Resolver o Simulado Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) - Professor - Educação Física - FGV - Nível Superior

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Direitos Humanos

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Um grupo armado, formado por agentes públicos vinculados ao Estado Alfa, desferiu disparos de arma de fogo, que foram a causa eficiente da morte de dezena de pessoas, sendo todas elas familiares de indivíduos alegadamente envolvidos com a criminalidade. Por entenderem que as forças de segurança do Estado estariam possivelmente mancomunadas com os autores do ilícito, não realizando a apuração da forma devida, pessoas próximas às vítimas decidiram consultar um advogado a respeito da possibilidade de a apuração ser deslocada para a Justiça Federal.
O advogado respondeu corretamente que

  • A é possível o deslocamento de competência, o que pode ser requerido por legítimo interessado ao Tribunal Regional Federal competente.
  • B é possível o deslocamento de competência, o que deve ser requerido por legitimado específico e deferido pelo tribunal nacional competente.
  • C ocorreu a perpetuatio jurisdictionis, não sendo possível a alteração de competência após a prática do ilícito, sob pena de configuração de um juízo de exceção.
  • D é possível o deslocamento de competência, desde que isto seja deferido pelo tribunal nacional competente, mas apenas na fase processual, não durante o inquérito.
  • E é possível o deslocamento de competência, desde que demonstrada, perante o Supremo Tribunal Federal, a existência de causa de suspeição ou impedimento.
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À luz do controle de convencionalidade, assinale a alternativa CORRETA:
I. O exame do sistema interamericano de direitos humanos indica que o Brasil não é parte da maioria dos tratados existentes, ocasionando condenações reiteradas do País na Corte IDH, devido à ausência de proteção adequada.
II. A aferição de convencionalidade sponte sua pelo Ministério Público materializa-se nas provocações de terceiros interessados, surgindo, daí, o poder-dever relacionado ao controle de legislação interna atentatória aos tratados que possuam estatura supralegal ou constitucional.
III. O controle de convencionalidade é realizável pelo Ministério Público, figurando, dentre os meios para o exercício desse controle, o arquivamento do inquérito policial e a celebração de compromisso de ajustamento de conduta no inquérito civil.
IV. A aderência do Brasil à Corte IDH, por meio do Decreto Legislativo nº 89/1998, confere plausibilidade jurídica ao diálogo entre Cortes.

  • A Apenas os itens II e IV são verdadeiros.
  • B Apenas os itens I e II são verdadeiros.
  • C Apenas os itens III e IV são verdadeiros.
  • D Apenas os itens II e III são verdadeiros.
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De acordo com decisão proferida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, no julgamento do caso 12.001, o Estado brasileiro foi considerado responsável pela violação do direito à igualdade perante a lei, à proteção judicial e às garantias judiciais, consagrados, respectivamente, nos artigos 24, 25 e 8 da Convenção Americana, em prejuízo de Simone André Diniz. Segundo os fatos estabelecidos, em 2 de março de 1997, a senhora Aparecida Gisele Mota da Silva fez publicar na parte de Classificados do jornal “A Folha de São Paulo” o seguinte anúncio:“doméstica. Lar. P/ morar no empr. C/ exp. Toda rotina, cuidar de crianças, c/docum. E ref.; Pref. Branca, s/filhos, solteira, maior de 21a. Gisele”. A senhora Simone André Diniz, de cor negra, para candidatar-se à vaga anunciada, ligou para o telefone informado no anúncio, tendo sido atendida por uma colega de trabalho de Aparecida Gisele Mota da Silva, de prenome Maria Tereza, que lhe indagou sobre a cor de sua pele. Em contestando ser negra, Simone André Diniz foi informada que não preenchia os requisitos exigidos para o cargo. Houve abertura de inquérito policial para apuração dos fatos, sendo que o Ministério Público optou por promover seu arquivamento, entendendo estar ausente motivo para a instauração da ação penal, justificando, inclusive, que a preferência exigida seria compreensível, visto que uma empregada doméstica negra já havia maltratado, anteriormente, os filhos de Aparecida Gisele. O juízo homologou o arquivamento.
A omissão estatal em combater a discriminação, no caso citado, foi entendida pela Corte como sendo prática de:

  • A Racismo estrutural.
  • B Racismo institucional.
  • C Racismo estrutural e institucional.
  • D Racismo funcional.
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A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) apresentou, em 5 de janeiro de 2022, perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH), o Caso Comunidades Quilombolas de Alcântara, relativo ao Brasil, sobre a violação da propriedade coletiva de 152 comunidades, devido à falta da emissão de títulos de propriedade das suas terras, à instalação de uma base aeroespacial sem a devida consulta e consentimento prévio, à expropriação das suas terras e territórios, e à falta de recursos judiciais para remediar tal situação. Esses povos tradicionais, majoritariamente de ascendência indígena e africana, se assentam no município de Alcântara, na região noroeste do Brasil. Eles formam uma unidade composta por uma rede de aldeias baseada na interdependência e na reciprocidade, que reclama aproximadamente 85.537 hectares de terras e territórios ancestrais. Em 1980, foi declarada a “utilidade pública” de 52 mil hectares do território habitado por 32 comunidades quilombolas. O Estado brasileiro expropriou tais hectares, reassentou seus habitantes em 7 agrovilas e iniciou a criação do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) para desenvolver um programa espacial nacional.
Segundo a CIDH, o Estado não teria reconhecido a titulação completa da propriedade coletiva sobre a terra. Nesse cenário, a posse em favor das comunidades quilombolas se justificou, dentre outras causas, em razão sobretudo de:

