Resolver o Simulado Psicólogo

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Psicologia

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Um paciente chega para a primeira entrevista e se recusa a dialogar com a (o) psicóloga (o), afirmando que no canto da sala da profissional, no lugar onde existe um grande vaso de plantas, há uma outra paciente que vai ouvir toda a conversa. Considerando clinicamente esta cena, qual o processo psicopatológico que melhor identifica os sintomas do paciente?
  • A Ilusão.
  • B Delirium.
  • C Alucinação
  • D Obnubilação da consciência.
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Avalie se, em caso de interrupção do trabalho, o psicólogo deve
I. zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais. II. repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo caso tenha sido demitido ou exonerado. III. incinerar os arquivos confidenciais, na hipótese de extinção do serviço de Psicologia.
De acordo com as disposições do Código de Ética, está correto o que se afirma em 

  • A I, apenas.
  • B II, apenas.
  • C III, apenas.
  • D I e II, apenas.
  • E I, II e III.
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Entre as modalidades de documentos psicológicos, os mais populares, por assim dizer, são os laudos e pareceres. Considerando a Resolução nº 6/2019 do Conselho Federal de Psicologia, que dispõe das instruções para elaboração e emissão de documentos psicológicos, assinale a afirmativa correta.
  • A O psicólogo deve observar as mesmas características do relatório psicológico nos termos do Art. 11, quando do relatório multiprofissional.
  • B O laudo psicológico é um pronunciamento por escrito, que tem como finalidade apresentar uma análise técnica, respondendo a uma questão-problema do campo psicológico.
  • C O parecer psicológico é uma peça de natureza e valor técnico-científico, que deve conter narrativa detalhada e didática, com precisão e harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao destinatário.
  • D O atestado psicológico visa apresentar os procedimentos e as conclusões geradas pelo processo de avaliação psicológica, limitando-se a fornecer as informações necessárias e relacionadas à demanda a relatar.
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Segundo o DSM-5, é correto afirmar que a catatonia:

  • A É uma nova categoria diagnóstica no DSM-5, introduzida porque pode ocorrer ao longo de um amplo espectro de transtornos mentais.
  • B Raramente apresenta alterações comportamentais, mas frequentemente evolui com comprometimento cognitivo.
  • C Difere-se da flexibilidade cérea, a qual é uma forma de postura artificial muitas vezes evidente no exame físico.
  • D Difere-se de outras manifestações psicóticas por não apresentar peculiaridades do movimento voluntário e ecolalia ou ecopraxia.
  • E O quadro letal pode ser um estágio inicial com frequência preocupante, que apresenta agitação, insônia e preocupante exacerbação de sintomas psicóticos.
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A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que integra o SUS, estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas.
São serviços de assistência aos portadores de transtornos mentais, que integram essa rede, exceto:

  • A CERSAM – Centro de Referência em Saúde Mental.
  • B CREAS – Centro de Referência Especial da Assistência Social.
  • C CAPS – Centro de Atenção Psicossocial.
  • D SRT – Serviço Residencial Terapêutico.
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Em relação ao transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), analisar a sentença abaixo:
O transtorno do déficit de atenção/hiperatividade é um distúrbio de comportamento que afeta exclusivamente meninos entre quatro e doze anos de idade. Os fatores comportamentais das gestantes, como o uso de tabaco ou cocaína, e a má alimentação na gestação são as causas das anomalias dos neurotransmissores (1ª parte). O transtorno do déficit de atenção/hiperatividade consiste em uma capacidade de concentração diminuída e/ou excesso de atividade e impulsividade impróprias para a idade da criança, que interferem no desempenho ou no desenvolvimento (2ª parte).
A sentença está:

  • A Totalmente correta.
  • B Correta somente em sua 1ª parte.
  • C Correta somente em sua 2ª parte.
  • D Totalmente incorreta.
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As funções executivas possibilitam ao indivíduo gerenciar diferentes aspectos da vida com autonomia e englobam três dimensões: a memória de trabalho, o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva. Em relação às diferentes dimensões, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(1) Memória de trabalho. (2) Controle inibitório. (3) Flexibilidade cognitiva.
(_) Possibilita manter o foco nas informações desejadas, mesmo na presença de algum pensamento involuntário. (_) É fundamental para o indivíduo perceber um erro e poder corrigir. (_) Possibilita ter domínio sobre a atenção, o pensamento, o comportamento e as emoções. (_) Na aprendizagem, auxilia a vincular ideias na linguagem oral e escrita e resolver os diversos passos de um problema de matemática.

