Resolver o Simulado Enfermeiro - IBAM - Nível Superior

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Português

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O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O procurador que foi Uber por 4 meses: 'Não tive sensação de ser meu próprio chefe'.


O procurador do Ministério Público do Trabalho Ilan Fonseca tirou uma licença de quatro meses para ser motorista de Uber nas ruas de Salvador

Fonseca diz que a Uber tem um "contrato em pedaços" com os motoristas: além dos documentos iniciais, há também mensagens por e-mail ou pelo aplicativo enviados frequentemente aos motoristas, relata o procurador.

"Esse 'contrato em pedaços' contempla normas obrigatórias que surgem aos poucos para os motoristas", diz.

Fonseca fala em "doses homeopáticas" de informações relacionadas ao contrato e diz que isso "fragiliza, ainda mais, o conhecimento dos empregados sobre as informações necessárias acerca de suas condições de trabalho".

Ele dá como exemplo as mensagens com atualizações de condutas proibidas.

Depois da experiência, a conclusão do pesquisador é de que existe uma subordinação do motorista em relação à plataforma e que ela é "muito mais intensa do que a gente imagina".

"Além de todas as obrigações que um motorista de aplicativo deve seguir, os deveres dos trabalhadores da plataforma vêm também expressos em mensagens individualizadas diárias enviadas através do aplicativo, explicitando-se que o descumprimento dessas regras implica desativação e desligamento, diz.

Ele aponta, por exemplo, que os motoristas seguem regras indicadas pela Uber inclusive sobre conversar ou não com o passageiro (na categoria Comfort, o passageiro pode escolher a opção "prefiro viajar em silêncio").

O pesquisador diz que a possibilidade de aplicação de punições pela plataforma evidencia a ausência de autonomia dos motoristas, já que esse poder, segundo ele, não seria esperado em um suposto cenário de trabalho autônomo.

Nesse contexto, o procurador defende que a relação entre plataforma e motorista deveria ser enquadrada nas leis trabalhistas já existentes no Brasil.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxwz24r3 p8yo.adaptado.

Além de todas as obrigações que um motorista de aplicativo deve seguir, os deveres dos trabalhadores da plataforma vêm também expressos em mensagens individualizadas diárias enviadas através do aplicativo, explicitando-se que o descumprimento dessas regras implica desativação e desligamento.

De acordo com as regras de acentuação, é correto afirmar que:

  • A 'diárias' recebe acento por duas regras distintas: paroxítona terminada em ditongo e por ser proparoxítona.
  • B 'através' e 'desativação' recebem acento por serem vocábulos oxítonos terminados em 'e(s)' e 'o', respectivamente.
  • C 'além − vêm − também' são vocábulos acentuados pela mesma regra gramatical.
  • D o verbo 'vêm' recebe acento diferencial por ser plural, em contraposição à sua conjugação na terceira pessoa do singular.
  • E há dois vocábulos acentuados por pertencerem à regra das proparoxítonas.
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O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O procurador que foi Uber por 4 meses: 'Não tive sensação de ser meu próprio chefe'.


O procurador do Ministério Público do Trabalho Ilan Fonseca tirou uma licença de quatro meses para ser motorista de Uber nas ruas de Salvador

Fonseca diz que a Uber tem um "contrato em pedaços" com os motoristas: além dos documentos iniciais, há também mensagens por e-mail ou pelo aplicativo enviados frequentemente aos motoristas, relata o procurador.

"Esse 'contrato em pedaços' contempla normas obrigatórias que surgem aos poucos para os motoristas", diz.

Fonseca fala em "doses homeopáticas" de informações relacionadas ao contrato e diz que isso "fragiliza, ainda mais, o conhecimento dos empregados sobre as informações necessárias acerca de suas condições de trabalho".

Ele dá como exemplo as mensagens com atualizações de condutas proibidas.

Depois da experiência, a conclusão do pesquisador é de que existe uma subordinação do motorista em relação à plataforma e que ela é "muito mais intensa do que a gente imagina".

"Além de todas as obrigações que um motorista de aplicativo deve seguir, os deveres dos trabalhadores da plataforma vêm também expressos em mensagens individualizadas diárias enviadas através do aplicativo, explicitando-se que o descumprimento dessas regras implica desativação e desligamento, diz.

Ele aponta, por exemplo, que os motoristas seguem regras indicadas pela Uber inclusive sobre conversar ou não com o passageiro (na categoria Comfort, o passageiro pode escolher a opção "prefiro viajar em silêncio").

O pesquisador diz que a possibilidade de aplicação de punições pela plataforma evidencia a ausência de autonomia dos motoristas, já que esse poder, segundo ele, não seria esperado em um suposto cenário de trabalho autônomo.

Nesse contexto, o procurador defende que a relação entre plataforma e motorista deveria ser enquadrada nas leis trabalhistas já existentes no Brasil.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxwz24r3 p8yo.adaptado.

O pesquisador diz que 'a possibilidade de aplicação de punições pela plataforma evidencia a ausência de autonomia dos motoristas'.

Sintaticamente, é correto afirmar que, na expressão destacada:

  • A 'a possibilidade de aplicação de punições pela plataforma' representa um termo essencial da oração.
  • B trata-se de um predicado verbo-nominal, existindo, assim, dois núcleos.
  • C 'evidencia a ausência de autonomia dos motoristas' trata-se de um termo acessório da oração.
  • D o sujeito é representado pela expressão 'a possibilidade de aplicação'.
  • E 'evidencia', na expressão destacada, comporta-se como um verbo transitivo indireto.
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O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O procurador que foi Uber por 4 meses: 'Não tive sensação de ser meu próprio chefe'.


O procurador do Ministério Público do Trabalho Ilan Fonseca tirou uma licença de quatro meses para ser motorista de Uber nas ruas de Salvador

Fonseca diz que a Uber tem um "contrato em pedaços" com os motoristas: além dos documentos iniciais, há também mensagens por e-mail ou pelo aplicativo enviados frequentemente aos motoristas, relata o procurador.

"Esse 'contrato em pedaços' contempla normas obrigatórias que surgem aos poucos para os motoristas", diz.

Fonseca fala em "doses homeopáticas" de informações relacionadas ao contrato e diz que isso "fragiliza, ainda mais, o conhecimento dos empregados sobre as informações necessárias acerca de suas condições de trabalho".

Ele dá como exemplo as mensagens com atualizações de condutas proibidas.

Depois da experiência, a conclusão do pesquisador é de que existe uma subordinação do motorista em relação à plataforma e que ela é "muito mais intensa do que a gente imagina".

"Além de todas as obrigações que um motorista de aplicativo deve seguir, os deveres dos trabalhadores da plataforma vêm também expressos em mensagens individualizadas diárias enviadas através do aplicativo, explicitando-se que o descumprimento dessas regras implica desativação e desligamento, diz.

Ele aponta, por exemplo, que os motoristas seguem regras indicadas pela Uber inclusive sobre conversar ou não com o passageiro (na categoria Comfort, o passageiro pode escolher a opção "prefiro viajar em silêncio").

O pesquisador diz que a possibilidade de aplicação de punições pela plataforma evidencia a ausência de autonomia dos motoristas, já que esse poder, segundo ele, não seria esperado em um suposto cenário de trabalho autônomo.

Nesse contexto, o procurador defende que a relação entre plataforma e motorista deveria ser enquadrada nas leis trabalhistas já existentes no Brasil.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxwz24r3 p8yo.adaptado.

Ele aponta, por exemplo, que os motoristas seguem regras indicadas pela Uber inclusive sobre conversar ou não com o passageiro (na categoria Comfort, o passageiro pode escolher a opção "prefiro viajar em silêncio").

Assinale a opção correta quanto às classes de palavras dos termos mencionados.

  • A 'aponta' = verbo defectivo conjugado na terceira pessoa
  • B 'que' = pronome relativo
  • C 'indicadas' = adjetivo feminino biforme
  • D 'a' (opção) = preposição
  • E 'em silêncio' = locução adjetiva
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O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O procurador que foi Uber por 4 meses: 'Não tive sensação de ser meu próprio chefe'.


O procurador do Ministério Público do Trabalho Ilan Fonseca tirou uma licença de quatro meses para ser motorista de Uber nas ruas de Salvador

Fonseca diz que a Uber tem um "contrato em pedaços" com os motoristas: além dos documentos iniciais, há também mensagens por e-mail ou pelo aplicativo enviados frequentemente aos motoristas, relata o procurador.