  • A Relação de boa-fé na ocupação.
  • B Relação ocupacional histórica.
  • C Relação de ancestralidade com o território.
  • D Vício do decreto expropriatório.
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Considerando o sistema interamericano de proteção de direitos humanos, assinale a alternativa INCORRETA:

  • A A Comissão Interamericana de Direitos Humanos ostenta competência para receber denúncias ou queixas de violações de direitos humanos, apresentadas por indivíduos ou entidade não governamental legalmente reconhecida por um ou mais Estados-membros da Organização dos Estados Americanos (OEA), contra atos dos Estados que violem a Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
  • B Cabe à Comissão Interamericana de Direitos Humanos proceder ao juízo de admissibilidade das petições ou comunicações apresentadas, e à Corte Interamericana de Direitos Humanos julgar a ação eventualmente proposta pela Comissão. Não há, no sistema regional interamericano, viabilidade de acesso direto do indivíduo à Corte.
  • C A sentença proferida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos será definitiva e inapelável. Na hipótese de divergência sobre o sentido ou alcance da sentença, a Corte interpretá-la-á, a pedido de qualquer das partes, desde que o pedido seja apresentando dentro de 90 (noventa) dias a partir da data da notificação da sentença. A parte da sentença que determinar indenização compensatória poderá ser executada no país respectivo pelo processo interno vigente para a execução de sentenças contra o Estado.
  • D A decisão proferida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos submete-se ao procedimento homologatório de sentenças estrangeiras, pelo Superior Tribunal de Justiça, previsto na Constituição da República (artigo 105, I, “i”).
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A Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção prevê expressamente que cada Estado Parte:

  • A estabelecerá um prazo maior ou interromperá a prescrição quando o presumido delinquente tiver evadido da administração da justiça;
  • B deverá proibir a utilização de delação premiada como meio de obtenção de prova;
  • C deverá criar mecanismo que respeitem o sigilo bancário nas Investigações relacionadas ao crime de corrupção;
  • D considerará a possibilidade de prever, em conformidade com os princípios fundamentais de sua legislação interna, a concessão de benefícios para colaboradores, vedada a concessão de imunidade judicial;
  • E considerará a possibilidade de adotar as medidas legislativas e de outras índoles que sejam necessárias para qualificar como delito, inclusive na modalidade culposa, o enriquecimento ilícito.
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O Tribunal Penal Internacional (TPI) foi instituído pelo Tratado de Roma, de 17 de julho de 1998, ratificado pelo Decreto Legislativo nº 112, de 6 de junho de 2002, e Internalizado no Brasil por meio do Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002.

Sobre o TPI, é correto afirmar que:
  • A a jurisdição do TPI é concorrente, a fim de garantir maior efetividade ao sistema de punição de crimes graves contra a humanidade;
  • B o TPI não é vinculado a nenhum país, mas a um órgão da ONU e, portanto, todas as nações que integram a ONU estão a ele submetidos;
  • C compete ao TPI processar e julgar os crimes de guerra, os crimes de genocídio, os crimes contra a vida em geral e os crimes de agressão contra a humanidade;
  • D jurisdição do TPI é subsidiária e só poderá intervir quando o Estado com jurisdição sobre o caso não estiver em condições de investigar e julgar o acusado ou não demonstrar intenção de fazê-lo;
  • E a jurisdição do TPI incide sobre os Estados Membros que se omitem de forma culposa ou dolosa de processar e julgar cidadãos acusados dos crimes previstos no Tratado de Roma.
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Assinale a opção correta a respeito da Convenção n.º 169 da OIT.

  • A A autodeterminação dos povos tribais e indígenas prevista nessa convenção requer o consentimento do Estado, logo, segundo esse critério, deve-se respeitar, no Brasil, o marco temporal, ou seja, somente as comunidades tribais e indígenas que estavam ocupando seus territórios em 1988 possuem o direito à autodeterminação.
  • B Essa convenção é aplicável a todos os povos indígenas, mas não contempla as comunidades quilombolas em território nacional.
  • C Nesse instrumento internacional, não está previsto o mecanismo de consulta às populações tradicionais sobre ações do governo com impacto sobre seus direitos.
  • D A referida convenção é um instrumento de proteção dos direitos humanos dos povos indígenas e tribais e determina que os governos respeitem a identidade étnica e cultural, os costumes e as tradições desses povos, e, para tanto, utiliza-se de duas premissas básicas e fundamentais: respeito e participação.
  • E Essa convenção não é um instrumento jurídico utilizado para salvaguardar a integridade física, territorial e cultural das comunidades quilombolas e indígenas, pois a CF prevê possibilidade de reconhecimento e titulação das terras desses povos indígenas e tribais.
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A Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e as Formas Correlatas de Intolerância declara que todo ser humano é igual perante a lei e tem direito à igual proteção contra o racismo, a discriminação racial e as formas correlatas de intolerância, em qualquer esfera da vida pública e privada (Capítulo II). Para garantir a efetividade dos direitos da população negra são previstas ações afirmativas, sendo INCORRETO sustentar que

  • A as ações afirmativas, adotadas com a finalidade de assegurar o gozo ou exercício, em condições de igualdade, de um ou mais direitos humanos e liberdades fundamentais de grupos que requeiram essa proteção, não constituirão discriminação, desde que não levem à manutenção de direitos separados para grupos diferentes, ainda que se perpetuem, uma vez alcançados seus objetivos.
  • B medidas, programas e políticas de ação afirmativa promovem a participação da população negra, em condições de igualdade de oportunidade na vida econômica, social, política e cultural do País.
  • C ações afirmativas são programas e medidas especiais adotados pelo Estado e pela iniciativa privada para a correção das desigualdades raciais e para a promoção da igualdade de oportunidades.
  • D programas de ações afirmativas destinam-se ao enfrentamento das desigualdades étnicas no tocante a educação, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, trabalho, moradia, meios de comunicação de massa, financiamentos públicos, acesso à terra, à Justiça e outros.
  • E programas de ações afirmativas constituir-se-ão em políticas públicas destinadas a reparar as distorções e desigualdades sociais e demais práticas discriminatórias adotadas nas esferas pública e privada, durante o processo de formação social do País.
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A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência elenca os princípios do respeito pela dignidade inerente, da não discriminação, da igualdade de oportunidades, da acessibilidade, entre outros (artigo 3º, letras “a”, “b”, “e” e “f”).

