Resolver o Simulado Professor - História - Instituto Consulplan

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Português

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Lembrança


      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. (3º§) Podemos afirmar que as aspas foram empregadas no fragmento anterior para:
  • A Enfatizar a ação “olha”.
  • B Realçar o significado de uma expressão.
  • C Representar fala na voz de outra pessoa.
  • D Marcar uma determinação, ou seja, uma ordem.
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Lembrança


      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
Celso Cunha (2007), na sua gramática, sintetiza a definição do adjetivo, dizendo ser ele “essencialmente um modificador do substantivo”. Para consolidar a sua teoria, acrescenta que o adjetivo “serve para caracterizar os seres, os objetos, ou as noções nomeadas pelo substantivo”. São considerados adjetivos as expressões destacadas, EXCETO:
  • A “Era um velho limpo e eu gostava dele por isso.” (1º§)
  • B “Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.” (1º§)
  • C “As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.” (4º§)
  • D “O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras.” (3º§)
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Lembrança


      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
No trecho “Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara.” (4º§), a ação verbal “abandonara” expressa: 
  • A Dúvida, incerteza e indefinição.
  • B Uma ação habitual; porém, concluída.
  • C Uma ação interrompida por outro acontecimento.
  • D Um acontecimento situado de forma incerta no passado.
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Lembrança


      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
Em Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim.” (5º§), é possível afirmar que a expressão “nunca” exprime ideia de: 
  • A Tempo.
  • B Negação.
  • C Circunstância.
  • D Consequência.
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Lembrança


      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
A personificação é um recurso estilístico em que se dá características humanas a entes não humanos, como animais ou objetos inanimados. É usada quando se humaniza (personifica) objetos inanimados ou animais não pertencentes à espécie humana, atribuindo-lhes características e ações tipicamente humanas. Tendo em vista o exposto, assinale a transcrição textual que especifica tal característica.
  • A “O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras.” (3º§)
  • B “Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo.” (4º§)
  • C “Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando.” (3º§)
  • D “Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.” (1º§)
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Lembrança


      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
Considere o trecho a seguir: “No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.” (6º§) É possível inferir que, a respeito da morte do avô, o autor demonstra:
  • A Frieza.
  • B Agonia.
  • C Decepção.
  • D Sofrimento.
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Lembrança


      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
Assinale a alternativa em que a palavra sublinhada tem seu significado incorretamente indicado.
  • A “Ele não incomodava ninguém.” (1º§) – perturbava.
  • B “As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.” (4º§) – correto.
  • C “Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado.” (4º§) – amaldiçoado.
  • D “Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu.” (3º§) – elevada.
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      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
Dentre os trechos literais citados, é possível identificar o registro de opinião do autor em:
  • A “Era um velho limpo e eu gostava dele por isso.” (1º§)
  • B “Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.” (3º§)
  • C “Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca.” (5º§)
  • D “Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu.” (3º§
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Lembrança


      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
Em relação às ideias do texto, assinale a alegação inadequada.
  • A A simbologia das cores torna o texto visual.
  • B O avô aceitava a vida com estoicismo e resignação.
  • C A comparação tratada no texto evidencia uma concepção abstrata e subjetiva.
  • D A imagem do avô é reconstituída por meio de uma linguagem técnica e descritiva.
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Lembrança


      Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
       Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos, mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
        Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: “olha”. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então pensei que meu avô era maior que a tempestade.
       Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
        Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não entendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca enterrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
      No dia seguinte ainda tornei a ver sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente.


(VILELA, Luiz. Tarde da noite. 6. ed. São Paulo: Ática, 2000.)
Podemos afirmar que o texto é uma narrativa por que: 
  • A Narra uma história através da sequência de fatos.
  • B Apresenta o ponto de vista do articulista por meio de argumentos.
  • C Inclui componentes científicos como essenciais ao andamento da trama.
  • D Tem a função de explicar algo ao leitor, em vez de apenas fornecer informações.