"Esse 'contrato em pedaços' contempla normas obrigatórias que surgem aos poucos para os motoristas", diz.

Fonseca fala em "doses homeopáticas" de informações relacionadas ao contrato e diz que isso "fragiliza, ainda mais, o conhecimento dos empregados sobre as informações necessárias acerca de suas condições de trabalho".

Ele dá como exemplo as mensagens com atualizações de condutas proibidas.

Depois da experiência, a conclusão do pesquisador é de que existe uma subordinação do motorista em relação à plataforma e que ela é "muito mais intensa do que a gente imagina".

"Além de todas as obrigações que um motorista de aplicativo deve seguir, os deveres dos trabalhadores da plataforma vêm também expressos em mensagens individualizadas diárias enviadas através do aplicativo, explicitando-se que o descumprimento dessas regras implica desativação e desligamento, diz.

Ele aponta, por exemplo, que os motoristas seguem regras indicadas pela Uber inclusive sobre conversar ou não com o passageiro (na categoria Comfort, o passageiro pode escolher a opção "prefiro viajar em silêncio").

O pesquisador diz que a possibilidade de aplicação de punições pela plataforma evidencia a ausência de autonomia dos motoristas, já que esse poder, segundo ele, não seria esperado em um suposto cenário de trabalho autônomo.

Nesse contexto, o procurador defende que a relação entre plataforma e motorista deveria ser enquadrada nas leis trabalhistas já existentes no Brasil.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxwz24r3 p8yo.adaptado.

Esse contrato em pedaços 'contempla' normas obrigatórias que 'surgem' aos poucos.

Os verbos destacados, nesta frase, comportam-se, respectivamente, como verbos:

  • A Bitransitivo − bitransitivo.
  • B Transitivo direto − intransitivo.
  • C Intransitivo − transitivo indireto.
  • D Transitivo direto − transitivo indireto.
  • E Bitransitivo − transitivo indireto.
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O texto seguinte servirá de base para responder à questão.


O procurador que foi Uber por 4 meses: 'Não tive sensação de ser meu próprio chefe'.


O procurador do Ministério Público do Trabalho Ilan Fonseca tirou uma licença de quatro meses para ser motorista de Uber nas ruas de Salvador

Fonseca diz que a Uber tem um "contrato em pedaços" com os motoristas: além dos documentos iniciais, há também mensagens por e-mail ou pelo aplicativo enviados frequentemente aos motoristas, relata o procurador.

"Esse 'contrato em pedaços' contempla normas obrigatórias que surgem aos poucos para os motoristas", diz.

Fonseca fala em "doses homeopáticas" de informações relacionadas ao contrato e diz que isso "fragiliza, ainda mais, o conhecimento dos empregados sobre as informações necessárias acerca de suas condições de trabalho".

Ele dá como exemplo as mensagens com atualizações de condutas proibidas.

Depois da experiência, a conclusão do pesquisador é de que existe uma subordinação do motorista em relação à plataforma e que ela é "muito mais intensa do que a gente imagina".

"Além de todas as obrigações que um motorista de aplicativo deve seguir, os deveres dos trabalhadores da plataforma vêm também expressos em mensagens individualizadas diárias enviadas através do aplicativo, explicitando-se que o descumprimento dessas regras implica desativação e desligamento, diz.

Ele aponta, por exemplo, que os motoristas seguem regras indicadas pela Uber inclusive sobre conversar ou não com o passageiro (na categoria Comfort, o passageiro pode escolher a opção "prefiro viajar em silêncio").

O pesquisador diz que a possibilidade de aplicação de punições pela plataforma evidencia a ausência de autonomia dos motoristas, já que esse poder, segundo ele, não seria esperado em um suposto cenário de trabalho autônomo.

Nesse contexto, o procurador defende que a relação entre plataforma e motorista deveria ser enquadrada nas leis trabalhistas já existentes no Brasil.


https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxwz24r3 p8yo.adaptado.

Ilan Fonseca é procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT) desde 2012; antes, foi auditor-fiscal do trabalho.

De acordo com o texto base, durante sua experiência como motorista de Uber, o procurador Ilan Fonseca:

  • A constatou que as mensagens com atualizações de condutas proibidas são uma prática comum entre as plataformas de transporte, o que não afeta significativamente o conhecimento dos motoristas sobre suas condições de trabalho.
  • B observou que a plataforma tem um contrato em pedaços com os motoristas, incluindo normas obrigatórias informadas aos poucos por meio de mensagens por e-mail ou pelo aplicativo, fragilizando o conhecimento sobre condições de trabalho.
  • C concluiu que as atualizações de condutas proibidas enviadas aos motoristas fragilizam ainda mais o conhecimento dos empregados sobre as informações necessárias acerca de suas condições de trabalho.
  • D não encontrou evidências de subordinação do motorista em relação à plataforma, pois a Uber oferece total autonomia aos motoristas em suas atividades profissionais.
  • E afirmou que a subordinação do motorista em relação à plataforma é mínima, e que a autonomia dos motoristas é plenamente respeitada pela Uber.
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A dúvida que ficou

Vladimir Souza Carvalho | Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras | 24/05/2024


    Minha caneca era de alumínio, cor branca, já com pontos pretos, marcas das pancadas recebidas. Nela mamãe colocava café com leite que eu esperava esfriar para tomar. Inocentemente, dizia que, quando crescesse, compraria uma geladeira para tomar o café gelado, bem gelado. Não sei quanto tempo levei assim procedendo. De certeza, quando a geladeira chegou lá em casa, saudada com vivas de todos nós, só faltando foguetes, atração de nossa adoração por alguns dias, o projeto do café gelado com leite não era nem lembrado, quanto mais tornado realidade.


    Então, apareceram outros costumes, ou manias, de preferir da galinha o pé – gosto estranho que minha cegueira não me permitia perceber que pé de galinha só serve para roer, e eu não era nenhum rato. Mas, é dessa época, talvez, talvez, que o ovo da galinha morta, em penca, a exibir vários, de todos os tamanhos, ao que me lembro, só a gema, ovos interligados, começaram a me atrair a atenção e a GULOSEIMA/GULOZEIMA, eu na espera de que ninguém o colhesse na vasilha colocada à mesa antes de mim. Penso que foi uma espetacular ASCENSÃO/ASSENÇÃO pular do pé da galinha para o ovo, relegado o primeiro ao ostracismo na vasilha, porque, depois de mim, ninguém mais por ele ESTERNOU/EXTERNOU interesse, nem acredito que os gatos e os cães manifestassem preferência. O mau gosto era só meu, trazendo a minha marca registrada.


    O pé de galinha ficou a me perseguir a vida inteira, bastava ver um na vasilha para me lembrar, no que doía a péssima escolha, eu procurando uma justificativa para legitimar minha experiência, sem ter até agora obtido qualquer explicação digna de um almirante batavo, a supor hoje que fui induzido e caí na conversa, quem pode me ajudar a desenterrar o passado a fim de cavar o motivo real, quem?, papai, mamãe, Alba, Bosco, os três primeiros se foram, Bosco quiçá nem se lembre, infactível sentarmos hoje os cinco em torno da mesa, galgamos nós, os remanescentes, a casa dos setenta, com hábitos e gestos diferentes daqueles dos dois meninos de ontem, mamãe não corta mais nosso pedaço de CUSCUZ/CUSCUS, papai não toca com a colher quente que mexeu o café na minha mão, nem come sarapatel no sábado à noite, depois que chega da loja, nem sabe o que é pressão alta. Ah, sim, o tempo passou, lá fora, dentro de casa e dentro da gente.



CARVALHO, Vladimir Souza. A dúvida que ficou. Diário de Pernambuco, 25 de maio de 2024. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/opiniao/ 2024/05/a-duvida-que-ficou.html. Acesso em: 26 mai. 2024. Adaptado. 

