Resolver o Simulado Professor - 1º ao 5º Ano - CONSULPAM - Nível Superior

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Pedagogia

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Com respeito a utilização de amostras em pesquisas qualitativas, faça a associação e em seguida assinale a sequência CORRETA.
(1)Amostra aleatória. (2)Amostra de conveniência. (3)Amostra intencional. (4)Amostra em bola de neve.
(__) A seleção de participantes ou fontes de dados a serem usados em um estudo com base em sua mera disponibilidade ou acessibilidade. Somente aceita como modo preferencial de fazer pesquisa em circunstâncias incomuns, tais como estudar os sobreviventes de uma catástrofe.
(__) A seleção de participantes ou fontes de dados a serem usados em um estudo, com base em sua prevista riqueza e relevância de informações em relação às questões de pesquisa do estudo. Riqueza e relevância incluem fontes cujos dados presumivelmente contestam, e não apenas confirmam, o pensamento de um pesquisador sobre as questões de pesquisa, e, portanto, devem fazer parte da amostra.
(__) A seleção de participantes ou fontes de dados a serem usados em um estudo com base em uma relação estatística conhecida entre os selecionados (uma amostra) e todos os que poderiam ter sido selecionados (um universo), para que a amostra represente uma amostra de um universo. Ao fim do estudo, os resultados da amostra podem ser extrapolados para o universo.
(__) A seleção de participantes ou fontes de dados a serem usados em um estudo com base em indicações de uma fonte para outra.

  • A 3-2-1-4.
  • B 3-1-4-2.
  • C 2-3-1-4.
  • D 2-3-4-1.
2

A respeito dos estudos etnográficos, inseridos no contexto da pesquisa qualitativa, julgue os itens a seguir com V (verdadeiro) ou F (falso).
(__) Etnografia é um estudo de campo das pessoas em seu ambiente da vida real, geralmente executado durante um período suficientemente prolongado de tempo para revelar as rotinas cotidianas das pessoas.
(__) Para a etnografia, não é importante entender as normas, rituais e interações sociais aceitáveis – nem mesmo a singularidade de sua cultura.
(__) Etnografia da performance é uma variante de pesquisa qualitativa focada em analisar o significado do teatro, arte e outras formas de atuação em termos de sua expressão de temas culturais e relacionados.

Assinale a alternativa com a sequência CORRETA.

  • A V-F-V.
  • B V-F-F.
  • C F-F-V.
  • D F-V-V.
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“Uma variante da pesquisa qualitativa que enfatiza a importância das interações sociais das pessoas e seus ambientes como a base para derivar o significado dos objetos e do ambiente social. Os significados geralmente são expressos na linguagem ou em outros termos simbólicos.”
FONTE: Yin, Robert K. - Pesquisa Qualitativa do Início ao Fim.

A definição acima faz referência ao conceito de:

  • A Hermenêutica.
  • B Interacionismo simbólico.
  • C Investigação narrativa.
  • D Grupo de foco.
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Uma guia usada por um pesquisador como um roteiro mental para conduzir uma investigação. Aponta para as questões que o pesquisador está tentando responder e difere de um questionário ou outro instrumento de pesquisa, cujas perguntas são propostas a um respondente, entrevistado ou sujeito de pesquisa.
O texto acima faz referência ao conceito de:

  • A Protocolo de pesquisa.
  • B Questões de pesquisa.
  • C Pragmatismo de pesquisa.
  • D Método de pesquisa.
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A respeito das escolhas no delineamento de estudos de pesquisas qualitativas, julgue os itens a seguir com V (verdadeiro) ou F (falso).
(__) Todo estudo investigativo tem um delineamento, implícito ou explícito.
(__) Os pesquisadores procuram usar delineamentos robustos para reforçar a validade de seus estudos.
(__) A pesquisa qualitativa também tem delineamentos, que são tipos ou categorias fixas de delineamentos.
(__) Um delineamento ponderado não significa adotar automaticamente diversos procedimentos de delineamento rígidos.

Assinale a alternativa com a sequência CORRETA.

  • A F-V-V-V.
  • B F-V-F-V.
  • C V-V-F-F.
  • D V-V-F-V.
6

Para todos os tipos de pesquisa, incluindo pesquisa qualitativa, possivelmente a questão fundamental do controle de qualidade trata da validade de um estudo e seus resultados. Um estudo válido é aquele que coletou e interpretou seus dados adequadamente, de modo que as conclusões reflitam com precisão e representem a vida real (ou o laboratório) que foi estudado. A respeito desse assunto, assinale a alternativa CORRETA.

  • A Um estudo que adote uma postura relativista não precisa tratar da validade dos resultados relativistas.
  • B Em pesquisa qualitativa, confundem-se o desejo de validade com o posicionamento do pesquisador em termos relativista-realista.
  • C Os estudos devem não obstante usar características do delineamento que reforcem a validade de suas alegações e resultados.
  • D A validade se limita aos resultados do estudo.
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A respeito da reflexividade em pesquisa qualitativa, assinale a alternativa CORRETA.

  • A Não surge imediatamente quando se observa qualquer ser humano ou atividade humana.
  • B As chances de reflexividade são maximizadas quando se observa características no mundo físico que não obstante podem ser altamente reveladoras sobre alguma atividade humana anterior.
  • C O principal valor dessas medidas é que elas envolvem situações “reativas”, nas quais o pesquisador não pode ter influenciado o comportamento dos participantes que produziu os vestígios físicos.
  • D Vestígios físicos de atividade humana, tais como as pontas viradas das páginas de um livro que foi lido por outra pessoa, assim como fotografias e registros feitos por outras pessoas como parte de suas vidas cotidianas, podem ser considerados a origem do que tem sido chamado de medidas não obstrutivas.
8

Interpretar, no contexto de pesquisas qualitativas, pode ser considerada a arte de dar seu próprio significado a seus dados recompostos e arranjos de dados. O que constitui uma interpretação abrangente ou boa não tem definição fixa. É possível considerar alguns atributos para tanto.

O atributo que diz respeito ao fato de a interpretação ter um começo, meio e fim é o(a):

  • A Completude.
  • B Justeza.
  • C Valor agregado.
  • D Credibilidade.
9

Os experimentos de campo com um grande número de entidades coletivas (por exemplo, vizinhanças, escolas ou organizações) também provocam inúmeros desafios práticos. A respeito desse assunto, assinale a alternativa CORRETA.

  • A Não é qualquer local de “controle” selecionado aleatoriamente pode adotar componentes importantes da intervenção de interesse antes do final do experimento de campo e não se qualificar mais como local de “não tratamento”.
  • B A intervenção financiada pode requerer que as comunidades experimentais reorganizem toda sua maneira de fornecer determinados serviços – ou seja, uma mudança de “sistemas” criando, com isso, uma variabilidade de local para local na unidade de designação.
  • C O mesmo aspecto de mudança de sistemas da intervenção também pode significar que as organizações ou entidades que administram a intervenção podem, necessariamente, permanecer estáveis ao longo do tempo.
  • D Os locais experimentais e de controle não podem ser incapazes de continuar usando os mesmos instrumentos e medidas.
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A respeito das definições de um projeto de pesquisa, assinale a alternativa CORRETA.