  • A 1 - 2 - 3 - 3.
  • B 2 - 3 - 2 - 1.
  • C 3 - 1 - 3 - 2.
  • D 1 - 1 - 3 - 2.
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O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é um transtorno com causas genéticas, ambientais e biológicas que geralmente se manifesta na infância. Qual das alternativas abaixo NÃO representa uma das principais características do TDAH?

  • A Desatenção.
  • B Impulsividade.
  • C Hiperatividade.
  • D Concentração.
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Assinalar a alternativa que preenche a lacuna abaixo CORRETAMENTE:
____________ é a dificuldade que o aluno tem para aprender tudo que esteja direta ou indiretamente ligado a questões que envolvem números, tais como probleminhas, aplicação e conceitos matemáticos. 

  • A Discalculia
  • B Dislexia
  • C Disgrafia
  • D Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH)
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Distúrbios do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades na interação social. Esta característica está associada a qual Transtorno Global do Desenvolvimento?

  • A Síndrome de Kanner.
  • B Transtorno do espectro autista.
  • C Psicose infantil.
  • D Síndrome de Rett.

Português

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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Quanto à flexão verbal, assinale a alternativa que apresenta uma passagem do texto, retirada do 8º parágrafo, com verbo no pretérito maisque-perfeito do modo indicativo:

  • A “Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, (...)”.
  • B “(...) ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos.”.
  • C “Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, (...)”.
  • D “A visita não era de todo desagradável, (...)”.
  • E “(...) desde que a doença deixara de ser assunto.”.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Há um uso adequado do acento grave indicativo de crase apenas na opção:

  • A Não me dirigi à ela nem à ninguém durante a reunião.
  • B Os viajantes chegaram bem àquele território inóspito.
  • C Não costumo comprar nada à prazo.
  • D Ela se referiu à uma heroína do século XIX.
  • E Por causa da promoção, os produtos estavam orçados à partir de 1,99.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

O vocábulo corretamente grafado está presente na alternativa:

  • A Pretencioso.
  • B Inadmiscível.
  • C Sisudez.
  • D Enxarcado.
  • E Xávena.
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O verbo que exige o mesmo tipo de complemento verbal do que o verbo sublinhado na frase “Eu prefiro dias de sol a dias de chuva” é:

  • A De agora em diante, custa-me acreditar em você.
  • B A aniversariante agradeceu o presente ao amigo.
  • C Paulo namora minha prima desde a adolescência.
  • D Eles casaram ano passado.
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A neblina da menopausa

         Neblina cerebral é queixa frequente na perimenopausa. Ela refere-se às dificuldades de concentração encontradas ao se fazerem contas ou tentar lembrar palavras e nomes de pessoas, ao comprometimento do raciocínio lógico e ao “cansaço mental” que se instalam quando as menstruações se tornam irregulares.
      Em cerca de 80% das mulheres, essas queixas costumam vir acompanhadas de crises de sensação de calor intenso e sudorese abundante, seguidas de um frio siberiano. São os fogachos, em linguagem popular — ou, para os médicos, sintomas vasoativos.             Essa fase, que algumas atravessam com poucos sintomas, provoca sofrimentos de longa duração à maioria delas: insônia, ressecamento da pele e das mucosas, dor às relações sexuais, infecções urinárias de repetição, inchaço, cólicas abdominais, diminuição da libido e fadiga, entre outros transtornos. Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão.                 Infelizmente, a medicina levou séculos para se interessar pela fisiopatologia responsável por distúrbios cerebrais tão variados. Uma das primeiras descobertas aconteceu apenas na década de 1990, quando Naomi Rance, neuropatologista da Universidade do Arizona, demonstrou que, nas autópsias de mulheres na menopausa, o hipotálamo duplicava de tamanho às custas do aumento do número de neurônios. Como a essa região do cérebro é atribuído o controle da termorregulação e das sensações térmicas, Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres.
        Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona. Pesquisas com camundongos nos quais foi adaptado um pequeno dispositivo para medir as mudanças de temperatura, ocorridas depois da retirada dos ovários, permitiram avaliar a influência da neurocinina B no aparecimento dos sintomas vasoativos.
    Quando as moléculas de neuromicina B se ligam aos receptores ancorados na membrana dos neurônios, surgem os sintomas vasoativos. O contrário acontece quando esses receptores são bloqueados por manipulação farmacológica.
       A redução nas concentrações de estrogênio que chegam ao cérebro por ocasião da falência dos ovários tem grande impacto no metabolismo e no sistema imunológico do tecido cerebral de seres humanos e de roedores. A presença de estrogênio é fundamental para a captura e o metabolismo da glicose, a principal fonte de energia para eles. 
     Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio. Essas variações imprevisíveis não dão tempo para que o metabolismo dos circuitos cerebrais de neurônios se adapte às novas circunstâncias. A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de “neblina” e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.
      Por outro lado, o aparecimento do fezolinetant, primeiro medicamento não hormonal para tratamento dos fogachos, representa uma mudança de paradigma. A menopausa deixa de ser interpretada apenas como uma condição restrita aos ovários, para ser considerada um fenômeno biológico complexo, que interfere nas funções de múltiplos órgãos e na neurobiologia do cérebro.