História

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De acordo com Santos (1999, p. 7), “é pela história que conhecemos a vida dos homens: como era, como é e o que nela se modificou com o passar do tempo”. Pensar em educação num contexto é pensar esse contexto mesmo: a ação educativa processa-se de acordo com a compreensão que se tem da realidade social em que se está imerso (Romanelli, 1978, p. 23). É de fundamental importância conhecer a história da educação escolar, pois, diante da importância que a educação alcançou, não se pode permitir que essa instituição continue contribuindo de maneira significativa para perpetuar as desigualdades sociais e a exclusão, negando a sua função político-pedagógica. É necessário garantir oportunidades iguais e uma vida digna a todos. Portanto, se faz necessária uma análise da educação oferecida em nosso país desde o Período Colonial até a atualidade. Sobre a educação durante o Período Colonial (1500-1822), NÃO está correto o que se afirma em:
  • A Foi outorgada a 1ª Lei Educacional do país que determinava a criação de Escolas de Primeiras Letras; adotou o ensino mútuo como metodologia de ensino.
  • B Todas as escolas jesuíticas eram regulamentadas por um documento, escrito por Inácio de Loiola, o Ratio atque Instituto Studiorum Iesu, chamado abreviadamente de Ratio Studiorum.
  • C A obra educativa tratava-se de um ensino totalmente acrítico e alheio à realidade na vida da colônia; foi aos poucos se transformando numa educação de elite e, consequentemente, num instrumento de ascensão social.
  • D Foi fundada no Brasil a Companhia de Jesus para desenvolver um trabalho educativo e missionário, com o objetivo de catequizar e instruir os índios e colaborar para que eles se tornassem mais dóceis e, consequentemente, mais fáceis de serem aproveitados como mão de obra.
12

Há que se fazer uma diferenciação entre esses movimentos de contestação e os chamados movimentos nativistas que ocorreram em várias capitanias durante o Período Colonial. Estes revelaram, embora não se pretendesse uma ruptura efetiva com a Coroa Portuguesa, as crescentes contradições entre os interesses metropolitanos e os coloniais. Alguns autores viram nesses movimentos o resultado de choques momentâneos decorrentes dos entraves criados pelo sistema colonial aos interesses das elites coloniais, como grandes proprietários de terra e grandes mineradores. Ao mesmo tempo, outros perceberam, mesmo que de forma tímida, o surgimento de um “sentimento nativista”.
(MARQUES, 2006.)

Entre os principais movimentos nativistas destacou-se: 

  • A A Balaiada, também ocorrida no Maranhão, relativa à discrepância social e às perseguições políticas.
  • B A Inconfidência Mineira, revolta ligada principalmente às questões dos impostos abusivos relativos à mineração. 
  • C A Praieira, uma revolta impetrada pela imprensa, que buscava desde os primeiros tempos a liberdade de expressão.
  • D A Revolta de Beckman, ocorrida em 1684 no Maranhão, contra o monopólio exercido por uma Companhia de Comércio.
13

A globalização poderia ser melhor conceituada se os sociólogos, em vez de darem uma importância indevida à ideia de sociedade, no que ela significa um sistema limitado, a substituíssem por um ponto de partida que se concentrasse em analisar como a vida social é ordenada através do tempo e do espaço na problemática do distanciamento tempo-espaço. Assim, a estrutura conceitual do distanciamento tempo-espaço dirige nossa atenção às complexas relações entre envolvimentos locais e interação à distância. O nível de distanciamento tempo-espaço na era moderna é muito maior do que em qualquer outro período precedente, e as relações entre formas sociais e eventos locais e distantes se tornam correspondentemente ‘alongadas’. A globalização se refere essencialmente a este processo de alongamento, na medida em que as modalidades de conexão entre diferentes regiões ou contextos sociais se enredam através da superfície da Terra como um todo.

(GIDDENS, Anthony. 1991.)

