Resolver o Simulado Psicólogo

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Administração Pública

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Dilara Dilay é servidora pública federal e foi cedida para organizar o setor de recursos humanos de determinado Conselho Profissional. A base do seu projeto de organização terá referência nos princípios que informam a Administração Pública previstos na Constituição Federal, com destaque para o da:
  • A Certeza.
  • B Liquidez.
  • C Eficiência.
  • D Credibilidade.
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Considere o seguinte caso hipotético: José, servidor da Ufes, ocupante do cargo de administrador desde 12 de abril de 2021, de férias com a família em Portugal em maio de 2023, recebeu e-mail da chefia imediata, informando que a Universidade já teria cumprido os demais requisitos estabelecidos na norma instituidora do Programa de Gestão e Desempenho (PGD) e, portanto, teria pretensão de implementá-lo na modalidade de teletrabalho a partir de agosto de 2023. Nesse mesmo e-mail, a chefia também informou sobre o procedimento para adesão como participante, no caso de interesse, comunicando os prazos e documentos necessários à instrução do requerimento. José, com a perspectiva de construir nova vida em um outro país, ao retornar das férias, procedeu à instrução do processo, solicitando autorização para participar na modalidade de teletrabalho em regime de execução integral no exterior.
Diante dessa situação hipotética e nos termos do Decreto nº 11.072, de 17 de maio de 2022, que dispõe sobre o Programa de Gestão e Desempenho (PGD) da Administração Pública Federal Direta, Autárquica e Fundacional, é CORRETO afirmar que a solicitação 

  • A não deverá ser atendida, pois a norma não prevê a possibilidade de realização de teletrabalho em regime de execução integral. 
  • B deverá ser atendida, mantendo-se, inclusive, o pagamento de adicionais ocupacionais de insalubridade, periculosidade ou irradiação ionizante, caso o interessado já os perceba. 
  • C poderá ser atendida, no interesse da Administração, por prazo indeterminado.
  • D deverá ser negada, uma vez que José, no mês de efetiva implementação do PGD, mesmo que observados os demais requisitos estabelecidos na norma, ainda não terá concluído o estágio probatório. 
  • E poderá ser atendida, no interesse da Administração, cabendo à chefia imediata observar as diferenças de fuso horário do país em que o servidor pretende residir, para fins de fixação da jornada de trabalho do órgão ou da entidade de exercício. 
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O Decreto nº 11.072, de 17 de maio de 2022, dispõe sobre o Programa de Gestão e Desempenho (PGD). A respeito da modalidade de teletrabalho, prevista nesse Decreto, é CORRETO o que se afirma em: 

  • A O participante da modalidade de teletrabalho, quando excluído do PGD, deverá retornar, de imediato, à atividade presencial no órgão ou na entidade de exercício. 
  • B A modalidade de teletrabalho ocorrerá em regime de execução parcial, inadmitindo-se outra forma. 
  • C Na hipótese de revogação do PGD, o órgão ou a entidade poderá requerer do servidor em modalidade de teletrabalho, com antecedência mínima de sessenta dias, o retorno à atividade presencial. 
  • D Além dos requisitos gerais para a adesão à modalidade, o teletrabalho com o agente público residindo no exterior somente será admitido para servidores públicos federais efetivos que tenham concluído o estágio probatório.
  • E A modalidade de teletrabalho terá a estrutura necessária, física e tecnológica, providenciada e custeada pela Administração. 

