Resolver o Simulado Professor - 1º ao 5º Ano - IBGP

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Português

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O poema a seguir, de Carlos Drummond de Andrade, retoma a famosa “Canção do exílio” de Gonçalves Dias.

 Nova canção do exílio
A Josué Montello Um sabiá na palmeira, longe. Estas aves cantam um outro canto. O céu cintila sobre flores úmidas. Vozes na mata, e o maior amor. Só, na noite, seria feliz: um sabiá, na palmeira, longe.
Onde é tudo belo e fantástico, só, na noite, seria feliz (Um sabiá, na palmeira, longe). Ainda um grito de vida e voltar para onde é tudo belo e fantástico: a palmeira, o sabiá, o longe.

Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 145-146. 

É CORRETO afirmar que Carlos Drummond de Andrade retoma o conhecido texto de Gonçalves Dias pelo viés da:

  • A Citação, pois transcreve literalmente as palavras do poeta do Romantismo brasileiro, reproduzindo cada verso do poema que lhe serve de modelo.
  • B Paródia, pois já não apresenta mais o tom idealizador em relação à terra cantada, o que se verifica, por exemplo, em versos como “Estas aves cantam / um outro canto.” e “Só, na noite, / seria feliz:”.
  • C Paráfrase, pelo fato de reproduzir o mesmo tom de saudade e de idealização presente no poema do autor romântico.
  • D Tradução, uma vez que o autor itabirano traduziu o poema do autor romântico que fora escrito em alemão.
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Leia o poema a seguir, extraído do livro “O coração disparado”, de Adélia Prado.
 Órfã na janela
Estou com saudade de Deus, uma saudade tão funda que me seca. Estou como palha e nada me conforta. O amor hoje está tão pobre, tem gripe, meu hálito não está para salões. Fico em casa esperando Deus, cavacando a unha, fungando meu nariz choroso, querendo um pôster dele no meu quarto, gostando igual antigamente da palavra crepúsculo. Que o mundo é desterro eu toda vida soube. Quando o sol vai-se embora é pra casa de Deus que vai, pra casa onde está meu pai.
Fonte: PRADO, Adélia. Poesia reunida. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2015. p. 158.

Sobre o texto, é INCORRETO afirmar que:

  • A Sentir-se como palha é ter a sensação de leveza, de dádiva divina; trata-se de um estado em que o sujeito se encontra prestes a voar para Deus.
  • B Cavacar a unha e fungar o nariz choroso conotam, respectivamente, um estado de impaciência e sentimentalismo por parte do sujeito feminino.
  • C O desejo de um pôster de Deus no quarto aponta para a necessidade de algo concreto, de algo que possa trazer a lembrança do Ser Divino.
  • D Em todo o poema predominam versos brancos, à exceção dos dois últimos.
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Leia o poema a seguir, extraído do livro “Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto.

O retirante resolve apressar os passos para chegar logo ao Recife
– Nunca esperei muita coisa, digo a Vossas Senhorias. O que me fez retirar não foi a grande cobiça; o que apenas busquei foi defender minha vida da tal velhice que chega antes de se inteirar trinta; se na serra vivi vinte, se alcancei lá tal medida, o que pensei, retirando, foi estendê-la um pouco ainda. Mas não senti diferença entre o agreste e a caatinga, e entre a caatinga e aqui a mata a diferença é a mais mínima. Está apenas em que a terra é por aqui mais macia; está apenas no pavio, ou melhor, na lamparina: pois é igual o querosene que em toda parte ilumina, e quer nesta terra gorda quer na serra, de caliça, a vida arde sempre com a mesma chama mortiça. Agora é que compreendo por que em paragens tão ricas o rio não corta em poços como ele faz na Caatinga: vive a fugir dos remansos a que a paisagem o convida, com medo de se deter, grande que seja a fadiga. Sim, o melhor é apressar o fim desta ladainha, fim do rosário de nomes que a linha do rio enfia; é chegar logo ao Recife, derradeira ave-maria do rosário, derradeira invocação da ladainha, Recife, onde o rio some e esta minha viagem se fina.

Fonte: ELO NETO, João Cabral de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 186-187.

Sobre os versos, é INCORRETO afirmar que:

  • A O retirante se dirige aos leitores, dizendo, como se estivesse desfiando uma ladainha, quais são suas pretensões ao se retirar.
  • B Os desejos do retirante não são imensos, pois ele demanda apenas uma vida minimamente digna.
  • C Nos versos “e quer nesta terra gorda / quer na serra, de caliça, / a vida arde sempre com / a mesma chama mortiça”, o retirante nos diz da efemeridade da vida humana, o que promove no poema uma crítica social e também uma reflexão existencial.
  • D O fato de o rio não se deter nos remansos “a que a paisagem o convida” é o medo de que a sua vida pare; mas isso, no poema, não tem nada a ver com a vida do retirante.
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Leia o soneto a seguir

Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
Fonte: MORAES, Vinicius de. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 226-227.

