Resolver o Simulado Agente de Trânsito - CONSULPAM - Nível Médio

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QUEM É ARSÈNE LUPIN, O LADRÃO DE CASACA QUE INSPIROU ASSANE NA SÉRIE DA NETFLIX


         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.

Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais.

A oração sublinhada no trecho acima se classifica como:

  • A Oração coordenada adversativa.
  • B Oração coordenada alternativa.
  • C Oração subordinada adverbial consecutiva.
  • D Oração subordinada adverbial proporcional.
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QUEM É ARSÈNE LUPIN, O LADRÃO DE CASACA QUE INSPIROU ASSANE NA SÉRIE DA NETFLIX


         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.

Tendo em vista os sentidos negociados no Texto 1, é CORRETO dizer que a palavra “releitura” é empregada para:

  • A Expressar o ato de interpretar novamente alguma coisa, acrescentando algo novo e original.
  • B Expressar algo totalmente diferente da obra original, sem ligação alguma com ela.
  • C Expressar o ato de ler diversas obras de um mesmo autor.
  • D Expressar o ato de ler novamente a mesma obra.
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         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


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Ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca.


No Texto 1, o enunciado acima refere-se:

  • A A uma série televisiva e à obra de Maurice Leblanc.
  • B A uma série televisiva e a um mangá.
  • C A um anime e a uma série televisiva.
  • D A um mangá e a um anime.
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         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.

Dos conteúdos explícitos no Texto 1, é possível inferir CORRETAMENTE que:

  • A Sherlock Holmes é um inimigo de Arsène Lupin.
  • B Artur Conan Doyle investigava crimes.
  • C Arsène Lupin cometia crimes.
  • D Assane é um apelido de Arsène.
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         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.

Assinale a alternativa em que TODOS os verbos são transitivos.

  • A No Texto 1, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível.
  • B O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
  • C Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias.
  • D Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905.
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QUEM É ARSÈNE LUPIN, O LADRÃO DE CASACA QUE INSPIROU ASSANE NA SÉRIE DA NETFLIX


         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.

Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc.

Assinale a alternativa CORRETA sobre a oração sublinhada no período acima.

  • A Exerce a função sintática de um complemento nominal.
  • B Exerce a função sintática de um objeto direto.
  • C Exerce a função sintática de um objeto indireto.
  • D Não exerce função sintática.
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QUEM É ARSÈNE LUPIN, O LADRÃO DE CASACA QUE INSPIROU ASSANE NA SÉRIE DA NETFLIX


         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.

Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa.


Assinale a alternativa CORRETA sobre a estrutura morfossintática do período reportado acima.

  • A “À Europa” é complemento nominal.
  • B “Quem” é pronome interrogativo.
  • C “Pensa” é o núcleo do predicado nominal.
  • D “Ficou” é um verbo transitivo.
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Texto 1


QUEM É ARSÈNE LUPIN, O LADRÃO DE CASACA QUE INSPIROU ASSANE NA SÉRIE DA NETFLIX


         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.

Assinale a alternativa cujo par de expressões são correferenciais, isto é, apontam para o mesmo objeto de discurso no Texto 1.

  • A Arsène Lopin – O ladrão de casaca.
  • B O protagonista vivido por Omar Sy – Assane Diop.
  • C Persona 5 – Lupin.
  • D Mário Jacob – anarquismo.
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Texto 1


QUEM É ARSÈNE LUPIN, O LADRÃO DE CASACA QUE INSPIROU ASSANE NA SÉRIE DA NETFLIX


         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.

Assinale a alternativa cuja asserção está de acordo com as informações presentes no Texto 1.

  • A Maurice Leblanc é autor da série televisiva Lupin.
  • B Herlock Sholmes é um personagem criado por Artur Conan Doyle.
  • C Arsène Lopin é um personagem criado por Maurice Leblanc.
  • D Sherlock Holmes não é um personagem da obra literária chamada Lupin.
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Texto 1


QUEM É ARSÈNE LUPIN, O LADRÃO DE CASACA QUE INSPIROU ASSANE NA SÉRIE DA NETFLIX


         Difícil terminar os episódios de Lupin e não ficar interessado em saber mais sobre Arsène Lupin. Na série, o ladrão de casaca é uma espécie de modelo para o protagonista vivido por Omar Sy, inspirando todos os seus planos, desde os pseudônimos que usa até os numerosos disfarces. A influência é tanta que o detetive Guedira (Soufiane Guerrab), como bom fã do personagem, reconhece o padrão nas atividades ilícitas de Assane Diop. Isso porque, embora Lupin não seja um nome tão familiar para o público brasileiro, ele é basicamente o Sherlock Holmes dos franceses – quer dizer, isso se o herói de Arthur Conan Doyle não investigasse crimes, mas sim os cometesse.
       Ainda assim, essa comparação está longe de ser infundada. Holmes, de fato, foi uma das inspirações do autor Maurice Leblanc para criar Arsène Lupin no início do século XX, mas não foi a única. Especulase que o personagem seja uma mistura de cinco figuras, entre pessoas reais e ficcionais. Uma delas foi Marius Jacob. Adepto de uma vertente do anarquismo, o ilegalismo, Jacob era um ladrão conhecido pelo seu senso de humor e pela generosidade com suas vítimas, traços bastante reconhecíveis em Lupin – inclusive os valores anarquistas. O nome do ladrão de casaca, por sua vez, parece ser inspirado em Arsène Lopin, um conselheiro municipal de Paris. Além dessas personalidades históricas, estudiosos ainda apontam elementos de personagens criados pelo inglês E. W. Hornung e pelo francês Octave Mirbeau, todos criminosos conhecidos pela elegância.
           A partir dessa amálgama de referências, Leblanc atendeu o pedido do editor da revista Je Sais Tout e escreveu A Detenção de Arsène Lupin em 1905. No texto, o autor apresentou seu sofisticado protagonista que, apesar de sempre usar uma cartola e um monóculo, era irreconhecível. Afinal, esperto como poucos, ele era muito habilidoso e um verdadeiro mestre dos disfarces. Por isso, sempre escapava, por mais improvável que fosse a situação. 
          A história foi um sucesso tão notável que Leblanc continuou produzindo tramas centradas em Lupin por quase 40 anos. No total, foram 38 contos, 15 romances, quatro peças de teatro e três novelas, dentre as quais um embate contra o famoso detetive de Conan Doyle, nela parodiado como Herlock Sholmes.
            Tratando-se de um personagem tão popular na primeira metade do século XX, era inevitável que Arsène Lupin fosse estrelar outras obras além das literárias. Mas se engana quem pensa que ele ficou restrito à Europa. O ladrão de casaca apareceu sim em produções dos cinemas francês, alemão e inglês, mas também marcou presença em Hollywood e na TV argentina.
        Nos anos 1930, percebendo a relevância do personagem, a MGM decidiu lançar sua própria adaptação cinematográfica da obra de Leblanc. Estrelado por John e Lionel Barrymore, o filme acompanhava a história de um detetive encarregado de capturar o misterioso Arsène Lupin, que dava título à obra. No entanto, a produção chamou mais atenção por uma polêmica envolvendo uma cena sensual com a atriz Karen Morley do que pela história. Décadas depois, foi a vez do ator argentino Narciso Ibáñez Menta tentar a sorte com o personagem, mas a produção também acabou dividindo as críticas.
           Ainda que não faltem exemplos no cinema e em séries live-action, talvez as obras mais bem-sucedidas de Arsène Lupin – fora os livros e, agora, a produção da Netflix – sejam o mangá Lupin III e o anime que mais tarde ele originou. Mais uma releitura do que propriamente uma adaptação – como é também Lupin –, ambas as obras acompanham o neto do ladrão de casaca que, seguindo os passos do avô, lidera um grupo de criminosos.
            Além delas, não se pode esquecer que Lupin também foi personagem de jogos, a exemplo de Sherlock Holmes: Némesis, que brincava com a rivalidade entre detetive e ladrão, e Persona 5, em que era um dos protagonistas.
            Fato é que quer você o conheça pelos livros ou pelas numerosas adaptações, Arsène Lupin é um personagem memorável, cujas façanhas sempre deixam seu público com vontade de mais. Por isso, enquanto a Netflix não anuncia a data de estreia da terceira temporada de Lupin, que já foi confirmada por Omar Sy, não faltam opções para seus espectadores matarem as saudades.


Adaptado de:
https://www.omelete.com.br/quadrinhos/arsene-lupin-quem-eadaptacoes. Acesso em: 22/09/2023.