Atendimento ao Público

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Um determinado município possui uma equipe multidisciplinar responsável por desenvolver e implementar políticas públicas voltadas para o meio ambiente. Ela é composta por profissionais com diferentes personalidades e formações, o que influencia o relacionamento interpessoal e a eficácia do trabalho em equipe, além da opinião pública sobre a atuação desses servidores que é fundamental para o sucesso das políticas implementadas. Nesta situação são verificados os seguintes cenários; analise-os.
1. Um dos membros é conhecido por ter uma personalidade dominante e ser pouco receptivo às ideias dos colegas, o que cria um ambiente de tensão e dificulta a colaboração e o compartilhamento de informações.
2. A comunicação entre os membros da equipe é fundamental para o sucesso; no entanto, alguns têm dificuldade em expressar suas opiniões de forma clara e assertiva, o que leva a mal-entendidos e atrasos na tomada de decisões.
3. A equipe é responsável por conduzir audiências públicas e receber feedback da comunidade sobre as políticas implementadas; um membro tem uma postura defensiva e não lida bem com críticas, o que prejudica a relação com a opinião pública, podendo comprometer a eficácia das políticas implementadas.
4. A opinião pública sobre o órgão ao qual a equipe está subordinada apresenta várias críticas e oposições; entretanto, o responsável pelo órgão busca sempre receber as informações de forma tranquila e analisar o que pode ser feito para melhorar, uma vez que a relação com a comunidade pode influenciar as políticas.
Considerando o contexto apresentado, o cenário 3 está relacionado ao aspecto:
  • A Órgão e opinião pública.
  • B Servidor e opinião pública.
  • C Personalidade e relacionamento.
  • D Eficácia no comportamento interpessoal.

Administração Pública

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No que tange à Administração Pública, análise as sentenças:

( ) A Administração compreende todo o aparato existente (estrutura e recursos; órgãos e agentes; serviços e atividades) à disposição dos governos para a realização de seus objetivos políticos e do objetivo maior e primordial do Estado. ( ) A Administração Pública, em sentido amplo, compreende: o Governo (que toma as decisões políticas), a estrutura administrativa e a administração (que executa essas decisões). Em sentido estrito, compreende apenas as funções administrativas de execução das atividades. ( ) Administração Pública é o ramo da Administração aplicada nas Administrações direta e indireta das três esferas (ou níveis) de Governo: Federal, Estadual e Municipal. ( ) Administração Pública corresponde às atividades desenvolvidas pelos entes públicos, dentro dos limites legais, com a finalidade de prestar serviços ao Estado e a sociedade em prol do bem comum. ( ) Administração Pública corresponde ao conjunto de pessoas jurídicas e órgãos públicos criado para realizar a função administrativa do Estado, cujas atividades são desempenhadas pelos seus agentes – portanto, nesse sentido, temos as pessoas jurídicas de Direito Público Interno, as pessoas jurídicas da Administração indireta, os órgãos da Administração direta e os agentes públicos.

Após a análise das sentenças, e considerando V (verdadeiro) e F (falso), assinale a alternativa correspondente:
  • A V, V, V, V, V.
  • B V, F, F, V, V.
  • C F, V, F, V, F.
  • D F, F, V, V, F.
  • E F, F, F, F, F.

Português

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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Quanto à flexão verbal, assinale a alternativa que apresenta uma passagem do texto, retirada do 8º parágrafo, com verbo no pretérito maisque-perfeito do modo indicativo:

  • A “Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, (...)”.
  • B “(...) ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos.”.
  • C “Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, (...)”.
  • D “A visita não era de todo desagradável, (...)”.
  • E “(...) desde que a doença deixara de ser assunto.”.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Há um uso adequado do acento grave indicativo de crase apenas na opção:

  • A Não me dirigi à ela nem à ninguém durante a reunião.
  • B Os viajantes chegaram bem àquele território inóspito.
  • C Não costumo comprar nada à prazo.
  • D Ela se referiu à uma heroína do século XIX.
  • E Por causa da promoção, os produtos estavam orçados à partir de 1,99.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Em relação aos aspectos de concordância nominal, assinale a alternativa correta:

  • A Era proibida entrada de menores no estabelecimento.
  • B Escolhemos estampas o mais belas possíveis.
  • C A porta estava meia aberta quando cheguei à sala de aula.
  • D Seguem anexas ao e-mail as propostas de compra e venda do imóvel.
  • E Compramos bastante livros na feira literária.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

O vocábulo corretamente grafado está presente na alternativa:

  • A Pretencioso.
  • B Inadmiscível.
  • C Sisudez.
  • D Enxarcado.
  • E Xávena.
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O verbo que exige o mesmo tipo de complemento verbal do que o verbo sublinhado na frase “Eu prefiro dias de sol a dias de chuva” é:

  • A De agora em diante, custa-me acreditar em você.
  • B A aniversariante agradeceu o presente ao amigo.
  • C Paulo namora minha prima desde a adolescência.
  • D Eles casaram ano passado.
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Assinale a frase em que a substituição do adjetivo sublinhado por uma oração adjetiva de valor semântico equivalente foi feita de forma adequada.