Leia o excerto a seguir:

“papai, mamãe, Alba, Bosco, os três primeiros se foram, Bosco quiçá nem se lembre, infactível sentarmos hoje os cinco em torno da mesa, galgamos nós, os remanescentes, a casa dos setenta, com hábitos e gestos diferentes daqueles dos dois meninos de ontem” (3º parágrafo)

Caso esse excerto tivesse de ser reescrito de modo a adequar sua pontuação à norma padrão (sem, contudo, alterar o sentido original do enunciado), o novo trecho poderia ser corrigido da seguinte maneira:

  • A Papai, mamãe, Alba, Bosco, os três primeiros se foram: Bosco quiçá nem se lembre. Infactível sentarmos hoje os cinco. Em torno da mesa, galgamos nós, os remanescentes, a casa dos setenta. Com hábitos e gestos diferentes daqueles dos dois meninos de ontem.
  • B Papai, mamãe, Alba, Bosco... Os três primeiros se foram, Bosco quiçá nem se lembre! Infactível sentarmos hoje os cinco em torno da mesa. Galgamos nós, os remanescentes, a casa dos setenta, com hábitos e gestos. Diferentes daqueles dos dois meninos de ontem.
  • C Papai, mamãe, Alba, Bosco: os três primeiros se foram; Bosco quiçá nem se lembre. Infactível sentarmos. Hoje os cinco em torno da mesa, galgamos. Nós, os remanescentes, a casa dos setenta. Com hábitos e gestos diferentes daqueles dos dois meninos de ontem.
  • D Papai, mamãe, Alba, Bosco... Os três primeiros se foram. Bosco quiçá nem se lembre! Infactível sentarmos hoje os cinco em torno da mesa. Galgamos nós, os remanescentes, a casa dos setenta, com hábitos e gestos diferentes daqueles dos dois meninos de ontem.
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A dúvida que ficou

Vladimir Souza Carvalho | Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras | 24/05/2024


    Minha caneca era de alumínio, cor branca, já com pontos pretos, marcas das pancadas recebidas. Nela mamãe colocava café com leite que eu esperava esfriar para tomar. Inocentemente, dizia que, quando crescesse, compraria uma geladeira para tomar o café gelado, bem gelado. Não sei quanto tempo levei assim procedendo. De certeza, quando a geladeira chegou lá em casa, saudada com vivas de todos nós, só faltando foguetes, atração de nossa adoração por alguns dias, o projeto do café gelado com leite não era nem lembrado, quanto mais tornado realidade.


    Então, apareceram outros costumes, ou manias, de preferir da galinha o pé – gosto estranho que minha cegueira não me permitia perceber que pé de galinha só serve para roer, e eu não era nenhum rato. Mas, é dessa época, talvez, talvez, que o ovo da galinha morta, em penca, a exibir vários, de todos os tamanhos, ao que me lembro, só a gema, ovos interligados, começaram a me atrair a atenção e a GULOSEIMA/GULOZEIMA, eu na espera de que ninguém o colhesse na vasilha colocada à mesa antes de mim. Penso que foi uma espetacular ASCENSÃO/ASSENÇÃO pular do pé da galinha para o ovo, relegado o primeiro ao ostracismo na vasilha, porque, depois de mim, ninguém mais por ele ESTERNOU/EXTERNOU interesse, nem acredito que os gatos e os cães manifestassem preferência. O mau gosto era só meu, trazendo a minha marca registrada.


    O pé de galinha ficou a me perseguir a vida inteira, bastava ver um na vasilha para me lembrar, no que doía a péssima escolha, eu procurando uma justificativa para legitimar minha experiência, sem ter até agora obtido qualquer explicação digna de um almirante batavo, a supor hoje que fui induzido e caí na conversa, quem pode me ajudar a desenterrar o passado a fim de cavar o motivo real, quem?, papai, mamãe, Alba, Bosco, os três primeiros se foram, Bosco quiçá nem se lembre, infactível sentarmos hoje os cinco em torno da mesa, galgamos nós, os remanescentes, a casa dos setenta, com hábitos e gestos diferentes daqueles dos dois meninos de ontem, mamãe não corta mais nosso pedaço de CUSCUZ/CUSCUS, papai não toca com a colher quente que mexeu o café na minha mão, nem come sarapatel no sábado à noite, depois que chega da loja, nem sabe o que é pressão alta. Ah, sim, o tempo passou, lá fora, dentro de casa e dentro da gente.



CARVALHO, Vladimir Souza. A dúvida que ficou. Diário de Pernambuco, 25 de maio de 2024. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/opiniao/ 2024/05/a-duvida-que-ficou.html. Acesso em: 26 mai. 2024. Adaptado. 

No trecho “Penso que foi uma espetacular ascensão pular do pé da galinha para o ovo, relegado o primeiro ao ostracismo na vasilha, porque, depois de mim, ninguém mais por ele externou interesse, nem acredito que os gatos e os cães manifestassem preferência.” (2º parágrafo), a palavra sublinhada significa:

  • A Combate.
  • B Marginalização.
  • C Amadurecimento.
  • D Imundície.
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A dúvida que ficou

Vladimir Souza Carvalho | Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras | 24/05/2024


    Minha caneca era de alumínio, cor branca, já com pontos pretos, marcas das pancadas recebidas. Nela mamãe colocava café com leite que eu esperava esfriar para tomar. Inocentemente, dizia que, quando crescesse, compraria uma geladeira para tomar o café gelado, bem gelado. Não sei quanto tempo levei assim procedendo. De certeza, quando a geladeira chegou lá em casa, saudada com vivas de todos nós, só faltando foguetes, atração de nossa adoração por alguns dias, o projeto do café gelado com leite não era nem lembrado, quanto mais tornado realidade.


    Então, apareceram outros costumes, ou manias, de preferir da galinha o pé – gosto estranho que minha cegueira não me permitia perceber que pé de galinha só serve para roer, e eu não era nenhum rato. Mas, é dessa época, talvez, talvez, que o ovo da galinha morta, em penca, a exibir vários, de todos os tamanhos, ao que me lembro, só a gema, ovos interligados, começaram a me atrair a atenção e a GULOSEIMA/GULOZEIMA, eu na espera de que ninguém o colhesse na vasilha colocada à mesa antes de mim. Penso que foi uma espetacular ASCENSÃO/ASSENÇÃO pular do pé da galinha para o ovo, relegado o primeiro ao ostracismo na vasilha, porque, depois de mim, ninguém mais por ele ESTERNOU/EXTERNOU interesse, nem acredito que os gatos e os cães manifestassem preferência. O mau gosto era só meu, trazendo a minha marca registrada.


    O pé de galinha ficou a me perseguir a vida inteira, bastava ver um na vasilha para me lembrar, no que doía a péssima escolha, eu procurando uma justificativa para legitimar minha experiência, sem ter até agora obtido qualquer explicação digna de um almirante batavo, a supor hoje que fui induzido e caí na conversa, quem pode me ajudar a desenterrar o passado a fim de cavar o motivo real, quem?, papai, mamãe, Alba, Bosco, os três primeiros se foram, Bosco quiçá nem se lembre, infactível sentarmos hoje os cinco em torno da mesa, galgamos nós, os remanescentes, a casa dos setenta, com hábitos e gestos diferentes daqueles dos dois meninos de ontem, mamãe não corta mais nosso pedaço de CUSCUZ/CUSCUS, papai não toca com a colher quente que mexeu o café na minha mão, nem come sarapatel no sábado à noite, depois que chega da loja, nem sabe o que é pressão alta. Ah, sim, o tempo passou, lá fora, dentro de casa e dentro da gente.



CARVALHO, Vladimir Souza. A dúvida que ficou. Diário de Pernambuco, 25 de maio de 2024. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/opiniao/ 2024/05/a-duvida-que-ficou.html. Acesso em: 26 mai. 2024. Adaptado. 

A fim de se manter o sentido básico do enunciado, a expressão “De certeza”, empregada no primeiro parágrafo do texto, pode ser substituída por:

  • A “Conscientemente”.
  • B “Inevitavelmente”.
  • C “Indubitavelmente”.
  • D “Sabidamente”.
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A dúvida que ficou

Vladimir Souza Carvalho | Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras | 24/05/2024


    Minha caneca era de alumínio, cor branca, já com pontos pretos, marcas das pancadas recebidas. Nela mamãe colocava café com leite que eu esperava esfriar para tomar. Inocentemente, dizia que, quando crescesse, compraria uma geladeira para tomar o café gelado, bem gelado. Não sei quanto tempo levei assim procedendo. De certeza, quando a geladeira chegou lá em casa, saudada com vivas de todos nós, só faltando foguetes, atração de nossa adoração por alguns dias, o projeto do café gelado com leite não era nem lembrado, quanto mais tornado realidade.