Considerando os objetivos comunicativos acima, pode-se AFIRMAR que o Texto 1 é predominantemente do tipo:

  • A Dissertativo-argumentativo.
  • B Descritivo-expositivo.
  • C Narrativo-dialogal.
  • D Injuntivo-prescritivo.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

Dá-se o nome de frase clivada a um tipo de estrutura sintática em que um dos termos componentes da sentença é deslocado da sua posição típica para uma posição diferente, geralmente anterior ao verbo da oração principal, com o intuito de colocar em relevo, de focalizar, a informação que esse termo transmite, inserindo-o no interior da estrutura ser X que, em que X indica o elemento deslocado. Assinale a alternativa que apresenta uma estrutura de frase clivada.

  • A O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores.
  • B Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos.
  • C O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição.
  • D Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos.
  • E Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

Assinale a alternativa cuja asserção NÃO está de acordo com as informações fornecidas pelo enunciador do texto acima. Considere, para isso, os conteúdos explícitos e implícitos do texto.

  • A O enunciador diz que não há como afirmar que o tráfico de pessoas está diretamente ligado ao turismo sexual porque não há dados oficiais que sustentem tal afirmação.
  • B O enunciador alega que, devido à falta de pesquisas sobre o tráfico de crianças, não é possível estabelecer que a prostituição esteja relacionada com o tráfico de mulheres.
  • C Como não há dados suficientes sobre a prostituição de mulheres latinas, não é possível afirmar, com base nos dados sobre prostituição, que o tráfico de pessoas seja uma consequência da prostituição de mulheres.
  • D A falta de dados atinentes a outros tipos de tráficos impede que se afirme que a prostituição feminina é o fenômeno causador do tráfico de mulheres.
  • E O enunciador insinua que as universidades devem incentivar mais pesquisa sobre os diferentes tipos de tráficos, inclusive o tráfico de crianças para extração de órgãos.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

No texto, a abundância de verbos conjugados no presente do indicativo deve-se ao seguinte motivo:

  • A A autora preferiu usar essas formas linguísticas para facilitar a compreensão dos leitores leigos, que é maioria no público ao qual seu texto se dirige.
  • B O presente do indicativo serve para falar de verdades atemporais, isto é, que não se modificam jamais, como em “a Terra gira em torno do Sol”.
  • C A tipologia textual promove o emprego de formas linguísticas que atestem a veracidade dos fatos expostos.
  • D A autora não sabe usar outras formas linguísticas, por isso preferiu empregar formas mais simples.
  • E Pesquisas científicas sobre temas sociais devem sempre ser redigidas com formas linguísticas menos complexas, para que o público geral possa compreender sem maiores dificuldades.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

Considerando os sentidos do texto e os objetivos do enunciador, assinale a alternativa cujo par de unidades linguísticas NÃO configuram elementos correferentes.

  • A As prostitutas – as trabalhadoras do sexo.
  • B O comércio sexual – a prostituição.
  • C O tráfico de pessoas – a prostituição.
  • D A descriminalização – a legalização.
  • E A atividade – a prostituição.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas.
Entre as informações veiculadas pelo enunciado acima reportado, há um conteúdo pressuposto sugerido por marcas linguísticas cuja formulação está CORRETAMENTE expressa na alternativa:

  • A Os empresários da indústria do sexo não têm poder sobre as prostitutas.
  • B Os empresários da indústria do sexo já têm algum poder sobre as prostitutas.
  • C Os empresários da indústria do sexo são favoráveis à legalização da prostituição.
  • D Os empresários da indústria do sexo não são favoráveis à legalização da prostituição.
  • E Os empresários da indústria do sexo fazem parte também das associações de trabalhadoras do sexo.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

Em cada uma das listas de palavras abaixo, todos os vocábulos são acentuados de acordo com a mesma regra, EXCETO:

  • A Tráfico – âmbito – parâmetro – décadas.
  • B Países – tráfico – âmbito – tolerância.
  • C Homogêneo – tolerância – indústria – comércio.
  • D Agência – comércio – cenários – tolerância.
  • E Prostituição – legalização – relações – interlocução.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo.
O trecho acima é o enunciado que introduz o elemento principal do discurso sobre o qual o enunciador discorre ao longo do texto. Assinale a alternativa cujo enunciado apresenta, por meio de outra expressão referencial, o mesmo objeto de discurso, conforme os sentidos negociados no texto.

  • A Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões.
  • B Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
  • C Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo.
  • D Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
  • E E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

Analise a organização morfossintática do período abaixo e, em seguida, assinale a afirmação INCORRETA.
A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas.

  • A Não há termo agente da voz passiva.
  • B Há uma oração subordinada substantiva objetiva direta.
  • C O vocábulo “que” não possui função sintática.
  • D Há um termo agente da voz passiva.
  • E Não há uma oração subordinada completiva nominal.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

Assinale a alternativa que caracteriza CORRETAMENTE o texto acima.

  • A Ao longo de todo o texto, o enunciador explica o que se entende dos termos “tráfico”, “prostituição”, “prostitutas” e “comércio sexual”. Trata-se, portanto, de um texto unicamente expositivo.
  • B Trata-se de um texto predominante dissertativo-argumentativo, no qual o enunciador orienta o leitor sobre os modos de agir para realizar uma atividade prática, qual seja: posicionar-se a favor ou contra o objeto do discurso.
  • C Trata-se de um texto descritivo e expositivo, no qual há também uma grande parcela da tipologia narrativa, especialmente quando o enunciador enumera os fatos relativos à participação de algumas organizações em grandes debates públicos.
  • D É um texto dissertativo-argumentativo, no qual o enunciador apresenta, primeiro, um panorama da situação-problema, em seguida, expõe dados qualitativos atinentes ao objeto do discurso e, por fim, apresenta uma proposta para solucionar o problema anteriormente identificado e disposto em forma de dados.
  • E Em um primeiro momento, o enunciador discorre sobre fatos do passado, particularmente, das duas últimas décadas do século XX; em um segundo momento, relaciona-os cronologicamente a fatos do presente, construindo, assim, um enredo. Trata-se, portanto, de um texto totalmente narrativo.
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TEXTO

ORGANIZAÇÕES DE PROSTITUTAS*
    Desde meados da década de 1970, o trabalho sexual tem se mostrado como um fator de organização de base para mulheres, homens e transgêneros em diferentes partes do mundo. Mas é nas décadas de 1980 e 1990 que emergem os principais grupos e organizações dos direitos das prostitutas na Europa Ocidental e nos Estados Unidos, como um movimento verdadeiramente autoidentitário destas mulheres. Não obstante, as trabalhadoras sexuais do Terceiro Mundo e de outros países não-ocidentais já estavam também ocupadas, agindo e se manifestando contra injustiças, demandando direitos humanos, civis, políticos e sociais – como no Equador em 1982; no Brasil em 1987 e no Uruguai em 1988.
    No Brasil, as organizações e associações de prostitutas espalhadas pelo país se encontram, em sua grande maioria, articuladas em redes, como a Rede Brasileira de Prostitutas, de ação no âmbito nacional; e a Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo, cuja atuação tende a concentrar-se na região nordeste do país. Cabe mencionar que esse movimento social não tem um caráter homogêneo. As ações dos grupos organizados de prostitutas se desenvolvem em um contexto marcado por diferentes posições frente à problemática da prostituição e, no que se refere a esses grupos, eles assumem posturas diferentes em termos dos principais pontos a serem reivindicados.
   As posições divergentes aparecem principalmente em relação à discussão sobre regulação/legalização da atividade. A Rede Brasileira de Prostitutas defende a regulamentação da prostituição, ou seja, aposta no reconhecimento da prostituição como profissão, em que a descriminalização em torno da atividade possa fornecer instrumentos legais capazes de combater a exploração que sofre a prostituta. A Federação Nacional das Trabalhadoras do Sexo assume uma postura de ressalva em relação à legalização, alegando que ela concederia ainda mais poder aos empresários da indústria do sexo, aumentando a vulnerabilidade das prostitutas. 
    Quanto à questão do tráfico, nas (poucas) ocasiões em que representantes dessas organizações participaram dos grandes debates públicos, as intervenções provocaram tensões. O motivo é que a Rede Brasileira de Prostitutas percebe a discussão sobre tráfico de pessoas como mais uma maneira, referendada pela opinião pública, de combater a prostituição. Nesse sentido, o fato de que algumas organizações de prostitutas se insiram no movimento de combate ao tráfico, estimuladas pelo apoio de agências transnacionais de financiamento, aparece como um ponto de tensão entre as trabalhadoras do sexo.
    Evidencia-se que no contexto da prostituição feminina há relações marcadas por diferentes momentos de ruptura e continuidade, simultâneas, que têm impactos diversos. Por um lado, permite a criação de um sujeito coletivo com capacidade de vocalizar suas demandas, como é o caso na questão da epidemia da AIDS; e de outro continuam sendo desconsideradas, quando o assunto é a legalização da prostituição, ou tráfico de pessoas, por exemplo. O que se percebe, então, é o clima de tolerância que existe sobre a prostituição, que passa a ser melhor incluída no cenário nacional, mas não as prostitutas, alvo permanente de violência e preconceitos.
       A dificuldade de dissociar tráfico e prostituição não apenas se tornou um interessante fato histórico a ser registrado, como aponta para questões mais abrangentes e pertinentes que precisam ser ainda mais exploradas, uma vez que atingem cenários e atores que são, frequentemente, ignorados, ou quando abordados, são mal interpretados. O fato é que o fenômeno do tráfico para a prostituição tem recebido muito mais atenção nas pesquisas realizadas sobre o tema do que o tráfico em outros setores. Pode-se afirmar que esse fato tampouco é novidade quando se pensa nas pesquisas realizadas no século passado.
      Contudo, aponta para a dificuldade de se sustentar empiricamente a afirmação de que o tráfico é mais intimamente ligado à prostituição ou à indústria do sexo do que para qualquer outro setor econômico; pois a falta de pesquisas mais extensas sobre o tráfico para a agricultura, indústria, comércio, construção, trabalho doméstico, entre outros, além de não gerar nenhum parâmetro comparativo, só fortalece a ideia de que prostituição e tráfico são (e sempre foram) analiticamente e empiricamente associados. 
     Neste sentido, a (íntima) relação entre tráfico e prostituição permite e justifica um trabalho de pesquisa mais extenso que aborde a perspectiva do coletivo de prostitutas com relação a um fenômeno que se insere, de certa forma, no seu modo de vida. E que inclua na discussão a interlocução entre o tráfico para o comércio sexual com outras formas de tráfico, como o doméstico, na medida em que ambas envolvem a participação de mulheres oriundas da América Latina.