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE um verso do soneto em que há antítese: 

  • A Silencioso e branco como a bruma
  • B Que dos olhos desfez a última chama
  • C De repente da calma fez-se o vento
  • D De repente, não mais que de repente
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Há na Língua Portuguesa, expressões que, apesar de terem semelhança sonora e visual, apresentam diferenças no seu emprego.
Quanto ao emprego das expressões, assinale a alternativa CORRETA:

  • A Afim indica finalidade, objetivo. A fim de indica semelhança, afinidade.
  • B Ao encontro de indica oposição, contrariedade. De encontro a indica no mesmo sentido, a favor.
  • C A par significa igualdade cambial. Ao par significa estar ao lado de, estar ciente.
  • D À parte indica aquilo que está isolado, separado. Aparte significa interrupção no discurso de alguém.
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Considerando a norma padrão da língua portuguesa, assinale a alternativa CORRETA em relação ao emprego de concordância e/ou de regência:

  • A Aquela empresa idônea trabalhava com um produto sobre o qual incidiam vários tributos.
  • B Divulgou-se os planos econômicos nos quais a população daquele país confiou muito.
  • C Houve mudanças pós-pandemia às quais se referem a Organização Mundial da Saúde.
  • D Em geral, as pessoas honestas e honradas tem um modo de pensar que as caracterizam.
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Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 

Sobre o texto e sua composição, analise as afirmativas a seguir:

I- Em relação à situação de uso e à variação linguística empregada no texto do anúncio, o cronista enaltece a linguagem apurada do anúncio como propriedade da amostra que serve de exemplo a ser seguido por outros anunciantes.
II- A construção desse texto evidencia que, nele, predomina a função metalinguística da linguagem porque o locutor se expressa por meio de uma língua que é objeto acerca do qual ele trata.
III- O ponto e vírgula no trecho “Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável [...]” foi empregado para separar, no período, orações de mesma natureza.
IV- Em relação ao gênero, esse texto é uma crônica elaborada a partir de um anúncio, analisado pelo narrador que expressa sua avaliação crítica ao comparar esse anúncio antigo com os de sua época sobre tema semelhante.

Estão CORRETAS as afirmativas:

  • A I e II apenas.
  • B III e IV apenas.
  • C I, III e IV apenas.
  • D I, II, III e IV.
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Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 

Considerando-se a composição do texto, seus elementos coesivos, sua estrutura sintática e seus aspectos semântico-discursivos, é CORRETO afirmar que, no trecho:

  • A “Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó.”, a oração destacada exprime ideia de consequência.
  • B “Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados [...]”; o termo destacado está empregado em sentido figurado, não sendo possível, nesse contexto, o uso denotativo dessa palavra.
  • C “Contudo, não o afirmas em tom peremptório: ‘tudo me induz a esse cálculo’.”, o termo destacado significa “incisivo, categórico, decisivo, absoluto”.
  • D “[...] entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade”, a oração destacada exprime a ideia de causa.
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Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 

A partir da leitura desse texto, é CORRETO afirmar que:

  • A João Alves Júnior era o amigo do narrador que lhe enviara um jornal antigo onde escrevera um anúncio em busca de um animal que perdera.
  • B O animal de João Alves Júnior havia desaparecido em função de um golpe desferido por um jumento que lhe causou um defeito em sua alva crina.
  • C A besta havia desaparecido desde outubro, mas João Alves Júnior só se deu conta de que fora roubada em novembro quando publicou o anúncio.
  • D O narrador, após ler o anúncio de João Alves Júnior, este certamente falecido, revela desconhecer o desfecho do apelo feito pelo anunciante.
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Nas alternativas a seguir estão analisados pares de enunciados, focalizando-se a relação estabelecida entre as orações em cada período.
Assinale a alternativa em que a análise apresentada está INCORRETA:

  • A No enunciado (I) há uma oração consecutiva e no enunciado (II) há uma oração conclusiva; e ambas apresentam uma consequência:
    I- Ele estava tão nervoso que não se submeteu aos exames médicos.