    Então, apareceram outros costumes, ou manias, de preferir da galinha o pé – gosto estranho que minha cegueira não me permitia perceber que pé de galinha só serve para roer, e eu não era nenhum rato. Mas, é dessa época, talvez, talvez, que o ovo da galinha morta, em penca, a exibir vários, de todos os tamanhos, ao que me lembro, só a gema, ovos interligados, começaram a me atrair a atenção e a GULOSEIMA/GULOZEIMA, eu na espera de que ninguém o colhesse na vasilha colocada à mesa antes de mim. Penso que foi uma espetacular ASCENSÃO/ASSENÇÃO pular do pé da galinha para o ovo, relegado o primeiro ao ostracismo na vasilha, porque, depois de mim, ninguém mais por ele ESTERNOU/EXTERNOU interesse, nem acredito que os gatos e os cães manifestassem preferência. O mau gosto era só meu, trazendo a minha marca registrada.


    O pé de galinha ficou a me perseguir a vida inteira, bastava ver um na vasilha para me lembrar, no que doía a péssima escolha, eu procurando uma justificativa para legitimar minha experiência, sem ter até agora obtido qualquer explicação digna de um almirante batavo, a supor hoje que fui induzido e caí na conversa, quem pode me ajudar a desenterrar o passado a fim de cavar o motivo real, quem?, papai, mamãe, Alba, Bosco, os três primeiros se foram, Bosco quiçá nem se lembre, infactível sentarmos hoje os cinco em torno da mesa, galgamos nós, os remanescentes, a casa dos setenta, com hábitos e gestos diferentes daqueles dos dois meninos de ontem, mamãe não corta mais nosso pedaço de CUSCUZ/CUSCUS, papai não toca com a colher quente que mexeu o café na minha mão, nem come sarapatel no sábado à noite, depois que chega da loja, nem sabe o que é pressão alta. Ah, sim, o tempo passou, lá fora, dentro de casa e dentro da gente.



CARVALHO, Vladimir Souza. A dúvida que ficou. Diário de Pernambuco, 25 de maio de 2024. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/opiniao/ 2024/05/a-duvida-que-ficou.html. Acesso em: 26 mai. 2024. Adaptado. 

Qual é o sujeito do verbo grifado em “bastava ver um na vasilha para me lembrar” (3º parágrafo)?

  • A “Ver um”.
  • B “Ver”.
  • C “Um na vasilha”.
  • D “Vasilha”.
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A dúvida que ficou

Vladimir Souza Carvalho | Membro das Academias Sergipana e Itabaianense de Letras | 24/05/2024


    Minha caneca era de alumínio, cor branca, já com pontos pretos, marcas das pancadas recebidas. Nela mamãe colocava café com leite que eu esperava esfriar para tomar. Inocentemente, dizia que, quando crescesse, compraria uma geladeira para tomar o café gelado, bem gelado. Não sei quanto tempo levei assim procedendo. De certeza, quando a geladeira chegou lá em casa, saudada com vivas de todos nós, só faltando foguetes, atração de nossa adoração por alguns dias, o projeto do café gelado com leite não era nem lembrado, quanto mais tornado realidade.


    Então, apareceram outros costumes, ou manias, de preferir da galinha o pé – gosto estranho que minha cegueira não me permitia perceber que pé de galinha só serve para roer, e eu não era nenhum rato. Mas, é dessa época, talvez, talvez, que o ovo da galinha morta, em penca, a exibir vários, de todos os tamanhos, ao que me lembro, só a gema, ovos interligados, começaram a me atrair a atenção e a GULOSEIMA/GULOZEIMA, eu na espera de que ninguém o colhesse na vasilha colocada à mesa antes de mim. Penso que foi uma espetacular ASCENSÃO/ASSENÇÃO pular do pé da galinha para o ovo, relegado o primeiro ao ostracismo na vasilha, porque, depois de mim, ninguém mais por ele ESTERNOU/EXTERNOU interesse, nem acredito que os gatos e os cães manifestassem preferência. O mau gosto era só meu, trazendo a minha marca registrada.


    O pé de galinha ficou a me perseguir a vida inteira, bastava ver um na vasilha para me lembrar, no que doía a péssima escolha, eu procurando uma justificativa para legitimar minha experiência, sem ter até agora obtido qualquer explicação digna de um almirante batavo, a supor hoje que fui induzido e caí na conversa, quem pode me ajudar a desenterrar o passado a fim de cavar o motivo real, quem?, papai, mamãe, Alba, Bosco, os três primeiros se foram, Bosco quiçá nem se lembre, infactível sentarmos hoje os cinco em torno da mesa, galgamos nós, os remanescentes, a casa dos setenta, com hábitos e gestos diferentes daqueles dos dois meninos de ontem, mamãe não corta mais nosso pedaço de CUSCUZ/CUSCUS, papai não toca com a colher quente que mexeu o café na minha mão, nem come sarapatel no sábado à noite, depois que chega da loja, nem sabe o que é pressão alta. Ah, sim, o tempo passou, lá fora, dentro de casa e dentro da gente.



CARVALHO, Vladimir Souza. A dúvida que ficou. Diário de Pernambuco, 25 de maio de 2024. Disponível em: https://www.diariodepernambuco.com.br/noticia/opiniao/ 2024/05/a-duvida-que-ficou.html. Acesso em: 26 mai. 2024. Adaptado. 

Assinale a alternativa que identifica as palavras corretamente grafadas dentre os quatro pares de vocábulos destacados no texto:

  • A guloseima | assenção | esternou | cuscuz.
  • B gulozeima | assenção | esternou | cuscus.
  • C guloseima | ascensão | externou | cuscus.
  • D guloseima | ascensão | externou | cuscuz.
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Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos

Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa

Juraciara Vieira Cardoso | 27/05/2024 



    Em um mundo no qual os avanços tecnológicos se mostram cada vez mais disruptivos, especialmente na medicina reprodutiva e na engenharia genética, surgem questões éticas que desafiam nossas concepções de identidade, de autonomia e de moralidade. O episódio “Volto Já” (Be Right Back) da série Black Mirror ilustra alguns desses dilemas, retratando a tentativa de minimizar a perda de um ente querido através de sua recriação digital. A película levanta questões sobre o que significa ser humano em uma era de possibilidades tecnológicas quase ilimitadas.


    No episódio, Martha perde seu parceiro Ash em um acidente. Devastada, ela recorre a uma IA que simula Ash usando suas interações digitais. Inicialmente Martha encontra consolo na versão digital, mas, à medida que ela opta por um modelo de IA mais realista, percebe que a cópia não pode substituir a complexidade do ser humano real, o que a leva a rejeitar a cópia e a mantê-la presa no sótão da casa.


    Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa. Uma reportagem recente da revista MIT Technology Review entrevistou pessoas que já utilizam tecnologia para se conectar com entes falecidos a partir de seus rastros digitais. Por exemplo, um usuário afirmou que fazer uma chamada de vídeo semanal com a mãe falecida lhe garante mais qualidade de vida, permitindo-lhe compartilhar suas dores, angústias e até mesmo problemas de trabalho com ela.


    As tecnologias que permitem a comunicação com os entes falecidos utilizam algoritmos avançados de processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina para analisar uma grande quantidade de dados digitais deixados pelos falecidos. Essas informações incluem postagens em redes sociais, e-mails, mensagens de texto e outros conteúdos online. A IA processa esses dados para criar um modelo digital que tenta imitar a personalidade e os padrões de fala das pessoas já mortas.


    Atualmente, essas interações são feitas por meio de conversas simples. A IA pode oferecer conselhos, pedir que o parente tome conta de si mesmo, e, acima de tudo, ouvir, proporcionando uma falsa sensação de presença e acolhimento. Apesar das limitações, pelo menos cinco empresas na China já oferecem esses serviços, que estão se tornando mais acessível à medida que os preços diminuem.


    Os modelos de IA disponíveis atualmente são limitados e enfrentam problemas como a incapacidade de captar a profundidade emocional e a complexidade das interações humanas reais. Além disto, as conversas são baseadas em tópicos préprogramados, o que impede a IA de responder a situações novas ou inesperadas de maneira convincente. 


    O luto, uma parte inescapável da nossa existência, levanta a questão: essas tecnologias oferecem um consolo genuíno ou apenas uma ilusão reconfortante? Tanto na medicina quanto na tecnologia, o medo da morte – terror humano existencial primário – pode nos levar a explorar e, por vezes, ultrapassar limites éticos e morais que sustentam nossas sociedades. Essas práticas – como a retratada na série e já existente realidade – podem oferecer um certo consolo inicial, mas frequentemente falham em honrar a qualidade de vida e a complexidade de cada ser humano.