(Extraído [e atualizado conforme o Acordo Ortográfico vigente] de: Andreia Skackauskas Vaz de Mello (2009). As organizações de prostitutas no Brasil e o tráfico internacional de pessoas. XXVII Congreso de la Asociación Latinoamericana de Sociología. VIII Jornadas de Sociología de la Universidad de Buenos Aires. Asociación Latinoamericana de Sociología, Buenos Aires, páginas: 8-10). * Este título é o mesmo da seção do artigo do qual o texto aqui exposto foi extraído.

Considerando os sentidos negociados no texto acima, pode-se afirmar que:

  • A A autora do texto é favorável à realização de outras pesquisas que repliquem o que ela já apresentou no artigo.
  • B A autora do texto conclui que são necessárias outras pesquisas sobre tráfico e prostituição, mas que não relacione fatores externos, como sexo biológico e nacionalidade.
  • C A autora do texto conclui que outras pesquisas devem ser feitas para que se possa entender melhor a relação entre o tráfico de pessoas e o comércio sexual, levando em conta também outros fatores, como os objetivos do tráfico e as características dos sujeitos traficados.
  • D A autora do texto discorda dos resultados das pesquisas sobre tráfico de pessoas e aponta inúmeros argumentos que os invalidam.
  • E O tráfico doméstico tem sido investigado com mais intensidade do que o tráfico de mulheres oriundas da América Latina, por exemplo.

Legislação de Trânsito

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A Resolução CONTRAN n.º 789, de 02 de setembro de 2020, define, no art. 2º, § 1º, medidor de velocidade como o instrumento ou equipamento de aferição destinado a fiscalizar o limite máximo de velocidade regulamentado para o local, que indique a velocidade medida e contenha dispositivo registrador de imagem que comprove o cometimento da infração. A respeito dos medidores de velocidade, assinale a alternativa CORRETA.

  • A Deve ser verificado pelo INMETRO ou entidade por ele delegada, com periodicidade mínima de doze meses, conforme regulamentação metrológica em vigor.
  • B Podem, nos casos dos medidores de velocidade portáteis, destinar-se à fiscalização da redução pontual de velocidade estabelecida em relação à velocidade diretriz da via, por meio de sinalização com placa R-19, em trechos críticos e de vulnerabilidade dos usuários da via.
  • C No caso dos medidores de velocidade fixos, podem ser instalados em viatura caracterizada estacionada, em tripé, suporte fixo ou manual.
  • D Os medidores de tipo fixo podem ser afixados em árvores, marquises, passarelas, postes de energia elétrica, ou qualquer outra obra de engenharia, de modo a dificultar a sua visualização pelos condutores.
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Nos termos da Resolução CONTRAN n.º 810, de 15 de dezembro de 2020, considera-se sinistrado o veículo envolvido em ocorrência de acidente de trânsito, dano ou qualquer outro evento que ocasione avaria em uma ou mais partes do veículo, sendo os danos classificados em:

  • A De pequena monta ou sem dano, média monta ou grande monta.
  • B Leves, médios ou graves.
  • C Maiores ou menores.
  • D Superiores ou inferiores.
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O trânsito de veículos novos, antes do registro e do licenciamento, é permitido em território nacional, nos termos da Resolução CONTRAN n.º 911, de 28 de março de 2022, que revogou a Resolução CONTRAN n.º 269, de 15 de fevereiro de 2008. Assinale a alternativa que indica o prazo máximo para o trânsito de um veículo novo, desde a origem até ao órgão de trânsito de Município da Região Nordeste, onde o veículo será registrado.

  • A 10 dias.
  • B 15 dias.
  • C 25 dias.
  • D 30 dias.
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A Resolução CONTRAN n.º 969, de 20 de junho de 2022, que revogou a Resolução CONTRAN n.º 789, de 18 de junho de 2020, dispõe sobre o sistema de Placas de Identificação de Veículos (PIV), a respeito das quais é CORRETO afirmar:

  • A Na hipótese de extravio, furto ou roubo de qualquer das PIV, o proprietário, possuidor ou condutor do veículo deverá requerer a substituição na Unidade da Federação onde o veículo estiver registrado.
  • B Os reboques, semirreboques, motocicletas, motonetas, ciclomotores, cicloelétricos, triciclos, quadriciclos e guindastes serão identificados pela PIV traseira e, caso o proprietário deseje, pela PIV dianteira.
  • C O Sistema de PIV, de que trata a Resolução CONTRAN n.º 969/2022, dispõe que será exigida dos veículos em circulação na hipótese de substituição das placas em decorrência de mudança de Município ou de Unidade da Federação.
  • D As PIV continuarão a possuir lacre previsto no art. 115, do Código de Trânsito Brasileiro.
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Os procedimentos referentes ao recolhimento de veículos em razão de penalidade ou medida administrativa aplicada por inobservância a preceito do CTB estão regulamentados pela Resolução CONTRAN n.º 623, de 06 de setembro de 2016, que atribui ao agente da Autoridade de Trânsito responsável pelo recolhimento e pela emissão de notificação por meio do termo de recolhimento de veículo ou documento equivalente. A respeito do termo de recolhimento ou documento equivalente, assinale a alternativa CORRETA.

  • A Deve discriminar o estado geral da lataria, pintura e pneus.
  • B Deve ser preenchido em uma via, destinada ao proprietário ou condutor do veículo recolhido.
  • C Deve discriminar a identificação do proprietário e do condutor, sob pena de nulidade do ato.
  • D Deve constar no termo de recolhimento do veículo ou documento equivalente à assinatura do proprietário ou condutor, sob pena de nulidade do ato.
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Qualifique as assertivas abaixo em (V) Verdadeiras ou (F) Falsas e, em seguida, assinale a alternativa que apresenta a sequência valorativa CORRETA.

(__)A Resolução CONTRAN n.º 508, de 27 de novembro de 2014, que dispõe sobre os requisitos de segurança para a circulação, a título precário, de veículo de carga ou misto, transportando passageiros no compartimento de cargas, autoriza o transporte de cargas no mesmo ambiente dos passageiros.
(__)O transporte de passageiros em veículo de carga ou misto, nos termos da Resolução CONTRAN n.º 508, de 27 de novembro de 2014, pode ser feito em veículos de carga tipo basculante ou boiadeiro.
(__)Veda-se o transporte de passageiros com idade inferior a 10 (dez) anos em veículos de carga ou misto, nos termos da Resolução CONTRAN n.º 508, de 27 de novembro de 2014.

  • A V-V-F.
  • B F-F-V.
  • C V-F-V.
  • D F-V-F.
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A respeito da fiscalização do consumo de álcool ou outra substância psicoativa, cujos procedimentos devem ser adotados pelas autoridades de trânsito e seus agentes, nos termos da Resolução CONTRAN n.º 432, de 23 de janeiro de 2013, assinale a alternativa CORRETA.