  • A O estilo é um modo muito simples de dizer coisas complicadas / que se complicam.
  • B Serviço de emergência disponível só com 24 horas de antecedência / que se mostra disposto.
  • C Meu animal favorito é o bife / que me favorece.
  • D Moda, afinal, são apenas epidemias induzidas / que se induzem.
  • E O poder não satisfaz, é como a droga que sempre exige doses maiores / que são mais perigosas.
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As preposições em que língua portuguesa podem ser nocionais, quando colaboram semanticamente  com a frase, e gramaticais, quando são exigidas pela regência de algum termo anterior. 


Assinale a frase em que a preposição sublinhada mostra valor gramatical.

  • A A verdadeira glória de um vencedor é a de ser clemente.
  • B A frase é a toalete do espírito.
  • C As mulheres não sabem o que dizer no fim de um amor.
  • D O hábito é o grande guia da vida humana.
  • E Os fatos devem provar a bondade das palavras.
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A neblina da menopausa

         Neblina cerebral é queixa frequente na perimenopausa. Ela refere-se às dificuldades de concentração encontradas ao se fazerem contas ou tentar lembrar palavras e nomes de pessoas, ao comprometimento do raciocínio lógico e ao “cansaço mental” que se instalam quando as menstruações se tornam irregulares.
      Em cerca de 80% das mulheres, essas queixas costumam vir acompanhadas de crises de sensação de calor intenso e sudorese abundante, seguidas de um frio siberiano. São os fogachos, em linguagem popular — ou, para os médicos, sintomas vasoativos.             Essa fase, que algumas atravessam com poucos sintomas, provoca sofrimentos de longa duração à maioria delas: insônia, ressecamento da pele e das mucosas, dor às relações sexuais, infecções urinárias de repetição, inchaço, cólicas abdominais, diminuição da libido e fadiga, entre outros transtornos. Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão.                 Infelizmente, a medicina levou séculos para se interessar pela fisiopatologia responsável por distúrbios cerebrais tão variados. Uma das primeiras descobertas aconteceu apenas na década de 1990, quando Naomi Rance, neuropatologista da Universidade do Arizona, demonstrou que, nas autópsias de mulheres na menopausa, o hipotálamo duplicava de tamanho às custas do aumento do número de neurônios. Como a essa região do cérebro é atribuído o controle da termorregulação e das sensações térmicas, Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres.
        Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona. Pesquisas com camundongos nos quais foi adaptado um pequeno dispositivo para medir as mudanças de temperatura, ocorridas depois da retirada dos ovários, permitiram avaliar a influência da neurocinina B no aparecimento dos sintomas vasoativos.
    Quando as moléculas de neuromicina B se ligam aos receptores ancorados na membrana dos neurônios, surgem os sintomas vasoativos. O contrário acontece quando esses receptores são bloqueados por manipulação farmacológica.
       A redução nas concentrações de estrogênio que chegam ao cérebro por ocasião da falência dos ovários tem grande impacto no metabolismo e no sistema imunológico do tecido cerebral de seres humanos e de roedores. A presença de estrogênio é fundamental para a captura e o metabolismo da glicose, a principal fonte de energia para eles. 
     Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio. Essas variações imprevisíveis não dão tempo para que o metabolismo dos circuitos cerebrais de neurônios se adapte às novas circunstâncias. A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de “neblina” e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.
      Por outro lado, o aparecimento do fezolinetant, primeiro medicamento não hormonal para tratamento dos fogachos, representa uma mudança de paradigma. A menopausa deixa de ser interpretada apenas como uma condição restrita aos ovários, para ser considerada um fenômeno biológico complexo, que interfere nas funções de múltiplos órgãos e na neurobiologia do cérebro.