  • A No sentido mais elementar, o projeto é a sequência lógica que conecta os dados empíricos às questões de pesquisa iniciais do estudo e, finalmente, às suas conclusões.
  • B Cada tipo de estudo de pesquisa empírica tem um projeto de pesquisa implícito, mas não explicito.
  • C A principal finalidade do projeto é ajudar a promover a situação na qual a evidência não aborda as questões iniciais da pesquisa.
  • D Um projeto de pesquisa trata de um problema logístico e não de um problema lógico.

Português

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Texto


        A Guiné Equatorial confirmou o seu primeiro surto de febre hemorrágica de Marburg, doença causada pelo vírus de Marburg. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até aquela data foram contabilizadas nove mortes mais 16 casos suspeitos com sintomas como febre, fadiga e vômito com sangue e diarreia.

         Autoridades de saúde do país enviaram amostras ao laboratório de referência do Instituto Pasteur no Senegal, com ajuda da OMS, para determinar a origem do surto. Das oito amostras testadas, uma deu positivo para o vírus.

       Segundo a OMS, há várias investigações em andamento. Existem equipes nos distritos afetados para rastrear contatos, isolar e fornecer assistência médica às pessoas que apresentam sintomas da doença. A organização, em colaboração com forças nacionais da Guiné Equatorial, também colocou esforços para montar rapidamente uma resposta de emergência e controle do surto.

       A doença causada pelo vírus de Marburg é rara, porém mortal. Ela tem taxa de letalidade de até 88%, mas com os cuidados adequados ao paciente, pode cair para até 24%. Em comparação, a taxa do Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, chegou a 14% no auge da pandemia. A do vírus do Ebola, que já variou de 25% a 90%, hoje tem média de 50%. Isso torna o vírus de Marburg um dos mais letais do mundo. Capaz de atingir humanos e outros primatas, ele pertence à família Filoviridae, a mesma do vírus do Ebola – e causa sintomas similares: a doença começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça e mal-estar intensos. Dentro de sete dias, muitos pacientes já desenvolvem sintomas hemorrágicos graves.

       O vírus é altamente infeccioso, e pode ser transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutas, ou se espalhar entre os humanos por meio do contato direto com fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.

     O intervalo da infecção até o início dos sintomas, chamado de período de incubação, varia de 2 a 21 dias. Além dos sintomas já citados, dores musculares também são uma característica comum. Diarreia intensa, dor abdominal e cólicas, náuseas e vômitos podem começar no terceiro dia.

    Muitos pacientes desenvolvem quadros hemorrágicos graves entre o quinto e o sétimo dia – casos fatais costumam apresentar sangramento generalizado. O sangue fresco no vômito e nas fezes costuma ser acompanhado de sangramento nasal, gengival e vaginal.

      Em casos fatais, a morte ocorre mais frequentemente entre 8 e 9 dias após o início dos sintomas, geralmente precedida por intensa perda de sangue.

      O nome Marburg é em referência à cidade em que foi identificado um dos primeiros surtos da doença. Em 1967, grandes surtos simultâneos atingiram três cidade: Belgrado (Sérvia), Frankfurt (Alemanha) e, a pouco menos de 100 quilômetros ao norte dali, a também alemã Marburg.

   O problema começou quando trabalhadores de laboratório foram expostos a macacos infectados trazidos de Uganda. Os pesquisadores passaram a doença para médicos e familiares, resultando em 31 pessoas infectadas e sete mortes.

       Apesar do início na Europa, a maioria dos casos ao longo dos anos se restringiu à África. Há relatos de surtos e casos esporádicos em Angola, República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e em Uganda – neste último, em 2008, houve registro de dois casos independentes de viajantes que visitaram uma caverna habitada por colônias de morcegos.

    O mais indicado é tomar cuidado com áreas de morcegos frugívoros. Durante pesquisas ou visitas turísticas em minas ou cavernas habitadas por morcegos do tipo, as pessoas devem usar luvas e outras roupas de proteção adequadas. Detalhe: a espécie de morcego atribuída à propagação do vírus, a Rousettus aegyptiacus, só é encontrada na África e em algumas partes da Ásia. 

       Outra medida importante é reduzir o risco de transmissão entre pessoas via fluidos corporais. É melhor evitar contato físico próximo com pacientes suspeitos, e luvas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar de doentes em casa. Além de, é claro, sempre lavar as mãos.

     É pouco provável que o surto da Guiné Equatorial se torne uma pandemia tão disseminada quanto a da Covid-19. Os sintomas do vírus de Malburg aparecem em poucos dias e, rapidamente, levam o paciente a um quadro grave (e um possível óbito). Dessa forma, não dá tempo para que ele se espalhe e infecte muitas pessoas, como fez o SarsCoV-2 (e como faz o vírus da gripe, que tem uma taxa de letalidade baixa e se dissemina rapidinho).

       Mesmo assim, é bom ficar alerta – afinal, viajantes podem levar o vírus para outros países – e acompanhar a resposta à doença, que, até agora, tem sido positiva.
 
   “Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pôde atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, afirma o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS na África. 


CAPARROZ, Leo. O que é o Vírus de Marburg que teve surto
confirmado pela OMS. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/saude/o-que-e-o-virus-de-marburgque-teve-surto-confirmado-pela-oms/>. Último acesso em 18
fev. 2023. (Adaptado)

A palavra ‘surto’ pode ser empregada não somente como substantivo, referente à doença local que se dissemina rapidamente, mas também como verbo no presente do indicativo na primeira pessoa do singular do verbo ‘surtar’. 
A esse fenômeno linguístico dá-se o nome de:

  • A Paronímia.
  • B Sinonímia.
  • C Polissemia.
  • D Homonímia.
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Texto


        A Guiné Equatorial confirmou o seu primeiro surto de febre hemorrágica de Marburg, doença causada pelo vírus de Marburg. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até aquela data foram contabilizadas nove mortes mais 16 casos suspeitos com sintomas como febre, fadiga e vômito com sangue e diarreia.

         Autoridades de saúde do país enviaram amostras ao laboratório de referência do Instituto Pasteur no Senegal, com ajuda da OMS, para determinar a origem do surto. Das oito amostras testadas, uma deu positivo para o vírus.

       Segundo a OMS, há várias investigações em andamento. Existem equipes nos distritos afetados para rastrear contatos, isolar e fornecer assistência médica às pessoas que apresentam sintomas da doença. A organização, em colaboração com forças nacionais da Guiné Equatorial, também colocou esforços para montar rapidamente uma resposta de emergência e controle do surto.