  • A Além de exame de sangue, exame laboratorial, teste em etilômetro e verificação dos sinais que indiquem alteração da capacidade psicomotora do condutor, poderão ser utilizados provas testemunhais, imagens, vídeos ou quaisquer outros meios de prova em direito admitido, devendo-se priorizar os exames laboratoriais para a confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa no condutor.
  • B Comete a infração prevista no art. 165, do Código de Trânsito Brasileiro, o condutor cujo exame de sangue apresentar 0,05 mg/L no exame de sangue.
  • C Deverá ser autuado por infração prevista no art. 306, do Código de Trânsito Brasileiro, o condutor que apresente sinais de alteração da capacidade psicomotora, obtidos na forma do art. 5, da Resolução CONTRAN n.º 432, de 23 de janeiro de 2013.
  • D Medida administrativa, em caso de confirmação da alteração da capacidade psicomotora do condutor em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência, será a retenção do veículo, até apresentação de condutor habilitado, que será dispensado dos procedimentos fiscalizatórios.
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Ao constatar um veículo estacionado sobre a faixa destinada a pedestre, o Agente de Trânsito deverá, nos termos do art. 181, inc. VIII:

  • A Aplicar uma multa por infração leve e remover o veículo.
  • B Aplicar uma multa por infração grave e remover o veículo.
  • C Sinalizar a área até a chegada do condutor.
  • D Aplicar uma multa por infração média e remover o veículo.
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A Resolução CONTRAN n.º 912, de 28 de março de 2022, que revogou a Resolução CONTRAN n.º 14, de 06 de fevereiro de 1998, estabelece os equipamentos obrigatórios para a frota em veículos em circulação. Assinale, dentre as alternativas abaixo, a que indica a obrigatoriedade dos equipamentos em veículos para fins de circulação em vias públicas.

  • A Reboques e semirreboques devem dispor de para-choque dianteiro.
  • B Motonetas, motocicletas e triciclos devem dispor de registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo.
  • C Tratores de rodas, de esteira e mistos que desenvolvam velocidade inferior a 60 km/h devem dispor de velocímetro e registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo.
  • D Veículos automotores devem dispor de pala interna de proteção contra o sol (para-sol) para o condutor.
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Considere as assertivas abaixo:

I- Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a Faixa de Trânsito é definida como qualquer uma das áreas longitudinais em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não, por marcas viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores.
II- Executar operação de conversão à direita ou à esquerda em locais proibidos pela sinalização é conduta que caracteriza infração grave penalizada com multa.
III- As Polícias Militares dos Estados não compõem o Sistema Nacional de Trânsito.

São CORRETAS:

  • A As assertivas I e III.
  • B As assertivas II e III.
  • C As assertivas I e II.
  • D As assertivas I, II e III.
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Lívio, Agente de Trânsito, constatou que Marco Aurélio, um dos passageiros de veículo conduzido por Trajano em uma via urbana, não estava usando cinto de segurança. Assinale a alternativa que indica qual providência Lívio deve adotar.

  • A Aplicarulta por infração grave cometida por Trajano e, como medida administrativa, reter o veículo até a colocação do cinto por Marco Aurélio.
  • B Aplicar multa por infração gravíssima cometida por Marco Aurélio e remover o veículo.
  • C Aplicar multa por infração média cometida por Trajano e reter o veículo até a colocação do cinto por Marco Aurélio.
  • D Aplicar multa por infração leve cometida por Trajano e remover o veículo.
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Segundo os termos do art. 188, do Código de Trânsito Brasileiro, transitar ao lado de outro veículo, causando interrupção ou perturbação do trânsito, é conduta ensejadora de:

  • A Aplicação de multa por infração leve.
  • B Aplicação de multa por infração média.
  • C Aplicação de multa por infração grave.
  • D Aplicação de multa por infração gravíssima.
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A Lei n.º 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), no art. 1º, § 1º define trânsito como “a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou descarga”. 
Considere as assertivas abaixo e, em seguida, assinale a alternativa CORRETA.

I- O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito.
II- Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, mas não pela omissão ou erro na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.
III- São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodovias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e as circunstâncias especiais.

São CORRETAS as afirmações:

  • A I e II.
  • B I e III.
  • C II e III.
  • D II, apenas.
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Assinale o tipo de infração e a medida administrativa aplicável ao uso de veículo equipamento com som em volume ou frequência que NÃO sejam autorizados pelo CONTRAN:

  • A Respectivamente, grave e retenção do veículo para regularização.
  • B Respectivamente, leve e apreensão do veículo até diminuição do volume.
  • C Respectivamente, média e orientação ao condutor.
  • D Respectivamente, gravíssima e retenção do veículo para regularização.
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O Sistema Nacional de Trânsito é composto por órgãos e entidades, dentre os quais os órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, a quem compete, no âmbito de sua circunscrição:

  • A Estabelecer as normas regulamentares referidas no Código de Trânsito Brasileiro e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito.
  • B Julgar os recursos interpostos contra decisões das Juntas Administrativas de Recursos de Infrações (JARI).
  • C Dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito dos Municípios.
  • D Aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas no Código de Trânsito Brasileiro, notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar.
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Conforme Resolução do CONTRAN n.º 810, assinale a alternativa CORRETA.

  • A A resolução não considera veículo sinistrado como aquele envolvido em ocorrência de acidente de trânsito, que ocasione avaria em uma ou mais partes do veículo.
  • B Os órgãos com circunscrição sobre a via poderão disponibilizar em seu sítio eletrônico na rede mundial de computadores o acesso a formulário ou outro meio eletrônico que possibilite o registro de acidentes de trânsito com vítimas, por meio de declaração do próprio cidadão.
  • C O veículo envolvido em acidente não deve, necessariamente, ser avaliado pela autoridade de trânsito ou agente.
  • D Esta resolução dispõe sobre a classificação de danos e os procedimentos para a regularização e sobre a transferência, sendo defeso tratar sobre baixa dos veículos envolvidos em acidentes.
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Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição:

  • A Comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a suspensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação.
  • B Realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, aperfeiçoamento, reciclagem e suspensão de condutores, expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do órgão federal competente.
  • C Vistoriar, inspecionar quanto às condições de segurança veicular, registrar, emplacar, selar a placa, e licenciar veículos, expedindo o Certificado de Registro e o Licenciamento Anual, mediante delegação do órgão federal competente.
  • D Registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autuando, aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de infrações.
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Para efeito do Código de Trânsito Brasileiro – CTB, NÃO são consideradas vias terrestres:

  • A As praias abertas à circulação pública.
  • B As pistas de corridas de automóveis, motos, bicicletas ou outros veículos de qualquer tipo de tração, privadas ou estatais.
  • C As vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autônomas.
  • D As vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo.
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Complete as lacunas existentes no dispositivo abaixo utilizando os parâmetros estabelecidos na Resolução n°. 254, de 26/10/2007, publicada em 21/11/2007.

A transmissão luminosa não poderá ser inferior a _____ para os vidros incolores dos para-brisas e _____ para os para-brisas coloridos e demais vidros indispensáveis à dirigibilidade do veículo. Ficam excluídos dos limites fixados no caput deste artigo os vidros que não interferem nas áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo. Para estes vidros, a transparência não poderá ser inferior a _____.

  • A 80%, 75%, 50%
  • B 80%, 75%, 30%
  • C 80%, 75%, 70%
  • D 75%, 70%, 28%
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Segundo a Resolução n°. 14, de 06/02/1998, publicada em 12/02/1998, constituem-se equipamentos obrigatórios exigidos para a circulação de veículos ciclomotores, EXCETO:

  • A espelhos retrovisores, de ambos os lados.
  • B farol dianteiro, de cor branca ou amarela.
  • C lanterna, de cor vermelha, na parte traseira.
  • D iluminação da placa traseira.

Direito Constitucional

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Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições, EXCETO.

  • A Na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, não poderá permanecer filiado a esse regime, no ente federativo de origem.
  • B Tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função.
  • C Em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento.
  • D Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração.
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A fiscalização do Município será exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. Neste contexto, assinale a alternativa CORRETA.

  • A O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve semestralmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de três quintos dos membros da Câmara Municipal.
  • B O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito deve bimestralmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.
  • C O controle externo da Câmara Municipal será exercido apenas com o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município.
  • D As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.
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Analise o enunciado a seguir, observando a lacuna nele existente.

Serão realizadas concomitantemente às eleições municipais as consultas populares sobre questões locais aprovadas pelas Câmaras Municipais e após encaminhadas à Justiça Eleitoral ____________ antes da data das eleições, observados os limites operacionais relativos ao número de quesitos.

Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE a lacuna, de acordo com a norma constitucional vigente.

  • A Até 60 (sessenta) dias.
  • B Até 90 (noventa) dias.
  • C Até 30 (trinta) dias.
  • D Até 120 (cento e vinte) dias.
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Essencialmente sobre os direitos políticos, assinale a alternativa CORRETA, conforme Constituição Federal de 1988.

