Resolver o Simulado Instituto Avalia de Inovação em Avaliação e Seleção - Nível Superior

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Artes Visuais

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Este movimento artístico surgiu em 1970 em Nova York, é considerado um tipo de arte, são desenhos que utilizam as cores como elemento importante, bem como expressão, opinião ou imagens cotidianas, muitos o fazem como um hobby, outros como trabalho e normalmente pintam murros ou painéis, e na maioria dos casos o fazem com permissão, refletindo a realidade das ruas. Circunda a alta cultura quando seus autores buscam, direta ou indiretamente, artistas e movimentos artísticos, em grande parte, o referencial vem da Pop Art, com os quais se identificam para expressar sua arte. Esta arte tornou-se conhecida por:

  • A Pichação.
  • B Grafite.
  • C Arte Erudita.
  • D Desing Gráfico.
  • E Outdoor.
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Sobre o afresco mural “A Última Ceia” (1495-1497), assinalar a alternativa que contenha o nome do artista que o criou:

  • A Rafael Sanzio.
  • B Michelangelo.
  • C Albrecht Durer.
  • D Leonardo da Vinci.
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Os primeiros grafismos da criança, como consequência e extensão de um gesto que deixa marca vigorosa em uma superfície, são seus rabiscos. Nesse sentido, existem diferentes manifestações entre o gesto e o seu traço, que são baseados:

  • A Na cinestesia, na percepção visual e na motricidade.
  • B Na sensibilidade estética, na associação histórica e na motricidade.
  • C Na sensibilidade estética, na percepção visual e no repertório tátil-visual.
  • D Na cinestesia, na associação histórica e no repertório tátilvisual.
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A respeito das diversas tendências artísticas, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:
(_) O artista Marcel Duchamp criou um novo conceito de arte: o ready-made.
(_) As obras “Fonte” e “Roda de Bicicleta” pertencem ao artista Marcel Duchamp.
(_) O artista Gaudi participou dos movimentos Op Art e Pop Art.

  • A C - C - E.
  • B E - E - C.
  • C C - E - E.
  • D E - C - C.
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A leitura de uma obra de arte é um processo interpretativo em que o espectador tenta compreender a mensagem, o significado e a intenção por trás da criação artística. Em relação à obra A Negra de Tarsila do Amaral, é CORRETO afirmar que:

  • A A figura da mulher negra trabalhando contrasta com o fundo da cidade, que representa a urbanidade.
  • B A pintura combina elementos do impressionismo e do expressionismo para criar uma estética única e inovadora.
  • C A obra acaba por comparar a cultura brasileira com a cultura europeia.
  • D A obra se reporta à sensualidade das deusas pré-históricas da fertilidade.
6

De acordo com E. H. Gombrich no livro A História da Arte, o movimento gótico trouxe diversas invenções técnicas, principalmente na arquitetura do período. Assinale a alternativa que corresponde a uma dessas invenções.

  • A Transepto.
  • B Colunata.
  • C Pilares maciços.
  • D Arco ogival.
7

No livro A História da arte, Gombrich comenta sobre a pré-história como um período ligado à “arte primitiva”. O conceito de “primitivo”, nesse contexto, diz respeito ao(a):

  • A Pinturas e esculturas que não contêm funções definidas.
  • B Período mais próximo da origem da humanidade.
  • C Período em que não havia residências elaboradas.
  • D Comunidades que acreditavam em diversos deuses.
8

No livro Universos da Arte, Fayga Ostrower escreve sobre as relações das cores entre si, suas tonalidades e escalas cromáticas. Acerca das escalas cromáticas, as expressões “cores altas” e “cores baixas” designam, respectivamente:

  • A Tons puros e tons quentes.
  • B Cores frias e cores quentes.
  • C Cores sólidas e cores puras.
  • D Tons saturados e tons pálidos ou escuros.
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Pensando nos processos criativos do ser humano, elaborados por Fayga Ostrower no livro Criatividade e processos de criação, assinale a alternativa correta sobre o processo de criação.

  • A A intuição é um elemento secundário no processo de criação.
  • B Criatividade e intuição são elementos opostos no processo criativo.
  • C A intuição está na base do processo de criação.
  • D Imaginação é sinônimo de intuição no processo criativo.
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O campo da arte-educação beneficiou-se do diálogo com abordagens sociointeracionistas de educação, como as desenvolvidas por Levy Vygotsky na primeira metade do século XX. Com base nas teorias educacionais do psicólogo russo, analise as afirmativas a seguir a respeito da relação entre criação, imaginação e arte.
I. A atividade cerebral criadora e combinatória é aquela em que o indivíduo precisa criar algo novo para adaptar-se a novas situações e, para isso, utiliza a imaginação e a fantasia.
II. A atividade criadora se desenvolve paulatinamente, sendo estimulada pelo uso de linguagens simbólicas, mediante jogos e situações lúdicas em que o indivíduo é solicitado a inventar, decifrar e resolver desafios.
III. A imaginação perpassa todas as realizações humanas, possibilitando a produção artística, técnica e científica, sendo responsável pela atividade criadora humana, pela produção de cultura.
Está correto o que se afirma em

  • A I, apenas.
  • B I e II, apenas.
  • C I e III, apenas.
  • D II e III, apenas.
  • E I, II e III.