    II- Ele estava nervoso, logo não se submeteu aos exames médicos.
  • B No enunciado (I) há uma oração explicativa e no enunciado (II) há uma oração causal, sendo que apenas em (II) apresenta-se razão ou motivo:
    I- Ele não se submeteu aos exames médicos porque estava nervoso.
    II- Não te submetas aos exames médicos, pois estás nervoso.
  • C Nos enunciados (I) e (II) há uma relação de causa e consequência explicitada em termos de condição:
    I- Se ele está nervoso, não se submete aos exames médicos.
    II- Se ele estiver nervoso, não submeterá aos exames médicos.
  • D Nos enunciados (I) e (II) há uma relação de oposição ou adversativa entre as orações dos períodos (I) e (II).
    I- Apesar de estar muito nervoso, ele se submeteu aos exames médicos.
    II- Embora não estivesse muito nervoso, ele não se submeteria aos exames médicos.
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Considerando-se as normas estabelecidas pelo Novo Acordo Ortográfico, estão grafadas CORRETAMENTE as palavras:

  • A Hiperrequintado, inter-resistente e superrevista.
  • B Anti-religioso, contra-regra e infra-som.
  • C Aeroespacial, autoaprendizagem e hidroelétrica.
  • D Co-ordenação, co-operação e des-humano.
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Leia o texto a seguir:
Fora de si
Eu fico louco Eu fico fora de si Eu fica assim Eu fica fora de mim
Eu fico um pouco Depois eu saio daqui Eu vai embora Eu fico fora de si
Eu fico oco Eu fica bem assim Eu fico sem ninguém em mim
Fonte: ANTUNES, Arnaldo. Fora de Si. Disponível em: . Acesso em: 22 de outubro de 2022.

Nessa canção, é CORRETO afirmar que Arnaldo Antunes:

  • A Apresenta mudanças e adaptações à concordância verbal, sem desrespeitar os preceitos da norma padrão escrita da Língua Portuguesa.
  • B Emprega os verbos “ir” e “ficar” na terceira pessoa do singular do presente do modo indicativo, concordando com o nome a que se refere.
  • C Revela uma escrita caótica; uma construção textual descontextualizada, produzindo um texto sem progressão e desorganizado.
  • D Usa o verbo “sair” e, em alguns trechos, o verbo "ficar" concordando com o pronome “eu”, em conformidade com a norma padrão da Língua Portuguesa.
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Assinale a alternativa em que o emprego da vírgula está CORRETO:

  • A A Bolsa de Valores de São Paulo garantiu, a bancos e corretoras, o pagamento de compra de ações.
  • B A Internet possibilita contatos entre as pessoas mundialmente, e os celulares favorecem a comunicação.
  • C Melhorar a eficácia de automóveis movidos por combustível, teria impacto no meio ambiente mundial.
  • D Os turistas brasileiros que precisem viajar para o exterior, devem ter passaportes vigentes.
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INSTRUÇÃO: Leia o texto 1 para responder à questão.

A dispersão da violência e os memes

Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identificarem feiticeiros, a utilizarem a tortura para conseguirem confissões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um sucesso editorial e influente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipografia firmava-se como instrumento de combate ao analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O meme é eficaz se for difundido indefinidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este significado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas podem cristalizar a violência online para agressões de fato, offline. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos. O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos.
Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que inflamam preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2022/10/a-dispersao-da-violencia-e-os-memes.shtml. Acesso em: 20 de outubro de 2022.

Na construção de seu texto, intitulado “A dispersão da violência e os memes”, o autor emprega os seguintes recursos, EXCETO:

  • A Citação entre aspas para defender sua tese.
  • B Definição de termo para esclarecer seu conceito.
  • C Exemplificação para sustentar um fato apresentado.
  • D Inserção de dados históricos para situar o contexto.
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INSTRUÇÃO: Leia o texto 1 para responder à questão.

A dispersão da violência e os memes

Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identificarem feiticeiros, a utilizarem a tortura para conseguirem confissões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um sucesso editorial e influente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipografia firmava-se como instrumento de combate ao analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O meme é eficaz se for difundido indefinidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este significado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas podem cristalizar a violência online para agressões de fato, offline. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos. O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos.
Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que inflamam preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2022/10/a-dispersao-da-violencia-e-os-memes.shtml. Acesso em: 20 de outubro de 2022.

Leia o trecho a seguir:
Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa.
Considerando o sentido desse trecho no texto, os conectores “além disso” e, “portanto”, NÃO podem ser substituídos, respectivamente, pelos termos:

  • A Ademais - por conseguinte.
  • B Assim sendo - entretanto.
  • C De mais a mais - em vista disso.
  • D Outrossim - logo.
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INSTRUÇÃO: Leia o texto 1 para responder à questão.