(Fonte: Drauzio Varella. A neblina da menopausa — adaptado.)

Com relação à pontuação, assinalar a alternativa em que a proposição de acréscimo ou de retirada de vírgula ALTERA o sentido da frase original:

  • A “Rance considerou que o achado deveria guardar relação com os sintomas vasoativos que afligem tantas mulheres” — acréscimo de vírgula após “vasoativos”.
  • B “Além disso, o psiquismo é invadido por pensamentos negativos, crises de choro inexplicável, irritabilidade e depressão” — retirada da vírgula após “Além disso”.
  • C “Esse trabalho inicial trouxe investimentos para a área dos medicamentos, uma vez que o único tratamento disponível era a reposição hormonal, com estrogênio e progesterona” — retirada da vírgula após “hormonal”.
  • D “Na perimenopausa, as irregularidades menstruais refletem o sobe e desce na produção de estrogênio” — retirada da vírgula após “perimenopausa”.
  • E “A alteração resultante pode provocar um processo inflamatório no cérebro que contribui para as queixas de ‘neblina’ e para o aumento do risco de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson” — acréscimo de vírgula após “neurodegenerativas”.
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Em todas as frases a seguir há um termo sublinhado. Se deslocarmos esse termo para o lugar na frase marcado por um asterisco (*), não vamos precisar empregar vírgulas em

  • A Nenhum homem (*) adquire propriedade sem aprender aritmética.
  • B (*) Não basta saber falar para ser gente.
  • C (*) Tenho elementos de candomblé apesar de ser cartesiano.
  • D Até um imbecil (*) passa por inteligente se ficar calado.
  • E Tudo (*) é enigma e problema atualmente.
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A frase abaixo que mostra uma forma inadequada do termo sublinhado é:

  • A Trabalho duro nunca matou ninguém, mas por que arriscar?;
  • B Se disserem que o crime não compensa, você tem que lembrar que é porque, quando compensa, não é crime;
  • C É de justiça, e não de caridade, que o mundo precisa, mas por quê?;
  • D Tem gente que se acha honesta só porque não sabia da mamata;
  • E Não sei porque dizem que a justiça é cega.

Psicologia

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Um paciente chega para a primeira entrevista e se recusa a dialogar com a (o) psicóloga (o), afirmando que no canto da sala da profissional, no lugar onde existe um grande vaso de plantas, há uma outra paciente que vai ouvir toda a conversa. Considerando clinicamente esta cena, qual o processo psicopatológico que melhor identifica os sintomas do paciente?
  • A Ilusão.
  • B Delirium.
  • C Alucinação
  • D Obnubilação da consciência.
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Avalie se, em caso de interrupção do trabalho, o psicólogo deve
I. zelar pelo destino dos seus arquivos confidenciais. II. repassar todo o material ao psicólogo que vier a substituí-lo caso tenha sido demitido ou exonerado. III. incinerar os arquivos confidenciais, na hipótese de extinção do serviço de Psicologia.
De acordo com as disposições do Código de Ética, está correto o que se afirma em 

  • A I, apenas.
  • B II, apenas.
  • C III, apenas.
  • D I e II, apenas.
  • E I, II e III.
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Entre as modalidades de documentos psicológicos, os mais populares, por assim dizer, são os laudos e pareceres. Considerando a Resolução nº 6/2019 do Conselho Federal de Psicologia, que dispõe das instruções para elaboração e emissão de documentos psicológicos, assinale a afirmativa correta.
  • A O psicólogo deve observar as mesmas características do relatório psicológico nos termos do Art. 11, quando do relatório multiprofissional.
  • B O laudo psicológico é um pronunciamento por escrito, que tem como finalidade apresentar uma análise técnica, respondendo a uma questão-problema do campo psicológico.
  • C O parecer psicológico é uma peça de natureza e valor técnico-científico, que deve conter narrativa detalhada e didática, com precisão e harmonia, tornando-se acessível e compreensível ao destinatário.
  • D O atestado psicológico visa apresentar os procedimentos e as conclusões geradas pelo processo de avaliação psicológica, limitando-se a fornecer as informações necessárias e relacionadas à demanda a relatar.
19

