ernest Marsden.

Contabilidade Geral

57

Uma entidade comercial comprou à vista 90000 unidades de mercadorias para revenda por um valor de R$ 4,50 cada. Sabe-se que o fornecedor não possui serviço de frete e, por isso, a entidade contratou uma outra entidade que cobrou frete no valor de R$ 3.600,00 para que as mercadorias estivessem disponíveis para serem comercializadas.
Sabe-se que sobre a compra de mercadorias incide ICMS de 12% que para o setor de atuação da entidade é recuperável.
Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar que o custo unitário das mercadorias adquiridas, em R$, foi de:

  • A 3,96
  • B 4,00
  • C 4,50
  • D 4,54
  • E 5,00
58
Consideranto que, nas alternativas a seguir, (-) = diminui; (+) aumenta; e PL = patrimônio líquido, a aquisição de máquinas e equipamentos com pagamento de parte à vista e parte a prazo configura fato contábil
  • A modificativo diminutivo que (-) ativo; (-) PL.
  • B permutativo que (-) ativo; (-) passivo; PL constante.
  • C modificativo aumentativo (+) ativo; (+) PL.
  • D permutativo que (+) ativo; (+) passivo; PL constante.
  • E misto (-) ativo; (+) ativo; (-) PL.
59
Seja a equação fundamental do patrimônio A = P + PL, em que A = ativo, P = passivo exigível e PL = patrimônio líquido. Considere uma entidade que apresenta situação líquida positiva (A > P) e que tenha efetuado o lançamento contábil a seguir. 

Debita - Ativo $ 100 Credita - Ativo $ 30 Credita - Passivo $ 70
Após a escrituração do lançamento contábil apresentado, no que se refere aos saldos dos componentes da equação fundamental do patrimônio, é correto afirmar que
  • A A e P aumentaram; PL não se alterou.
  • B PL aumentou.
  • C A diminuiu; P aumentou.
  • D A e P diminuíram.
  • E A diminuiu.
60
Suponha que uma entidade tenha adquirido por $ 500, com pagamento à vista, um equipamento usado cujo valor de mercado é $ 800. De acordo com os princípios da contabilidade, nessa situação, a entidade deverá contabilizar a transação pela (o)
  • A diferença entre o valor de mercado e o valor de aquisição (princípio da materialidade). 
  • B valor de mercado (princípio da oportunidade).
  • C média entre o valor de aquisição e o valor de mercado (princípio da prudência). 
  • D soma do valor de mercado e do valor do bem (princípio da atualização monetária). 
  • E valor de aquisição (princípio do registro pelo valor original). 
61
Os fatores contábeis caracterizam-se por alterar, de forma qualitativa ou quantitativa, o patrimônio da entidade e são registrados por meio do lançamento contábil que, via de regra, envolve contas a débito e a crédito. 

Acerca do lançamento contábil, assinale a alternativa correta.
  • A Envolve obrigatoriamente apenas uma conta a débito e uma conta a crédito. 
  • B Pode envolver mais de uma conta devedora e mais de uma conta credora. 
  • C É feito somente em contas patrimoniais.
  • D Envolve sempre uma conta do ativo e uma conta do passivo.
  • E Altera necessariamente o patrimônio líquido da entidade. 
62
A contabilidade tem como objetivo acompanhar e evidenciar as mutações patrimoniais de uma Entidade. As modificações patrimoniais podem ser qualitativas ou quantitativas, segundo a natureza da operação. Assinale a única alternativa que apresenta uma mutação quantitativa, ou seja, não altera o valor total do grupo Ativo Circulante de uma organização:
  • A Compra de materiais para o estoque da organização.
  • B Pagamento antecipado da apólice de seguro com vigência de um ano.
  • C Aquisição de uma máquina com pagamento a prazo.
  • D Aplicação em conta poupança de valores da conta corrente.
  • E Recebimento de valores de clientes decorrentes de vendas à vista.
63
Uma organização efetuou gastos para o desenvolvimento de sua marca e estes são considerados intangíveis para a entidade. Assinale a conta a ser debitada quando da realização dos gastos mencionados: 
  • A Ativo Circulante.
  • B Ativo Não Circulante.
  • C Patrimônio Líquido.
  • D Despesas operacionais.
  • E Despesas de exercícios anteriores.
64
Ao longo do mês de junho de 2023 uma organização precisou recorrer a uma operação de crédito. O empréstimo foi realizado e os registros contábeis foram efetivados na data da operação. O montante deveria ser pago em 24 parcelas, com juros de 1% ao mês. O valor a ser registrado como juros a apropriar, na data da assinatura do contrato, deve ser evidenciado como: 
  • A Receita.
  • B Ativo.
  • C Patrimônio Líquido.
  • D Despesas.
  • E Passivo.
65
Assinale a única alternativa que apresenta uma conta com saldo credor no patrimônio líquido de uma entidade:
  • A Capitas subscrito.
  • B Prejuízos acumulados.
  • C Capital a integralizar.
  • D Ações em tesouraria.
  • E Dividendos a distribuir.