    Quem sabe não devêssemos investir em mais tecnologias que apoiem nosso processo de luto, tais como plataformas para suporte emocional ou comunidades online para partilhamento das experiências dolorosas de luto, em vez de ficarmos tentando replicar falsamente nossos entes falecidos para evitarmos a dor da perda de alguém que amamos? 


Glossário:

- IA: inteligência artificial.

CARDOSO, Juraciara Vieira. Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos. Estado de Minas, 27 de maio de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/colunistas/vitalidade/2024/05/68 65274-alem-da-morte-o-uso-de-ia-para-recriacao-deentes-falecidos.html. Acesso em: 27 mai. 2024. Adaptado.

Em qual dos trechos abaixo é possível identificar a utilização do discurso indireto?

  • A “A película levanta questões sobre o que significa ser humano em uma era de possibilidades tecnológicas quase ilimitadas.” (1º parágrafo)
  • B “Por exemplo, um usuário afirmou que fazer uma chamada de vídeo semanal com a mãe falecida lhe garante mais qualidade de vida, permitindo-lhe compartilhar suas dores, angústias e até mesmo problemas de trabalho com ela.” (3º parágrafo)
  • C “A IA pode oferecer conselhos, pedir que o parente tome conta de si mesmo, e, acima de tudo, ouvir, proporcionando uma falsa sensação de presença e acolhimento.” (5º parágrafo)
  • D “Os modelos de IA disponíveis atualmente são limitados e enfrentam problemas como a incapacidade de captar a profundidade emocional e a complexidade das interações humanas reais.” (6º parágrafo)
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Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos

Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa

Juraciara Vieira Cardoso | 27/05/2024 



    Em um mundo no qual os avanços tecnológicos se mostram cada vez mais disruptivos, especialmente na medicina reprodutiva e na engenharia genética, surgem questões éticas que desafiam nossas concepções de identidade, de autonomia e de moralidade. O episódio “Volto Já” (Be Right Back) da série Black Mirror ilustra alguns desses dilemas, retratando a tentativa de minimizar a perda de um ente querido através de sua recriação digital. A película levanta questões sobre o que significa ser humano em uma era de possibilidades tecnológicas quase ilimitadas.


    No episódio, Martha perde seu parceiro Ash em um acidente. Devastada, ela recorre a uma IA que simula Ash usando suas interações digitais. Inicialmente Martha encontra consolo na versão digital, mas, à medida que ela opta por um modelo de IA mais realista, percebe que a cópia não pode substituir a complexidade do ser humano real, o que a leva a rejeitar a cópia e a mantê-la presa no sótão da casa.


    Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa. Uma reportagem recente da revista MIT Technology Review entrevistou pessoas que já utilizam tecnologia para se conectar com entes falecidos a partir de seus rastros digitais. Por exemplo, um usuário afirmou que fazer uma chamada de vídeo semanal com a mãe falecida lhe garante mais qualidade de vida, permitindo-lhe compartilhar suas dores, angústias e até mesmo problemas de trabalho com ela.


    As tecnologias que permitem a comunicação com os entes falecidos utilizam algoritmos avançados de processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina para analisar uma grande quantidade de dados digitais deixados pelos falecidos. Essas informações incluem postagens em redes sociais, e-mails, mensagens de texto e outros conteúdos online. A IA processa esses dados para criar um modelo digital que tenta imitar a personalidade e os padrões de fala das pessoas já mortas.


    Atualmente, essas interações são feitas por meio de conversas simples. A IA pode oferecer conselhos, pedir que o parente tome conta de si mesmo, e, acima de tudo, ouvir, proporcionando uma falsa sensação de presença e acolhimento. Apesar das limitações, pelo menos cinco empresas na China já oferecem esses serviços, que estão se tornando mais acessível à medida que os preços diminuem.


    Os modelos de IA disponíveis atualmente são limitados e enfrentam problemas como a incapacidade de captar a profundidade emocional e a complexidade das interações humanas reais. Além disto, as conversas são baseadas em tópicos préprogramados, o que impede a IA de responder a situações novas ou inesperadas de maneira convincente. 


    O luto, uma parte inescapável da nossa existência, levanta a questão: essas tecnologias oferecem um consolo genuíno ou apenas uma ilusão reconfortante? Tanto na medicina quanto na tecnologia, o medo da morte – terror humano existencial primário – pode nos levar a explorar e, por vezes, ultrapassar limites éticos e morais que sustentam nossas sociedades. Essas práticas – como a retratada na série e já existente realidade – podem oferecer um certo consolo inicial, mas frequentemente falham em honrar a qualidade de vida e a complexidade de cada ser humano.


    Quem sabe não devêssemos investir em mais tecnologias que apoiem nosso processo de luto, tais como plataformas para suporte emocional ou comunidades online para partilhamento das experiências dolorosas de luto, em vez de ficarmos tentando replicar falsamente nossos entes falecidos para evitarmos a dor da perda de alguém que amamos? 


Glossário:

- IA: inteligência artificial.

CARDOSO, Juraciara Vieira. Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos. Estado de Minas, 27 de maio de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/colunistas/vitalidade/2024/05/68 65274-alem-da-morte-o-uso-de-ia-para-recriacao-deentes-falecidos.html. Acesso em: 27 mai. 2024. Adaptado.

A estruturação semântica do período que inicia o terceiro parágrafo do texto baseia-se na ideia de:

  • A Condição.
  • B Concessão.
  • C Conclusão.
  • D Comparação.
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Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos

Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa

Juraciara Vieira Cardoso | 27/05/2024 



    Em um mundo no qual os avanços tecnológicos se mostram cada vez mais disruptivos, especialmente na medicina reprodutiva e na engenharia genética, surgem questões éticas que desafiam nossas concepções de identidade, de autonomia e de moralidade. O episódio “Volto Já” (Be Right Back) da série Black Mirror ilustra alguns desses dilemas, retratando a tentativa de minimizar a perda de um ente querido através de sua recriação digital. A película levanta questões sobre o que significa ser humano em uma era de possibilidades tecnológicas quase ilimitadas.


    No episódio, Martha perde seu parceiro Ash em um acidente. Devastada, ela recorre a uma IA que simula Ash usando suas interações digitais. Inicialmente Martha encontra consolo na versão digital, mas, à medida que ela opta por um modelo de IA mais realista, percebe que a cópia não pode substituir a complexidade do ser humano real, o que a leva a rejeitar a cópia e a mantê-la presa no sótão da casa.


    Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa. Uma reportagem recente da revista MIT Technology Review entrevistou pessoas que já utilizam tecnologia para se conectar com entes falecidos a partir de seus rastros digitais. Por exemplo, um usuário afirmou que fazer uma chamada de vídeo semanal com a mãe falecida lhe garante mais qualidade de vida, permitindo-lhe compartilhar suas dores, angústias e até mesmo problemas de trabalho com ela.


    As tecnologias que permitem a comunicação com os entes falecidos utilizam algoritmos avançados de processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina para analisar uma grande quantidade de dados digitais deixados pelos falecidos. Essas informações incluem postagens em redes sociais, e-mails, mensagens de texto e outros conteúdos online. A IA processa esses dados para criar um modelo digital que tenta imitar a personalidade e os padrões de fala das pessoas já mortas.


    Atualmente, essas interações são feitas por meio de conversas simples. A IA pode oferecer conselhos, pedir que o parente tome conta de si mesmo, e, acima de tudo, ouvir, proporcionando uma falsa sensação de presença e acolhimento. Apesar das limitações, pelo menos cinco empresas na China já oferecem esses serviços, que estão se tornando mais acessível à medida que os preços diminuem.


    Os modelos de IA disponíveis atualmente são limitados e enfrentam problemas como a incapacidade de captar a profundidade emocional e a complexidade das interações humanas reais. Além disto, as conversas são baseadas em tópicos préprogramados, o que impede a IA de responder a situações novas ou inesperadas de maneira convincente. 