       A doença causada pelo vírus de Marburg é rara, porém mortal. Ela tem taxa de letalidade de até 88%, mas com os cuidados adequados ao paciente, pode cair para até 24%. Em comparação, a taxa do Sars-CoV-2, o vírus da Covid-19, chegou a 14% no auge da pandemia. A do vírus do Ebola, que já variou de 25% a 90%, hoje tem média de 50%. Isso torna o vírus de Marburg um dos mais letais do mundo. Capaz de atingir humanos e outros primatas, ele pertence à família Filoviridae, a mesma do vírus do Ebola – e causa sintomas similares: a doença começa abruptamente, com febre alta, dor de cabeça e mal-estar intensos. Dentro de sete dias, muitos pacientes já desenvolvem sintomas hemorrágicos graves.

       O vírus é altamente infeccioso, e pode ser transmitido às pessoas por morcegos que se alimentam de frutas, ou se espalhar entre os humanos por meio do contato direto com fluidos corporais, superfícies e materiais infectados.

     O intervalo da infecção até o início dos sintomas, chamado de período de incubação, varia de 2 a 21 dias. Além dos sintomas já citados, dores musculares também são uma característica comum. Diarreia intensa, dor abdominal e cólicas, náuseas e vômitos podem começar no terceiro dia.

    Muitos pacientes desenvolvem quadros hemorrágicos graves entre o quinto e o sétimo dia – casos fatais costumam apresentar sangramento generalizado. O sangue fresco no vômito e nas fezes costuma ser acompanhado de sangramento nasal, gengival e vaginal.

      Em casos fatais, a morte ocorre mais frequentemente entre 8 e 9 dias após o início dos sintomas, geralmente precedida por intensa perda de sangue.

      O nome Marburg é em referência à cidade em que foi identificado um dos primeiros surtos da doença. Em 1967, grandes surtos simultâneos atingiram três cidade: Belgrado (Sérvia), Frankfurt (Alemanha) e, a pouco menos de 100 quilômetros ao norte dali, a também alemã Marburg.

   O problema começou quando trabalhadores de laboratório foram expostos a macacos infectados trazidos de Uganda. Os pesquisadores passaram a doença para médicos e familiares, resultando em 31 pessoas infectadas e sete mortes.

       Apesar do início na Europa, a maioria dos casos ao longo dos anos se restringiu à África. Há relatos de surtos e casos esporádicos em Angola, República Democrática do Congo, Quénia, África do Sul e em Uganda – neste último, em 2008, houve registro de dois casos independentes de viajantes que visitaram uma caverna habitada por colônias de morcegos.

    O mais indicado é tomar cuidado com áreas de morcegos frugívoros. Durante pesquisas ou visitas turísticas em minas ou cavernas habitadas por morcegos do tipo, as pessoas devem usar luvas e outras roupas de proteção adequadas. Detalhe: a espécie de morcego atribuída à propagação do vírus, a Rousettus aegyptiacus, só é encontrada na África e em algumas partes da Ásia. 

       Outra medida importante é reduzir o risco de transmissão entre pessoas via fluidos corporais. É melhor evitar contato físico próximo com pacientes suspeitos, e luvas e equipamentos de proteção individual devem ser usados ao cuidar de doentes em casa. Além de, é claro, sempre lavar as mãos.

     É pouco provável que o surto da Guiné Equatorial se torne uma pandemia tão disseminada quanto a da Covid-19. Os sintomas do vírus de Malburg aparecem em poucos dias e, rapidamente, levam o paciente a um quadro grave (e um possível óbito). Dessa forma, não dá tempo para que ele se espalhe e infecte muitas pessoas, como fez o SarsCoV-2 (e como faz o vírus da gripe, que tem uma taxa de letalidade baixa e se dissemina rapidinho).

       Mesmo assim, é bom ficar alerta – afinal, viajantes podem levar o vírus para outros países – e acompanhar a resposta à doença, que, até agora, tem sido positiva.
 
   “Graças à ação rápida e decisiva das autoridades da Guiné Equatorial na confirmação da doença, a resposta de emergência pôde atingir todo o vapor rapidamente para salvarmos vidas e determos o vírus o mais rápido possível”, afirma o Dr. Matshidiso Moeti, diretor regional da OMS na África. 


CAPARROZ, Leo. O que é o Vírus de Marburg que teve surto
confirmado pela OMS. Disponível em:
<https://super.abril.com.br/saude/o-que-e-o-virus-de-marburgque-teve-surto-confirmado-pela-oms/>. Último acesso em 18
fev. 2023. (Adaptado)

Das seguintes orações: “Segundo a OMS, há várias investigações em andamento”, “Existem equipes nos distritos afetados” e “O vírus é altamente infeccioso”, o sujeito se classifica, respectivamente, como:

  • A Simples, inexistente, simples.
  • B Inexistente, simples, simples.
  • C Composto, composto, oculto.
  • D Inexistente, composto, simples.
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TEXTO