Artes Gráficas

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Nas artes gráficas, a utilização das cores deve ser planejada com muito cuidado, pois o excesso de elementos em uma composição deixa o impresso desagradável, sem expressão.

Considerando esse contexto, julgue os itens a seguir, acerca das cores e respectivo uso nas artes gráficas.

I Para combinar cores que proporcionem boas sensações, deve-se utilizar composições policrômicas tranquilas e agradáveis, pois, assim, diz-se que há harmonia de cores, visto que cada uma delas tem uma parte de cor comum a todas as demais — são cores análogas.
II Caso se deseje tornar um impresso mais legível a distância, convém utilizar as cores amarelo e ciam; a distância se vê primeiro o contraste entre amarelo e preto.
III Uma característica quantitativa de uma cor chama-se saturação; é mais saturada a cor que tiver menos branco ou preto ou quanto mais pura ela for.
IV A capacidade de reflexão da luz independe da quantidade de gris que uma cor contém, pois a luminosidade é um fenômeno óptico.

Estão certos apenas os itens

  • A I e III.
  • B I e IV.
  • C II e IV.
  • D I, II e III.
  • E II, III e IV.
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____________: esse é o padrão resultante quando os ângulos de retícula dos pontos entram em conflito. Na impressão em quadricromia, esse padrão não ocorre se os ângulos de retícula forem configurados corretamente. 

Assinale a alternativa que apresenta a palavra que preenche CORRETAMENTE a lacuna. 
  • A Croma
  • B Fantasma
  • C Keyline
  • D Moiré
  • E Reticulado
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Uma escolha incorreta do formato de arquivo pode causar inúmeros problemas em todo o ciclo de produção de impressão e, portanto, resultar em prejuízo. Eis alguns formatos de arquivo mais utilizados: 

I. GIF (Graphic Interchange File) – é utilizado em imagens gráficas para Web e pode ser compactado, sua qualidade é ideal para imagens e fotos de tom contínuo.
II. JPEG (Joint Photographics Expert Group) – é compactado para economizar espaço de armazenamento e utilizado amplamente para imagens digitais. JPEGs de alta resolução têm qualidade de impressão, enquanto JPEGs de 72 dpi são ideais para uso na Web.
III. PDF (Portable Document Format) – tornou-se o padrão para visualização e impressão de arquivos inicialmente elaborados em outros aplicativos. As fontes são incorporadas, evitando que o destinatário precise da licença.
IV. TIFF (Tagged Image File) – arquivo de rasterização de baixa resolução para imagens em bitmap monocromáticas e coloridas – muito utilizado pelo setor de impressão. 

Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão CORRETAS :
  • A Apenas I e IV.
  • B Apenas II e III.
  • C Apenas II e IV.
  • D Apenas I, II e III.
  • E I, II, III e IV.
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Segundo Ambrose e Harris (2009), as cores podem ser definidas de forma mais abrangente, como os diferentes comprimentos de onda da luz visível. Os profissionais da área dividem essa definição em três características, que podem ser manipuladas e controladas. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando os conceitos com as suas respectivas características.
(1) matiz (2) saturação (3) brilho (4) croma
( ) A gradação de uma cor é obtida ao misturá-la com quantidades diferentes de branco e preto. ( ) A pureza de uma cor é expressa pelo valor de cinza que contém. A cor descrita como viva ou brilhante não contém cinza, e os tons suavizados e atenuados resultam de maiores porções de cinza adicionados à cor. ( ) Característica única, formada por diferentes comprimentos de onda da luz visível, ajuda a distinguir visualmente uma cor da outra.
A sequência numérica correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

  • A 1 – 2 – 3.
  • B 3 – 2 – 1.
  • C 1 – 3 – 2.
  • D 4 – 1 – 3.
  • E 3 – 4 – 1.
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De literais a simbólicas, de orientadas pela palavra a orientadas pela imagem, as marcas são desenhadas numa variedade quase infinita de formas e personalidades, podendo ser classificadas em várias categorias. Mesmo que não haja uma divisão rígida entre as categorias propostas por diferentes autores, caberá ao designer determinar qual a abordagem mais adequada para as necessidades do seu cliente, fundamentando racionalmente cada uma das soluções desenvolvidas.

Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, relacionando a classificação das categorias às suas respectivas marcas.