    O luto, uma parte inescapável da nossa existência, levanta a questão: essas tecnologias oferecem um consolo genuíno ou apenas uma ilusão reconfortante? Tanto na medicina quanto na tecnologia, o medo da morte – terror humano existencial primário – pode nos levar a explorar e, por vezes, ultrapassar limites éticos e morais que sustentam nossas sociedades. Essas práticas – como a retratada na série e já existente realidade – podem oferecer um certo consolo inicial, mas frequentemente falham em honrar a qualidade de vida e a complexidade de cada ser humano.


    Quem sabe não devêssemos investir em mais tecnologias que apoiem nosso processo de luto, tais como plataformas para suporte emocional ou comunidades online para partilhamento das experiências dolorosas de luto, em vez de ficarmos tentando replicar falsamente nossos entes falecidos para evitarmos a dor da perda de alguém que amamos? 


Glossário:

- IA: inteligência artificial.

CARDOSO, Juraciara Vieira. Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos. Estado de Minas, 27 de maio de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/colunistas/vitalidade/2024/05/68 65274-alem-da-morte-o-uso-de-ia-para-recriacao-deentes-falecidos.html. Acesso em: 27 mai. 2024. Adaptado.

Na expressão “terror humano existencial primário” (7º parágrafo), a palavra que funciona como núcleo (sendo, portanto, um substantivo no contexto) é:

  • A “terror”.
  • B “humano”.
  • C “existencial”.
  • D “primário”.
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Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos

Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa

Juraciara Vieira Cardoso | 27/05/2024 



    Em um mundo no qual os avanços tecnológicos se mostram cada vez mais disruptivos, especialmente na medicina reprodutiva e na engenharia genética, surgem questões éticas que desafiam nossas concepções de identidade, de autonomia e de moralidade. O episódio “Volto Já” (Be Right Back) da série Black Mirror ilustra alguns desses dilemas, retratando a tentativa de minimizar a perda de um ente querido através de sua recriação digital. A película levanta questões sobre o que significa ser humano em uma era de possibilidades tecnológicas quase ilimitadas.


    No episódio, Martha perde seu parceiro Ash em um acidente. Devastada, ela recorre a uma IA que simula Ash usando suas interações digitais. Inicialmente Martha encontra consolo na versão digital, mas, à medida que ela opta por um modelo de IA mais realista, percebe que a cópia não pode substituir a complexidade do ser humano real, o que a leva a rejeitar a cópia e a mantê-la presa no sótão da casa.


    Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa. Uma reportagem recente da revista MIT Technology Review entrevistou pessoas que já utilizam tecnologia para se conectar com entes falecidos a partir de seus rastros digitais. Por exemplo, um usuário afirmou que fazer uma chamada de vídeo semanal com a mãe falecida lhe garante mais qualidade de vida, permitindo-lhe compartilhar suas dores, angústias e até mesmo problemas de trabalho com ela.


    As tecnologias que permitem a comunicação com os entes falecidos utilizam algoritmos avançados de processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina para analisar uma grande quantidade de dados digitais deixados pelos falecidos. Essas informações incluem postagens em redes sociais, e-mails, mensagens de texto e outros conteúdos online. A IA processa esses dados para criar um modelo digital que tenta imitar a personalidade e os padrões de fala das pessoas já mortas.


    Atualmente, essas interações são feitas por meio de conversas simples. A IA pode oferecer conselhos, pedir que o parente tome conta de si mesmo, e, acima de tudo, ouvir, proporcionando uma falsa sensação de presença e acolhimento. Apesar das limitações, pelo menos cinco empresas na China já oferecem esses serviços, que estão se tornando mais acessível à medida que os preços diminuem.


    Os modelos de IA disponíveis atualmente são limitados e enfrentam problemas como a incapacidade de captar a profundidade emocional e a complexidade das interações humanas reais. Além disto, as conversas são baseadas em tópicos préprogramados, o que impede a IA de responder a situações novas ou inesperadas de maneira convincente. 


    O luto, uma parte inescapável da nossa existência, levanta a questão: essas tecnologias oferecem um consolo genuíno ou apenas uma ilusão reconfortante? Tanto na medicina quanto na tecnologia, o medo da morte – terror humano existencial primário – pode nos levar a explorar e, por vezes, ultrapassar limites éticos e morais que sustentam nossas sociedades. Essas práticas – como a retratada na série e já existente realidade – podem oferecer um certo consolo inicial, mas frequentemente falham em honrar a qualidade de vida e a complexidade de cada ser humano.


    Quem sabe não devêssemos investir em mais tecnologias que apoiem nosso processo de luto, tais como plataformas para suporte emocional ou comunidades online para partilhamento das experiências dolorosas de luto, em vez de ficarmos tentando replicar falsamente nossos entes falecidos para evitarmos a dor da perda de alguém que amamos? 


Glossário:

- IA: inteligência artificial.

CARDOSO, Juraciara Vieira. Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos. Estado de Minas, 27 de maio de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/colunistas/vitalidade/2024/05/68 65274-alem-da-morte-o-uso-de-ia-para-recriacao-deentes-falecidos.html. Acesso em: 27 mai. 2024. Adaptado.

Caso tivesse de ser empregado um conectivo no início do sexto parágrafo do texto, o mais adequado para o contexto seria:

  • A “Portanto”.
  • B “Dessa forma”.
  • C “Entretanto”.
  • D “Ademais”.
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Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos

Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa

Juraciara Vieira Cardoso | 27/05/2024 



    Em um mundo no qual os avanços tecnológicos se mostram cada vez mais disruptivos, especialmente na medicina reprodutiva e na engenharia genética, surgem questões éticas que desafiam nossas concepções de identidade, de autonomia e de moralidade. O episódio “Volto Já” (Be Right Back) da série Black Mirror ilustra alguns desses dilemas, retratando a tentativa de minimizar a perda de um ente querido através de sua recriação digital. A película levanta questões sobre o que significa ser humano em uma era de possibilidades tecnológicas quase ilimitadas.


    No episódio, Martha perde seu parceiro Ash em um acidente. Devastada, ela recorre a uma IA que simula Ash usando suas interações digitais. Inicialmente Martha encontra consolo na versão digital, mas, à medida que ela opta por um modelo de IA mais realista, percebe que a cópia não pode substituir a complexidade do ser humano real, o que a leva a rejeitar a cópia e a mantê-la presa no sótão da casa.


    Embora pareça ficção científica, a realidade está se aproximando dessa narrativa. Uma reportagem recente da revista MIT Technology Review entrevistou pessoas que já utilizam tecnologia para se conectar com entes falecidos a partir de seus rastros digitais. Por exemplo, um usuário afirmou que fazer uma chamada de vídeo semanal com a mãe falecida lhe garante mais qualidade de vida, permitindo-lhe compartilhar suas dores, angústias e até mesmo problemas de trabalho com ela.


    As tecnologias que permitem a comunicação com os entes falecidos utilizam algoritmos avançados de processamento de linguagem natural e aprendizado de máquina para analisar uma grande quantidade de dados digitais deixados pelos falecidos. Essas informações incluem postagens em redes sociais, e-mails, mensagens de texto e outros conteúdos online. A IA processa esses dados para criar um modelo digital que tenta imitar a personalidade e os padrões de fala das pessoas já mortas.


    Atualmente, essas interações são feitas por meio de conversas simples. A IA pode oferecer conselhos, pedir que o parente tome conta de si mesmo, e, acima de tudo, ouvir, proporcionando uma falsa sensação de presença e acolhimento. Apesar das limitações, pelo menos cinco empresas na China já oferecem esses serviços, que estão se tornando mais acessível à medida que os preços diminuem.


    Os modelos de IA disponíveis atualmente são limitados e enfrentam problemas como a incapacidade de captar a profundidade emocional e a complexidade das interações humanas reais. Além disto, as conversas são baseadas em tópicos préprogramados, o que impede a IA de responder a situações novas ou inesperadas de maneira convincente. 


    O luto, uma parte inescapável da nossa existência, levanta a questão: essas tecnologias oferecem um consolo genuíno ou apenas uma ilusão reconfortante? Tanto na medicina quanto na tecnologia, o medo da morte – terror humano existencial primário – pode nos levar a explorar e, por vezes, ultrapassar limites éticos e morais que sustentam nossas sociedades. Essas práticas – como a retratada na série e já existente realidade – podem oferecer um certo consolo inicial, mas frequentemente falham em honrar a qualidade de vida e a complexidade de cada ser humano.


    Quem sabe não devêssemos investir em mais tecnologias que apoiem nosso processo de luto, tais como plataformas para suporte emocional ou comunidades online para partilhamento das experiências dolorosas de luto, em vez de ficarmos tentando replicar falsamente nossos entes falecidos para evitarmos a dor da perda de alguém que amamos? 