SERPENTES

    Serpentes são répteis que apresentam o corpo alongado, revestido por escamas, sem membros e sem pálpebras. As serpentes, como os demais répteis, necessitam de fontes externas de calor para regular a temperatura do seu corpo e, por isso, são chamadas de animais ectotérmicos.
    Uma característica muito importante deste grupo são as modificações no crânio. Há uma tênue ligação entre os ossos da boca, que permite a abertura acentuada e a captura de presas até três vezes maiores que o diâmetro do corpo. Existem animais que se assemelham às serpentes, mas pertencem a outros grupos, como por exemplo, a cobra-de-vidro (lacertílio), a cobra-de-duas-cabeças (anfisbenídeo) ou a cobra-cega (anfíbio).
    As serpentes podem ser encontradas em praticamente todos os ambientes. Algumas são arborícolas, ou seja, vivem em árvores; outras são terrícolas, vivem sobre o solo; também existem serpentes chamadas fossoriais, pois vivem em galerias no solo e buracos. Não podemos esquecer as que vivem em rios e lagoas, as aquáticas, e um pequeno grupo de espécies que vivem nos oceanos Índico e Pacífico – as serpentes marinhas.
    Essa grande variedade de habitats possibilitou a ocupação de quase todo o globo terrestre, excetuando-se as regiões dos pólos e montanhas muito altas (pois são frias) e as fossas marinhas. Portanto, sempre devemos estar atentos ao encontro fortuito com esses animais, já que podemos nos deparar com eles em ambientes naturais, ou mesmo em áreas urbanas.
    O olfato nas serpentes é realizado pela língua e pelo órgão vômero-nasal ou órgão de Jacobson. A língua bífida (com duas pontas) das serpentes é úmida e, quando exposta, capta várias partículas químicas presentes no ambiente. Quando a serpente retrai a língua, as pontas entram em contato com o órgão de Jacobson, localizado no céu da boca, responsável por analisar e enviar ao cérebro as informações captadas pela língua.     
    As serpentes não têm ouvido externo ou médio, mas possuem uma pequena estrutura óssea chamada de columela, que une a base da mandíbula à caixa craniana. Como a mandíbula da serpente está geralmente em contato com o solo ou sobre o seu próprio corpo, emissões sonoras (passos, quedas de objetos, sons graves etc.) podem fazer a columela vibrar. É dessa maneira que a serpente percebe o som.
    Outro importante órgão para os sentidos de algumas espécies de serpentes é a fosseta loreal, uma abertura entre os olhos e narinas presente em todos os viperídeos americanos (jararacas, cascavéis e surucucu). As fossetas permitem a percepção de variações mínimas de temperaturas, da ordem de 0,003 ºC. Esses sensores térmicos são importantes para detectar animais (presas, predadores).
    As serpentes são animais carnívoros e ingerem seu alimento por inteiro. Podem ingerir presas bem maiores que seu próprio diâmetro, devido à grande abertura da sua boca. Alimentam-se de uma grande variedade de animais, desde invertebrados, como minhocas ou artrópodes, até peixes, anfíbios, lagartos, serpentes, aves e mamíferos. Algumas espécies, como as cobras-cipó e as caninanas, procuram por alimento enquanto se deslocam. Outras serpentes, como as jararacas e cascavéis, se posicionam em um local e esperam pela passagem da presa. Após a captura, o alimento pode ser ingerido vivo ou morto.
    Quando o animal a ser ingerido representa perigo para a serpente, podendo mordê-la (roedores) ou bicála (aves), ela mata a presa antes de ingeri-la. Constrição e envenenamento são as duas formas utilizadas pelas serpentes para matar suas presas. Jiboias e sucuris são animais que se utilizam da constrição para se alimentar. Com forte musculatura, elas comprimem suas presas até a asfixia. Já as coraisverdadeiras, jararacas, cascavéis e surucucus utilizam a peçonha para capturar suas presas. Não podemos esquecer que outras serpentes, como as opistóglifas (parelheira, cobra-cipó, cobra verde, entre outras) também têm peçonha e utilizam este método para capturar e matar suas presas.
    Quanto à reprodução, as serpentes podem ser divididas em dois grandes grupos: as ovíparas, que botam ovos, e as vivíparas, cujos filhotes já nascem formados. A surucucu-pico-de-jaca (Lachesis sp.) e as corais-verdadeiras (Micrurus sp.), por exemplo, fazem parte do primeiro grupo. Já as jararacas (Bothrops sp.) e cascavéis (Crotalus sp.) pertencem ao segundo. Vale ressaltar que logo após o nascimento – ao sair do ovo ou do corpo da mãe – uma serpente peçonhenta já é capaz de inocular o veneno da mesma forma que um adulto. Este veneno é importante para que ela possa capturar suas presas e/ou se defender de predadores desde jovens, já que não há cuidado das mães com os filhotes.

(Adaptado de: Animais venenosos: serpentes, anfíbios, aranhas, escorpiões, insetos e lacraias/ Organizado por Luciana M. Monaco; Fabíola Crocco Meireles; Maria Teresa G. V. Abdullatif. – 2.ed.rev.ampl. – São Paulo: Instituto Butantan, 2017, p. 7 e 9).

De acordo com o texto:

  • A Surucucu-pico-de-jaca e corais-verdadeiras botam ovos.
  • B Filhotes de jararacas e cascavéis já nascem formados.
  • C Surucucu-pico-de-jaca e corais-verdadeiras não botam ovos.
  • D Jararacas e cascavéis botam ovos.
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TEXTO

SERPENTES

    Serpentes são répteis que apresentam o corpo alongado, revestido por escamas, sem membros e sem pálpebras. As serpentes, como os demais répteis, necessitam de fontes externas de calor para regular a temperatura do seu corpo e, por isso, são chamadas de animais ectotérmicos.
    Uma característica muito importante deste grupo são as modificações no crânio. Há uma tênue ligação entre os ossos da boca, que permite a abertura acentuada e a captura de presas até três vezes maiores que o diâmetro do corpo. Existem animais que se assemelham às serpentes, mas pertencem a outros grupos, como por exemplo, a cobra-de-vidro (lacertílio), a cobra-de-duas-cabeças (anfisbenídeo) ou a cobra-cega (anfíbio).
    As serpentes podem ser encontradas em praticamente todos os ambientes. Algumas são arborícolas, ou seja, vivem em árvores; outras são terrícolas, vivem sobre o solo; também existem serpentes chamadas fossoriais, pois vivem em galerias no solo e buracos. Não podemos esquecer as que vivem em rios e lagoas, as aquáticas, e um pequeno grupo de espécies que vivem nos oceanos Índico e Pacífico – as serpentes marinhas.
    Essa grande variedade de habitats possibilitou a ocupação de quase todo o globo terrestre, excetuando-se as regiões dos pólos e montanhas muito altas (pois são frias) e as fossas marinhas. Portanto, sempre devemos estar atentos ao encontro fortuito com esses animais, já que podemos nos deparar com eles em ambientes naturais, ou mesmo em áreas urbanas.
    O olfato nas serpentes é realizado pela língua e pelo órgão vômero-nasal ou órgão de Jacobson. A língua bífida (com duas pontas) das serpentes é úmida e, quando exposta, capta várias partículas químicas presentes no ambiente. Quando a serpente retrai a língua, as pontas entram em contato com o órgão de Jacobson, localizado no céu da boca, responsável por analisar e enviar ao cérebro as informações captadas pela língua.     
    As serpentes não têm ouvido externo ou médio, mas possuem uma pequena estrutura óssea chamada de columela, que une a base da mandíbula à caixa craniana. Como a mandíbula da serpente está geralmente em contato com o solo ou sobre o seu próprio corpo, emissões sonoras (passos, quedas de objetos, sons graves etc.) podem fazer a columela vibrar. É dessa maneira que a serpente percebe o som.
    Outro importante órgão para os sentidos de algumas espécies de serpentes é a fosseta loreal, uma abertura entre os olhos e narinas presente em todos os viperídeos americanos (jararacas, cascavéis e surucucu). As fossetas permitem a percepção de variações mínimas de temperaturas, da ordem de 0,003 ºC. Esses sensores térmicos são importantes para detectar animais (presas, predadores).
    As serpentes são animais carnívoros e ingerem seu alimento por inteiro. Podem ingerir presas bem maiores que seu próprio diâmetro, devido à grande abertura da sua boca. Alimentam-se de uma grande variedade de animais, desde invertebrados, como minhocas ou artrópodes, até peixes, anfíbios, lagartos, serpentes, aves e mamíferos. Algumas espécies, como as cobras-cipó e as caninanas, procuram por alimento enquanto se deslocam. Outras serpentes, como as jararacas e cascavéis, se posicionam em um local e esperam pela passagem da presa. Após a captura, o alimento pode ser ingerido vivo ou morto.
    Quando o animal a ser ingerido representa perigo para a serpente, podendo mordê-la (roedores) ou bicála (aves), ela mata a presa antes de ingeri-la. Constrição e envenenamento são as duas formas utilizadas pelas serpentes para matar suas presas. Jiboias e sucuris são animais que se utilizam da constrição para se alimentar. Com forte musculatura, elas comprimem suas presas até a asfixia. Já as coraisverdadeiras, jararacas, cascavéis e surucucus utilizam a peçonha para capturar suas presas. Não podemos esquecer que outras serpentes, como as opistóglifas (parelheira, cobra-cipó, cobra verde, entre outras) também têm peçonha e utilizam este método para capturar e matar suas presas.
    Quanto à reprodução, as serpentes podem ser divididas em dois grandes grupos: as ovíparas, que botam ovos, e as vivíparas, cujos filhotes já nascem formados. A surucucu-pico-de-jaca (Lachesis sp.) e as corais-verdadeiras (Micrurus sp.), por exemplo, fazem parte do primeiro grupo. Já as jararacas (Bothrops sp.) e cascavéis (Crotalus sp.) pertencem ao segundo. Vale ressaltar que logo após o nascimento – ao sair do ovo ou do corpo da mãe – uma serpente peçonhenta já é capaz de inocular o veneno da mesma forma que um adulto. Este veneno é importante para que ela possa capturar suas presas e/ou se defender de predadores desde jovens, já que não há cuidado das mães com os filhotes.