Assinale a alternativa INCORRETA a respeito do direito à saúde das pessoas com deficiência.

  • A Compete ao Sistema Único de Saúde (SUS) desenvolver ações destinadas à prevenção de deficiências por causas evitáveis, inclusive por meio de identificação e controle da gestante de alto risco e do acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, com garantia de parto humanizado e seguro.
  • B Quando esgotados os meios de atenção à saúde no local de residência, será prestado atendimento fora do domicílio, para fins de diagnóstico e tratamento, garantidos o transporte e a acomodação da pessoa com deficiência e de seu acompanhante.
  • C Os espaços dos serviços de saúde, tanto públicos quanto privados, devem assegurar o acesso da pessoa com deficiência mediante a remoção de barreiras, por meio de projeto arquitetônico, de ambientação de interior e de comunicação que atendam às especificidades das pessoas com deficiência física, sensorial, intelectual e mental.
  • D As operadoras de planos e seguros privados de saúde são obrigadas a garantir à pessoa com deficiência, no mínimo, todos os serviços e produtos ofertados aos demais clientes, autorizada a cobrança de valores diferenciados, em razão de sua condição.
  • E As ações e os serviços de saúde pública devem assegurar atendimento psicológico, inclusive para os familiares da pessoa com deficiência e seus atendentes pessoais, além da oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção, medicamentos, insumos e

Matemática

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12,9 km equivalem a

  • A 129000 dm.
  • B 12900 dm.
  • C 1290 dm.
  • D 129 dm.
  • E 1,29 dm
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Hélio comprou um pacote com menos de 160 alfinetes, e pretende utilizar diariamente o mesmo número de alfinetes. Após contabilizar o número total de alfinetes disponíveis no pacote, percebeu que poderia utilizar por dia, ou 4 alfinetes, ou 5 alfinetes, ou 6 alfinetes, e, qualquer fosse a opção, todos os alfinetes seriam utilizados. O número total de alfinetes do pacote é

  • A 40.
  • B 45.
  • C 50.
  • D 55.
  • E 60.
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Josué faz trufas. Quando ele trabalha com outros dois funcionários por três dias, juntos produzem 180 trufas. Quantas trufas serão produzidas se ele trabalhar com outros quatro funcionários, no mesmo ritmo, por quatro dias?

  • A 300 trufas.
  • B 400 trufas.
  • C 500 trufas.
  • D 600 trufas.
  • E 700 trufas.
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RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO  
Roberto, José e Vander são funcionários de um determinado Conselho Regional de Farmácia há 28, 30 e 54 meses, respectivamente. Com a atualização do sistema de cadastro de denúncias recebidas por telefone e e-mail, 1.324 denúncias precisam ser arquivadas. Considerando que o número de denúncias que cada funcionário irá arquivar é inversamente proporcional ao tempo de trabalho de cada um, em meses, é correto afirmar que: 
  • A José arquivou 504 denúncias.
  • B Vander arquivou 290 denúncias.
  • C Vander arquivou 316 denúncias.
  • D Roberto arquivou 542 denúncias.
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Ricardo tem 3 cachorros. Um pacote de ração de 9 kg alimenta-os por 9 dias. Quantos quilos de ração são necessários para alimentar 5 cachorros do mesmo porte por 30 dias?

  • A 45 kg
  • B 50 kg
  • C 55 kg
  • D 60 kg
  • E 65 kg
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Um quadro-negro de forma retangular tem lados horizontais de 81,0cm e lados verticais de 70,2cm. Deseja-se traçar linhas horizontais e verticais igualmente espaçadas, de modo a cobrir inteiramente o quadro-negro de quadrados.
O número mínimo de quadrados que se obtém dessa forma é igual a 

  • A 195.
  • B 209.
  • C 216.
  • D 252.
  • E 280.
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Os lados de um triângulo são proporcionais a 5, 6 e 9. Se a diferença entre as medidas do maior lado e do menor lado é 29cm, a soma dos lados desse triângulo é

  • A 135cm.
  • B 140cm
  • C 145cm.
  • D 150cm.
  • E 155cm.
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Jorge tem 325 bolinhas de gude e vai dividi-las entre seus dois filhos em quantias inversamente proporcionais a 5 e 8. 
A diferença entre as quantidades de bolinhas recebidas pelos filhos de Jorge é

  • A 30.
  • B 45.
  • C 50.
  • D 60.
  • E 75.
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O sistema de um banco cria senhas aleatórias de 8 dígitos, sem repetição, com as 26 letras do alfabeto. Quantas senhas diferentes esse sistema consegue formar?