Segundo o DSM-5, é correto afirmar que a catatonia:

  • A É uma nova categoria diagnóstica no DSM-5, introduzida porque pode ocorrer ao longo de um amplo espectro de transtornos mentais.
  • B Raramente apresenta alterações comportamentais, mas frequentemente evolui com comprometimento cognitivo.
  • C Difere-se da flexibilidade cérea, a qual é uma forma de postura artificial muitas vezes evidente no exame físico.
  • D Difere-se de outras manifestações psicóticas por não apresentar peculiaridades do movimento voluntário e ecolalia ou ecopraxia.
  • E O quadro letal pode ser um estágio inicial com frequência preocupante, que apresenta agitação, insônia e preocupante exacerbação de sintomas psicóticos.
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A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), que integra o SUS, estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pessoas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas.
São serviços de assistência aos portadores de transtornos mentais, que integram essa rede, exceto:

  • A CERSAM – Centro de Referência em Saúde Mental.
  • B CREAS – Centro de Referência Especial da Assistência Social.
  • C CAPS – Centro de Atenção Psicossocial.
  • D SRT – Serviço Residencial Terapêutico.
21
A Psicologia do desenvolvimento humano é uma área que se foca em estudar e compreender as mudanças ou ausência destas, ao longo da vida das pessoas. É a partir dos conhecimentos desta área que se criou a máxima de que todo indivíduo passa por fases ao longo da vida marcadas, principalmente, por períodos de grandes mudanças chamados, também, de período de transição rápida. Toda essa gama de dados retirados dos estudos é base para a construção de materiais específicos e adequados para aplicar junto aos indivíduos de qualquer idade, desde crianças até idosos. Na perspectiva dos aspectos biopsicossociais, podemos afirmar que o desenvolvimento humano é
  • A influenciado, igualitariamente, por fatores psicológicos, biológicos e sociais.
  • B o resultado da interação complexa entre fatores biológicos, psicológicos e sociais.
  • C prevalentemente moldado por fatores sociais, seguidos pelos psicológicos e biológicos.
  • D determinado, principalmente, por fatores biológicos, seguidos pelos psicológicos e sociais.
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A história da educação no Brasil possui tendências bem definidas, uma vez que a Igreja, o Estado e, hoje, preponderantemente, o mercado, imprimiram nela as suas marcas. Tais tendências podem ser analisadas tomando-se como matriz as influências filosóficas apontadas por diversos autores. Estas concepções de educação determinam a escolha do currículo e de como efetivá-lo em sala de aula, influenciando sobremaneira a escolha de estratégias de ensino e de aprendizagem e orientando posturas docentes diferentes, a depender do que o docente e o projeto pedagógico se afinem. Enfatiza o papel do professor como facilitador e mediador do processo de aprendizagem a corrente ou concepção:
I. Behaviorista. II. Construtivista. III. Humanista. IV. Tradicionalista.
Está correto o que se afirma em
  • A I, II, III e IV.
  • B I e IV, apenas.
  • C II e III, apenas.
  • D I, II e III, apenas.
23
A psicologia escolar no Brasil possui uma trajetória histórica com marcos significativos. Assinale a alternativa a seguir que apresenta um marco desta trajetória no país de forma correta.
  • A Desenvolveu-se na década de 1960, influenciada pela psicologia social e pela pedagogia crítica, e se propôs a analisar as relações entre educação, sociedade e ideologia. Na década de 1990, enfrentou uma crise e buscou novas bases teóricas e metodológicas para uma atuação mais participativa e emancipatória.