Embora o termo globalização não possa ser considerado por alguns ainda como um conceito preciso, podemos afirmar que: 

  • A Transita pela História como um processo iniciado no período da terceira Revolução Industrial, e que ainda está lentamente se consolidando.
  • B Refere-se especificamente a um termo econômico, ou seja, relaciona-se às mudanças quantitativas a que se submete uma sociedade global.
  • C Está associado às mudanças significativas que vêm ocorrendo nas relações políticas, econômicas, sociais e culturais do mundo contemporâneo.
  • D Assume para si as características que marcaram o mundo após as duas grandes guerras mundiais e que se consolidaram de fato após a Guerra Fria.
14

Durante mais de uma década, os assuntos relacionados com o Brasil eram tratados pelos escritórios da ONU em Buenos Aires e em Bogotá. Mas, depois de uma dezena de negociação, o governo e a ONU chegariam a um acordo para o desembarque da entidade no país. O alto comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) se estabeleceria no Rio de Janeiro, em 1977. Teria a função de identificar os refugiados, registrá-los e buscar uma forma de retirá-los do Brasil em direção a países europeus. Mas isso tudo com uma condição: ela não poderia usar seu nome e agisse sob o nome de Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), entidade especializada no combate à pobreza.

(CHADE, 2012c, p. 1.)

No caso brasileiro, por exemplo, as restrições à ONU (Organização das Nações Unidas) eram tantas que se pode dizer que o regime militar exigiu que a ONU operasse quase na clandestinidade. Sobre essa postura, é correto afirmar que: 

  • A Foi adotada em todos os países da América, sem exceção, uma vez que a ONU representava, naquela época, uma força ameaçadora à soberania das nações de uma maneira geral.
  • B Trouxe reflexos significativos na forma como os países de uma maneira geral passaram a tratar as relações com a ONU: como uma organização desnecessária e invasiva, que precisava ser controlada. 
  • C Foi um caso isolado, característico do governo brasileiro, que, naquele contexto, representava a ditadura mais rígida da América Latina, sem outros parâmetros de comparação no continente americano.
  • D Os regimes militares e ditatoriais tendem, de modo geral, a impor formas específicas e controladas de atuação da ONU em seus territórios. Isso ocorreu tanto em governos militares na América Latina quanto em outras partes do mundo.
15

Em meio àquele turbilhão, surgiu uma maneira de pensar e se expressar: a contracultura. Foi uma resposta às incertezas da época. O impacto sobre a juventude da época era tamanho que os empresários da indústria logo viram a oportunidade de grandes negócios. O que, de fato, ia contra os próprios valores da contracultura. Os grupos sociais formados por “jovens alternativos” rejeitavam os padrões comportamentais e as visões políticas de seus pares da primeira metade do século passado. Rejeitavam os seus símbolos de status e as mercadorias consumidas pela maioria dos jovens, como o carro do ano, as roupas da moda, os cabelos penteados e as músicas românticas. Defendiam uma ruptura com os valores dos adultos – adotados pelos jovens “caretas” – e lutavam pela existência de uma cultura juvenil própria. 
(Leonardo Calvano, 2000. Adaptado.)

Todas as produções humanas podem servir de fontes históricas sobre uma sociedade. Conforme a historiografia foi se desenvolvendo, o conceito de fonte também se ampliou. É o caso, por exemplo, dos meios de expressão e de protesto utilizados pela contracultura na década de 1960, período marcado, respectivamente no Brasil e no mundo, por:

  • A Ditadura Militar e Guerra Fria.
  • B Sufrágio feminino e neoliberalismo.
  • C Desenvolvimentismo e neocolonialismo.
  • D Liberdade de expressão e ataques pioneiros ao terrorismo.
16