A dispersão da violência e os memes

Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identificarem feiticeiros, a utilizarem a tortura para conseguirem confissões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um sucesso editorial e influente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipografia firmava-se como instrumento de combate ao analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O meme é eficaz se for difundido indefinidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este significado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas podem cristalizar a violência online para agressões de fato, offline. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos. O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos.
Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que inflamam preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2022/10/a-dispersao-da-violencia-e-os-memes.shtml. Acesso em: 20 de outubro de 2022.

Leia o trecho a seguir:

O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações; o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou os refugiados pelas infecções na Itália; muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia; africanos na China foram discriminados.

Nesse trecho, é CORRETO afirmar que o termo:

  • A “às migrações” é complemento nominal.
  • B “mulçumanos” é adjunto adnominal.
  • C “pelas infecções” é agente da passiva.
  • D “africanos” é sujeito simples.
17
INSTRUÇÃO: Leia o texto 1 para responder à questão.

A dispersão da violência e os memes

Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identificarem feiticeiros, a utilizarem a tortura para conseguirem confissões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um sucesso editorial e influente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipografia firmava-se como instrumento de combate ao analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O meme é eficaz se for difundido indefinidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este significado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas podem cristalizar a violência online para agressões de fato, offline. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos. O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos.
Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que inflamam preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2022/10/a-dispersao-da-violencia-e-os-memes.shtml. Acesso em: 20 de outubro de 2022.

O termo entre parênteses NÃO é sinônimo do termo destacado no texto em:

  • A [...] um livro que ensinava às pessoas comuns [...] a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. (incrédulos).
  • B Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo. (conectam).
  • C Estas podem Memes viajam e são aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico. (suprimindo).
  • D Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais [...] (inferências).
18
INSTRUÇÃO: Leia o texto 1 para responder à questão.

A dispersão da violência e os memes

Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identificarem feiticeiros, a utilizarem a tortura para conseguirem confissões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um sucesso editorial e influente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipografia firmava-se como instrumento de combate ao analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O meme é eficaz se for difundido indefinidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este significado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas podem cristalizar a violência online para agressões de fato, offline. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos. O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos.
Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que inflamam preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2022/10/a-dispersao-da-violencia-e-os-memes.shtml. Acesso em: 20 de outubro de 2022.

Sobre o texto, é CORRETO afirmar que:

  • A A mídia digital jornalística cristaliza a violência online e a transforma em agressões concretas e reais, offline.
  • B Atribui-se à tipografia como a responsável pelo trânsito de informações distorcidas e pela propagação do medo.
  • C Notícias apócrifas sobre as ameaças reais potencializadas pelos memes são as mais disseminadas no espaço digital.
  • D Uma condição para que os memes sejam eficientes é sua permanência ao longo do tempo na memória das pessoas.
19

Assinale a alternativa cuja forma verbal grifada foi empregada CORRETAMENTE de acordo com as normas de concordância prescritas pela gramática normativa da Língua Portuguesa.

  • A Fazem dois anos que a Covid-19 se espalhou pelo mundo e instaurou um novo modo de vida.
  • B Haviam muitas pessoas inseguras, durante a pandemia, que mantinham o isolamento social.
  • C Deve haver pesquisas inovadoras sobre outros vírus como o da varíola dos macacos.
  • D Morreu mais de 15 milhões de pessoas no mundo, estima a Organização Mundial da Saúde.
20

Existem, na Língua Portuguesa, palavras parônimas (que têm a grafia ou som parecidos). Assinale a alternativa em que as palavras parônimas correspondem CORRETAMENTE ao significado apresentado.

  • A Acético: relativo ao vinagre. Asséptico: sem germes.
  • B Censo: raciocínio. Senso: contagem.
  • C Deferimento: adiamento. Diferimento: aprovação.
  • D Seção: reunião. Sessão: divisão.

Raciocínio Lógico

21

Durante o processo de contratação de serviços, Severino, o zelador do condomínio Verde das Acácias, precisa contratar quatro empresas para realizar cinco trabalhos distintos. Cada trabalho deverá ser executado por uma única empresa e todas elas devem ser contratadas.
A partir dessas informações, assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE a quantidade de maneiras distintas que podem ser distribuídos os trabalhos.