Português

66

O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Quanto à flexão verbal, assinale a alternativa que apresenta uma passagem do texto, retirada do 8º parágrafo, com verbo no pretérito maisque-perfeito do modo indicativo:

  • A “Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, (...)”.
  • B “(...) ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos.”.
  • C “Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, (...)”.
  • D “A visita não era de todo desagradável, (...)”.
  • E “(...) desde que a doença deixara de ser assunto.”.
67

O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Há um uso adequado do acento grave indicativo de crase apenas na opção:

  • A Não me dirigi à ela nem à ninguém durante a reunião.
  • B Os viajantes chegaram bem àquele território inóspito.
  • C Não costumo comprar nada à prazo.
  • D Ela se referiu à uma heroína do século XIX.
  • E Por causa da promoção, os produtos estavam orçados à partir de 1,99.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

O vocábulo corretamente grafado está presente na alternativa:

  • A Pretencioso.
  • B Inadmiscível.
  • C Sisudez.
  • D Enxarcado.
  • E Xávena.
69
A neblina da menopausa

         Neblina cerebral é queixa frequente na perimenopausa. Ela refere-se às dificuldades de concentração encontradas ao se fazerem contas ou tentar lembrar palavras e nomes de pessoas, ao comprometimento do raciocínio lógico e ao “cansaço mental” que se instalam quando as menstruações se tornam irregulares.
      Em cerca de 80% das mulheres, essas queixas costumam vir acompanhadas de crises de sensação de calor intenso e sudorese abundante, seguidas de um frio siberiano. São os fogachos, em linguagem popular — ou, para os médicos, sintomas vasoativos.             Essa fase, que algumas atravessam com poucos sintomas, provoca sofrimentos de longa duração à maioria delas: insônia, ressecamento da pele e das mucosas, dor às relações sexuais, infecções urinárias de repetição, inchaço, cólicas abdominais, diminuição da libido e fadiga, entre outros transtornos. Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão.                 Infelizmente, a medicina levou séculos para se interessar pela fisiopatologia responsável por distúrbios cerebrais tão variados. Uma das primeiras descobertas aconteceu apenas na década de 1990, quando Naomi Rance, neuropatologista da Universidade do Arizona, demonstrou que, nas autópsias de mulheres na menopausa, o hipotálamo duplicava de tamanho às custas do aumento do número de neurônios. Como a essa região do cérebro é atribuído o controle da termorregulação e das sensações térmicas, Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres.
        Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona. Pesquisas com camundongos nos quais foi adaptado um pequeno dispositivo para medir as mudanças de temperatura, ocorridas depois da retirada dos ovários, permitiram avaliar a influência da neurocinina B no aparecimento dos sintomas vasoativos.
    Quando as moléculas de neuromicina B se ligam aos receptores ancorados na membrana dos neurônios, surgem os sintomas vasoativos. O contrário acontece quando esses receptores são bloqueados por manipulação farmacológica.
       A redução nas concentrações de estrogênio que chegam ao cérebro por ocasião da falência dos ovários tem grande impacto no metabolismo e no sistema imunológico do tecido cerebral de seres humanos e de roedores. A presença de estrogênio é fundamental para a captura e o metabolismo da glicose, a principal fonte de energia para eles. 
     Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio. Essas variações imprevisíveis não dão tempo para que o metabolismo dos circuitos cerebrais de neurônios se adapte às novas circunstâncias. A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de “neblina” e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.
      Por outro lado, o aparecimento do fezolinetant, primeiro medicamento não hormonal para tratamento dos fogachos, representa uma mudança de paradigma. A menopausa deixa de ser interpretada apenas como uma condição restrita aos ovários, para ser considerada um fenômeno biológico complexo, que interfere nas funções de múltiplos órgãos e na neurobiologia do cérebro.