  • B Surgiu no século XIX, influenciada pela psicologia experimental europeia, e se dedicou ao estudo da inteligência e das dificuldades de aprendizagem dos alunos, utilizando testes psicológicos. Na década de 1970, passou por uma crise e buscou novas bases teóricas e metodológicas para uma atuação mais contextualizada e transformadora.
  • C Começou na década de 1930, influenciada pela psicanálise e pela pedagogia nova, e se voltou para o atendimento clínico e terapêutico dos alunos com problemas emocionais e comportamentais. Na década de 1980, enfrentou uma crise e buscou novas bases teóricas e metodológicas para uma atuação mais preventiva e educativa.
  • D Teve origem no período colonial, quando temas psicológicos já eram abordados em obras de filosofia, moral, educação e medicina. No século XX, incorporou conteúdos como a inteligência, as dificuldades de aprendizagem e os testes psicológicos. Em 2019, foi aprovada uma lei que garante a presença de psicólogos e assistentes sociais na rede pública de educação básica.
24
Determinada escola pública desenvolveu um projeto de atendimento educacional especializado para oferecer apoio pedagógico e psicológico aos alunos público-alvo da educação especial. Para viabilizá-lo, foi solicitada a contratação de uma psicóloga escolar, que deverá atuar de forma ética, crítica e transformadora frente aos alunos com deficiência na aprendizagem. São consideradas ações que a psicóloga poderá realizar neste contexto:
  • A Analisar as relações entre os alunos, a escola e a sociedade; promover a participação dos diferentes atores envolvidos no projeto; e, propor mudanças sociais, políticas e institucionais que favoreçam a inclusão.
  • B Construir estratégias de ensino e aprendizagem personalizadas para os alunos; oferecer recursos e materiais pedagógicos adequados às suas especificidades; acompanhar o seu desempenho; e, avaliar o seu progresso.
  • C Orientar os alunos, os professores e as famílias sobre os conceitos de educação especial, necessidades educacionais especiais e inclusão escolar; prover serviços de informação e formação; e, avaliar o impacto das ações educativas.
  • D Realizar testes psicológicos nos alunos; elaborar laudos e pareceres sobre as suas condições e necessidades educacionais; encaminhar os casos mais graves para tratamento especializado; e, orientar os professores sobre as adaptações curriculares.
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Certa psicóloga educacional irá participar de um projeto de orientação vocacional que visa auxiliar os alunos do ensino médio na escolha profissional. Para realizar tal trabalho, ela segue os princípios éticos que norteiam a profissão e a área de atuação; assinale-os.
  • A Respeitar as diferenças e as limitações dos orientandos; garantir o seu bem-estar psicológico; promover a cooperação e a solidariedade entre eles; e, contribuir para a inclusão social.
  • B Respeitar as preferências e os interesses dos orientandos; garantir a sua satisfação pessoal; promover a sua autonomia e criatividade; e, contribuir para a diversificação das profissões.
  • C Respeitar as normas e os procedimentos da instituição educacional; garantir o sucesso escolar dos orientandos; promover a sua adaptação ao mercado de trabalho; e, contribuir para a valorização da profissão.
  • D Respeitar a dignidade e a liberdade dos orientandos; garantir o sigilo das informações obtidas no processo; promover seu desenvolvimento humano e social; e, contribuir para a democratização da educação.