Glossário:

- IA: inteligência artificial.

CARDOSO, Juraciara Vieira. Além da morte: o uso de IA para recriação de entes falecidos. Estado de Minas, 27 de maio de 2024. Disponível em: https://www.em.com.br/colunistas/vitalidade/2024/05/68 65274-alem-da-morte-o-uso-de-ia-para-recriacao-deentes-falecidos.html. Acesso em: 27 mai. 2024. Adaptado.

Segundo o artigo, as IAs atuais:

  • A São capazes de reproduzir fielmente as emoções de entes falecidos.
  • B Apresentam capacidade de consolar pessoas que perderam entes queridos.
  • C Atuam diante de conversas novas ou inesperadas de maneira convincente.
  • D Permitem que as pessoas superem satisfatoriamente o processo do luto.
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Leia os versos de um poema de Vinicius de Moraes.

Sete em cores, de repente O arco-íris se desata Na água límpida e contente Do ribeirinho da mata. O sol, ao véu transparente Da chuva de ouro e de prata Resplandece resplendente No céu, no chão, na cascata.

MORAES, Vinicius de. A Arca de Noé. Disponível em: https:// www.viniciusdemoraes.com.br/en/poesia/poesias-avulsas/arca-denoe. Acesso em: 15 fev. 2024. [Fragmento]


Entre as figuras de linguagem usadas no poema, observa-se a

  • A metáfora, quando o eu lírico compara o arco-íris ao ribeirinho da mata.
  • B prosopopeia, em que a chuva assume características antropomórficas.
  • C metonímia, em que o sol representa toda a luz a iluminar o eu lírico.
  • D aliteração, em que a repetição consonantal cria um efeito sonoro.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas




Disponível em: https://www.reddit.com/r/brasil/comments/1avq2gw/
qual_faculdade_q_te_leva_de_arrasta/?rdt=58443.
Acesso em: 20 fev. 2024.

Sobre o cartaz, assinale a alternativa correta.

  • A O sorriso do rapaz e seu dedo levantado indicam vitória, sugerindo que ele conseguiu uma vaga na melhor faculdade do país, cujas aulas são on-line, haja vista a presença de símbolos que retomam o universo digital.
  • B A fotografia do rapaz, usando mochila e roupas comuns, indica o tradicionalismo da faculdade, que adota aulas presenciais mais simples, com anotações em cadernos, sem o uso de recursos tecnológicos atuais.
  • C Os emojis apresentados na imagem destoam do objetivo do cartaz publicitário, visto que sugerem um contexto comunicativo infantilizado, incoerente com uma faculdade, onde os alunos são jovens adultos.
  • D A moldura de uma tela de celular sobre o rosto do rapaz e os emojis dialogam com o contexto digital, também representado pela frase “arrasta pra cima”, sugerindo uma faculdade moderna, atualizada e conectada com a realidade dos novos alunos.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas




Disponível em: https://www.reddit.com/r/brasil/comments/1avq2gw/
qual_faculdade_q_te_leva_de_arrasta/?rdt=58443.
Acesso em: 20 fev. 2024.

Assinale a alternativa correta sobre o texto verbal do cartaz, considerando seu contexto de circulação.

  • A O pronome oblíquo “te” deveria ser trocado por “lhe” para concordar com o verbo no imperativo.
  • B O ponto-final não poderia ser trocado por ponto de exclamação, pois alteraria o sentido do texto.
  • C A contração “pra” é correta nesse contexto comunicativo, não havendo inadequação em seu uso.
  • D O termo “uma” é classificado como numeral cardinal na oração, atribuindo-lhe valor quantitativo.
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Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas




Disponível em: https://www.reddit.com/r/brasil/comments/1avq2gw/
qual_faculdade_q_te_leva_de_arrasta/?rdt=58443.
Acesso em: 20 fev. 2024.

Esse cartaz viralizou na internet em razão de seu texto verbal, que possibilitou uma leitura da mensagem diferente daquela pretendida.
Sobre a expressão “arrasta pra cima”, é correto afirmar:

  • A Sugere um sentido denotativo, indicando que a faculdade irá literalmente impulsionar a carreira dos alunos, o que é desacreditado pelos internautas.
  • B Assume, no contexto das novas tecnologias, um sentido conotativo, indicando um eufemismo para morte, razão por que o texto foi criticado na internet.
  • C Indica uma ação habitual nas faculdades, pois os alunos são incentivados a publicarem conteúdos virais em suas redes sociais com vistas ao engajamento.
  • D Apresenta um sentido figurado de popularidade, sugerindo que os estudantes dessa faculdade ficarão famosos, o que constitui alvo de crítica nas redes sociais.
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Além do espelho: os transtornos alimentares



Provavelmente você já ouviu a frase “você é o que você come”. Para o antropólogo alemão Ludwig Feuerbach, criador da frase, a alimentação vai muito além da ingestão de nutrientes; é a identidade e representação de pessoas. Mas como a relação com a comida afeta a mente? Um estudo feito por uma universidade na Espanha revelou que um em cada cinco crianças e adolescentes sofrem de distúrbios alimentares, um problema que vem se tornando cada dia mais comum.


Seja a falta de vontade de comer ou a compulsão alimentar, esses distúrbios são mais do que problemas físicos; constituem uma relação intrínseca com o mundo emocional dos indivíduos. Nos dias atuais, a sociedade impõe uma pressão crescente sobre os padrões de beleza e a aceitação social, contribuindo para o surgimento e agravamento destes transtornos.


A negação da alimentação pode ser uma manifestação da busca desenfreada pela perfeição, em uma sociedade que associa magreza extrema a beleza e sucesso. Por outro lado, a compulsão pode servir como um mecanismo de enfrentamento para lidar com emoções complexas [...].


O apoio social é fundamental no processo de enfrentamento desses transtornos. Mostrar preocupação genuína e oferecer suporte emocional são atitudes para auxiliar essas pessoas. A ajuda profissional é outra peça-chave na busca do tratamento, por oferecer uma orientação especializada para abordar tanto os aspectos emocionais quanto os físicos. Ao incentivar a empatia e o entendimento da diversidade de corpos e experiências, podemos contribuir para um cenário em que a saúde mental é valorizada, e a busca por ajuda é encorajada sem estigma.



NAVALON, Cristina. Além do espelho: os transtornos
alimentares. Hoje em Dia. Disponível em: https://www.hojeemdia.
com.br/opiniao/opiniao/alem-do-espelho-os-transtornosalimentares-1.999265. Acesso em: 16 fev. 2024. [Fragmento]

Releia o trecho a seguir.

“Para o antropólogo alemão Ludwig Feuerbach, criador da frase, a alimentação vai muito além da ingestão de nutrientes; é a identidade e representação de pessoas.”

Sobre a pontuação nesse trecho, é correto afirmar:

  • A O ponto e vírgula poderia ser substituído pelo sinal de dois-pontos para introduzir uma explicação ou esclarecimento sobre o que foi dito antes.
  • B A primeira vírgula nesse trecho é desnecessária, pois o adjunto adverbial aparece na ordem direta no período, de modo que não deve ser isolado.
  • C As duas vírgulas poderiam ser substituídas por colchetes, visto que a expressão que aparece entre elas é um aposto explicativo, sem valor sintático.
  • D O ponto e vírgula deveria ser substituído pelo ponto-final, visto que há um fechamento da ideia, e a continuação do texto introduz um novo assunto.

Enfermagem

21

Com base no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.


( ) A advertência verbal consiste na repreensão que será divulgada nas publicações oficiais do Sistema dos Conselhos de Enfermagem e em jornais de grande circulação.

( ) Um profissional de enfermagem que promover ou participar de prática destinada a antecipar a morte do paciente, está sujeito à pena de cassação do direito ao exercício profissional.

( ) Uma das circunstancias consideradas agravantes na aplicação da penalidade ao profissional de enfermagem, é o cometimento de infração por motivo fútil ou torpe.