(Adaptado de: Animais venenosos: serpentes, anfíbios, aranhas, escorpiões, insetos e lacraias/ Organizado por Luciana M. Monaco; Fabíola Crocco Meireles; Maria Teresa G. V. Abdullatif. – 2.ed.rev.ampl. – São Paulo: Instituto Butantan, 2017, p. 7 e 9).

Considerando apenas as informações presentes no texto, pode-se afirmar que:

  • A Não existem serpentes em locais onde a temperatura é inferior a zero.
  • B Existem serpentes em grandes depressões no fundo do mar.
  • C Pode haver serpentes no Monte Everest.
  • D Não existem serpentes em regiões quentes, como o Deserto do Saara.
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TEXTO

SERPENTES

    Serpentes são répteis que apresentam o corpo alongado, revestido por escamas, sem membros e sem pálpebras. As serpentes, como os demais répteis, necessitam de fontes externas de calor para regular a temperatura do seu corpo e, por isso, são chamadas de animais ectotérmicos.
    Uma característica muito importante deste grupo são as modificações no crânio. Há uma tênue ligação entre os ossos da boca, que permite a abertura acentuada e a captura de presas até três vezes maiores que o diâmetro do corpo. Existem animais que se assemelham às serpentes, mas pertencem a outros grupos, como por exemplo, a cobra-de-vidro (lacertílio), a cobra-de-duas-cabeças (anfisbenídeo) ou a cobra-cega (anfíbio).
    As serpentes podem ser encontradas em praticamente todos os ambientes. Algumas são arborícolas, ou seja, vivem em árvores; outras são terrícolas, vivem sobre o solo; também existem serpentes chamadas fossoriais, pois vivem em galerias no solo e buracos. Não podemos esquecer as que vivem em rios e lagoas, as aquáticas, e um pequeno grupo de espécies que vivem nos oceanos Índico e Pacífico – as serpentes marinhas.
    Essa grande variedade de habitats possibilitou a ocupação de quase todo o globo terrestre, excetuando-se as regiões dos pólos e montanhas muito altas (pois são frias) e as fossas marinhas. Portanto, sempre devemos estar atentos ao encontro fortuito com esses animais, já que podemos nos deparar com eles em ambientes naturais, ou mesmo em áreas urbanas.
    O olfato nas serpentes é realizado pela língua e pelo órgão vômero-nasal ou órgão de Jacobson. A língua bífida (com duas pontas) das serpentes é úmida e, quando exposta, capta várias partículas químicas presentes no ambiente. Quando a serpente retrai a língua, as pontas entram em contato com o órgão de Jacobson, localizado no céu da boca, responsável por analisar e enviar ao cérebro as informações captadas pela língua.     
    As serpentes não têm ouvido externo ou médio, mas possuem uma pequena estrutura óssea chamada de columela, que une a base da mandíbula à caixa craniana. Como a mandíbula da serpente está geralmente em contato com o solo ou sobre o seu próprio corpo, emissões sonoras (passos, quedas de objetos, sons graves etc.) podem fazer a columela vibrar. É dessa maneira que a serpente percebe o som.
    Outro importante órgão para os sentidos de algumas espécies de serpentes é a fosseta loreal, uma abertura entre os olhos e narinas presente em todos os viperídeos americanos (jararacas, cascavéis e surucucu). As fossetas permitem a percepção de variações mínimas de temperaturas, da ordem de 0,003 ºC. Esses sensores térmicos são importantes para detectar animais (presas, predadores).
    As serpentes são animais carnívoros e ingerem seu alimento por inteiro. Podem ingerir presas bem maiores que seu próprio diâmetro, devido à grande abertura da sua boca. Alimentam-se de uma grande variedade de animais, desde invertebrados, como minhocas ou artrópodes, até peixes, anfíbios, lagartos, serpentes, aves e mamíferos. Algumas espécies, como as cobras-cipó e as caninanas, procuram por alimento enquanto se deslocam. Outras serpentes, como as jararacas e cascavéis, se posicionam em um local e esperam pela passagem da presa. Após a captura, o alimento pode ser ingerido vivo ou morto.
    Quando o animal a ser ingerido representa perigo para a serpente, podendo mordê-la (roedores) ou bicála (aves), ela mata a presa antes de ingeri-la. Constrição e envenenamento são as duas formas utilizadas pelas serpentes para matar suas presas. Jiboias e sucuris são animais que se utilizam da constrição para se alimentar. Com forte musculatura, elas comprimem suas presas até a asfixia. Já as coraisverdadeiras, jararacas, cascavéis e surucucus utilizam a peçonha para capturar suas presas. Não podemos esquecer que outras serpentes, como as opistóglifas (parelheira, cobra-cipó, cobra verde, entre outras) também têm peçonha e utilizam este método para capturar e matar suas presas.
    Quanto à reprodução, as serpentes podem ser divididas em dois grandes grupos: as ovíparas, que botam ovos, e as vivíparas, cujos filhotes já nascem formados. A surucucu-pico-de-jaca (Lachesis sp.) e as corais-verdadeiras (Micrurus sp.), por exemplo, fazem parte do primeiro grupo. Já as jararacas (Bothrops sp.) e cascavéis (Crotalus sp.) pertencem ao segundo. Vale ressaltar que logo após o nascimento – ao sair do ovo ou do corpo da mãe – uma serpente peçonhenta já é capaz de inocular o veneno da mesma forma que um adulto. Este veneno é importante para que ela possa capturar suas presas e/ou se defender de predadores desde jovens, já que não há cuidado das mães com os filhotes.