Matemática

26

12,9 km equivalem a

  • A 129000 dm.
  • B 12900 dm.
  • C 1290 dm.
  • D 129 dm.
  • E 1,29 dm
27

Hélio comprou um pacote com menos de 160 alfinetes, e pretende utilizar diariamente o mesmo número de alfinetes. Após contabilizar o número total de alfinetes disponíveis no pacote, percebeu que poderia utilizar por dia, ou 4 alfinetes, ou 5 alfinetes, ou 6 alfinetes, e, qualquer fosse a opção, todos os alfinetes seriam utilizados. O número total de alfinetes do pacote é

  • A 40.
  • B 45.
  • C 50.
  • D 55.
  • E 60.
28

Josué faz trufas. Quando ele trabalha com outros dois funcionários por três dias, juntos produzem 180 trufas. Quantas trufas serão produzidas se ele trabalhar com outros quatro funcionários, no mesmo ritmo, por quatro dias?

  • A 300 trufas.
  • B 400 trufas.
  • C 500 trufas.
  • D 600 trufas.
  • E 700 trufas.
29
A área comum de um condomínio é utilizada por 4 pessoas: João, Maria, Carla e Ana. Ana e Carla utilizam a área comum durante 5 horas no mês, cada uma, e João a utiliza durante 3 horas. As despesas com manutenção somam R$ 5.000,00 mensais e são divididas de forma proporcional ao tempo de uso. Sabendo-se que João paga R$ 1.000,00, quantas horas mensais Maria utiliza a área comum?
  • A 8
  • B 5
  • C 3
  • D 2
  • E 1
30
Prestando colaboração efetiva aos Médicos Legistas no decurso dos trabalhos de necropsia, um Auxiliar de Necropsia se descuidou e deixou um frasco, inicialmente contendo 360ml, de certo reagente aberto. Por se tratar de um material volátil, com taca de evaporação de 1,8 ml por minuto, estima-se que o conteúdo do frasco terá evaporado completamente em
  • A 20 horas e 00 minutos.
  • B 4 horas e 12 minutos.
  • C 3 horas e 33 minutos.
  • D 3 horas e 20 minutos.
  • E 2 horas e 00 minutos.

Noções de Informática

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Atenção! Para responder às questões de Informática, a menos que seja informado o contrário, considerar que os programas mencionados se encontram na versão PortuguêsBR e em sua configuração padrão de instalação, possuem licença de uso, o mouse está configurado para destros, um clique ou duplo clique correspondem ao botão esquerdo do mouse, e teclar corresponde à operação de pressionar uma tecla e, rapidamente, liberá-la, acionando-a apenas uma vez.

Qual é a diferença entre HTTP (Hypertext Transfer Protocol) e HTTPS (Hypertext Transfer Protocol Secure)?

  • A O HTTP é mais rápido que o HTTPS.
  • B O HTTPS é uma versão mais antiga do HTTP.
  • C O HTTP não oferece criptografia de dados, enquanto o HTTPS utiliza criptografia SSL/TLS para proteger as informações transmitidas.
  • D O HTTP e o HTTPS são protocolos completamente diferentes e não estão relacionados.
32

Qual tipo de backup é aquele que copia sempre todos os arquivos modificados desde o último backup completo realizado?

  • A Full
  • B Evolutivo
  • C Exponencial
  • D Incremental
  • E Diferencial
33
Os monitores de vídeo podem ter diferentes resoluções de exibição.

Assinale a resolução que corresponde, em pixels, à de vídeo 4K (UHD). 
  • A 1280 x 1080
  • B 1280 x 720
  • C 1920 x 1080
  • D 3840 x 2160
  • E 7680 x 4320
34

João está editando um documento, no Word, composto por três segmentos: uma introdução de apresentação, um índice completo sobre os tópicos abordados e o corpo do documento.


Em cada um desses segmentos, a numeração de páginas deve ser reiniciada a partir de 1.


O recurso do MS Word que viabiliza e torna bem mais simples esse tipo de edição é

  • A a inserção de símbolos especiais.
  • B O uso de cabeçalhos dinâmicos.
  • C o uso de quebras de página.
  • D o uso de quebras de seções.
  • E o uso de rodapés dinâmicos.
35

Assinale a função principal do artefato de software conhecido como eM Client.

  • A backup de arquivos.
  • B manipulação de e-mail.
  • C emissão de Mala Direta no âmbito do LibreOffice.
  • D produção de apresentações (slides) no âmbito do LibreOffice.
  • E produção de equações matemáticas no âmbito do LibreOffice.

Direito Constitucional

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Foi distribuída, a um dos desembargadores integrantes do Pleno do Tribunal de Justiça do Estado Alfa, representação de Inconstitucionalidade na qual se argumentava que a Lei estadual nº X, ao autorizar que agentes remunerados conforme sistemática de subsídios recebessem verba de representação, era materialmente incompatível com a Constituição da República de 1988, devendo ser declarada inconstitucional.