  • A De 83.648.791.320 maneiras diferentes.
  • B De 62.990.928.000 maneiras diferentes.
  • C De 57.432.618.500 maneiras diferentes.
  • D De 39.840.700.000 maneiras diferentes.
  • E De 47.215.514.000 maneiras diferentes.
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A função f(x)= 5x²– 120x, possui duas raízes, uma delas é o zero e a outra é a raiz positiva de:
  • A √144
  • B √196
  • C √400
  • D √529
  • E √576

Matemática Financeira

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Um bem custa, a vista, R$ 1.230,00, mas pode ser adquirido por meio de parcelamento em duas prestações mensais, iguais e consecutivas. Há apenas duas opções para o parcelamento:
I. a primeira prestação é paga no ato da compra; II. a primeira prestação é paga um mês após a compra.
Em ambos os casos, o vendedor cobra juros de 5% a.m.
Sejam PI e PII ,respectivamente, os valores das prestações na 1ª e 2ª opções de parcelamento.
O valor PII – PI é 

  • A R$ 31,50.
  • B R$ 32,00.
  • C R$ 32,20.
  • D R$ 32,50.
  • E R$ 33,00.
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Um capital de R$7.500,00 foi aplicado à taxa semestral de 5% no regime de capitalização simples. Para que seja obtido um montante de R$9.750,00, o prazo dessa aplicação deverá ser de

  • A 3 anos e 6 meses.
  • B 3 anos.
  • C 4 anos e 6 meses.
  • D 4 anos.
  • E 5 anos e 6 meses.
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Sônia atrasou por 50 dias o pagamento de uma conta no valor de R$ 1.000,00. Ela verificou que pagaria 0,2 % de juros diários de multa, mas não sabia se os juros eram compostos ou simples.

Usando a aproximação (1+x)n  1+nx+n(n-1)x²/2, ela concluiu que a diferença entre juros compostos e juros simples corresponderia a um valor situado entre:
  • A R$ 3,00 e R$ 3,50;
  • B R$ 3,50 e R$ 4,00;
  • C R$ 4,00 e R$ 4,50;
  • D R$ 4,50 e R$ 5,00;
  • E R$ 5,00 e R$ 5,50.
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Uma duplicata tem valor de face de R$ 1.210,00 e pode ser descontada com dois meses de antecedência por R$ 1.000,00.

Considerando-se um desconto racional, os juros compostos mensais que estão sendo praticados são iguais a:
  • A 10%;
  • B 10,5%;
  • C 11%;
  • D 11,5%;
  • E 12%.
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João investiu R$ 10.000,00 em um produto financeiro que apresentou rentabilidade nominal liquida de 8,00% no período de 12 meses, durante os quais esses recursos ficaram aplicados.


Considerando que a inflação para esse mesmo período foi de 10,00%, a rentabilidade real liquida obtida por ele nesse período foi de:

  • A -2,00%;
  • B -1,82%;
  • C 0,00%;
  • D 1,85%;
  • E 2,00%.
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Roberto recebeu seu primeiro salário como profissional e resolveu aplicar, uma única vez, RS 2.000,00 para formar uma reserva financeira que será capitalizada a uma taxa nominal efetiva liquida de 1,5% a.m. por 1 ano.


Considerando que 1.015^[ ] 1.20, Roberto resgatará ao final do período um total de:

  • A R$ 2.120,00;
  • B R$ 2.400,00;
  • C R$ 3.000,00;
  • D RS 3.600,00;
  • E RS 4.400,00.
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Maria pretende se aposentar hoje com a ajuda de uma renda mensal que será gerada a partir de um fundo que foi constituído ao longo de muitos anos Ela conseguiu acumular R$ 1.000.000,00 e estima que poderá contar com uma taxa nominal efetiva liquida de 2% ao mês e uma taxa real efetiva liquida de 1% ao mês


Sendo assim, para que não corra nenhum risco de perder o poder de consumo proporcionado pela renda desse fundo, ela poderá sacar mensalmente no máximo:

  • A R$ 1.000,00;
  • B R$ 2.000,00;
  • C RS 10.000,00;
  • D R$ 15.000,00;
  • E R$ 20.000,00.
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Uma organização aplicou R$ 100.000,00 por 15 dias em um produto financeiro que oferece uma rentabilidade nominal efetiva liquida de 1,0% ao mês no regime de capitalização simples.


Ao final do prazo, a organização auferiu, no período, juros e rentabilidade nominal efetiva líquida, respectivamente, de: 

  • A R$ 500,00; 0,5%;
  • B R$ 1.000,00; 1,0%;
  • C R$ 10.000,00; 0,5%;
  • D R$ 15.000,00; 1,0%;
  • E R$ 30.000,00; 1,0%.
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A empresa X captou um empréstimo junto a uma instituição financeira pelo Sistema Francês (Price) de amortização. A operação foi fechada a uma taxa de juros nominal efetiva de 2% ao mês, sem nenhum indexador e sem nenhum outro custo além da taxa informada.


Sabendo que a empresa X pagará prestações mensais de R$ 9.455,96, e que o banco emprestou R$ 100.000,00, é correto afirmar que a empresa reduzirá sua divida, imediatamente após o pagamento da primeira parcela, em:

  • A R$ 189,88;
  • B R$ 1.810,88;
  • C R$ 2.000,00;
  • D R$ 7.455,96;
  • E R$ 9.455.96.
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Uma organização possui valores a receber decorrentes de vendas a prazo. Ela tem R$ 100.000,00 a receber daqui a 30 dias, mas está sem caixa no momento e precisa de recursos financeiros imediatamente. Dessa maneira, solicita junto a um banco uma operação de desconto comercial simples, a partir de qual e recebe R$ 90.000,00 hoje.