O caso do México é lapidar para o aclaramento desse processo de dominação indireta. Após a guerra com os Estados Unidos em 1848, que lhe custou a perda de mais da metade de seus territórios originais, o México só conheceu estabilidade política sob a ditadura de Porfírio Diaz, de 1876 a 1911. Esse período de estabilidade política coincidiu com uma era de “progresso” econômico, que colocou o país inteiro sob o domínio de uma restrita oligarquia e do capital norte-americano. Empresas norte-americanas controlavam 3/4 das minas e fundições mexicanas. Imensas áreas de territórios petrolíferos eram cedidas a preços irrisórios, a particulares norte-americanos. Nesse período, o notável crescimento das linhas ferroviárias, de 691 quilômetros em 1876, para 24 mil e 700 km em 1911, não foi feito de modo a integrar economicamente o país, mas sim segundo os interesses das companhias norte-americanas que construíram a maior parte delas. O rumor que corria por volta de 1910, de que os gringos possuíam mais do México do que os próprios mexicanos, estava longe de ser um exagero.
(REZENDE FILHO, 1991 p. 175-176. Fragmento.)

Tanto no México, quanto em outros casos na América Latina, a modernização:

  • A Organizou-se a partir do crescimento urbano e, em fins do século XX, com o incremento de atividades industriais nas quais o capital externo raramente esteve presente.
  • B Só ocorreu através de movimentos sociais, devido à falta de implantação de um sistema ferroviário, de uma infraestrutura no comércio e de um setor financeiro organizado. 
  • C Apresentou um caráter conservador, com a penetração do capital estrangeiro, principalmente o de origem inglesa, e uma maior concentração da renda nas mãos das elites econômicas.
  • D Desvinculou ainda mais as classes dominantes das demais classes sociais, tanto na extração mineral quanto na produção agrícola, setores sustentados massivamente pelo trabalho escravo.
17

O século XX começou no Brasil com a crise da economia cafeeira devido à superprodução. Para evitar a queda do preço do café no mercado internacional, o governo brasileiro procurou desencorajar a produção e interveio para comprar os excedentes obtendo, para tanto, empréstimos no exterior. O serviço desse empréstimo seria coberto com um novo imposto cobrado em ouro sobre cada saca de café exportada. O êxito financeiro da experiência consolidou a vitória dos cafeicultores e reforçou o seu poder no governo central por mais de um quarto de século até 1930.
(Disponível em: https://www.tdx.cat/bitstream/handle/.)


O modelo agrário-exportador, que predominou no Brasil desde o Período Colonial:

  • A Se esgotou no romper do século XX, a partir das experiências liberais promovidas principalmente pela burguesia capitalista nacional. 
  • B Permaneceu intacto praticamente até o governo de Juscelino Kubitschek, comprometido com a modernização do país e o desenvolvimento nacional. 
  • C Encontrou seu ocaso no contexto do Império, em plena “Era Mauá”, quando o capital estrangeiro, utilizado em larga escala deu novos ares à economia. 
  • D Permaneceu praticamente até a década de até 1930 e tinha como principais interessados na sua manutenção a classe de latifundiários, dentre outros. 
18

O Romantismo, movimento dominante na cultura do início do século XIX, contrário ao racionalismo iluminista e em favor da emoção, influenciou sobremaneira o comportamento social a partir dessa nova sensibilidade, ilustrada pelo pensamento de Goethe e Schiller, e ao som dos acordes de Beethoven e Schubert. Nesse cenário, o progresso das ciências naturais impulsionou uma nova atitude social, privilegiando uma visão mais realista do mundo em detrimento do sentimentalismo e da idealização romântica.
(PESAVENTO, 1997.)

Além das mudanças anteriormente citadas, no alvorecer do século XIX, a Europa: 

  • A Vivia um período de recessão e estagnação, com uma queda vertiginosa na densidade populacional, ainda como reflexo da Revolução Francesa e da peste negra que assolaram o continente.
  • B Buscava uma vida mais eclética e ao mesmo tempo mais equitativa. A opulência era veementemente criticada e a simplicidade tornou-se o símbolo do crescimento econômico e do sucesso empreendedor.
  • C Vivia uma total negação ao passado e à tradição que se contrapunham à moderna experiência urbana, que lançou o homem a um novo ritmo de vida, fazendo com que ele, o europeu de maneira geral, se desvinculasse de tudo.
  • D Mudara o seu ritmo – antes orientado pelo sino dos mosteiros e agora controlado pela disciplina do relógio que controlava o tempo do trabalho nas fábricas, as trocas da guarda e dos turnos, a programação dos espetáculos, dentre outros. 
19

Toda formação social, território, que é inserida ou se insere na lógica do desenvolvimento capitalista, tem de passar por amplas mudanças legais, institucionais e estruturais do tipo descrito por Marx sob a rubrica da acumulação primitiva.
 (HARVEY, David., 2005. p. 114-148.)