(Adaptado de: Animais venenosos: serpentes, anfíbios, aranhas, escorpiões, insetos e lacraias/ Organizado por Luciana M. Monaco; Fabíola Crocco Meireles; Maria Teresa G. V. Abdullatif. – 2.ed.rev.ampl. – São Paulo: Instituto Butantan, 2017, p. 7 e 9).

De acordo com o texto, a cobra-de-vibro, embora se assemelhe a uma serpente, é na verdade:

  • A Uma lagarta.
  • B Uma lacraia.
  • C Um lagarto.
  • D Uma salamandra.
16
TEXTO

SERPENTES

    Serpentes são répteis que apresentam o corpo alongado, revestido por escamas, sem membros e sem pálpebras. As serpentes, como os demais répteis, necessitam de fontes externas de calor para regular a temperatura do seu corpo e, por isso, são chamadas de animais ectotérmicos.
    Uma característica muito importante deste grupo são as modificações no crânio. Há uma tênue ligação entre os ossos da boca, que permite a abertura acentuada e a captura de presas até três vezes maiores que o diâmetro do corpo. Existem animais que se assemelham às serpentes, mas pertencem a outros grupos, como por exemplo, a cobra-de-vidro (lacertílio), a cobra-de-duas-cabeças (anfisbenídeo) ou a cobra-cega (anfíbio).
    As serpentes podem ser encontradas em praticamente todos os ambientes. Algumas são arborícolas, ou seja, vivem em árvores; outras são terrícolas, vivem sobre o solo; também existem serpentes chamadas fossoriais, pois vivem em galerias no solo e buracos. Não podemos esquecer as que vivem em rios e lagoas, as aquáticas, e um pequeno grupo de espécies que vivem nos oceanos Índico e Pacífico – as serpentes marinhas.
    Essa grande variedade de habitats possibilitou a ocupação de quase todo o globo terrestre, excetuando-se as regiões dos pólos e montanhas muito altas (pois são frias) e as fossas marinhas. Portanto, sempre devemos estar atentos ao encontro fortuito com esses animais, já que podemos nos deparar com eles em ambientes naturais, ou mesmo em áreas urbanas.
    O olfato nas serpentes é realizado pela língua e pelo órgão vômero-nasal ou órgão de Jacobson. A língua bífida (com duas pontas) das serpentes é úmida e, quando exposta, capta várias partículas químicas presentes no ambiente. Quando a serpente retrai a língua, as pontas entram em contato com o órgão de Jacobson, localizado no céu da boca, responsável por analisar e enviar ao cérebro as informações captadas pela língua.     
    As serpentes não têm ouvido externo ou médio, mas possuem uma pequena estrutura óssea chamada de columela, que une a base da mandíbula à caixa craniana. Como a mandíbula da serpente está geralmente em contato com o solo ou sobre o seu próprio corpo, emissões sonoras (passos, quedas de objetos, sons graves etc.) podem fazer a columela vibrar. É dessa maneira que a serpente percebe o som.
    Outro importante órgão para os sentidos de algumas espécies de serpentes é a fosseta loreal, uma abertura entre os olhos e narinas presente em todos os viperídeos americanos (jararacas, cascavéis e surucucu). As fossetas permitem a percepção de variações mínimas de temperaturas, da ordem de 0,003 ºC. Esses sensores térmicos são importantes para detectar animais (presas, predadores).
    As serpentes são animais carnívoros e ingerem seu alimento por inteiro. Podem ingerir presas bem maiores que seu próprio diâmetro, devido à grande abertura da sua boca. Alimentam-se de uma grande variedade de animais, desde invertebrados, como minhocas ou artrópodes, até peixes, anfíbios, lagartos, serpentes, aves e mamíferos. Algumas espécies, como as cobras-cipó e as caninanas, procuram por alimento enquanto se deslocam. Outras serpentes, como as jararacas e cascavéis, se posicionam em um local e esperam pela passagem da presa. Após a captura, o alimento pode ser ingerido vivo ou morto.
    Quando o animal a ser ingerido representa perigo para a serpente, podendo mordê-la (roedores) ou bicála (aves), ela mata a presa antes de ingeri-la. Constrição e envenenamento são as duas formas utilizadas pelas serpentes para matar suas presas. Jiboias e sucuris são animais que se utilizam da constrição para se alimentar. Com forte musculatura, elas comprimem suas presas até a asfixia. Já as coraisverdadeiras, jararacas, cascavéis e surucucus utilizam a peçonha para capturar suas presas. Não podemos esquecer que outras serpentes, como as opistóglifas (parelheira, cobra-cipó, cobra verde, entre outras) também têm peçonha e utilizam este método para capturar e matar suas presas.
    Quanto à reprodução, as serpentes podem ser divididas em dois grandes grupos: as ovíparas, que botam ovos, e as vivíparas, cujos filhotes já nascem formados. A surucucu-pico-de-jaca (Lachesis sp.) e as corais-verdadeiras (Micrurus sp.), por exemplo, fazem parte do primeiro grupo. Já as jararacas (Bothrops sp.) e cascavéis (Crotalus sp.) pertencem ao segundo. Vale ressaltar que logo após o nascimento – ao sair do ovo ou do corpo da mãe – uma serpente peçonhenta já é capaz de inocular o veneno da mesma forma que um adulto. Este veneno é importante para que ela possa capturar suas presas e/ou se defender de predadores desde jovens, já que não há cuidado das mães com os filhotes.

(Adaptado de: Animais venenosos: serpentes, anfíbios, aranhas, escorpiões, insetos e lacraias/ Organizado por Luciana M. Monaco; Fabíola Crocco Meireles; Maria Teresa G. V. Abdullatif. – 2.ed.rev.ampl. – São Paulo: Instituto Butantan, 2017, p. 7 e 9).

Considerando as informações presentes no texto, assinale a alternativa CORRETA sobre a jararaca.

  • A É um viperídeo americano vivíparo que mata suas presas por constrição.
  • B É um viperídeo americano ovíparo que mata suas presas por constrição.
  • C É um viperídeo americano ovíparo que utiliza peçonha para matar suas presas.
  • D É um viperídeo americano vivíparo que utiliza peçonha para matar suas presas.
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TEXTO