(Fonte: Drauzio Varella. A neblina da menopausa — adaptado.)

Com relação à pontuação, assinalar a alternativa em que a proposição de acréscimo ou de retirada de vírgula ALTERA o sentido da frase original:

  • A “Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres” — acréscimo de vírgula após “vasoativos”.
  • B “Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão” — retirada da vírgula após “Além disso”.
  • C “Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona” — retirada da vírgula após “hormonal”.
  • D “Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio” — retirada da vírgula após “perimenopausa”.
  • E “A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de ‘neblina’ e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson” — acréscimo de vírgula após “neurodegenerativas”.
70


A frase abaixo que mostra uma forma inadequada do termo sublinhado é:

  • A Trabalho duro nunca matou ninguém, mas por que arriscar?;
  • B Se disserem que o crime não compensa, você tem que lembrar que é porque, quando compensa, não é crime;
  • C É de justiça, e não de caridade, que o mundo precisa, mas por quê?;
  • D Tem gente que se acha honesta só porque não sabia da mamata;
  • E Não sei porque dizem que a justiça é cega.
71

Analise a seguinte frase:
“No trançado da história, o que interessa, afinal, é o resultado”. (Millôr Fernandes)
O modo de reescrever essa frase que modifica o seu sentido original, é:

  • A No trançado da história, o resultado, afinal, é o que interessa.
  • B No trançado da história, o resultado é o que, afinal, interessa.
  • C O que interessa no trançado da história, afinal, é o resultado.
  • D O que interessa, no trançado, afinal, da história é o resultado.
  • E O resultado é, afinal, o que interessa no trançado da história.
72

Assinale a frase que se apoia numa argumentação objetiva.

  • A De todas as enfermidades que acometem o espírito, o ciúme é aquela à qual tudo serve de alimento e nada serve de remédio.
  • B Hoje não se pode viver sem um celular; quem não o possui fica à margem de boa parte da vida social.
  • C O turista declarou que o país africano era muito inseguro, pois foi roubado logo ao desembarcar.
  • D Nunca subestime o seu poder de mudar a si mesmo, pois, segundo os psicólogos, cerca de 60% das pessoas o conseguem.
  • E A dificuldade reside não nas novas ideias, mas em escapar das velhas ideias.
73

Assinale a frase em que houve confusão entre “todo/a” e “todo o/ toda a”, provocando o aparecimento de um erro de norma culta.

  • A Se um poeta consegue expressar a sua infelicidade com toda a felicidade, como é que poderá ser infeliz?
  • B Quando o mar está calmo, todo o mundo pode ser timoneiro.
  • C Toda a concepção moderna do mundo tem como fundamento a ilusão de que as chamadas leis da natureza sejam as explicações dos fenômenos naturais.
  • D Toda a ordem dos céus e todas as coisas que preenchem a terra não possuem nenhuma subsistência sem uma mente.
  • E O infinito é uma esfera infinita, cujo centro está em toda parte e a circunferência em nenhum lugar.
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O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


'Odeio a palavra inclusão. Já estou aqui, não quero que me incluam em lugar nenhum'


Julia Risso fala com clareza e pausadamente. Sua voz demonstra seus anos de treinamento antes de se tornar locutora.