(Fonte: Drauzio Varella. A neblina da menopausa — adaptado.)

Com relação à pontuação, assinalar a alternativa em que a proposição de acréscimo ou de retirada de vírgula ALTERA o sentido da frase original:

  • A “Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres” — acréscimo de vírgula após “vasoativos”.
  • B “Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão” — retirada da vírgula após “Além disso”.
  • C “Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona” — retirada da vírgula após “hormonal”.
  • D “Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio” — retirada da vírgula após “perimenopausa”.
  • E “A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de ‘neblina’ e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson” — acréscimo de vírgula após “neurodegenerativas”.
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Em todas as frases a seguir há um termo sublinhado. Se deslocarmos esse termo para o lugar na frase marcado por um asterisco (*), não vamos precisar empregar vírgulas em

  • A Nenhum homem (*) adquire propriedade sem aprender aritmética.
  • B (*) Não basta saber falar para ser gente.
  • C (*) Tenho elementos de candomblé apesar de ser cartesiano.
  • D Até um imbecil (*) passa por inteligente se ficar calado.
  • E Tudo (*) é enigma e problema atualmente.
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A frase abaixo que mostra uma forma inadequada do termo sublinhado é:

  • A Trabalho duro nunca matou ninguém, mas por que arriscar?;
  • B Se disserem que o crime não compensa, você tem que lembrar que é porque, quando compensa, não é crime;
  • C É de justiça, e não de caridade, que o mundo precisa, mas por quê?;
  • D Tem gente que se acha honesta só porque não sabia da mamata;
  • E Não sei porque dizem que a justiça é cega.
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   José Dias tratava-me com extremos de mãe e atenções de servo. A primeira cousa que consegui, logo que comecei a andar fora, foi dispensar-me o pajem; fez-se pajem, ia comigo à rua. Cuidava dos meus arranjos em casa, dos meus livros, dos meus sapatos, da minha higiene e da minha prosódia. Aos oito anos os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia, meio sério para dar autoridade à lição, meio risonho para obter o perdão da emenda. Ajudava assim o mestre de primeiras letras. Mais tarde, quando o Padre Cabral me ensinava latim, doutrina e história sagrada, ele assistia às lições, fazia reflexões eclesiásticas, e, no fim, perguntava ao padre: “Não é verdade que o nosso jovem amigo caminha depressa?” Chamava-me “um prodígio”; dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes, mas que eu excedia a todos esses, sem contar que, para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas. Eu, posto não avaliasse todo o valor deste outro elogio, gostava do elogio; era um elogio.

(Machado de Assis, Dom Casmurro)

No texto, o sinal indicativo da crase poderia ser empregado no termo destacado em:

  • A ... os meus plurais careciam, alguma vez, da desinência exata, ele a corrigia...
  • B ... para a minha idade, possuía já certo número de qualidades morais sólidas.
  • C ... mas que eu excedia a todos esses...
  • D ... dizia a minha mãe ter conhecido outrora meninos muito inteligentes...
  • E A primeira cousa que consegui logo que comecei a andar fora...
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Analise a seguinte frase:
“No trançado da história, o que interessa, afinal, é o resultado”. (Millôr Fernandes)
O modo de reescrever essa frase que modifica o seu sentido original, é:

  • A No trançado da história, o resultado, afinal, é o que interessa.
  • B No trançado da história, o resultado é o que, afinal, interessa.
  • C O que interessa no trançado da história, afinal, é o resultado.
  • D O que interessa, no trançado, afinal, da história é o resultado.
  • E O resultado é, afinal, o que interessa no trançado da história.
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Assinale a frase que se apoia numa argumentação objetiva.

  • A De todas as enfermidades que acometem o espírito, o ciúme é aquela à qual tudo serve de alimento e nada serve de remédio.
  • B Hoje não se pode viver sem um celular; quem não o possui fica à margem de boa parte da vida social.
  • C O turista declarou que o país africano era muito inseguro, pois foi roubado logo ao desembarcar.
  • D Nunca subestime o seu poder de mudar a si mesmo, pois, segundo os psicólogos, cerca de 60% das pessoas o conseguem.
  • E A dificuldade reside não nas novas ideias, mas em escapar das velhas ideias.