As afirmativas são, respectivamente,

  • A V – V – F.
  • B F – V – F.
  • C V – V – V.
  • D F – V – V.
  • E V – F – V.
22

O método de rastreamento do câncer do colo do útero (exame de Papanicolau) deve ser oferecido às mulheres ou qualquer pessoa com colo do útero que já teve atividade sexual e encontra-se na faixa etária de

  • A 18 a 45 anos.
  • B 20 a 50 anos.
  • C 25 a 64 anos.
  • D 30 a 66 anos.
  • E 35 a 64 anos.
23

Os componentes da tríade de Virchow correspondem a fatores que potencializam ou predispõem ao risco de desenvolver fenômenos tromboembólicos venosos.

Nesse sentido, assinale a opção que indica o fator de risco relacionado ao componente lesão do endotélio.

  • A Varizes.
  • B Gravidez.
  • C Tabagismo.
  • D Obesidade.
  • E Reposição hormonal.
24

De acordo com as medidas de prevenção de infecção recomendadas pela ANVISA, a antibioticoprofilaxia para parto vaginal é indicada somente em algumas situações especificas, sendo uma delas a de

  • A trabalho de parto prematuro.
  • B remoção manual da placenta.
  • C lacerações de períneo de 1º grau.
  • D lacerações de períneo de 2º grau.
  • E trabalho de parto superior a 8h.
25

Considerando as recomendações do Ministério da Saúde acerca dos acidentes de trabalho com exposição a material biológico, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.


( ) A exposição percutânea e cutânea com pele não integra são consideradas exposição de risco para transmissão do HIV, Hepatite B e Hepatite C.

( ) A primeira dose da Profilaxia Pós Exposição ao HIV - PEP deve ser administrada idealmente em até 4h após o acidente ou, no máximo, em até de 48h.

( ) Qualquer acidente de trabalho com exposição a material biológico deve ser notificado em até 24h após a ocorrência.

As afirmativas são, respectivamente,

  • A F – V – F.
  • B V – F – F.
  • C F – F – F.
  • D V – V – V.
  • E F – V – V.
26

De acordo com os níveis de avaliação na acreditação hospitalar, as Práticas de Gestão e Qualidade são parte dos princípios do

  • A nível de avaliação 1.
  • B nível de avaliação 2.
  • C nível de avaliação 3.
  • D nível de avaliação 4.
  • E nível de avaliação 5.
27

O tempo máximo que cada órgão resiste à falta de circulação e oxigenação sanguínea é denominado tempo de isquemia, sendo fundamental para a efetivação do transplante.

De acordo com as orientações do Ministério da Saúde, o tempo máximo de isquemia do rim é de

  • A seis horas.
  • B oito horas.
  • C doze horas.
  • D vinte e quatro horas.
  • E quarenta e oito horas.
28

De acordo com o Protocolo do Ministério da Saúde, uma criança com anemia por deficiência de ferro apresenta algumas alterações nos exames laboratoriais.
Entre os valores que determinam esse diagnóstico está

  • A Hemoglobina < 11g/dL.
  • B Ferritina < 40ng/mL.
  • C Hematócrito < 50%.
  • D Hemácias < 5,5 milhões/µL.
  • E Eritrócitos < 6,1 milhões/µL.
29

Um paciente adulto deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento apresentando crise convulsiva repetida sem a recuperação completa da consciência entre os episódios; glicemia capilar = 68mg/dL; frequência respiratória = 10irpm; e frequência cardíaca = 40bpm.

Nesse caso, considerando o protocolo de classificação de risco do Ministério da Saúde, esse paciente deve ser classificado com a cor

  • A azul.
  • B verde.
  • C amarela.
  • D laranja.
  • E vermelha.
30

Uma criança com paralisia cerebral apresentou marcha atáxica.

Nesse tipo de marcha o paciente

  • A Acentua a lordose lombar e inclina o tronco ora para a direita, ora para a esquerda.
  • B Levanta acentuadamente o membro inferior para evitar tropeçar, lembrando o passo do ganso.
  • C Apresenta perda de equilíbrio e de coordenação com tendência a ampliação da base de sustentação.
  • D Apresenta um padrão de circundução do membro inferior plégico para fora e para frente.
  • E Apresenta movimentos irregulares, espasmódicos e involuntários em todas as extremidades.
31

Durante o exame físico um paciente apresentou pulso caracterizado pela diminuição da amplitude das pulsações durante a inspiração forçada.
Esse pulso é denominado

  • A filiforme.
  • B dicrótico.
  • C bigeminado.
  • D alternante.
  • E paradoxal.
32

O Programa de Volta para Casa é uma política de inclusão social destinada às pessoas com sofrimento psíquico, egressas de internação de longa permanência em hospitais psiquiátricos e de custódia.
Esse programa faz parte do seguinte componente da Rede de Atenção Psicossocial:

  • A Reabilitação Psicossocial.
  • B Atenção Básica em Saúde.
  • C Atenção psicossocial especializada.
  • D Estratégia de desinstitucionalização.
  • E Atenção residencial de caráter transitório.
33

O Ministério da Saúde recomenda evitar a concomitância da vacina Dengue Tetravalente (atenuada) com outras vacinas.

Nesse sentido, a orientação é que as vacinas inativadas podem ser administradas a partir de

  • A 12 horas após a vacinação contra a dengue.
  • B 24 horas após a vacinação contra a dengue.
  • C 36 horas após a vacinação contra a dengue.
  • D 48 horas após a vacinação contra a dengue.
  • E 72 horas após a vacinação contra a dengue.
34

Entre as condições clínicas necessárias para a administração de quimioterápicos está

  • A leucócitos > 4.000/mm3 .
  • B neutrófilos < 2.000/mm3 .
  • C plaquetas > 100.000/mm3 .
  • D hemoglobina > 8g/dL.
  • E ureia < 1,7mg/dL.
35

De acordo com o Calendário de Vacinação da Criança do Ministério da Saúde, o intervalo mínimo recomendado para administração da segunda dose da Vacina COVID 19 é de

  • A duas semanas após 1ª dose.
  • B três semanas após 1ª dose.
  • C quatro semanas após 1ª dose.
  • D seis semanas após 1ª dose.
  • E oito semanas após 1ª dose.
36

Durante a avaliação de um paciente, foi identificada anisocoria.


Essa alteração pupilar é caracterizada por

  • A pupilas com forma anormal.
  • B pupilas com tamanhos diferentes.
  • C diminuição do tamanho pupilar abaixo de 2mm.
  • D dilatação da pupila com reflexo fotomotor negativo.
  • E dilatação da pupila com reflexo fotomotor positivo.
37

Com base nas recomendações do Ministério da Saúde acerca do esquema terapêutico da Malária, a primaquina é contraindicada no tratamento de crianças menores de

  • A 6 meses.
  • B 9 meses.
  • C 12 meses.
  • D 2 anos.
  • E 5 anos.
38

Considerando as especificidades acerca das Hepatites Virais, analise as afirmativas a seguir.

I - A imunidade para a hepatite E pode ser conferida indiretamente, por meio da vacina contra a hepatite B.

II – O período prodrômico da hepatite aguda ocorre após o período de incubação do agente etiológico e anteriormente ao aparecimento da icterícia.

III – Hepatite fulminante é o termo utilizado para designar a insuficiência hepática aguda, caracterizada pelo surgimento de icterícia, coagulopatia e encefalopatia hepática em um intervalo de até oito semanas.


Está correto o que se afirma em

  • A I, apenas.
  • B II, apenas.
  • C I e II, apenas.
  • D II e III, apenas.
  • E I, II e III.
39

De acordo com as definições de Hipertensão Arterial Resistente e Refratária, previstas nas Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, analise as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.


( ) Hipertensão Arterial Resistente (HAR) é definida como a PA de consultório que permanece com valores ≥139/90mmHg, com o uso de duas ou mais classes de fármacos anti-hipertensivos.


( ) Quando o paciente necessita do uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos para alcançar o controle da PA, ele também é considerado um hipertenso resistente, porém controlado.


( ) Para definir a Hipertensão Arterial como Refratária é necessário que o paciente esteja em uso de três ou mais fármacos anti-hipertensivos com ações sinérgicas e em doses máximas preconizadas.


As afirmativas são, respectivamente,

  • A V – V – V.
  • B F – F – F.
  • C V – F – V.
  • D F – V – F.
  • E V – V – F.
40

Um paciente adulto internado com síndrome gripal apresenta sinais e sintomas de Síndrome Respiratória Aguda Grave.

Entre esses sintomas está saturação de oxigênio em ar ambiente abaixo de

  • A 95%.
  • B 96%.
  • C 97%.
  • D 98%.
  • E 99%.