Desconsidere qualquer outro imposto ou custo nessa operação Dessa maneira, a taxa de juros nominal efetiva cobrada pelo banco é:
  • A impossível de se calcular;
  • B de 10.00% ao mês;
  • C de 11,11% ao mês;
  • D de 22.22% ao mês;
  • E menor que a taxa de desconto comercial.

Português

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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Quanto à flexão verbal, assinale a alternativa que apresenta uma passagem do texto, retirada do 8º parágrafo, com verbo no pretérito maisque-perfeito do modo indicativo:

  • A “Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, (...)”.
  • B “(...) ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos.”.
  • C “Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, (...)”.
  • D “A visita não era de todo desagradável, (...)”.
  • E “(...) desde que a doença deixara de ser assunto.”.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Há um uso adequado do acento grave indicativo de crase apenas na opção:

  • A Não me dirigi à ela nem à ninguém durante a reunião.
  • B Os viajantes chegaram bem àquele território inóspito.
  • C Não costumo comprar nada à prazo.
  • D Ela se referiu à uma heroína do século XIX.
  • E Por causa da promoção, os produtos estavam orçados à partir de 1,99.
33

O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Em relação aos aspectos de concordância nominal, assinale a alternativa correta:

  • A Era proibida entrada de menores no estabelecimento.
  • B Escolhemos estampas o mais belas possíveis.
  • C A porta estava meia aberta quando cheguei à sala de aula.
  • D Seguem anexas ao e-mail as propostas de compra e venda do imóvel.
  • E Compramos bastante livros na feira literária.
34

O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

O vocábulo corretamente grafado está presente na alternativa:

  • A Pretencioso.
  • B Inadmiscível.
  • C Sisudez.
  • D Enxarcado.
  • E Xávena.
35

O verbo que exige o mesmo tipo de complemento verbal do que o verbo sublinhado na frase “Eu prefiro dias de sol a dias de chuva” é:

  • A De agora em diante, custa-me acreditar em você.
  • B A aniversariante agradeceu o presente ao amigo.
  • C Paulo namora minha prima desde a adolescência.
  • D Eles casaram ano passado.
36

Assinale a frase em que a substituição do adjetivo sublinhado por uma oração adjetiva de valor semântico equivalente foi feita de forma adequada.

  • A O estilo é um modo muito simples de dizer coisas complicadas / que se complicam.
  • B Serviço de emergência disponível só com 24 horas de antecedência / que se mostra disposto.
  • C Meu animal favorito é o bife / que me favorece.
  • D Moda, afinal, são apenas epidemias induzidas / que se induzem.
  • E O poder não satisfaz, é como a droga que sempre exige doses maiores / que são mais perigosas.
37
A neblina da menopausa

         Neblina cerebral é queixa frequente na perimenopausa. Ela refere-se às dificuldades de concentração encontradas ao se fazerem contas ou tentar lembrar palavras e nomes de pessoas, ao comprometimento do raciocínio lógico e ao “cansaço mental” que se instalam quando as menstruações se tornam irregulares.
      Em cerca de 80% das mulheres, essas queixas costumam vir acompanhadas de crises de sensação de calor intenso e sudorese abundante, seguidas de um frio siberiano. São os fogachos, em linguagem popular — ou, para os médicos, sintomas vasoativos.             Essa fase, que algumas atravessam com poucos sintomas, provoca sofrimentos de longa duração à maioria delas: insônia, ressecamento da pele e das mucosas, dor às relações sexuais, infecções urinárias de repetição, inchaço, cólicas abdominais, diminuição da libido e fadiga, entre outros transtornos. Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão.                 Infelizmente, a medicina levou séculos para se interessar pela fisiopatologia responsável por distúrbios cerebrais tão variados. Uma das primeiras descobertas aconteceu apenas na década de 1990, quando Naomi Rance, neuropatologista da Universidade do Arizona, demonstrou que, nas autópsias de mulheres na menopausa, o hipotálamo duplicava de tamanho às custas do aumento do número de neurônios. Como a essa região do cérebro é atribuído o controle da termorregulação e das sensações térmicas, Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres.
        Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona. Pesquisas com camundongos nos quais foi adaptado um pequeno dispositivo para medir as mudanças de temperatura, ocorridas depois da retirada dos ovários, permitiram avaliar a influência da neurocinina B no aparecimento dos sintomas vasoativos.
    Quando as moléculas de neuromicina B se ligam aos receptores ancorados na membrana dos neurônios, surgem os sintomas vasoativos. O contrário acontece quando esses receptores são bloqueados por manipulação farmacológica.
       A redução nas concentrações de estrogênio que chegam ao cérebro por ocasião da falência dos ovários tem grande impacto no metabolismo e no sistema imunológico do tecido cerebral de seres humanos e de roedores. A presença de estrogênio é fundamental para a captura e o metabolismo da glicose, a principal fonte de energia para eles. 
     Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio. Essas variações imprevisíveis não dão tempo para que o metabolismo dos circuitos cerebrais de neurônios se adapte às novas circunstâncias. A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de “neblina” e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.
      Por outro lado, o aparecimento do fezolinetant, primeiro medicamento não hormonal para tratamento dos fogachos, representa uma mudança de paradigma. A menopausa deixa de ser interpretada apenas como uma condição restrita aos ovários, para ser considerada um fenômeno biológico complexo, que interfere nas funções de múltiplos órgãos e na neurobiologia do cérebro.

(Fonte: Drauzio Varella. A neblina da menopausa — adaptado.)