(1) emblema
(2) monograma
(3) marca abstrata
(4) marca com palavras
(5) marca pictórica  

Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

A sequência numérica correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
  • A 1 – 3 – 2.
  • B 2 – 3 – 1.
  • C 4 – 5 – 1.
  • D 5 – 1 – 3.
  • E 1 – 2 – 4.
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Considere um formato de arquivo muito utilizado na web, que oferece níveis razoáveis de qualidade de imagem e gera arquivos de tamanho pequeno quando comparado a outros formatos, facilitando o seu armazenamento e a sua distribuição, além de ser capaz de trabalhar com quase 16,8 milhões de cores. Assinale a alternativa que corresponde à denominação desse formato de arquivo.

  • A GIF (Graphics Interchange Format)
  • B TIFF (Tagged Image File Format)
  • C BMP (Bitmap)
  • D JPG (Joint Photographic Experts Group)
  • E WBMP (Wireless Bitmap)
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Sobre os processos de impressão, é correto afirmar que a

  • A rotogravura é um sistema de impressão que usa clichês para fotos ou desenhos.
  • B tipografia utiliza uma matriz cilíndrica com o grafismo em baixo relevo.
  • C serigrafia utiliza chapas de borracha ou fotopolímero com grafismo em alto relevo.
  • D flexografia usa uma matriz de nylon para a impressão direta.
  • E chapa off-set apresenta o grafismo e o contragrafismo no mesmo relevo.

Artes Plásticas

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O uso de material reciclável no trabalho artesanal é considerado uma atitude sustentável.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) em relação ao assunto.

( ) A reciclagem de materiais é uma importante fonte de renda para muitas famílias. ( ) A utilização de materiais reciclados ajuda a reduzir o volume de resíduos e lixo. ( ) O uso de materiais reciclados não tem impacto relevante para a sociedade. ( ) As técnicas artesanais não têm como base a reciclagem de materiais.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

  • A V • V • V • V
  • B V • V • V • F
  • C V • V • F • F
  • D F • F • V • V
  • E F • F • V • F
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Qual das seguintes opções é uma técnica de corte e costura usada para unir duas peças de tecido, de maneira forte e resistente?

  • A Aplique
  • B Ponto reto
  • C Ponto de cava
  • D Ponto cruz
  • E Overlock
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No trabalho artesanal com tintas, qual o nome da técnica em que o pigmento deve obrigatoriamente ser dissolvido em água?

  • A Têmpera
  • B Esmalte
  • C Acrílica
  • D Aplique
  • E Aquarela
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No trabalho com madeiras, como se chama a técnica – bastante utilizada na criação de mobiliário e peças decorativas – que consiste no uso de diferentes cortes de madeiras para a criação de padronagens ou desenhos?

  • A Entalhe
  • B Escultura
  • C Alto-relevo
  • D Marchetaria
  • E Baixo-relevo
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Como é denominada a argila em forma líquida utilizada para colar diferentes partes de uma peça durante a produção de cerâmica?

  • A Esteca
  • B Primer
  • C Engobe
  • D Aglutinante
  • E Barbotina
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Qual das seguintes alternativas é uma técnica de bordado, que utiliza pontos pequenos e repetidos, para preencher áreas grandes com uma variedade de cores?

  • A Ponto atrás
  • B Ponto cruz
  • C Ponto cheio
  • D Ponto pressa
  • E Bordado livre
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No trabalho de corte e costura, o que é “curva francesa”?

  • A Um corte curvo utilizado na alfaiataria.
  • B Uma costura utilizada para a confecção de roupas plissadas.
  • C Uma técnica francesa de aplicação de pedrarias.
  • D Uma agulha com ponta em curva usada para alinhavar tecidos finos.
  • E Um molde (gabarito) usado para criar peças com caimento.
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A técnica francesa de colagem, utilizada para cobrir totalmente ou partes de um móvel ou outro objeto com tecido ou papel, é conhecida como:

  • A collage.
  • B luneville.
  • C découpage.
  • D papier collé.
  • E arte francesa.
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A pintura em tecido permite o uso de diversas tintas, técnicas e finalizadores.
Identifique abaixo as afirmativas verdadeiras ( V ) e as falsas ( F ) sobre pintura em tecido.

( ) É possível usar corantes naturais (obtidos de folhas, verduras e flores) para tingir tecidos. ( ) A tinta acrílica não é indicada para pinturas em tecidos. ( ) O ferro de passar doméstico é uma fonte de calor indicada para a fixação da tinta no tecido. ( ) Umedecer o tecido antes da pintura melhora a aderência da tinta nas fibras.

Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.

  • A V • V • V • V
  • B V • V • V • F
  • C V • V • F • V
  • D V • F • V • V
  • E F • F • V • V
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Nó de laçada, nó duplo, nó espiral, nó festonê e nó de acabamento são utilizados para a confecção de tramas de peças em que os dedos entrelaçam as linhas.
Como se chama essa técnica?