Ela diz que sempre se desvia do assunto durante as conversas e escolhe com cuidado cada uma de suas frases. E está convencida de que odeia a palavra 'inclusão'; ela prefere a palavra 'socializar'.

Risso tem 28 anos de idade, nasceu com uma má formação genética na coluna que a transformou em uma pessoa baixinha, como ela diz, com ternura.

Ela mora em San Miguel del Monte, a cerca de 110 km da capital argentina, Buenos Aires. Lá, trabalha como professora de teatro.

A jovem se autodefine como ativista deficiente. Ela apresenta o podcast Les otres, está prestes a publicar um livro de ficção autobiográfico e, no mês de abril, apresentou uma palestra na 47ª Feira Internacional do Livro de Buenos Aires sobre como romper as barreiras sociais que aprofundam a desigualdade.

Acho que sou uma pessoa incapacitada pela sociedade. Não sou eu que tenho deficiência. Incapacitam-me quando instalam um banheiro e eu não entro ou o vaso sanitário é alto para mim. Ou quando vou ao supermercado, a gôndola mede 1,80 metro e a erva-mate que eu gosto está em cima de tudo.

E a sociedade não incapacita somente a mim, mas também a uma pessoa mais alta que não consegue levantar seus braços ou outra que carrega uma criança e não alcança alguma coisa.

Sou uma mulher, sou branca e também sou deficiente. De qualquer forma, acredito que o mais difícil é que a sociedade entenda que o problema, na verdade, são os outros, não somos nós.

Para falar de forma mais teórica, o modelo social da deficiência entende que a deficiência é uma construção social, não é um tema individual, não é um problema que exige que se cure uma pessoa.

O entorno é que precisa se adaptar para que essa pessoa possa viver com a maior autonomia possível. Mesmo assim, acho que este conceito não encerra a discussão sobre a ideologia da normalidade.

Uma mulher de 42 anos me escreveu no Instagram para contar que tentava ter um filho ou uma filha e seu médico advertiu que, se decidisse ter um bebê, ele poderia ter risco de nascer com deficiência. Ela se assustou muito.

E eu disse: "Que forma de assustar uma pessoa que decide ter um filho, e o medo seja que ele tenha deficiência!" Depois achei que o médico talvez tivesse razão... mas, logo lembrei que minha mãe me teve com 32 anos, não tinha mais de 40.

Quem tem risco de ter deficiência? Até certo ponto, todos nós temos risco. Talvez todos nós cheguemos a ser velhos e, se isso acontecer, o corpo se deteriore. Existem pessoas que, do nada, têm uma doença incapacitante e passam a usar cadeira de rodas. A vida tem uma porção de circunstâncias que fazem você ficar deficiente em algum momento.

Quem tem medo de ser deficiente não deve nascer, pois a condição humana é frágil. Existe um medo de que discriminem esse filho ou filha. Penso no meu pai, que tinha pavor de que me tratassem mal, que me enganassem. Antes me aborrecia, mas agora entendo o que ele sentia. Minha mãe precisou educar não só a mim, mas também ao meu pai e a todos os demais para que percebessem que estavam criando uma menina autônoma.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cz4nved839eo. Adaptado.

Julia Risso fala com clareza e pausadamente. Sintaticamente, é CORRETO afirmar que o:

  • A sujeito é próprio.
  • B verbo é bitransitivo.
  • C verbo é intransitivo.
  • D predicativo do sujeito é 'clareza'.
  • E predicado é verbo-nominal.
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A palavra que apresenta o número de fonemas oposto ao das demais é a:

  • A Também.
  • B Bombom.
  • C Sãos.
  • D Ilhéus.

Direito Constitucional

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Em relação aos direitos sociais, assinale a opção correta.

  • A Os direitos sociais não se aplicam aos servidores públicos. em razão do regime jurídico específico a que estes se subordinam.
  • B Característica central dos direitos sociais é sua distância jurídica e axiológica do valor liberdade, o qual aqueles direitos tendem a restringir.
  • C Certos direitos sociais podem vir a ser reconhecidos não necessariamente por previsão normativa expressa, mas em virtude de prestações estatais que se incorporam, com o tempo, ao patrimônio jurídico.
  • D Os direitos sociais, em geral, para concretizar-se, demandam contraprestação de seus titulares.
  • E A garantia dos direitos sociais exige apenas prestações positivas do poder público, não condutas negativas.