Com relação à pontuação, assinalar a alternativa em que a proposição de acréscimo ou de retirada de vírgula ALTERA o sentido da frase original:

  • A “Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres” — acréscimo de vírgula após “vasoativos”.
  • B “Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão” — retirada da vírgula após “Além disso”.
  • C “Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona” — retirada da vírgula após “hormonal”.
  • D “Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio” — retirada da vírgula após “perimenopausa”.
  • E “A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de ‘neblina’ e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson” — acréscimo de vírgula após “neurodegenerativas”.
38


A frase abaixo que mostra uma forma inadequada do termo sublinhado é:

  • A Trabalho duro nunca matou ninguém, mas por que arriscar?;
  • B Se disserem que o crime não compensa, você tem que lembrar que é porque, quando compensa, não é crime;
  • C É de justiça, e não de caridade, que o mundo precisa, mas por quê?;
  • D Tem gente que se acha honesta só porque não sabia da mamata;
  • E Não sei porque dizem que a justiça é cega.
39

Analise a seguinte frase:
“No trançado da história, o que interessa, afinal, é o resultado”. (Millôr Fernandes)
O modo de reescrever essa frase que modifica o seu sentido original, é:

  • A No trançado da história, o resultado, afinal, é o que interessa.
  • B No trançado da história, o resultado é o que, afinal, interessa.
  • C O que interessa no trançado da história, afinal, é o resultado.
  • D O que interessa, no trançado, afinal, da história é o resultado.
  • E O resultado é, afinal, o que interessa no trançado da história.
40

Assinale a frase que se apoia numa argumentação objetiva.

  • A De todas as enfermidades que acometem o espírito, o ciúme é aquela à qual tudo serve de alimento e nada serve de remédio.
  • B Hoje não se pode viver sem um celular; quem não o possui fica à margem de boa parte da vida social.
  • C O turista declarou que o país africano era muito inseguro, pois foi roubado logo ao desembarcar.
  • D Nunca subestime o seu poder de mudar a si mesmo, pois, segundo os psicólogos, cerca de 60% das pessoas o conseguem.
  • E A dificuldade reside não nas novas ideias, mas em escapar das velhas ideias.

Raciocínio Lógico

41
Texto CG2A2-I

O diálogo a seguir apresenta uma discussão sobre futebol.
Alvin: Seu time é muito ruim...
Bruno: Você está errado, pois meu time é multicampeão de inúmeros torneios.
Alvin: [seu time] nunca foi campeão da Champions League.
Bruno: [meu time] foi campeão da Champions League todas as vezes que disputou esse campeonato.

A partir do texto CG2A2-I e sabendo-se que o time de Bruno nunca disputou a Champions League, assinale a opção correta.

  • A A segunda afirmação de Alvin é verdadeira, mas a segunda afirmação de Bruno é falsa.
  • B A segunda afirmação de Alvin é falsa, mas a segunda afirmação de Bruno é verdadeira.
  • C A segunda afirmação de Alvin e a segunda afirmação de Bruno são ambas falsas.
  • D Não é possível determinar o valor lógico de pelo menos uma dentre as segundas afirmações de Alvin e Bruno.
  • E A segunda afirmação de Alvin e a segunda afirmação de Bruno são ambas verdadeiras.
42

Considere a proposição P: “a menos que o sistema funcione, o servidor não entregará o trabalho”. Assinale a opção que apresente uma proposição equivalente a P.

  • A Se o sistema funcionar, o servidor entregará o trabalho.
  • B Se o sistema não funcionar, o servidor não entregará o trabalho.
  • C O servidor entregará o trabalho a menos que o sistema não funcione.
  • D O sistema funciona e o servidor entrega o trabalho.
  • E Quanto mais o sistema funcionar, mais trabalho o servidor entregará.
43

Se verde é azul, então, azul é vermelho. Se azul é vermelho, então, cinza é preto. Se cinza é preto, então, branco é azul. Ora azul não é branco, logo,

  • A cinza é preto e azul não é vermelho.
  • B azul é vermelho e verde é azul.
  • C cinza não é preto e verde não é azul.
  • D azul não é vermelho e verde é azul.
44

Assinale a opção em que a proposição apresentada é equivalente à proposição lógica (¬P˅Q) → (¬S˄R).

  • A (P→Q) → (¬ (R→S))
  • B (P→ (¬ Q)) → (R→S)
  • C (R→S) → (P→Q)
  • D (¬ (R→S)) → (¬ (P→Q))
45

Um grupo é formado por 9 analistas administrativos, entre eles, Paulo e Miguel. Um grupo de trabalho será formado com cinco desses analistas, obedecendo-se às seguintes condições:
• Em primeiro lugar, um dos analistas deve ser escolhido para ser o líder do grupo; • Esse líder não pode ser nem Paulo, nem Miguel; • Miguel deve, obrigatoriamente, fazer parte do grupo.
A quantidade máxima de grupos distintos que podem ser formados sob as condições impostas é de:

  • A 210
  • B 225
  • C 230
  • D 245
46

Na segunda fase de um concurso, os 300 candidatos aprovados na fase anterior deveriam resolver três questões discursivas, A, B e C, sendo que para cada uma dessas questões seria atribuído 1 ponto ou 0 ponto. Ao final dessa fase, verificou-se que:

• 160 candidatos conseguiram 1 ponto na questão B;

• 140 candidatos conseguiram 1 ponto na questão C;

• 50 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões A e B;

• 60 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões A e C;

• 40 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões B e C;

• 30 candidatos conseguiram 1 ponto nas questões A, B e C;

• Todos os candidatos conseguiram pelo menos 1 ponto.