  • A Crochê
  • B Macramê
  • C Ponto russo
  • D Correntinha
  • E Bordado à mão

Educação Artística

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Em relação à arte e ao aprendizado, assinalar a alternativa que preenche as lacunas abaixo CORRETAMENTE:

É uma _________ de situações de aprendizagem que instiga o aprendiz de arte a perseguir respostas às perguntas e ideias germinais, problematizando, desvelando pensamentos/sentimentos e ampliando referências. Essa sequência não é definida previamente, mas vai se estruturando pela análise dos seus ___________, levando a novas ações, como exercício do pensamento projetante.

  • A aula | alunos
  • B sequência | resultados
  • C corrida | desenhos
  • D dinâmica | alunos
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Trabalhar com projetos exige uma reflexão constante, e é por meio dela que se pode avaliar todos os passos planejados e já realizados, para dar sequência às ações. Essas ações, depois de operadas e recriadas na própria ação, serão refletidas para nova avaliação e replanejamento. O projeto se desenvolve em três momentos:

  • A Iniciação, constância e conclusão.
  • B Avaliação iniciante, encaminhamento de ações e sistematização.
  • C Criação, supervisão participante e finalização.
  • D Previsão, pesquisa básica e avaliação supervisionada.
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O neoclassicismo foi o estilo dominante do fim do século XVIII e do início do século XIX. Sobre o assunto, analisar os itens abaixo:

I. Trata-se de um estilo inspirado na arte clássica grecoromana, principalmente em suas qualidades de “nobre simplicidade e calma grandeza”.

II. Os artistas neoclássicos inspiraram-se principalmente na história, na literatura e na mitologia greco-romana, mas também escolheram temas tradicionais como retratos e paisagens.

III. O século XVIII costuma ser descrito como a “Era do Simbolismo” por causa da visão filosófica predominante, que questionava as crenças tradicionais e enfatizava a primazia do pensamento irracional.

IV. Milhares de artefatos foram escavados, muitos divulgados na forma de gravuras, que foram importantes na difusão do gosto neoclássico.

Estão CORRETOS:

  • A Somente os itens II e III.
  • B Somente os itens I e IV.
  • C Somente os itens I, II e IV.
  • D Somente os itens I, III e IV.
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A respeito da Arte no mundo, numerar a 2ª coluna de acordo com a 1ª e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

(1) Realismo. (2) Surrealismo.

( ) Na arquitetura, temos a Torre Eiffel, feita por Gustavo Eiffel, considerada hoje um marco da cidade de Paris.
( ) O artista mais conhecido é Salvador Dalí, trazendo em suas produções artísticas os sonhos e a fantasia.
(  ) Na escultura, Auguste Rodin produziu a obra O Pensador e outras diversas esculturas em bronze.

  • A 1 - 1 - 2.
  • B 1 - 2 - 1.
  • C 2 - 1 - 2.
  • D 2 - 2 - 1.
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Marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

( ) O desenho, a manifestação artística desde a mais tenra idade, é um dos primeiros contatos que a criança tem com suas expressões para o exterior a respeito daquilo que perpassa sua imaginação.

( ) O trabalho com a pintura na infância faz perceber fisicamente que a mistura de cores se transforma em outras e, dependendo da quantidade utilizada, a tinta ficará mais ou menos densa, provocando mudança em sua textura.

( ) Qualquer abordagem de ensino em música deve valorizar o etnocentrismo e permitir que o professor apresente os principais repertórios musicais do mundo, mesmo que esses repertórios não tenham necessariamente um significado pessoal para os alunos.

  • A C - C - E.
  • B E - C - C.
  • C C - C - C.
  • D C - E - C.
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A estesia e a fruição são dimensões importantes no ensino de Artes. Considerando-se tais dimensões, assinalar a alternativa CORRETA:

  • A A estesia refere-se à capacidade de apreciar a beleza para além dos órgãos dos sentidos.
  • B A estesia está relacionada à habilidade de entender sentimentos e sensações e à aptidão para compreender as sensações causadas pela percepção do belo.
  • C A fruição envolve a análise, a interpretação e a avaliação de obras de arte, bem como o contexto em que essas obras foram criadas.
  • D A fruição está ligada às oportunidades de exteriorizar criações objetivas por meio de procedimentos artísticos, individual e coletivamente.
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O artista que criou a técnica do sfumato, que suaviza as luzes e as sombras, não permitindo que se possa perceber a passagem das áreas iluminadas para as sombreadas, foi:

  • A Rafael Sanzio.
  • B Antônio Francisco Lisboa.
  • C Sandro Botticelli.
  • D Leonardo da Vinci.
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No século XXI, a escultura continua sendo uma forma de arte forte e vital com renovado interesse popular. Com relação ao assunto, marcar C para as afirmativas Certas, E para as Erradas e, após, assinalar a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

( ) Escultores importantes fazem parte de um cenário artístico que gera exposições e contratos em todo o mundo. Em Londres, as instalações do Turbine Hall da Tate Modern envolveram estrelas nacionais como Louise Bourgeois e Elton John.