  • A O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de dez dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
  • B É legal a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado.
  • C É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de incapacidade civil relativa e na condenação criminal.
  • D A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
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Atendidas determinadas condições constitucionais, o militar alistável é elegível. Neste contexto, assinale a alternativa que contém CORRETAMENTE uma dessas condições.

  • A Se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará, após autorização, no ato da diplomação, para a inatividade.
  • B Se contar mais de quinze anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da posse, para a inatividade.
  • C Se contar menos de dez anos de serviço, passará para inatividade.
  • D Se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade.
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No tocante aos direitos políticos, assinale a alternativa INCORRETA.

  • A O alistamento eleitoral e o voto são obrigatórios para os maiores de dezoito anos.
  • B Não podem alistar-se durante o período do serviço militar obrigatório os conscritos.
  • C Podem alistar-se como eleitores os estrangeiros.
  • D São condições de elegibilidade, na forma da lei, a idade mínima de trinta anos para Governador.
47

Quem pratica o crime de racismo sujeita-se à pena de reclusão, nos termos da lei. Nesse contexto, assinale a alternativa CORRETA, conforme norma constitucional.

  • A Constitui crime inafiançável e imprescritível.
  • B Constitui apenas crime inafiançável.
  • C Constitui crime inafiançável e prescritível.
  • D Constitui crime afiançável e imprescritível.
48

Analise as sentenças a seguir, de acordo com as normas constitucionais vigentes.

I- Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.

II- É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização apenas por dano material e moral.

III- É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial ou administrativa.

Assinale a alternativa CORRETA.

  • A Apenas os itens II e III estão corretos.
  • B Apenas os itens II e III estão incorretos.
  • C Apenas os itens I e II estão corretos.
  • D Todos os itens estão corretos.
49

Conforme Carta Magna, são poderes da União.

  • A O Legislativo, o Executivo, o Judiciário e a União, dependentes entre si.
  • B O Legislativo, o Executivo, o Judiciário e com Congresso Nacional, independentes e harmônicos entre si.
  • C O Legislativo, o Executivo, o Judiciário e a União, iguais entre si.
  • D O Legislativo, o Executivo e o Judiciário independentes e harmônicos entre si.
50

Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta INCORRETAMENTE órgão de segurança pública, nos termos do caput do art. 144, da Constituição Federal de 1988:

  • A Polícia Federal.
  • B Polícia Rodoviária Federal.
  • C Polícia Ferroviária Federal.
  • D Guarda Civil Municipal.
  • E Polícias Civis.

Direito Administrativo

51

Conforme a Lei n.º 14.133/21, contratante é:

  • A Pessoa jurídica integrante da Administração Pública responsável pela contratação.
  • B Agente público dotado de poder de decisão.
  • C Indivíduo que, em virtude de eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, exerce mandato, cargo, emprego ou função em pessoa jurídica integrante da Administração Pública.
  • D Pessoa física ou jurídica, ou consórcio de pessoas jurídicas, signatária de contrato com a Administração.
52

O ato administrativo reveste-se de propriedades jurídicas específicas, decorrentes da supremacia do interesse público sobre o privado e apresentam características, ou atributos que o distingue das demais categorias de atos jurídicos. A respeito dos atributos do ato administrativo, conforme a mais moderna doutrina, assinale a alternativa CORRETA:

  • A A imperatividade consiste no atributo que permite à Administração Pública aplicar punições aos  particulares por violação da ordem jurídica, sem necessidade de ordem judicial.
  • B A exigibilidade é o atributo que permite que a Administração Pública realize a execução material dos atos administrativos ou de dispositivos legais, usando a força física, se for preciso, para desconstituir situação violadora da ordem jurídica.
  • C A autoexecutoriedade consiste no atributo pelo qual o ato administrativo pode criar unilateralmente obrigações aos particulares, independentemente da anuência destes.
  • D A tipicidade diz respeito ao atributo segundo o qual, em situações específicas, o ato administrativo pode ser praticado à margem da lei.
  • E A presunção de legitimidade significa que o ato administrativo é considerado válido juridicamente até prova em contrário.
53

O controle da administração pública é mecanismo de fiscalização e supervisão das atividades do Estado, garantindo que estas sejam realizadas de acordo com a legalidade, a moralidade, a eficiência e o interesse público. Trata-se de um conjunto de instrumentos e procedimentos que visam monitorar e corrigir possíveis desvios, abusos ou irregularidades cometidos pelos órgãos e agentes públicos no exercício de suas funções. Em relação às espécies de controle da administração pública, analise os casos concretos apresentados em cada alternativa e assinale a opção que aponta INCORRETAMENTE um dos meios de controle da administração pública:

  • A Dá-se o controle administrativo quando é oposto um recurso hierárquico contra autuação dirigido à chefia do setor de fiscalização.
  • B Dá-se controle legislativo quando a Comissão Parlamentar de Inquérito convoca um Ministro de Estado para prestar informações sobre assunto previamente determinado.
  • C Dá-se o controle judicial quando um cidadão, visando anular um ato administrativo lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, provoca o Poder Judiciário mediante a propositura de uma ação civil pública.
  • D Dá-se controle legislativo quando o Congresso Nacional susta a execução de contrato administrativo objeto de impugnação perante o Tribunal de Contas da União, como forma de controle financeiro sobre a administração pública.
  • E Dá-se controle judicial quando um cidadão, para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, impetra um habeas data. 
54

O ato administrativo é uma manifestação unilateral da administração pública, pautada pela aplicação da lei e destinada a produzir efeitos jurídicos específicos no âmbito do Direito Administrativo. Esses atos representam a materialização das decisões dos órgãos e agentes públicos, possuindo caráter normativo, executório e regulamentar, como, por exemplo, a autorização. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que define CORRETAMENTE a autorização:

  • A É o ato administrativo vinculado que consiste em exonerar alguém de dever legal, caso se encontrem presentes determinados requisitos.
  • B É o ato administrativo vinculado que faculta ao beneficiário o desfrute de situação regulada pela norma jurídica.
  • C É o ato administrativo, ampliativo de direitos, que consiste na outorga da possibilidade de prática de determinada conduta.
  • D É o ato administrativo vinculado, por meio do qual se reconhece a alguém o direito de ingressar em determinada situação jurídica.
  • E É o ato administrativo vinculado de controle de legalidade que cuida da conformação de um ato administrativo à lei, dando eficácia ao ato controlado.
55

O poder de polícia é uma prerrogativa fundamental exercida pela administração pública para regular, fiscalizar e controlar as atividades particulares. Esse poder, conferido pelo ordenamento jurídico, permite que o Estado intervenha de maneira preventiva e reguladora em diversas esferas da sociedade, assegurando o equilíbrio entre os direitos individuais e as necessidades da coletividade. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que define CORRETAMENTE o poder de polícia da administração pública:

  • A O poder de polícia é exclusivo da Polícia Federal, sendo responsável pela investigação e repressão de crimes federais.
  • B Poder de polícia é a capacidade da administração pública de fiscalizar e regulamentar as atividades particulares, visando ao bem-estar coletivo e ao interesse público.
  • C O poder de polícia é a prerrogativa dos órgãos judiciais de julgar os processos administrativos instaurados pela administração pública.
  • D Poder de polícia é a autorização dada à administração pública para intervir diretamente nas atividades privadas, visando à maximização dos lucros.
  • E O poder de polícia é restrito aos órgãos de segurança pública, permitindo-lhes o uso da força para manter a ordem e a tranquilidade.
56

Divide-se, a Administração Pública, em direta e indireta, com vistas à prestação de serviço público nas áreas de interesse coletivo, como saúde, educação, transporte, previdência, segurança pública e desenvolvimento econômico. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que conceitua CORRETAMENTE a Administração Pública direta.