Ao analisar se a representação de inconstitucionalidade deveria ser conhecida, ou não, o desembargador relator concluiu, corretamente, que:
  • A o autor almeja a realização do controle concentrado de constitucionalidade utilizando como paradigma Constituição da República de 1988, o que é vedado ao Tribunal de Justiça;
  • B a representação de inconstitucionalidade pode ser conhecida ainda que a norma da Constituição da República de 1988 indicada como paradigma não tenha sido reproduzida na Constituição Estadual;
  • C a Lei estadual nº X, por força do principio da especialidade, somente pode ter sua constitucionalidade apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, não pelo Tribunal de Justiça do Estado Alfa;
  • D a representação de inconstitucionalidade pode ser conhecida ainda que o autor não tenha indicado a norma da Constituição Estadual afrontada, desde que o relator, com base no principio iura novit curia, aponte essa norma;
  • E a representação de inconstitucionalidade deve utilizar como paradigma normas da Constituição Estadual, o que impede o seu conhecimento, apesar de a causa de pedir ser aberta, pois o autor não indicou fundamento adequado para o seu conhecimento.
37

O conjunto dos órgãos e servidores que realizam as funções administrativas importantes para o funcionamento do Estado, para atender e prestar serviço à comunidade e cidadãos, representa a Administração Pública. Sobre Administração Pública, analise as afirmativas a seguir:
I.A República Federativa do Brasil tem cinco fundamentos na Administração Pública, dentre eles, estão cidadania e soberania.
II.A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos da Constituição Federal.
III.O conjunto de órgãos e servidores ligados à Administração Pública Direta exerce as funções de maneira centralizada, atendendo ao cidadão, representando o Estado.
Está correto o que se afirma em:

  • A II e III, apenas.
  • B I, apenas.
  • C III, apenas.
  • D II, apenas.
  • E I, II e III.
38

Em relação aos direitos sociais, assinale a opção correta.

  • A Os direitos sociais não se aplicam aos servidores públicos. em razão do regime jurídico específico a que estes se subordinam.
  • B Característica central dos direitos sociais é sua distância jurídica e axiológica do valor liberdade, o qual aqueles direitos tendem a restringir.
  • C Certos direitos sociais podem vir a ser reconhecidos não necessariamente por previsão normativa expressa, mas em virtude de prestações estatais que se incorporam, com o tempo, ao patrimônio jurídico.
  • D Os direitos sociais, em geral, para concretizar-se, demandam contraprestação de seus titulares.
  • E A garantia dos direitos sociais exige apenas prestações positivas do poder público, não condutas negativas.
39

Segundo o entendimento do STF e do STJ, é cabível a impetração do mandado de segurança quando

  • A a decisão judicial for teratológica.
  • B este for utilizado como mecanismo de controle abstrato da validade constitucional das leis e dos atos normativos em geral.
  • C houver ato de gestão comercial praticado por administrador de concessionária de serviço público.
  • D a decisão judicial for impugnável por meio de recurso com efeito suspensivo.
  • E houver pretensão de atribuir efeito suspensivo a recurso interposto pelo MP contra decisão concessiva de progressão de regime.
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A respeito dos direitos da comunidade LGBTQIAPN+, assinale a opção correta.

  • A Inexiste qualquer proteção criminal contra a homofobia, a transfobia e a violência baseada na orientação sexual e identidade de gênero, o que demonstra a falta de empenho do Estado no combate à violência e crimes de ódio contra as pessoas LGBTQIAPN+.
  • B O casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal e deve ser reconhecido em todo o país, o que garante aos casais LGBTQIAPN+ os mesmos direitos e proteções legais concedidos aos casais heterossexuais.
  • C O direito à liberdade de expressão e associação é mitigado para as pessoas LGBTQIAPN+, pois a legislação brasileira não permite a livre expressão da identidade de gênero e orientação sexual, dado o risco de desnaturalização da família tradicional.
  • D O direito à identidade de gênero é uma reivindicação histórica da comunidade LGBTQIAPN+, pois ainda hoje não há jurisprudência que reconheça o direito de as pessoas transgênero alterarem seu nome e gênero nos documentos oficiais sem a necessidade de cirurgia ou tratamento médico.
  • E O direito à adoção de filhos por casais LGBTQIAPN+ só é garantido mediante decisão judicial ou anuência expressa dos genitores.