( ) Os artistas também estão expondo em espaços não convencionais, fora das galerias e dos museus.

( ) A escultura contemporânea é um campo amplo: urbana ou rural, temporária ou permanente, pública ou privada, de grande escala ou íntima.

  • A E - C - C.
  • B E - E - C.
  • C C - C - E.
  • D E - C - E.
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Considere a seguinte situação abaixo:
Uma professora de Arte planejou uma visita a um museu para seus alunos, mas alguns pais expressaram preocupação de que a visita pode ser um desperdício de tempo e que seus filhos não aprenderão nada de útil. Nesse sentido, a melhor forma que a professora poderia endereçar essa questão seria:

  • A Cancelar a visita ao museu para evitar conflitos com os pais.
  • B Deixar os alunos decidirem por si mesmos se querem ir ou não à visita ao museu.
  • C Organizar uma reunião com os pais para explicar os objetivos educacionais da visita e como ela complementa o currículo de Arte.
  • D Ignorar as preocupações dos pais e realizar a visita haja visto que o conteúdo ali abordado já está dentro do currículo.
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Julgue as sentenças abaixo como VERDADEIRAS ou FALSAS:

1.(    )A Filosofia da Arte pode ajudar a compreender a importância da Arte na construção da identidade humana e no processo de reflexão sobre o mundo.

2.(   )A Estética é um ramo da Filosofia da Arte que se concentra na apreciação e, sobretudo, no julgamento de valor das obras de arte.

3.(   )Friedrich Nietzsche, filósofo alemão do século XIX, era um entusiasta da Arte Clássica greco-romana, mas considerava a Arte Moderna uma forma de ilusão que afastava os seres humanos da realidade essencial da existência.


A sequência CORRETA é:

  • A 1.F, 2.V, 3.F.
  • B 1.V, 2.F, 3.F.
  • C 1.V, 2.V, 3.F.
  • D 1.V, 2.F, 3.V.

Música

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Música _________ é uma forma de composição instrumental que conta uma história, ilustra ideias literárias ou evoca cenas pictóricas. No século XIX, compositores como Berlioz, Liszt, Tchaikovski e R. Strauss emprestaram as sonoridades da orquestra sinfônica a essa forma musical em obras como Sinfonia Fantástica, Romeo e Julieta e Dom Quixote (Kennedy, 1994).

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima. 

  • A Figurata 
  • B Programática 
  • C de Cena 
  • D Mensurata 
  • E Concreta
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Educação do Talento é o nome usado para designar sua proposta de educação musical. Sua filosofia educacional tem como base a abordagem da língua materna. Utiliza algumas ideias do Zen-Budismo em sua abordagem pedagógica, sobretudo no que diz respeito à repetição e à memória. Seu método, criado em 1930, foi pensado inicialmente para o aprendizado do violino, porém, com o passar do tempo, foi adaptado para diversos instrumentos, culturas e realidades. Sua proposta é de aprendizado coletivo, visando desenvolver habilidades e a motivação dos estudantes. (Ilari, 2012). O texto refere-se a qual educador musical?

  • A Shinichi Suzuki. 
  • B Carl Orff. 
  • C Maurice Martenot. 
  • D John Paynter.
  • E Zoltán Kodály. 
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O compositor, musicólogo e professor Hans-Joachim Koellreutter foi o introdutor da estética atonal-dodecafônica no Brasil e o responsável por um intenso movimento de revitalização artística, pedagógica e cultural no país. As novas proposições de Koellreutter serviram de referência para a produção musical de muitos compositores na década de 40, em especial aos que foram seus alunos, como Cláudio Santoro, Guerra Peixe, Eunice Katunda e Edino Krieger (Kater, 2001). Assinale a alternativa que apresenta o nome do movimento que representa a ideia desses compositores.

  • A Música Viva. 
  • B Música Nova. 
  • C Tropicália. 
  • D Vanguarda. 
  • E Época de Ouro.
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As cordas constituem os alicerces da orquestra. Com sua enorme extensão, podem ir das notas mais graves do contrabaixo aos harmônicos mais agudos do violino. A forma de se produzir o som nesses instrumentos é bastante diversa e recebe nomenclaturas específicas. Sobre o exposto, analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Pzzicato é o som produzido pelo beliscar das cordas. ( ) Spicatto é som produzido quando se desliza o arco sobre as cordas. ( ) Sul ponticello é o som produzido ao passar o arco pelas cordas junto ao cavalete. ( ) Punto d’arco é o som produzido quando se utiliza somente a ponta do arco. ( ) Col legno é o som produzido ao passar parte da madeira do arco sobre as cordas.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:

  • A V – F – V – V – F.
  • B F – V – V – V – V.
  • C V – F – F – F – F.
  • D F – V – F – F – V.
  • E V – F – V – V – V.
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Instrumentos transpositores são aqueles que soam alturas diferentes da escrita real da partitura. Assinale a alternativa que apresenta apenas instrumentos transpositores. 