O número total de candidatos que conseguiram 1 ponto na questão A corresponde a:

  • A 100
  • B 110
  • C 120
  • D 130
47

Edson e Roberto fazem uma aposta jogando dois dados, ambos regulares. Edson ganha a aposta se saírem dois números maiores do que 3. Caso contrário, ganha Roberto.
Eles pretendem fazer um jogo honesto. Se perder, Edson pagará a Roberto 10 reais.
Então, se perder, Roberto deverá pagar a Edson

  • A 18 reais.
  • B 24 reais.
  • C 30 reais.
  • D 42 reais.
  • E 46 reais.
48

A Mega-Sena é um jogo de apostas no qual são sorteadas 6 dentre 60 bolas numeradas de 1 a 60. Cecília fez uma aposta, escolhendo os números 1, 2, 3, 4, 5 e 6. Cecília está acompanhando o sorteio e viu que as três primeiras bolas sorteadas foram as de número 1, 2 e 3.


A chance de Cecília acertar os seis números e ganhar na MegaSena é agora de uma em

  • A 29.260.
  • B 38.482.
  • C 61.245.
  • D 83.998.
  • E 102.063.
49

Lionel pretende comprar um carro que pode ser pago à vista, por 80 mil reais, ou a prazo, por 120 mil reais, com uma entrada e mais duas prestações iguais, a primeira a ser paga depois de um ano e a segunda a ser paga depois de mais um ano. Lionel dispõe de 150 mil reais, que estão aplicados no banco, com rendimento de 50% ao ano.


Lionel prefere pagar a prazo. O valor máximo da entrada que Lionel deve pagar de modo que a opção a prazo seja preferível é de

  • A 60 mil reais.
  • B 50 mil reais.
  • C 40 mil reais.
  • D 30 mil reais.
  • E 20 mil reais.
50

O sistema de um banco cria senhas aleatórias de 8 dígitos, sem repetição, com as 26 letras do alfabeto. Quantas senhas diferentes esse sistema consegue formar?

  • A De 57.432.618.500 maneiras diferentes.
  • B De 62.990.928.000 maneiras diferentes.
  • C De 83.648.791.320 maneiras diferentes.
  • D De 47.215.514.000 maneiras diferentes.
  • E De 39.840.700.000 maneiras diferentes.

Redação Oficial

51

De acordo com o Manual de Redação da Presidência da República, em vigor desde 2018, a diferença entre um artigo e um parágrafo é: 

  • A O artigo é a unidade básica para apresentação, divisão ou agrupamento de assuntos em um texto normativo, enquanto o parágrafo é a imediata divisão interna do artigo, voltada para explicar ou modificar a disposição principal. 
  • B O artigo é uma unidade de texto utilizado em jornalismo, que foi apropriado pelo dispositivo legal, enquanto o parágrafo foi originalmente utilizado em textos acadêmicos e teve também sua apropriação pelos textos normativos. 
  • C O artigo é um tipo de elemento gráfico usado para separar seções do texto, demarcado inclusive por espaços em branco, enquanto o parágrafo é uma unidade de sentido dentro do texto e que não pode sequer ser separado graficamente. 
  • D O artigo é um conjunto de frases desconexas que aborda um tópico específico, enquanto o parágrafo é uma divisão interna do artigo, podendo ser em maior número do que o de artigos, para evitar a má técnica legislativa. 
  • E O artigo é um recurso utilizado apenas em documentos legais, ainda que seja erroneamente apropriado pelo discurso jornalístico, enquanto o parágrafo é usado em qualquer tipo de texto, pois se trata de um segmento de frases que compõem o texto em blocos únicos de sentido.
52

O Manual de Redação da Presidência da República afirma, a respeito de uma sistemática interna da lei, que “a existência de um sistema interno deve, sempre que possível, evitar contradições lógicas, teleológicas ou valorativas”. A respeito desses três conceitos, considere as afirmações:

I. Tem-se uma contradição lógica se, por exemplo, a conduta autorizada pela norma A é proibida pela norma B.
II. Verifica-se uma contradição valorativa se se identificam incongruências de conteúdo axiológico dentro do sistema. É o que resulta, por exemplo, da edição de normas discriminatórias dentro de um sistema que estabelece a igualdade como princípio basilar.
III. Constata-se uma contradição teleológica se há uma contradição entre os objetivos de disposições diversas, de modo que a observância a um preceito importa a nulificação dos objetivos visados pela outra.

É CORRETO o que se afirma em: 

  • A I, apenas. 
  • B II, apenas. 
  • C III, apenas.
  • D I e II, apenas.
  • E I, II e III.
53

O Manual de Redação da Presidência da República considera que algumas regras básicas precisam ser observadas para a sistematização do texto do ato normativo. Com o objetivo de facilitar sua estruturação, NÃO se configura como uma regra básica:

  • A os incisos são utilizados como elementos discriminatórios, voltados para hierarquizar os sistemas e os métodos. 
  • B matérias que guardem afinidade objetiva devem ser tratadas em um mesmo contexto ou agrupamento.
  • C os procedimentos devem ser disciplinados segundo a ordem cronológica, se possível. 
  • D a sistemática da lei deve ser concebida de modo a permitir que ela forneça resposta à questão jurídica a ser disciplinada. 
  • E institutos diversos devem ser tratados separadamente.
54

Considerando aspectos gerais de redação oficial, assinale a opção correta. 