Se tomarmos como exemplo de acumulação primitiva o processo de colonização da América, podemos afirmar que:

  • A O processo de colonização da América com colônias diversificadas contribuiu diretamente para a consolidação do sistema capitalista como poder hegemônico mundial.
  • B A colonização da América conseguiu desvincular de vez do padrão de poder mundial, a classificação racial de população como elemento fundamental à dominação colonial.
  • C A acumulação por espoliação intrínseca ao processo de colonização impediu que as populações, expulsas de seus territórios, culturas, histórias e modos de vida, tentassem qualquer forma de resistência.
  • D A ideia de uma raça superior em relação outra, ou seja, a dominação histórica do branco sob o negro como um novo padrão de poder meramente econômico já existia muito antes, nos processos de escravidão da antiguidade.
20

Primavera Árabe é a forma como ficou conhecido o conjunto de protestos realizados em países árabes do Norte da África e do Oriente Médio a partir de dezembro de 2010 contra regimes autoritários e por melhorias na qualidade de vida da população.
(Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/primavera-Arabe.htm. Acesso em: 07/10/2023.) 

A respeito da Primavera Árabe, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
(    ) Foi um conjunto de manifestações populares que aconteceram nos países de língua árabe do Norte da África e do Oriente Médio a partir de 2010.
(    ) Governos autoritários, truculência policial, desemprego e outras consequências da crise econômica de 2008 estão entre as principais causas da Primavera Árabe.
(     ) As principais reivindicações dos protestos eram o fim das monarquias e o estabelecimento de uma teocracia, a reforma política, em alguns casos, e a melhoria na qualidade de vida da população.
(    ) As redes sociais desempenharam um papel diminuto no compartilhamento de informações e na organização dos protestos, em virtude das restrições à liberdade de expressão.
(    ) A repressão aos protestos e os conflitos gerados a partir de então também resultaram em uma guerra civil na Síria, que perdura até o presente.
(     ) Trouxe consigo várias consequências, como mortos e feridos pela repressão, além de refugiados, crises políticas e conflitos internos, incluindo guerras civis.

A sequência está correta em 

  • A V, V, F, F, V, V.
  • B V, V, V, V, F, F.
  • C F, F, V, V, F, V.
  • D F, F, F, F, V, F.

Noções de Informática

21
Observe a seguinte tabela de Produtos Eletrônicos feita no Excel 2013:


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas



Qual fórmula foi utilizada para calcular o valor acumulado?
  • A =MULT(B3:C3)
  • B =SOMA(B3:C3)
  • C =TRUNCAR(B3;C3)
  • D =CONCATENAR(B3;C3)
22
Tendo em vista que a aba “Inserir” no Word 2013 oferece diversas funcionalidades para a criação e edição de documentos, marque V para as afirmativas verdadeira F para as falsas.

( ) A inserção de imagens no Word permite adicionar tanto imagens salvas no computador quanto imagens on-line.
( ) A opção tabela no Word é exclusiva para a vinculação de tabelas criadas no Excel ao documento do Word.
( ) Para adicionar um diagrama de processos ou um organograma, utiliza-se a opção de inserir um elemento gráfico por meio do SmartArt.
( ) Equação e Símbolo são opções disponíveis no menu Inserir para inserir fórmulas matemáticas e caracteres especiais, respectivamente.