Noções de Informática

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Qual tipo de backup é aquele que copia sempre todos os arquivos modificados desde o último backup completo realizado?

  • A Full
  • B Evolutivo
  • C Exponencial
  • D Incremental
  • E Diferencial
22
Os monitores de vídeo podem ter diferentes resoluções de exibição.

Assinale a resolução que corresponde, em pixels, à de vídeo 4K (UHD). 
  • A 1280 x 1080
  • B 1280 x 720
  • C 1920 x 1080
  • D 3840 x 2160
  • E 7680 x 4320
23

João está editando um documento, no Word, composto por três segmentos: uma introdução de apresentação, um índice completo sobre os tópicos abordados e o corpo do documento.


Em cada um desses segmentos, a numeração de páginas deve ser reiniciada a partir de 1.


O recurso do MS Word que viabiliza e torna bem mais simples esse tipo de edição é

  • A a inserção de símbolos especiais.
  • B O uso de cabeçalhos dinâmicos.
  • C o uso de quebras de página.
  • D o uso de quebras de seções.
  • E o uso de rodapés dinâmicos.
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Assinale a função principal do artefato de software conhecido como eM Client.

  • A backup de arquivos.
  • B manipulação de e-mail.
  • C emissão de Mala Direta no âmbito do LibreOffice.
  • D produção de apresentações (slides) no âmbito do LibreOffice.
  • E produção de equações matemáticas no âmbito do LibreOffice.
25

Tem-se a seguinte planilha, criada no Microsoft Excel 365, em sua configuração padrão, onde a célula A7 contém a função =SOMA(A1:B5), exibindo assim o valor 62:  Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Um usuário selecionou a coluna B por completo, clicou com o botão secundário do mouse sobre a letra B e clicou na opção Inserir, inserindo assim uma coluna em branco, conforme imagem a seguir, onde o conteúdo da célula A7 foi propositalmente oculto.
Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Nessa coluna em branco, o usuário inseriu o valor 1 em todas as células de B1 até B5, conforme imagem a seguir. Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Assinale a alternativa com o conteúdo da céula A7 após as operações descritas no enunciado.

  • A 29
  • B 62
  • C 67
  • D 5
  • E 34
26

Assinale a alternativa que indica o termo de pesquisa do buscador Google, em sua configuração padrão, que pesquisa pela palavra Tribunal, mas exclui a palavra Justiça dos resultados.

  • A "Tribunal" Justiça
  • B Tribunal &Justiça
  • C Tribunal [Justiça]
  • D Tribunal -Justiça
  • E Tribunal "Justiça"
27

Na URL https://www.meusite.com.br/descontos%20especiais.html, o %20 representa

  • A um espaço em branco.
  • B um traço.
  • C um site não seguro.
  • D um site marcado como Favorito.
  • E um sinal de adição.
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Software livre é um termo que se refere a um programa de computador que pode ser utilizado, modificado e distribuído livremente, sem restrições de uso ou de acesso ao código-fonte (código que compõe o programa). Essa liberdade permite que os usuários possam estudar o funcionamento do software, fazer alterações para adaptá-lo as suas necessidades específicas e compartilhar essas alterações com outros usuários. Quais aplicativos são considerados softwares livres? 

  • A Linux, Power Point e Libre Office Impress.
  • B Libre Office Calc, Libre Office Base e LibreOffice Math.
  • C Corel Draw, LibreOffice Writter e Word.
  • D Word, Excel e Power Point. 

Segurança da Informação

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É uma das primeiras criptografias utilizadas e é considerada uma proteção básica de poucos bits (cerca de 56). Seu algoritmo é o mais difundido mundialmente e realiza dezesseis ciclos de codificação para proteger uma informação. A complexidade e o tamanho das chaves de criptografia são medidos em bits. Ele pode ser decifrado com a técnica de força bruta.
O texto acima refere-se ao tipo de criptografia conhecido como

  • A AES (Advanced Encryption Standard).
  • B RSA (Rivest-Shamir-Adleman).
  • C IDEA (Internacional Encryption Algorithm).
  • D SAFER (Secure and Fast Encryption Routine).
  • E DES (Data Encryption Standard).

Noções de Informática

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As Configurações do Sistema no Windows 10 permitem que se personalize e se gerencie vários aspectos do computador. O atalho correto para acessar as Configurações do Sistema é:

  • A pressionar a tecla windows + i
  • B pressionar a tecla windows + k
  • C pressionar a tecla windows + m
  • D pressionar a tecla windows + c