  • A Para que um texto oficial seja considerado adequado à situação comunicativa, basta que ele apresente corretamente a indicação dos interlocutores envolvidos e informações sobre a comunicação mediada pelo texto do documento.
  • B Dado o seu caráter público, um texto oficial deve primar pelo uso da linguagem coloquial, com emprego de palavras e expressões simples, uso da ordem direta e presença moderada de jargão burocrático. 
  • C A padronização de um texto oficial está relacionada, entre outros aspectos, à formalidade no tratamento, à digitação do texto sem erros e à correta diagramação do texto. 
  • D A objetividade de um texto oficial está associada à economia de pensamento, que se atinge por meio da redução do tamanho do texto, com apagamento de palavras desnecessárias, supressão de detalhes e eliminação de informações.
  • E Em obediência ao princípio da impessoalidade, não se deve empregar, em documentos oficiais, a primeira pessoa do discurso, como em Encaminho ou Encaminhamos, assim como devem ser evitadas expressões consagradas pelo uso e formas sintáticas tradicionais, que empobrecem o texto. 
55

Em relação à linguagem e à padronização dos documentos oficiais, assinale a opção correta. 

  • A No trecho Na próxima reunião, Vossa Senhoria deverá apresentar o seu substituto, o emprego da forma verbal na terceira pessoa do singular está em desacordo com a modalidade padrão da língua portuguesa, porque o pronome de tratamento “Vossa Senhoria” refere-se à segunda pessoa do discurso. 
  • B Em uma correspondência oficial dirigida a uma ministra de Estado, o vocativo que deve ser empregado é Senhora Ministra, seguido de vírgula. 
  • C Uma vez que atualmente predomina o padrão ofício nas comunicações oficiais, toda correspondência oficial deve ser inicialmente identificada como OFÍCIO, independentemente do gênero textual do expediente. 
  • D O seguinte texto é adequado à introdução de textos oficiais usados para encaminhamento de documentos. Cumpre-me informar, em atenção ao documento recentemente enviado a esta Diretoria, que o problema apontado já foi resolvido. 
  • E Em obediência ao princípio da uniformização das correspondências oficiais, o fecho de uma exposição de motivos deve ser o mesmo empregado nas demais correspondências oficiais, qual seja: Atenciosamente. 
56

Devem ser características da linguagem empregada em um texto oficial

  • A a clareza e a concisão.
  • B a precisão e o rebuscamento.
  • C a tecnicidade e a impessoalidade.
  • D a concisão e a informalidade.
  • E a clareza e a prolixidade.
57

Assinale a alternativa que apresenta a alternativa incorreta:

  • A O Memorando é uma correspondência rotineira, usada para informar os clientes externos sobre a empresa.
  • B O Ofício é documento rpioritário de instituição pública e requer certo grau de formalidade.
  • C Para toda correspondência deve-se observar a forma de tratamento requerida pelo cargo ocupado.
  • D O Memorando é correspondẽncia interna simples que veicula a comunicação de políticas, decisões e instruções.
  • E A correspondência oficial apresenta normas fixas de elaboração, com redação formal que segue normas predeterminadas.
58

Com relação a documentos oficiais, assinale a alternativa que apresenta uma afirmação correta de acordo com o Manual de Redação da Presidência da República.

  • A São atributos da redação oficial: clareza e precisão; objetividade; concisão; coesão e coerência; pessoalidade; informalidade; uso da norma-padrão da língua portuguesa, podendo ser empregada de forma rebuscada, quando necessário, e utilizar figuras de linguagem próprias do estilo literário.
  • B Os adjetivos referentes aos pronomes de tratamento devem coincidir com o sexo da pessoa a que se referem. Assim: Vossa Excelência será homenageado – se o interlocutor for homem, e Vossa Excelência será homenageada – se o interlocutor for mulher.
  • C Estão feitas corretamente as concordâncias com os pronomes de tratamento nas frases – Vossa Excelência sabeis da importância de vossos passos. / Vossa Senhoria estais disposta a rever suas decisões? / Queremos que Vossa Excelência vos digneis receber os representantes do povo.
  • D Na identificação de signatária (quem assina um documento) do sexo feminino, o cargo ocupado por ela deve permanecer no gênero masculino, da mesma forma que para um signatário do sexo masculino.
  • E Na grafia de datas em um documento oficial, o nome da cidade deve vir seguido de vírgula, o nome do mês deve ser escrito com inicial maiúscula e, no final da frase, não se coloca ponto.
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Documentos oficiais devem obedecer a alguns aspectos normativos de redação. Com relação a esse contexto, assinale a alternativa correta.

  • A O fundamento da redação oficial está ligado ao art. 35 da Constituição Federal de 1988, no que se refere, especificamente, à moralidade e à eficiência.
  • B Existe uma linguagem oficial, traduzida por manuais, que preza pela burocracia administrativa na redação oficial.
  • C A uniformidade é um dos princípios da redação de correspondências oficiais que abrange tanto o texto quanto a apresentação, como, por exemplo, com o uso de papéis uniformes e a correta diagramação.
  • D No serviço público federal, o vocativo empregado em redações oficiais para se referir ao presidente da República é Vossa Excelência.
  • E A impessoalidade exigida em redações de correspondências oficiais corresponde ao cumprimento da norma culta da língua.
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O fecho das comunicações oficiais tem os objetivos de arrematar o texto e de saudar o destinatário. Atualmente, o Manual de Redação da Presidência da República determina que

  • A devem ser utilizados, para todos os tipos de comunicação oficial, apenas dois fechos: atenciosamente e respeitosamente.
  • B deve ser utilizado “Atenciosamente” para autoridades superiores, com exceção do presidente da república.
  • C devem ser utilizados, nas comunicações dirigidas a autoridades estrangeiras, os mesmos fechos determinados por esse Manual.
  • D deve ser utilizado “Respeitosamente” para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.