A sequência está correta em
  • A V, V, F, F.
  • B V, F, V, V.
  • C F, V, F, F.
  • D F, F, V, V.
23
O que pode ser realizado na BIOS ao inicializar o computador?
  • A Atualizar a versão do sistema operacional.
  • B Modificar as permissões de acesso aos arquivos.
  • C Alterar as configurações de segurança do antivírus.
  • D Configurar a ordem de inicialização dos dispositivos de armazenamento.
24
O protocolo na comunicação de dados é um conjunto de regras que controla a comunicação entre dois computadores, para que ela ocorra de forma eficiente e sem erros, que deverão ser detectados tratados. Sobre protocolos de comunicação de dados, analise as afirmativas a seguir.

I. O TCP (Transmission Control Protocol) é um protocolo orientado à conexão, ou seja, antes do intercâmbio de dados entre os computadores iniciar, eles são obrigados a estabelecer uma “conexão” entre eles, que se encerra no final da transmissão de dados.
II. FTP (File Transfer Protocol) permite a transferência de arquivos entre servidores utilizando hyperlinks(link entre documentos).
III. Endereços IP (Internet Protocol) é um endereço lógico de um nó na rede; é um identificador numérico atribuído a cada dispositivo em uma rede IP (como a Internet).
IV. O protocolo HTTPS (Hypertext Transfer Protocol Secure) utiliza criptografia para garantir a segurança na transmissão de dados pela web.

Está correto o que se afirma apenas em 
  • A I e II.
  • B III e IV.
  • C I, II e III.
  • D I, III e IV.
25
Todo computador precisa de um sistema operacional. O Windows é um exemplo de sistema operacional desenvolvido pela Microsoft. A interface é a parte gráfica que serve de interação entre a máquina e o usuário. A interface gráfica possui em sua composição, janelas, ícones e botões. Um dos ícones nativos do Sistema Operacional Windows 10 é chamado de “Este Computador” e em versões anteriores “Meu computador”. Assinale, a seguir, a função do ícone “Este Computador”, no Sistema Operacional Windows 10.
  • A Acesso ao navegador de internet padrão.
  • B Visualização das configurações de energia do computador.
  • C Representação do espaço de armazenamento e dispositivos conectados ao computador.
  • D Informações sobre o sistema, como versão do sistema operacional, tipo de processador e quantidade de RAM.
26
Após certa pesquisa e diversas análises, determinado estudante chegou à conclusão de que a internet é composta por uma rede global de computadores interconectados uns aos outros, utilizando o protocolo IP para transmitir dados. Como resultado dessa interconexão, uma grande rede pode ser formada, conectando bilhões de dispositivos ao redor do Planeta, que pode ser utilizada para diversas finalidades domésticas, acadêmicas e empresariais. Considere os seguintes conceitos sobre o tema pesquisado:

I. Um “Frame” é a unidade básica de informação transmitida pela internet devido à sua capacidade de fracionamento.
II. Os protocolos têm a função de permitir a comunicação e a troca de dados através da internet por meio de regras e padrões.