  • A A administração direta compreende órgãos e entidades que atuam de forma autônoma, sem qualquer subordinação ao Poder Executivo.
  • B Administração direta é o conjunto de entidades e empresas públicas que exercem atividades econômicas em nome do Estado.
  • C A administração direta é formada por autarquias, fundações e empresas estatais, responsáveis por executar as políticas públicas.
  • D A administração direta é constituída pelos órgãos relacionados aos entes da federação, como a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, subordinando-se ao chefe do executivo do respectivo ente.
  • E A administração direta abrange as organizações sociais e as organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs) que atuam em parceria com o Estado.
57

Assinale a alternativa CORRETA no que diz respeito ao requisito do ato administrativo:

  • A A competência é o poder atribuído ao agente público para o desempenho de suas funções. Trata-se de atribuição improrrogável, uma vez que o seu não exercício não a extingue pelo desuso.
  • B A presença de motivação, quando a lei exige, é defeito de forma do ato, pois motivação é informal.
  • C O objeto do ato administrativo está ligado aos efeitos imediatos decorrentes do ato. 
  • D Nenhum ato deve ser praticado voltado para satisfazer o interesse público, tratando-se, por isso, de requisito vinculado, pois se admite fim diverso.
58

O ato administrativo reveste-se de propriedades jurídicas específicas, que o distingue do ato de direito privado, quais sejam, segundo a mais moderna doutrina, presunção de legitimidade, imperatividade, exigibilidade, autoexecutoriedade e tipicidade. Sob esta ótica, a respeito da presunção de legitimidade, é CORRETO afirmar que:

  • A O ato administrativo tem fé pública e goza de presunção de legitimidade. Somente em situações excepcionais, desde que haja prova robusta e cabal, se pode autorizar o afastamento da justificativa do interesse público à sua desconstituição.
  • B Aplica-se exclusivamente aos atos administrativos decorrentes da atividade legiferante exercida pelo poder legislativo.
  • C Trata-se presunção absoluta, inadmitindo contestação em qualquer instância.
  • D Não implica sujeição da Administração Pública ao princípio da legalidade. 
59

O Direito Administrativo é conjunto de princípios e normas reguladoras do exercício da função administrativa. Neste sentido, é CORRETO afirmar que o Direito Administrativo:

  • A Confere ao Estado poderes amplos e absolutos, sobretudo quando está em questão o interesse público.
  • B É ramo do direito privado que disciplina a função administrativa do Estado. 
  • C Desconsidera, quando das relações com os entes privados, os fins almejados pelo Estado.
  • D Tem por objetos órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública.
60

Quanto à formalização dos contratos administrativos (Lei 8.666/93) é INCORRETO afirmar que:

  • A Os contratos e seus aditamentos serão lavrados nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cronológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas, de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
  • B O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
  • C A Administração deverá, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços atualizados de conformidade com o ato convocatório.
  • D É permitido a qualquer licitante o conhecimento dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada, mediante o pagamento dos emolumentos devidos.

Direito Penal

61

Conforme o teor da chamada Lei de Drogas (Lei nº 11.343/2006) acerca das internações voluntária e involuntária do dependente de drogas, assinale a alternativa CORRETA.

  • A A internação involuntária deve ser realizada após a formalização da decisão por profissional da saúde ou da segurança pública.
  • B Todas as internações e altas de que trata a Lei referida deverão ser informadas ao Ministério Público em, no máximo, 48 (quarenta e oito) horas.
  • C A internação, inclusive a voluntária, só será indicada quando os recursos extra-hospitalares se mostrarem insuficientes.
  • D A internação involuntária perdurará por, no máximo, 120 (cento e vinte) dias.
  • E A internação voluntária terá seu término determinado apenas pelo médico responsável.
62

Tendo como referência os apontamentos trazidos pelo Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa na qual consta prestação de serviço NÃO sujeita à cobrança de taxa.

  • A Expedição de segunda via de porte federal de arma de fogo.
  • B Cadastro de armeiro em atividade no País.
  • C Renovação de porte de arma de fogo.
  • D Expedição de segunda via de registro de arma de fogo.
  • E Renovação de registro de arma de fogo.
63

Consoante as previsões do Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), assinale a alternativa CORRETA entre as perfiladas abaixo.

  • A Aos integrantes das guardas municipais dos Municípios que integram regiões metropolitanas será autorizado porte de arma de fogo, quando em serviço ou não.
  • B A autorização para o porte de arma de fogo das guardas municipais é incondicional.
  • C Os agentes, operacionais ou não, da Agência Brasileira de Inteligência podem portar arma de fogo em todo o território nacional.
  • D A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido é de competência da Polícia Federal, mas somente será concedida após autorização do Sinarm.
  • E É permitido o porte de arma de fogo apenas para os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes.
64

Segundo o disposto no Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/2003), NÃO compete ao Sistema Nacional de Armas (Sinarm):

  • A Identificar as modificações que alterem o funcionamento de arma de fogo.
  • B Registrar as armas de fogo, identificando a propriedade destas.
  • C Cadastrar os armeiros em atividade no País.
  • D Integrar no cadastro os acervos policiais já existentes.
  • E Cadastrar as apreensões de armas de fogo.
65

Considerando-se o expressamente disposto na Lei nº 9.455/1997, que define os crimes de tortura e dá outras providências, assinale a alternativa CORRETA dentre as exibidas a seguir.

  • A O crime de tortura é inafiançável, imprescritível e insuscetível de graça ou anistia.
  • B A condenação acarretará a perda inclusive do emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
  • C O disposto na Lei em apreço aplica-se apenas quando o crime tenha sido cometido em território nacional.
  • D O condenado por crime previsto na Lei referida deverá iniciar sempre o cumprimento da pena em regime fechado.
  • E Aquele que se omite em face das condutas descritas na Lei em comento, quando tinha apenas o dever de apurá-las, não incorre em qualquer pena.
66

De acordo com os dizeres da Lei do Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019) sobre os efeitos da condenação e das penas, assinale a alternativa CORRETA.

  • A Entre os efeitos da condenação, encontra-se a inabilitação para o exercício de cargo público por até 8 (oito) anos.
  • B As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas apenas de forma autônoma.
  • C A prestação de serviços a entidades públicas é uma das penas restritivas de direitos prevista na lei em referência.
  • D A sanção de perda do cargo público independe da reincidência em crime de abuso de autoridade.
  • E A pena de suspensão do exercício do cargo dar-se-á sem a perda dos vencimentos e das vantagens.
67

Segundo a intitulada Lei do Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019), decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento ao juízo é crime, com pena prevista de:

  • A Detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
  • B Reclusão, de 1 (um) a 5 (quatro) anos.
  • C Detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
  • D Reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da pena cominada à violência.
  • E Detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano.
68

No contexto da intitulada Lei do Abuso de Autoridade (Lei nº 13.869/2019), assinale a alternativa CORRETA dentre as abaixo expostas.

  • A As condutas descritas nesta Lei constituem crime de abuso de autoridade quando praticadas pelo agente, com ou sem a finalidade específica de prejudicar outrem.
  • B É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, desde que servidor, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes.
  • C Reputa-se agente público, para os efeitos da Lei citada, todo aquele que exerce, desde que permanentemente e com remuneração, emprego ou função pública.
  • D Os crimes previstos na referida Lei são de ação penal pública condicionada.
  • E Será admitida ação penal privada, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa.
69

Considere o seguinte caso hipotético e, na sequência, responda ao que se pede.
Maria e André tiveram um relacionamento amoroso que terminou de forma conturbada. Maria não conseguiu superar o término e desenvolveu sentimentos obsessivos por André. Ela começou a monitorar suas redes sociais, a segui-lo de perto em locais públicos e a enviar mensagens constantes, mesmo após ele ter deixado claro que desejava manter distância. Maria também passou a enviar mensagens ameaçadoras para André, dizendo que se ele não voltasse para ela, ela faria coisas terríveis contra ele e sua família. Além disso, ela começou a difamar André nas redes sociais, espalhando informações falsas sobre sua vida pessoal e profissional. André ficou extremamente preocupado e amedrontado com o comportamento obsessivo e ameaçador de Maria. Ele procurou a polícia e registrou queixa contra ela, apresentando como prova as mensagens ameaçadoras e o monitoramento constante. Durante as investigações, ficou evidente que Maria estava agindo de forma deliberada para perturbar a paz de André, causando-lhe medo e angústia. As mensagens ameaçadoras e difamatórias demonstraram a intenção de causar dano emocional e psicológico a André.
É CORRETO afirmar que Maria praticou o crime de:

  • A Constrangimento ilegal.
  • B Ameaça.
  • C Perseguição.
  • D Injúria.
  • E Difamação.
70

Ana e Rafael trabalham juntos no Município de Atenas, como Guardas Civis Municipais. Eles sempre tiveram uma relação profissional cordial, mas nos últimos meses, Ana percebeu que Rafael estava tendo um desempenho abaixo do esperado em suas tarefas. Certo dia, durante uma reunião com a equipe, Ana não conseguiu se conter e, diante de todos os colegas, afirmou que havia ouvido rumores de que Rafael estava desviando recursos do órgão para benefício próprio. Ana fez essa afirmação de forma categórica, sem apresentar nenhuma prova concreta para respaldar suas palavras. Rafael ficou extremamente constrangido e sentiu sua reputação abalada diante de seus colegas e superiores. Além disso, a informação não era verdadeira; Rafael nunca havia se envolvido em qualquer atividade ilícita ou desvio de recursos. Após a reunião, alguns colegas comentaram sobre o que Ana havia dito e a notícia rapidamente se espalhou. Rafael se sentiu humilhado e prejudicado em sua imagem profissional. Ele procurou um advogado e decidiu tomar medidas legais contra Ana, alegando que ela havia cometido crime ao acusá-lo falsamente perante seus colegas e superiores. No processo criminal, Rafael apresentou testemunhas que atestaram sua conduta profissional íntegra e que confirmaram que a acusação de desvio de recursos era completamente infundada. Ana, por sua vez, tentou justificar suas palavras dizendo que estava apenas compartilhando os “rumores” que havia ouvido, sem intenção de prejudicar Rafael. O juiz considerou que Ana agiu com dolo, ou seja, com a intenção de imputar a Rafael uma conduta criminosa que ela sabia ser falsa. A falta de provas e a divulgação pública da acusação prejudicaram a reputação de Rafael, afetando negativamente sua carreira profissional e sua imagem. Ana foi condenada, além de ser obrigada a retratar-se publicamente, restaurando a reputação de Rafael. Dentre as alternativas abaixo, assinale a que descreve CORRETAMENTE o crime praticado por Ana:

  • A Calúnia.
  • B Difamação.
  • C Injúria.
  • D Constrangimento ilegal.
  • E Perseguição.