Direito Processual Penal

77
Adriano foi absolvido em julgamento no Tribunal do Jun. No plenário, de modo inequívoco, existiu a quebra da incomunicabilidade dos jurados. O Ministério Público recorreu, sustentando, exclusivamente, que a decisão era manifestamente contrária à prova dos autos.

No julgamento da apelação, o Tribunal:
  • A não pode, neste caso especifico, reconhecer, de oficio, a quebra da incomunicabilidade dos jurados;
  • B pode reconhecer, de oficio, qualquer nulidade absoluta, pois nesse tema não se aplica a proibição de reformatio in pejus;
  • C pode reconhecer, de oficio, a quebra da incomunicabilidade dos jurados por se tratar de matéria constitucional, bem como pelo efeito translativo do recurso, determinando a realização de um novo júri;
  • D pode reconhecer, de oficio, a quebra da incomunicabilidade dos jurados por se tratar de matéria constitucional, bem como pelo efeito translativo do recurso, e, em observância ao principio da duração razoável do processo, já julgar o réu Adriano;
  • E não pode reconhecer, de oficio, a quebra da incomunicabilidade dos jurados porque seria indispensável que o Ministério Público tivesse consignado em ata o pedido de nulidade antes da prolação da sentença pelo juiz.
78
Mateus oferece queixa-crime contra João, alegando, supostamente, que o querelado, juntamente com Tiago, teria feito postagens nas redes socias, afirmando ser o querelante corrupto e fraudador de licitações.

Diante da hipótese narrada, é correto afirmar que o crime praticado é o de
  • A injúria, e a queixa-crime deverá ser rejeitada ante o principio da indivisibilidade, embora sem que haja a extinção da punibilidade de João;
  • B calúnia, e a queixa-crime deverá ser rejeitada ante o princípio da indivisibilidade, embora sem que haja a extinção da punibilidade de João;
  • C injúria, e João deverá ter extinta a sua punibilidade, ante a aplicação do princípio da invisibilidade;
  • D calúnia, e João deverá ter extinta a sua punibilidade, ante a aplicação do princípio da invisibilidade;
  • E injúria, e a queixa-crime deverá ser rejeitada, com possibilidade de futuro ajuizamento contra Tiago.

Direito Penal

79
Guilherme, com a intenção de socorrer seu filho, Rodrigo, utiliza, sem consentimento, o carro de seu vizinho, Douglas, para levar Rodrigo ao hospital.

A ação de Guilherme é considerada: 
  • A criminosa em qualquer hipótese;
  • B lícita, acobertada pelo exercício regular de um direito;
  • C lícita, acobertada pela excludente do estado de necessidade agressivo;
  • D criminosa, se não houver a devolução dos valores equivalentes ao consumo do combustível do veículo;
  • E lícita, acobertada pela excludente da legítima defesa de terceiros.
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Acerca do concurso de agentes no direito penal, assinale a opção correta.
  • A Para a configuração do concurso de agentes, é necessária a pluralidade de participantes e de condutas, a relevância causal de cada conduta e a unidade de tipificação penal, sendo dispensável liame subjetivo.
  • B Para a caracterização do delito de associação criminosa inserido em contexto societário, é desnecessário que a denúncia contenha a descrição da predisposição comum de meios para a prática de uma série indeterminada de delitos e uma contínua vinculação entre os associados com essa finalidade.
  • C A autoria mediata é incompatível com o crime culposo.
  • D A teoria do domínio do fato funciona como uma ratio para aferir a existência do nexo de causalidade entre o crime e o agente e serve de fundamento para considerar que houve participação no crime em razão da posição de gestor, diretor ou sócio administrador de empresa ou organização.
  • E A autoria mediata é incompatível com o crime próprio.