III. O “Domain Name System” tem a responsabilidade de traduzir nomes de domínio em endereços IP.

Está correto o que se afirma apenas em
  • A I.
  • B II.
  • C III.
  • D II e III.
27
“Um banco de dados é considerado uma coleção de dados devidamente organizados para facilitar o processo de recuperação e manutenção. Devido ao armazenamento em uma estrutura lógica, essa estrutura pode ser acessada e processada de forma rápida e eficiente pelos seus usuários. Uma ________________ é um conjunto de _______________ que representam uma ______________ de uma _________________.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior. 
  • A tupla / registros / coleção / tabela
  • B coluna / dados / instância / tabela
  • C tupla / valores / instância / entidade
  • D coluna / informações / coleção / entidade
28
“O editor de textos Microsoft Office Word 2019 (Configuração Padrão – Idioma Português-Brasil) permite que o usuário abra diversos documentos distintos de forma simultânea. Considerando uma situação hipotética, na qual determinado usuário abriu os arquivos ProvaA.docx, ProvaB.docx, ProvaC.docx e ProvaD.docx, uma forma de alternar a visualização desses documentos internamente pelo editor de textos é clicar no botão ________________, na sessão ________________ da guia _______________ e selecionar o documento desejado.” Assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
  • A Alternar Janelas / Janela / Exibir
  • B Alternar Documentos / Janela / Exibir
  • C Alternar Janelas / Mostrar / Página Inicial
  • D Alternar Documentos / Mostrar / Página Inicial
29
Em uma determinada empresa do ramo contábil, os colaboradores do setor de faturamento possuem estações de trabalho devidamente configuradas com o Sistema Operacional Microsoft Windows 11 (Configuração padrão – Idioma Português-Brasil) para realizar suas atividades administrativas. No Sistema Operacional em questão, as configurações de controle de conta de usuário, UAC, ajudam a impedir que programas e software potencialmente prejudiciais façam alterações indevidas no computador, gerando problemas e possíveis vulnerabilidades na rede interna da organização. No recurso em questão, é possível mover um controle deslizante para quatro níveis de configuração, sendo que a configuração padrão é:
  • A Nunca me notificar das alterações em meu computador.
  • B Sempre me notificar das alterações em meu computador
  • C Notificar-me somente quando os aplicativos tentarem fazer alterações no meu computador.
  • D Alertar-me somente quando os aplicativos tentarem fazer alterações no meu computador (não desfocar a área de trabalho).
30
O microcomputador é uma máquina eletrônica que possui a capacidade de manipular informações; a indústria de fabricação desse tipo de equipamento surgiu, aproximadamente, em 1971, quando houve a introdução do primeiro microprocessador, denominado Intel 4004. Após diversas evoluções pode-se considerar que, atualmente, os microcomputadores são elementos fundamentais para a operacionalização das operações em ambientes corporativos e domésticos, automatizando e acelerando a execução de tarefas cotidianas. Sobre microcomputadores, analise as afirmativas a seguir.

I. A ROM é uma memória volátil utilizada para armazenar as características do fabricante.

II. A placa-mãe é considerada sua principal placa, onde estão conectados todos os chips e placas adicionais.
III. A BIOS é responsável por executar tarefas imprescindíveis como o reconhecimento dos hardwares instalados; verificação das horas no relógio interno; e inicialização do Sistema Operacional.

Está correto o que se afirma apenas em
  • A I.
  • B II.
  • C III.
  • D II e III.

Raciocínio Lógico

31
Dados os conjuntos A = {1, 3, 4, 6, 7, 9, 11, 12, 14}, B = {0, 3, 5, 7, 9, 11, 15} e C = {2, 4, 6, 8, 10,12}. Assinale, a seguir, a operação correta.
  • A C – A = {2, 8, 10, 12}
  • B A – B = {0, 1, 4, 6, 12, 14}
  • C A – C = {1, 3, 7, 9, 11, 12, 14}
  • D B – C = {0, 3, 5, 7, 9, 11, 15}
32
Uma equipe de jornalismo de esportes a motor buscou saber da preferência de sua audiência, dos campeonatos de Fórmula 1 que cobriam. Fizeram uma pesquisa com um 1.000 pessoas e obtiveram os seguintes dados: 
• 35 não acompanham nenhum tipo; • 740 acompanham as corridas de Fórmula 1; • 250 acompanham as corridas de Fórmula 1 e Fórmula E.
Quantas pessoas da pesquisa assistem, exclusivamente, as corridas de Fórmula E?
  • A 200.
  • B 225.
  • C 250.
  • D 275.
33
Para averiguar como está o seu processo de aposentadoria, Roberto foi até uma repartição pública em um determinado dia. Ao chegar no local, os atendimentos ainda não haviam começado e ele está na 9ª posição da fila. Sabe-se que dois profissionais (A e B) atendem os clientes nessa repartição e os tempos de atendimento de cada cliente pelos profissionais A e B são, respectivamente, 2min15s e 4min10s. Se os atendimentos dos profissionais A e B começaram exatamente às 9 horas da manhã nesse dia, em quanto tempo depois Roberto será atendido e por qual profissional?
  • A 11min15s e profissional A.
  • B 11min15s e profissional B.
  • C 13min30s e profissional A.
  • D 13min30s e profissional B.
34
Reinaldo, Sandro e Túlio são primos e trabalham nas profissões de advogado, enfermeiro e radialista, mas não necessariamente nessa ordem. Sabe-se que os três primos possuem quantidades de filhos distintas. Considere que as seguintes informações são verdadeiras:

• Reinaldo possui mais filhos que o enfermeiro; • Sandro é advogado; e, • Túlio não possui a menor quantidade de filhos.
Se cada primo trabalha em uma única profissão, é correto afirmar que:
  • A Reinaldo é radialista.
  • B Sandro possui mais filhos que Túlio.
  • C Reinaldo possui menos filhos que Sandro.
  • D O enfermeiro possui mais filhos que o radialista.
35
No setor de processos de uma instituição, as audiências públicas ocorrem uma única vez por semana (entre segunda e sexta-feira). O número mínimo de audiências públicas que devem ocorrer, para que seja possível garantir que pelo menos 8 audiências públicas ocorreram em um mesmo dia da semana é: 
  • A 35.
  • B 36.
  • C 40.
  • D 41.
36
No último congresso realizado em uma universidade, participaram 180 estudantes. De acordo com a programação foram ofertados três minicursos (I, II e III) em dias diferentes e cada minicurso contou com a mesma quantidade de estudantes. Sabe-se que nenhum estudante fez simultaneamente os minicursos I e III. O número de estudantes que fizeram simultaneamente os minicursos II e III é 20 e o número de estudantes que fizeram simultaneamente os minicursos I e II é 10. Se todos os estudantes participaram de pelo menos um minicurso, qual a quantidade de estudantes em cada minicurso? 
  • A 60.
  • B 70.
  • C 80.
  • D 90.
37
Ricardo fez um orçamento com dois pintores para pintar sua residência. O primeiro pintor promete finalizar o serviço em 10 dias e o segundo pintor, em 6 dias. Como Ricardo necessita da prestação desse serviço o mais rápido possível, decidiu contratar os dois pintores para que trabalhem juntos. Considere que ambos os pintores trabalham sempre em mesmo ritmo de produção. Assim, em quanto dias os pintores finalizarão o serviço?
  • A 2,25.
  • B 2,75.
  • C 3,50.
  • D 3,75.
38
Determinada lanchonete permite ao cliente montar seu sanduíche escolhendo o tipo de frio que irá rechear seu lanche. Entre as 5 opções disponíveis, a lanchonete permite que o cliente escolha, pelo menos, um e, no máximo, três tipos diferentes de frios. Desta forma, a quantidade de combinações que podem ser feitas, independente da ordem dos ingredientes, para a criação dos lanches é:
  • A 10.
  • B 15.
  • C 20.
  • D 25.
39
Para realizar uma limpeza pesada em sua residência, Marcela colocou em um balde vazio a mistura de 30 litros contendo somente água e um solvente, de forma que 60% de qualquer volume desse líquido é composto por água. Ela retirou 10 litros da quantidade presente no balde e substituiu por 3 litros de álcool e 7 litros de solvente. Considerando a nova mistura, a quantidade de solvente representa:
  • A 40%.
  • B 45%.
  • C 50%.
  • D 55%.
40
No setor de processos de uma repartição pública, trabalham 3 assistentes administrativos. A chefe do setor distribuiu para eles um total de 730 documentos que precisam ser digitalizados. A divisão dos documentos entre eles foi feita da seguinte forma:



Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Por razões pessoais, o assistente administrativo 3 ficou com 100 documentos para serem digitalizados e os seus demais documentos foram transferidos para os demais. Após a transferência, os profissionais 1 e 2 ficaram com a mesma quantidade de documentos. Considerando as informações dispostas, quantos documentos foram transferidos do assistente administrativo 3 para o 1?
  • A 77.
  • B 114.
  • C 156.
  • D 191.