Noções de Informática

71

Considere a planilha abaixo em uma versão recente do Excel em Português, na qual lista alguns alunos de uma disciplina em uma escola:


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Considere novamente a planilha da questão 42.
Um funcionário da escola precisa exibir na célula B6 o menor valor para “Nota 1” obtida pelos alunos. Assinale a alternativa que apresenta uma fórmula válida para obter o resultado desejado pelo funcionário no Excel.

  • A =MENOR(B2;B5;1)
  • B =MENOR(B2:B5;1)
  • C =MÍNIMO(B2;B5)
  • D =MÍNIMO(B2:B5;1)
72

Considere a planilha abaixo em uma versão recente do Excel em Português, na qual lista alguns alunos de uma disciplina em uma escola:


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Considere a planilha da questão anterior e responda o que se pede:

Um funcionário da escola precisa exibir na célula E2 o texto “APROVADO”, caso a média aritmética das notas da estudante “Ana” for maior ou igual a 7,0. Caso contrário, deve-se exibir o texto “REPROVADO”. Assinale a alternativa que apresenta uma fórmula válida para obter o resultado desejado pelo funcionário no Excel.

  • A =SE(MÉDIA(B2:D2) > 7; “APROVADO”; “REPROVADO”)
  • B =SE(MÉDIA(B2;D2) > 7; “APROVADO”; “REPROVADO”)
  • C =SE(MÉDIA(B2;D2) >= 7; “APROVADO”; “REPROVADO”)
  • D =SE(MÉDIA(B2:D2) < 7; “REPROVADO”; “APROVADO”)
73

Considere a planilha abaixo em uma versão recente do Excel em Português, na qual lista alguns alunos de uma disciplina em uma escola:


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas
Um funcionário da escola precisa exibir na célula E2 a média aritmética das notas da estudante “Ana”. Assinale a alternativa que apresenta uma fórmula válida para obter o resultado desejado pelo funcionário no Excel. 
  • A =MED(B2;D2)
  • B =MÉDIA(B2:D2)
  • C =MÉDIA(B2;D2)
  • D =MÉDIA.ARITMÉTICA(B2:D2)
74

Assinale a alternativa que descreve a finalidade da opção “Quebra de página” no Microsoft Word.

  • A Adicionar uma página em branco ao documento.
  • B Dividir o texto em várias colunas.
  • C Inserir uma página de rosto automaticamente.
  • D Forçar o início de uma nova página a partir do ponto selecionado.
75

No Microsoft Excel, qual das seguintes funções é usada para contar o número de células em um intervalo que atende a determinados critérios? Assinale a alternativa CORRETA.

  • A SOMA
  • B MÉDIA
  • C CONT.VALORES
  • D CONT.SE
76

No ambiente de trabalho, é muito comum o uso de correio eletrônico (e-mail), que é uma forma de enviar e receber mensagens através da rede. A respeito deste tópico, associe os conceitos a seguir às suas definições, tomando como base o correio eletrônico do Google, o Gmail.

I- Caixa de entrada. II- Spam. III- Lixeira.

(__) Local onde ficam e-mails deletados pelo usuário. (__) Local onde ficam os e-mails recebidos pelo usuário. (__) Local onde ficam e-mails filtrados pelo Gmail como “não desejados” ou fraudulentos.

Assinale a alternativa que apresenta a associação CORRETA, em sua ordem respectiva.

  • A II – I – III.
  • B II – III – I.
  • C III – II – I.
  • D III – I – II.
77

Um termo bastante utilizado na atualidade é “computação em nuvem”, que é a oferta de diversos tipos de serviços de computação por meio da Internet.

Nesse sentido, são exemplos de serviço de armazenamento em nuvem:

  • A Google Drive e Onedrive.
  • B Google Chrome e Microsoft Edge.
  • C Microsoft Excel e Microsoft Word.
  • D Winrar e Winzip.
78

Analise a seguinte situação hipotética:

Isabela acabou de tomar posse na Secretaria de Saúde do município e recebeu um e-mail de acesso corporativo. O supervisor de Isabela solicitou que ela enviasse um arquivo para outro colaborador da secretaria, via mensagem de e-mail.

Desta forma, Isabela deve:

  • A Utilizar seu e-mail pessoal para enviar a mensagem.
  • B Criar um novo e-mail para enviar a mensagem.
  • C Utilizar seu e-mail corporativo para enviar a mensagem.
  • D Solicitar acesso ao e-mail do seu supervisor para enviar a mensagem.
79

Analise a seguinte situação hipotética:

Luana trabalha na Secretaria de Educação do município e está enfrentando um problema na sua máquina. Após ligar para o suporte, o técnico de TI lhe informou que precisará acessar remotamente o computador de Luana para conseguir resolver o problema.

Assinale a alternativa que contém duas opções de aplicativos de acesso remoto que Luana poderia utilizar neste caso específico.

  • A Zoom ou Google Meet.
  • B Discord ou Teamspeak.
  • C Anydesk ou TeamViewer.
  • D Mozilla Firefox ou Opera.
80

Analise a seguinte situação hipotética:


Adriana está operando uma planilha e deseja que, abaixo da célula que contém o dia 08/ago, apareçam os demais dias de agosto, a partir do dia 09. 



Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


Sabendo dessa informação, qual das ações abaixo mostrará para Adriana todos os dias do mês de agosto? Assinale a alternativa CORRETA.

  • A Digitar, na célula abaixo daquela que tem o dia 08/ago, a fórmula =dias(agosto; 9; 31).
  • B Digitar, na célula abaixo daquela que tem o dia 08/ago, a fórmula =complete(::31).
  • C Clicar no canto inferior direito duas vezes e preencher o formulário com as informações 9 e 31.
  • D Clicar no canto inferior direito e arrastar para baixo, até aparecer o dia 31/ago.
81

Programas como o Microsoft Excel permitem ao usuário criar planilha eletrônica envolvendo cálculos e gráficos avançados, manipulando grandes volumes de dados. Considere a planilha abaixo em uma versão recente do Excel em Português, na qual lista as unidades de um produto vendidas por uma empresa pelo país: 


Considere que o usuário precisa calcular a média dos valores apenas dos estados que tiveram mais de 5.000 unidades comercializadas. Assinale a alternativa que apresenta o nome da função do Excel que permite atingir o objetivo desejado. 

  • A MÉDIA
  • B MÉDIAA
  • C MÉDIASE
  • D MÉDIASES
82

Para acessar o Explorador de Arquivos utilizando o teclado no Windows 7, é necessário pressionar:

  • A Logotipo do Windows + D
  • B Ctrl + T
  • C Ctrl + Alt + A
  • D Logotipo do Windows + E
83

Uma das áreas que mais cresce no meio tecnológico é a de Comunicação, que possibilita à sociedade trocar mensagens de forma ágil e dinâmica. Uma das soluções disponíveis na área de comunicação caracteriza-se como um aplicativo gratuito de comunicação que permite que o usuário converse por voz, vídeo e texto com amigos, comunidades de jogos e desenvolvedores, podendo ser usado em quase todas as plataformas e dispositivos conhecidos, incluindo Windows, macOS, Linux, iOS, iPadOS, Android e navegadores. Nesta plataforma, qualquer pessoa pode criar um servidor de graça para reunir amigos em um bate-papo em grupo, por texto ou por voz, e cada usuário tem uma tag única nessa solução. Assinale a alternativa que apresenta o nome deste aplicativo de comunicação.

  • A Duo.
  • B Skype.
  • C Discord.
  • D Telegram.
84

Apesar do amplo uso de serviços de e-mail online, ainda é possível verificar usuários empregando programas para a gestão de suas contas de e-mail e caixas de entrada, como E-mail do Windows e Mozilla Thunderbird. Um usuário deseja enviar uma proposta comercial para um cliente, com cópia para o seu gerente. Entretanto, o cliente não pode saber que o gerente do usuário recebeu a proposta. Assinale a alternativa que apresenta o nome do campo onde o usuário deverá informar o e-mail do cliente.