  • A Corne inglês, clarinete e trompa.
  • B Trompete, contrabaixo e tuba. 
  • C Sax, oboé e requinta. 
  • D Violão, fagote e contrafagote. 
  • E Viola, piano e violino.
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Conforme Ferreira e Ray (2006), “existe uma grande quantidade de golpes de arco na execução dos instrumentos de cordas”. Descrevem que os golpes mais utilizados, com base na classificação proposta por Salles (1998) são: Detaché, Martelé, Ricochet, Legato, entre outros. Com base na classificação citada, relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando cada golpe à sua descrição.
Coluna 1
1. Detaché. 2. Martelé. 3. Ricochet. 4. Legato.
Coluna 2
( ) “É uma sucessão de duas ou mais notas numa mesma direção do arco, sem interrupção do som. Não possui ponto de contato predeterminado, e o maior desafio é combinar digitação, mudança de corda e troca de direção”. (  ) “Golpe mais comum do repertório orquestral, cada nota corresponde a um novo movimento de arco, de direção contrária ao seu precedente. Pode ser executado com todo o arco ou, como é mais comum, na metade superior, e pode dar origem a outros golpes através do aumento de pressão, forma de ataque e quantidade de arco gasta. Quanto mais rápida a velocidade do movimento musical, menor será a parcela do arco usada”. ( ) “Várias notas executadas numa mesma arcada, para cima ou para baixo, através de um único impulso. O arco salta por si só, em movimento de ricochete. O impulso é dado na primeira nota, quando o arco é jogado na corda”. ( ) “Executado na corda, as notas são separadas por pausas e precedidas de um grande acento inicial. Uso mais frequente na região superior do arco”.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 

  • A 1 – 2 – 3 – 4.
  • B 2 – 1 – 4 – 3.
  • C 3 – 4 – 2 – 1.
  • D 4 – 1 – 3 – 2.
  • E 1 – 4 – 2 – 3.
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O autor Paul Griffiths (1987, p. 81) explica que a música serial, idealizada no ano de 1921, segue o seguinte princípio: “As doze notas da escala cromática são dispostas em uma ordem fixa, a série, que pode ser utilizada na geração de melodia e harmonia, e permanece obrigatória em toda a obra. A série é assim uma espécie de tema oculto (...), pode ser manipulada das mais diversas maneiras em uma composição: deslocando-se as notas individuais em uma ou mais oitavas, transpondo-se uniformemente toda a série em qualquer intervalo e mesmo invertendo-a. (...) Não é necessário que os temas consistam de doze notas, nem que a série seja transformada em melodia: ela pode ser aproveitada para construir um tema e seu acompanhamento, por exemplo”. Quem foi o idealizador desse princípio musical? 

  • A Claude Debussy.
  • B Igor Stravinsky.
  • C Arnold Schönberg.
  • D Anton Webern.
  • E Alban Berg.
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Assinale a alternativa que apresenta apenas nomes de compositores do período Barroco.

  • A Cláudio Monteverdi, Ludwig van Beethoven, Giuseppe Verdi e Domenico Scarlatti.
  • B Antônio Vivaldi, Henry Purcell, Johann Sebastian Bach e Georg Friedrich Händel.
  • C Arcangelo Corelli, Guillaume de Machaut, Jean-Philippe Rameau e Joseph Haydn.
  • D Christoph Willibald Gluck, Jean-Baptiste de Lully, Johann Christian Bach e Hector Berlioz.
  • E François Couperin, Guillaume Dufay, Edward Elgar e Johannes Brahms. 
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O texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Brasil apresenta como uma das competências específicas de arte para o ensino fundamental: “Explorar, conhecer, fruir e analisar criticamente práticas e produções artísticas e culturais do seu entorno social, dos povos indígenas, das comunidades tradicionais brasileiras e de diversas sociedades, em distintos tempos e espaços, para reconhecer a arte como um fenômeno cultural, histórico, social e sensível a diferentes contextos e dialogar com as diversidades”. Assinale a alternativa que apresenta habilidade que NÃO está em sintonia com o texto da BNCC. 