SERPENTES

    Serpentes são répteis que apresentam o corpo alongado, revestido por escamas, sem membros e sem pálpebras. As serpentes, como os demais répteis, necessitam de fontes externas de calor para regular a temperatura do seu corpo e, por isso, são chamadas de animais ectotérmicos.
    Uma característica muito importante deste grupo são as modificações no crânio. Há uma tênue ligação entre os ossos da boca, que permite a abertura acentuada e a captura de presas até três vezes maiores que o diâmetro do corpo. Existem animais que se assemelham às serpentes, mas pertencem a outros grupos, como por exemplo, a cobra-de-vidro (lacertílio), a cobra-de-duas-cabeças (anfisbenídeo) ou a cobra-cega (anfíbio).
    As serpentes podem ser encontradas em praticamente todos os ambientes. Algumas são arborícolas, ou seja, vivem em árvores; outras são terrícolas, vivem sobre o solo; também existem serpentes chamadas fossoriais, pois vivem em galerias no solo e buracos. Não podemos esquecer as que vivem em rios e lagoas, as aquáticas, e um pequeno grupo de espécies que vivem nos oceanos Índico e Pacífico – as serpentes marinhas.
    Essa grande variedade de habitats possibilitou a ocupação de quase todo o globo terrestre, excetuando-se as regiões dos pólos e montanhas muito altas (pois são frias) e as fossas marinhas. Portanto, sempre devemos estar atentos ao encontro fortuito com esses animais, já que podemos nos deparar com eles em ambientes naturais, ou mesmo em áreas urbanas.
    O olfato nas serpentes é realizado pela língua e pelo órgão vômero-nasal ou órgão de Jacobson. A língua bífida (com duas pontas) das serpentes é úmida e, quando exposta, capta várias partículas químicas presentes no ambiente. Quando a serpente retrai a língua, as pontas entram em contato com o órgão de Jacobson, localizado no céu da boca, responsável por analisar e enviar ao cérebro as informações captadas pela língua.     
    As serpentes não têm ouvido externo ou médio, mas possuem uma pequena estrutura óssea chamada de columela, que une a base da mandíbula à caixa craniana. Como a mandíbula da serpente está geralmente em contato com o solo ou sobre o seu próprio corpo, emissões sonoras (passos, quedas de objetos, sons graves etc.) podem fazer a columela vibrar. É dessa maneira que a serpente percebe o som.
    Outro importante órgão para os sentidos de algumas espécies de serpentes é a fosseta loreal, uma abertura entre os olhos e narinas presente em todos os viperídeos americanos (jararacas, cascavéis e surucucu). As fossetas permitem a percepção de variações mínimas de temperaturas, da ordem de 0,003 ºC. Esses sensores térmicos são importantes para detectar animais (presas, predadores).
    As serpentes são animais carnívoros e ingerem seu alimento por inteiro. Podem ingerir presas bem maiores que seu próprio diâmetro, devido à grande abertura da sua boca. Alimentam-se de uma grande variedade de animais, desde invertebrados, como minhocas ou artrópodes, até peixes, anfíbios, lagartos, serpentes, aves e mamíferos. Algumas espécies, como as cobras-cipó e as caninanas, procuram por alimento enquanto se deslocam. Outras serpentes, como as jararacas e cascavéis, se posicionam em um local e esperam pela passagem da presa. Após a captura, o alimento pode ser ingerido vivo ou morto.
    Quando o animal a ser ingerido representa perigo para a serpente, podendo mordê-la (roedores) ou bicála (aves), ela mata a presa antes de ingeri-la. Constrição e envenenamento são as duas formas utilizadas pelas serpentes para matar suas presas. Jiboias e sucuris são animais que se utilizam da constrição para se alimentar. Com forte musculatura, elas comprimem suas presas até a asfixia. Já as coraisverdadeiras, jararacas, cascavéis e surucucus utilizam a peçonha para capturar suas presas. Não podemos esquecer que outras serpentes, como as opistóglifas (parelheira, cobra-cipó, cobra verde, entre outras) também têm peçonha e utilizam este método para capturar e matar suas presas.
    Quanto à reprodução, as serpentes podem ser divididas em dois grandes grupos: as ovíparas, que botam ovos, e as vivíparas, cujos filhotes já nascem formados. A surucucu-pico-de-jaca (Lachesis sp.) e as corais-verdadeiras (Micrurus sp.), por exemplo, fazem parte do primeiro grupo. Já as jararacas (Bothrops sp.) e cascavéis (Crotalus sp.) pertencem ao segundo. Vale ressaltar que logo após o nascimento – ao sair do ovo ou do corpo da mãe – uma serpente peçonhenta já é capaz de inocular o veneno da mesma forma que um adulto. Este veneno é importante para que ela possa capturar suas presas e/ou se defender de predadores desde jovens, já que não há cuidado das mães com os filhotes.

(Adaptado de: Animais venenosos: serpentes, anfíbios, aranhas, escorpiões, insetos e lacraias/ Organizado por Luciana M. Monaco; Fabíola Crocco Meireles; Maria Teresa G. V. Abdullatif. – 2.ed.rev.ampl. – São Paulo: Instituto Butantan, 2017, p. 7 e 9).

Considerando as marcas linguísticas presentes nos enunciados acima, pode-se dizer que o texto Serpentes é predominantemente:

  • A Descritivo.
  • B Dissertativo-argumentativo.
  • C Narrativo.
  • D Injuntivo.
18

Uma característica muito importante deste grupo são as modificações no crânio.
Considerando as formas linguísticas presentes na sentença acima, pode-se afirmar que:

  • A O sintagma “uma característica muito importante deste grupo” é o termo que exerce a função de sujeito da sentença.
  • B O sintagma “as modificações no crânio” é o termo que exerce a função de sujeito da sentença.
  • C O sintagma “uma característica muito importante deste grupo” é o termo que exerce a função de predicativo do objeto da sentença.
  • D O sintagma “as modificações no crânio” é o termo que exerce a função de predicativo do sujeito da sentença.
19

“Constrição” é um vocábulo derivado:

  • A Do verbo “constringir”.
  • B Do verbo “constranger”.
  • C Do adjetivo “constritivo”.
  • D Do adjetivo “contrito”.
20

Vale ressaltar que logo após o nascimento – ao sair do ovo ou do corpo da mãe – uma serpente peçonhenta já é capaz de inocular o veneno da mesma forma que um adulto.”
Assinale a alternativa cujos elementos linguísticos constituem a oração subordinada que completa o sentido da oração sublinhada no trecho acima (desconsidere, neste caso, a conjunção integrante).

  • A Logo após o nascimento.
  • B Ao sair do ovo ou do corpo da mãe.
  • C Uma serpente peçonhenta já é capaz de inocular o veneno da mesma forma que um adulto.
  • D É capaz de inocular o veneno da mesma forma que um adulto.