  • A DE
  • B CC
  • C CCO
  • D PARA
85

Sobre o Microsoft Word 2019/365, idioma português, configuração padrão, é possível a inserção de uma quebra de página:

  • A Por meio das Guias Layout e Inserir ou por meio da combinação de teclas CTRL+ENTER.
  • B Por meio das Guias Layout e Inserir ou por meio da combinação de teclas CTRL+V.
  • C Por meio das Guias Revisão e Inserir acrescentando a combinação de teclas CTRL+ENTER.
  • D Por meio das Guias Layout e Inserir ou por meio da combinação de teclas CTRL+ALT+DEL.
86

O aplicativo de planilhas eletrônicas MS-EXCEL permite importar dados para alimentar suas planilhas, sendo compatível com os formatos:

  • A PNG, XLS e PDF, por meio da guia inserir.
  • B JPEG, CSV e DOCX, por meio da guia inserir.
  • C JSON, XML e CSV, por meio da guia dados.
  • D JSON, CSV e PDF, por meio da guia inserir.
87

Considere a planilha abaixo em uma versão recente do Excel em Português, na qual lista alguns alunos de uma disciplina em uma escola: Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas

Um funcionário da escola precisa exibir na célula B6 o maior valor para “Nota 1” obtida pelos alunos. Assinale a alternativa que apresenta uma fórmula válida para obter o resultado desejado pelo funcionário no Excel:

  • A =MAIOR(B2;B5;1)
  • B =MAIOR(B2:B5;1)
  • C =MÁXIMO(B2;B5)
  • D =MÁXIMO(B2:B5;1)
88

Navegadores como Microsoft Edge, Google Chrome e Mozilla Firefox têm papel essencial para usuários da Internet, pois são aplicativos que carregam e exibem as diversas páginas da Internet. Considere um usuário que está com uma página aberta e deseja buscar pela palavra “Concurso” no texto do site em exibição. Assinale a alternativa que apresenta o atalho de teclado no Edge, Chrome e Firefox para realizar o processo desejado.

  • A Ctrl + A
  • B Ctrl + F
  • C Ctrl + L
  • D Ctrl + U
89

Nos ambientes organizacionais, é comum o emprego de ferramentas de produtividade, como o Microsoft Word, a partir da oferta de diversos recursos que possibilitam a construção de documentos profissionais eficientemente. Considere um usuário que está trabalhando em um documento numa versão recente do Microsoft Word em Português e deseja adicionar campos que trazem informações sobre o documento, como “autor”, “categoria” e “título”. Assinale a alternativa que descreve o nome deste recurso disponível na aba “Inserir” do Microsoft Word.

  • A Partes Rápidas.
  • B Letra Capitular.
  • C Meus Suplementos.
  • D Referência Cruzada.
90

Nos ambientes organizacionais é comum o emprego de ferramentas de produtividade, como o Microsoft Word, a partir da oferta de diversos recursos que possibilitam a construção de documentos profissionais eficientemente. Considere um usuário que está trabalhando em um documento no Microsoft Word em Português e decide colar uma imagem criada no CorelDraw no texto, mantendo o vínculo com o arquivo original. Neste contexto, assinale a alternativa que descreve o nome do recurso no Microsoft Word para realizar a atividade desejada.

  • A SmartArt.
  • B Colar Especial.
  • C Colagem Padrão.
  • D Pincel de Formatação.

Ética na Administração Pública

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A ética tem a ver com características pessoais e influi diretamente no relacionamento entre pessoas. Sobre essas características, assinale a alternativa CORRETA:

  • A Destempero.
  • B Absenteísmo.
  • C Egocentrismo.
  • D Equidade.
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Assinale a alternativa que estabelece CORRETAMENTE as características de moral.

  • A É teórica e universal.
  • B É prática e atemporal.
  • C É prática e mutável. 
  • D É uma reflexão sobre a ética e de caráter subjetivo
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A ética é o conjunto de princípios e valores morais que conduzem o agir do ser humano. Como característica da ética profissional, podemos citar a seguinte situação:

  • A O profissional deve manter uma postura congruente com seus hábitos, fazendo com que tome atitudes baseadas em crenças e opiniões.
  • B É preciso manter a transparência nas atividades exercidas, ser honesto com os demais profissionais, fazendo com que todos sejam influenciados positivamente com seu trabalho.
  • C Demonstrar sua afinidade ou não com os colegas, desenvolvendo amizades ou inimizades que ajudem no crescimento profissional.
  • D Deixar seus objetivos profissionais de lado, observando apenas o crescimento da empresa e agindo de forma a alcançá-lo a qualquer custo.
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Em relação à Ética Profissional, marque o item INCORRETO:

  • A Ética profissional é o conjunto de normas éticas que formam a consciência do profissional e representam imperativos de sua conduta.
  • B O indivíduo que tem ética profissional cumpre com todas as atividades de sua profissão, seguindo apenas os princípios determinados pelo seu grupo de trabalho.
  • C Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode variar ligeiramente, graças a diferentes áreas de atuação.
  • D Há elementos da ética profissional que são universais e por isso aplicáveis a qualquer atividade profissional, como a honestidade, responsabilidade, competência e etc.
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No exercício de suas funções públicas, todos os servidores devem respeitar os valores éticos e morais que a sociedade nos impõe para o convívio harmônico em grupo. Assinale o item que não contém um valor ético necessário ao servidor público no exercício de sua função.
  • A Autoridade
  • B Alteridade
  • C Compromisso
  • D Responsabilidade
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O padrão ético dos servidores públicos no exercício de sua função pública advém de sua natureza, ou seja, do caráter público e de sua relação com o público. A ética no Serviço público decorre de três fatores, EXCETO:
  • A Da natureza do indivíduo.
  • B Da natureza do serviço executado.
  • C Da relação do servidor com o público.
  • D Da disposição do servidor público em ajudar a população.
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No contexto profissional, a ética visa a um bom desempenho nas atividades profissionais, principalmente no que tange ao relacionamento com usuários e demais colegas de trabalho.
Assinale a alternativa correta em relação à conduta ética do servidor em uma instituição pública.
  • A Manter tratamento cortês e respeitoso a superiores, colegas e subordinados, dependendo da posição hierárquica.
  • B Manter sigilo profissional no exercício das atividades.
  • C Usar informações e influências na posição em que ocupa na empresa, visando vantagem pessoal.
  • D Exercer atividades para as quais não possui qualificação, a fim de agradar colegas e superiores.
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A Ética pode e deve ser entendida como um conjunto de princípios básicos que norteiam a conduta do indivíduo, conceituando deveres e obrigações ao convívio em sociedade. Em todas as nossas relações e atos, em algum grau, utilizamos nossos valores éticos para nos auxiliar.

Assinale a alternativa que NÃO apresenta uma característica da ética.

  • A Orienta o comportamento de pessoas, grupos e organizações.
  • B Utiliza-se da cultura para fins de estudos e investigações relacionadas ao comportamento humano.
  • C É limitada a algumas sociedades humanas.
  • D Reflete tanto os valores passados como os vigentes das sociedades humanas.
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A ética é inerente à vida humana, sendo sua importância evidenciada na vida profissional do ser humano, pois cada profissional tem responsabilidades individuais e responsabilidades sociais, sendo um requisito indispensável ao profissional, porque na ação humana "o fazer" e "o agir" estão interligados.

Analisando do ponto de vista ético, o FAZER e o AGIR citado no texto, referem-se a:

  • A O fazer diz respeito ao salário que todo profissional deve receber para exercer bem a sua profissão. O agir se refere às ações profissionais, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.
  • B O fazer diz respeito a disposição de trabalhar que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à competência individual, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.
  • C O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes que deve assumir no desempenho de sua profissão.
  • D O fazer diz respeito à vontade de trabalhar que todo profissional deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à competência coletiva, ao conjunto de atitudes que o profissional deve assumir no desempenho de sua profissão.
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No contexto profissional, a ética visa a um bom desempenho nas atividades profissionais, principalmente no que tange ao relacionamento com usuários e demais colegas de trabalho.

Assinale a alternativa CORRETA em relação à conduta ética do servidor em uma instituição pública.

  • A Manter tratamento cortês e respeitoso a superiores, colegas e subordinados, dependendo da posição hierárquica.
  • B Manter sigilo profissional no exercício das atividades.
  • C Usar informações e influências na posição em que ocupa na empresa, visando vantagem pessoal.
  • D Exercer atividades para as quais não possui qualificação, a fim de agradar colegas e superiores.