  • A Conhecer e identificar a cultura de tradição europeia como uma linguagem universal e de importância hierárquica em relação às outras culturas, pois é através dos seus elementos constitutivos que todas as outras se desenvolvem. 
  • B Identificar e apreciar criticamente diversas formas e gêneros de expressão musical, reconhecendo e analisando os usos e as funções da música em diversos contextos de circulação, em especial, aqueles da vida cotidiana. 
  • C Perceber e explorar os elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de jogos, brincadeiras, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musical. 
  • D Explorar fontes sonoras diversas, como as existentes no próprio corpo (palmas, voz, percussão corporal), na natureza e em objetos cotidianos, reconhecendo os elementos constitutivos da música e as características de instrumentos musicais variados. 
  • E Experimentar improvisações, composições e sonorização de histórias, entre outros, utilizando vozes, sons corporais e/ou instrumentos musicais convencionais ou não convencionais, de modo individual, coletivo e colaborativo. 
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Analise as assertivas abaixo, assinalando V, se verdadeiras, ou F, se falsas.
( ) Émile Jaques-Dalcroze propôs um trabalho sistemático de educação musical baseado no movimento corporal e na habilidade de escuta. ( ) Edgar Willems tem uma proposta de educação musical que estuda a audição sob três aspectos: sensorial, afetivo e mental. ( ) Zoltán Kodály: seu método de educação musical é feito através do canto. Utiliza inicialmente canções folclóricas pentatônicas. Usa a técnica de manossolfa e a silabação rítmica. ( ) Carl Orff: educador musical comprometido com a música de vanguarda. A pulsação não é enfatizada em seu método. Utiliza organizações rítmicas irregulares. Inicia com sons da escala cromática e sons com altura indefinida.

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 

  • A V – V – F – F.
  • B F – V – F – V.
  • C V – F – V – F.
  • D F – F – V – V.
  • E V – V – V – F.

Português

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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Quanto à flexão verbal, assinale a alternativa que apresenta uma passagem do texto, retirada do 8º parágrafo, com verbo no pretérito maisque-perfeito do modo indicativo:

  • A “Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, (...)”.
  • B “(...) ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos.”.
  • C “Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, (...)”.
  • D “A visita não era de todo desagradável, (...)”.
  • E “(...) desde que a doença deixara de ser assunto.”.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

Há um uso adequado do acento grave indicativo de crase apenas na opção:

  • A Não me dirigi à ela nem à ninguém durante a reunião.
  • B Os viajantes chegaram bem àquele território inóspito.
  • C Não costumo comprar nada à prazo.
  • D Ela se referiu à uma heroína do século XIX.
  • E Por causa da promoção, os produtos estavam orçados à partir de 1,99.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


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Em relação aos aspectos de concordância nominal, assinale a alternativa correta:

  • A Era proibida entrada de menores no estabelecimento.
  • B Escolhemos estampas o mais belas possíveis.
  • C A porta estava meia aberta quando cheguei à sala de aula.
  • D Seguem anexas ao e-mail as propostas de compra e venda do imóvel.
  • E Compramos bastante livros na feira literária.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


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O vocábulo corretamente grafado está presente na alternativa:

  • A Pretencioso.
  • B Inadmiscível.
  • C Sisudez.
  • D Enxarcado.
  • E Xávena.
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O outro marido


Era conferente da Alfândega — mas isso não tem importância. Somos todos alguma coisa fora de nós; o eu irredutível nada tem a ver com as classificações profissionais. Pouco importa que nos avaliem pela casca. Por dentro, sentia-se diferente, capaz de mudar sempre, enquanto a situação exterior e familiar não mudava. Nisso está o espinho do homem: ele muda, os outros não percebem.


Sua mulher não tinha percebido. Era a mesma de há 23 anos, quando se casaram (quanto ao íntimo, é claro). Por falta de filhos, os dois viveram demasiado perto um do outro, sem derivativo. Tão perto que se desconheciam mutuamente, como um objeto desconhece outro, na mesma prateleira de armário. Santos doía-se de ser um objeto aos olhos de d. Laurinha. Se ela também era um objeto aos olhos dele? Sim, mas com a diferença de que d. Laurinha não procurava fugir a essa simplificação, nem reparava; era de fato objeto. Ele, Santos, sentia-se vivo e desagradado.


Ao aparecerem nele as primeiras dores, d. Laurinha penalizou-se, mas esse interesse não beneficiou as relações do casal. Santos parecia comprazer-se em estar doente. Não propriamente em queixar-se, mas em alegar que ia mal. A doença era para ele ocupação, emprego suplementar. O médico da Alfândega dissera-lhe que certas formas reumáticas levam anos para ser dominadas, exigem adaptação e disciplina. Santos começou a cuidar do corpo como de uma planta delicada. E mostrou a d. Laurinha a nevoenta radiografia da coluna vertebral, com certo orgulho de estar assim tão afetado.


– Quando você ficar bom…


– Não vou ficar. Tenho doença para o resto da vida.


Para d. Laurinha, a melhor maneira de curar-se é tomar remédio e entregar o caso à alma do padre Eustáquio, que vela por nós. Começou a fatigar-se com a importância que o reumatismo assumira na vida do marido. E não se amolou muito quando ele anunciou que ia internar-se no Hospital Gaffrée Guinle.


– Você não sentirá falta de nada, assegurou-lhe Santos. Tirei licença com ordenado integral. Eu mesmo virei aqui todo começo de mês trazer o dinheiro.


(...) Pontualmente, Santos trazia-lhe o dinheiro da despesa, ficaram até um pouco amigos nessa breve conversa a longos intervalos. Ele chegava e saía curvado, sob a garra do reumatismo, que nem melhorava nem matava. A visita não era de todo desagradável, desde que a doença deixara de ser assunto. Ela notou como a vida de hospital pode ser distraída: os internados sabem de tudo cá de fora.