Atualidades

21

O Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, estabelece medidas de incentivo à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à capacitação tecnológica, ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional do País. Para tanto, deverá observar o seguinte princípio:

  • A Centralização das atividades de ciência, tecnologia e inovação em cada esfera de governo, com desconcentração em cada ente federado.
  • B Promoção da competição entre os entes públicos, entre os setores público e privado e entre empresas.
  • C Continuidade dos processos de desenvolvimento científico, tecnológico e de inovação, assegurados os recursos humanos, econômicos e financeiros para tal finalidade.
  • D Promoção das atividades tecnológicas como estratégicas para o desenvolvimento econômico, sem contemplar o aspecto social.
22

A respeito dos conceitos elencados pela Lei n.º 13.243/2016, faça a CORRETA associação dos itens numerados com os parênteses.
1. Órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta ou pessoa jurídica de direito privado sem fins lucrativos legalmente constituída sob as leis brasileiras, com sede e foro no País, que inclua em sua missão institucional ou em seu objetivo social ou estatutário, a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos.
2. Estrutura instituída por uma ou mais ICTS, com ou sem personalidade jurídica própria, que tenha por finalidade a gestão de política institucional de inovação e por competências mínimas as atribuições previstas nesta Lei.
3. Introdução de novidade ou aperfeiçoamento no ambiente produtivo e social que resulte em novos produtos, serviços ou processos ou que compreenda a agregação de novas funcionalidades ou características a produto, serviço ou processo já existente que possa resultar em melhorias e em efetivo ganho de qualidade ou desempenho.
4. Organização ou estrutura que objetiva estimular ou prestar apoio logístico, gerencial e tecnológico ao empreendedorismo inovador e intensivo em conhecimento, com o objetivo de facilitar a criação e o desenvolvimento de empresas que tenham como diferencial a realização de atividades voltadas à inovação.
(__) Incubadora de empresas. (__) Inovação. (__) ICT. (__) NIT.
Assinale a alternativa com a CORRETA associação, respectivamente.

  • A 4-3-1-2.
  • B 4-1-3-2.
  • C 3-4-1-2.
  • D 3-1-4-2.
23

Ambiente industrial e tecnológico caracterizado pela presença dominante de micro, pequenas e médias empresas com áreas correlatas de atuação em determinado espaço geográfico, com vínculos operacionais com ICT, recursos humanos, laboratórios e equipamentos organizados e com predisposição ao intercâmbio entre os entes envolvidos para consolidação, marketing e comercialização de novas tecnologias.
O texto acima, de acordo com o Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, faz referência ao conceito de:

  • A Lugar Tecnológico.
  • B Polo Tecnológico
  • C Parque Tecnológico.
  • D Extensão Tecnológica.
24

A União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as respectivas agências de fomento poderão estimular e apoiar a constituição de alianças estratégicas e o desenvolvimento de projetos de cooperação envolvendo empresas, ICTs e entidades privadas sem fins lucrativos voltados para atividades de pesquisa e desenvolvimento, que objetivem a geração de produtos, processos e serviços inovadores e a transferência e a difusão de tecnologia.
A respeito desse assunto, assinale a alternativa CORRETA.

  • A O apoio citado no enunciado só poderá contemplar as redes e os projetos nacionais de pesquisa tecnológica.
  • B O apoio poderá contemplar as redes e os projetos internacionais de pesquisa tecnológica, mas não as ações de empreendedorismo tecnológico.
  • C O apoio oferecido poderá contemplar projetos internacionais de criação de ambientes de inovação, exceto incubadoras e parques tecnológicos.
  • D O apoio poderá contemplar as ações de empreendedorismo tecnológico e de criação de ambientes de inovação, inclusive incubadoras e parques tecnológicos.
25

A ICT pública poderá, mediante contrapartida financeira ou não financeira e por prazo determinado, nos termos de contrato ou convênio, estabelecer algumas ações e práticas legais. A respeito disso, assinale a alternativa CORRETA.

  • A Compartilhar seus laboratórios, equipamentos, instrumentos, materiais e demais instalações com ICT ou empresas em ações voltadas à inovação tecnológica.
  • B Compartilhar equipamentos e instrumentos para consecução das atividades de incubação, independente de prejuízo de sua atividade finalística.
  • C Permitir utilização dos seus laboratórios, independente de interferência na atividade-fim.
  • D Permitir o uso de seu capital físico em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, mas não do capital intelectual.
26

São a União e os demais entes federativos e suas entidades autorizadas a participar, minoritariamente do capital social de empresas, com o propósito de desenvolver produtos ou processos inovadores que estejam de acordo com as diretrizes e prioridades definidas nas políticas de ciência, tecnologia, inovação e de desenvolvimento industrial de cada esfera de governo. A respeito do tema, assinale a alternativa CORRETA.

  • A A propriedade intelectual sobre os resultados obtidos pertencerá ao governo.
  • B O poder público poderá condicionar a participação societária via aporte de capital à previsão de licenciamento da propriedade intelectual para atender ao interesse público.
  • C A alienação dos ativos da participação societária exige realização de licitação, conforme legislação vigente.
  • D É facultada a aplicação dos recursos recebidos em decorrência da alienação da participação societária em pesquisa e desenvolvimento ou em novas participações societárias.
27

A respeito dos contratos de transferência de tecnologia, assinale a alternativa CORRETA.

  • A É vedada à ICT pública celebrar contratos de transferência de tecnologia.
  • B A remuneração de ICT privada pela transferência de tecnologia, bem como a oriunda de pesquisa, desenvolvimento e inovação, representa impeditivo para sua classificação como entidade sem fins lucrativos.
  • C Contratos com cláusula de exclusividade devem ser precedidos da publicação de extrato da oferta tecnológica em sítio eletrônico oficial da ICT.
  • D Nos casos de desenvolvimento conjunto com empresa, essa não poderá ser contratada com cláusula de exclusividade
28

A respeito das competências dos Núcleos de Inovação Tecnológica, assinale a alternativa INCORRETA.

  • A Desenvolver estudos e estratégias para a transferência de inovação gerada pelas sociedades anônimas.
  • B Desenvolver estudos de prospecção tecnológica e de inteligência competitiva no campo da propriedade intelectual, de forma a orientar as ações de inovação da ICT.
  • C Promover e acompanhar o relacionamento da ICT com empresas.
  • D Negociar e gerir os acordos de transferência de tecnologia oriunda da ICT.
29

O Sistema Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio de Janeiro será regido por alguns princípios. Assinale a alternativa que aponta CORRETAMENTE um desses princípios estabelecidos em lei.

  • A Assegurar tratamento diferenciado, favorecido e simplificado às startups e empreendimentos inovadores, aos microempreendedores individuais, às microempresas e às empresas de pequeno porte em atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação.
  • B Articular e orientar estrategicamente as atividades dos diversos organismos públicos e privados que atuam apenas diretamente em ciência, tecnologia e inovação.
  • C Desestimular a conversão de produtos, processos e serviços inovadores em modelos de negócios.
  • D Priorizar, nas regiões mais desenvolvidas do estado, ações que visem a dotar a pesquisa e o sistema produtivo regional de mais recursos humanos qualificados e capacitação tecnológica avançada.
30

“Complexos organizacionais de caráter científico e tecnológico, estruturados de forma planejada, concentrada e cooperativa, promotor da cultura de inovação, da competitividade industrial, da capacitação empresarial e da promoção de sinergias em atividades de pesquisa científica, de desenvolvimento tecnológico e de inovação, agregando empresas, instituições de pesquisa e desenvolvimento, e uma ou mais ICTs, com ou sem vínculo entre si.”
O texto acima é um conceito da lei 9.809 de 2022, do Estado de Rio de Janeiro. O texto faz referência ao conceito de:

  • A Incubadora de empresas.
  • B Fundação de apoio.
  • C Núcleos de Inovação Tecnológica.
  • D Parques Tecnológicos.