– Pelo rádio — explicou Santos. (...)


Santos veio um ano, dois, cinco. Certo dia não veio. D. Laurinha preocupou-se. Não só lhe faziam falta os cruzeiros; ele também fazia. Tomou o ônibus, foi ao hospital pela primeira vez, em alvoroço.


Lá ele não era conhecido. Na Alfândega informaram-lhe que Santos falecera havia quinze dias, a senhora quer o endereço da viúva?


– Sou eu a viúva — disse d. Laurinha, espantada.


O informante olhou-a com incredulidade. Conhecia muito bem a viúva do Santos, d. Crisália, fizera bons piqueniques com o casal na ilha do Governador. Santos fora seu parceiro de bilhar e de pescaria. Grande praça. Ele era padrinho do filho mais velho de Santos. Deixara três órfãos, coitado.


E tirou da carteira uma foto, um grupo de praia. Lá estavam Santos, muito lépido, sorrindo, a outra mulher, os três garotos. Não havia dúvida: era ele mesmo, seu marido. Contudo, a outra realidade de Santos era tão destacada da sua, que o tornava outro homem, completamente desconhecido, irreconhecível.


– Desculpe, foi engano. A pessoa a que me refiro não é essa — disse d. Laurinha, despedindo-se.


ANDRADE, Carlos Drummond. Disponível em: https://contobrasileiro.com.br/o-outromarido-cronica-de-carlos-drummond-deandrade/ (Adaptado)

O processo de formação da palavra “esfarelar” está corretamente apontado em:

  • A Sufixação.
  • B Prefixação.
  • C Aglutinação.
  • D Parassíntese.
  • E Conversão.
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Observe a seguinte frase:

“Bernardo é muito pobre vive sozinho sendo um adolescente seu tio que era marinheiro o levou para ser grumete num pequeno navio”.

Se pontuarmos de forma adequada esse pensamento, a forma correta será:

  • A Bernardo é muito pobre; vive sozinho; sendo um adolescente seu tio, que era marinheiro, o levou para ser grumete num pequeno navio.
  • B Bernardo é muito pobre, vive sozinho, sendo um adolescente, seu tio, que era marinheiro, o levou para ser grumete num pequeno navio.
  • C Bernardo é muito pobre, vive sozinho; sendo um adolescente seu tio que era marinheiro o levou para ser grumete num pequeno navio.
  • D Bernardo, é muito pobre, vive sozinho, sendo um adolescente seu tio que era marinheiro o levou para ser grumete num pequeno navio.
  • E Bernardo é muito pobre, vive sozinho; sendo um adolescente, seu tio, que era marinheiro, o levou para ser grumete num pequeno navio.
54
Observe a seguinte frase de um jornalista colombiano:

"Um a um somos todos mortais. Juntos somos eternos".
Sobre a estruturação dessa frase, é correto afirmar que:
  • A a locução "um a um" equivale ao advérbio "unicamente";
  • B o pronome indefinido "todos" semanticamente indispensável na frase;
  • C entre os dois períodos que compõem a frase, poderia estar adequadamente a conjunção concessiva "embora";
  • D o adjetivo "mortais" funciona como antônimo de "eternos";
  • E o emprego da vírgula no segundo período se deve à elipse do pronome indefinido "todos".
55
O adjetivo pode ser substituído por algumas outras palavras ou estruturas de valor equivalente.

A frase abaixo em que a adjetivação é realizada  por meio de um substantivo, é:
  • A Toda sociedade é um organismo podre;
  • B O menino recebeu muitos presentes aniversários;
  • C O que não serve para o enxame não serve para a abelha;
  • D O que é difícil é ser puro como o arroio e grande como o rio;
  • E Ambiente limpo é o que menos se suja.
56
"A beneficência é sempre feliz e oportuna quando prudência a dirige e recomenda."   Sobre a estruturação dessa frase do Marquês de Maricá, é correto afirmar que:
  • A as duas ocorrências da conjunção E mostram, respectivamente, valor aditivo e adversativo;
  • B os adjetivos "feliz" e "oportuna" sem valor de estado, referindo-se a "beneficência";
  • C o pronome obliquo "a", em "a dirige e recomenda", funciona como objeto direto desses dois verbos;
  • D o pronome obliquo "a" em "a dirige" se refere a "prudência";
  • E o substantivo "beneficência" está grafado erradamente, sendo correta a forma "beneficiência".
57

Em todas as alternativas abaixo há duas palavras com o sufixo -eiro.


Esse sufixo mostra o mesmo valor semântico nas duas palavras em:


  • A brasileiro - fuzileiro;
  • B engenheiro - caseiro;
  • C saleiro - cinzeiro,
  • D marinheiro - certeiro;
  • E chaveiro - cozinheiro.