  • A 20.
  • B 60.
  • C 120.
  • D 240.
22

Na última turma de formandos do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais foi apontado que dos 75 formandos, 45 falavam inglês, 35 falavam espanhol e 10 não falavam nem inglês e nem espanhol.
Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE a quantidade de formandos que falam duas línguas estrangeiras, inglês e espanhol:

  • A 10.
  • B 15.
  • C 20.
  • D 25.
23

Analise as afirmativas a seguir:
I- Todo agente municipal é concursado.
II- Nenhum segurança privado é concursado.
III- Todos os agentes municipais são homens.
IV- Pelo menos um homem não é agente municipal.
V- Todos os homens são agentes municipais.
A NEGAÇÃO da proposição é:

  • A Afirmativa I apenas.
  • B Afirmativa II apenas.
  • C Afirmativa III apenas.
  • D Afirmativa IV apenas.
24

Tendo-se como premissa que a proposição simples “agentes municipais são públicos” tenha valor falso, é CORRETO deduzir que o valor lógico da proposição “agentes municipais são públicos, logo devem ser concursados” é:

  • A Falso.
  • B Verdadeiro.
  • C Inconclusivo.
  • D Não se trata de uma proposição.
25

É CORRETO afirmar que a negação da proposição “Todas as flores são brancas” é:

  • A As flores são brancas.
  • B Não existem flores brancas.
  • C Todas as flores podem não ser brancas.
  • D Ao menos uma flor não é branca.
26

A figura a seguir representa os três primeiros passos de um total de 29 de uma sequência que será composta apenas por palitos de fósforo.


Imagem relacionada à questão do Questões Estratégicas


É CORRETO afirmar que o total de palitos de fósforo do 29° passo será:

  • A 87.
  • B 91.
  • C 94.
  • D 97.
27

Roberta, arquiteta da cidade de São João Del-Rei/MG estava fazendo uma auditoria sobre a arquitetura paisagística do município, e após visitar 140 pontos escreveu o seguinte laudo:


• 75 possuíam iluminação.

• 93 possuíam mobiliário urbano; e,

• 32 não tinham nem iluminação e nem mobiliário urbano.


O número de pontos visitados que possui APENAS um dos dois itens mencionados é:

  • A 60.
  • B 168.
  • C 48.
  • D 8.
28

Um enfermeiro da equipe de saúde da família, visitou uma gestante no dia 12/04/2021, uma segunda-feira. A paciente estava bem e a próxima visita seria apenas após o nascimento do bebê. O enfermeiro então retornou para visitar a mulher no dia 28/12/2021.


Com base nessas informações, é CORRETO afirmar que o retorno ocorreu na: 

  • A Segunda-feira.
  • B Sexta-feira.
  • C Quarta-feira.
  • D Terça-feira.
29

Assinale a alternativa em que a frase NÃO apresenta a mesma característica lógica das demais.

  • A Que alegria!
  • B Quem pagou a conta?
  • C Redija um memorando.
  • D Existem muitos médicos no Brasil.
30

Para negar logicamente a afirmação: “Hoje eu nado 6km ou faço 100 abdominais”, é CORRETO afirmar que:

  • A Hoje eu não nado 6km ou não faço 100 abdominais.
  • B Hoje eu não nado 36km e não faço 100 abdominais.
  • C Hoje eu não nado 6km e faço 100 abdominais.
  • D Hoje eu nado 6km e não faço 100 abdominais.
31

Leia o trecho a seguir:


“___________são operação na lógica matemática, que pode ser ligada à operação de interseção de conjuntos.”


Assinale a alternativa que preenche CORRETAMENTE a lacuna:

  • A Proposições
  • B Permutações
  • C Conjunções
  • D Afirmações
32

Se todo brasileiro é inteligente e Carlos é brasileiro, é CORRETO afirmar que:

  • A Carlos é inteligente.
  • B Carlos não é inteligente.
  • C O Brasil não é inteligente.
  • D Carlos não é brasileiro.
33

Observe as afirmações a seguir:


“Algum psicólogo é forte”.

“Todo psicólogo é calmo”.


Considerando que se trata de verdades, é CORRETO afirmar que: 

  • A Algum psicólogo forte não é calmo.
  • B Todo psicólogo forte não é calmo.
  • C Algum psicólogo forte é calmo.
  • D Todo psicólogo forte é calmo.
34

Uma proposição EQUIVALENTE para “Se estou doente então vou no médico” é:

  • A Estou doente e não vou ao médico.
  • B Não estou doente ou vou ao médico.
  • C Não estou doente e não vou ao médico.
  • D Estou doente ou não vou ao médico.
35

O médico veterinário do município de São João Del-Rei/MG precisou reorganizar uma fileira de gaiolas com 3 gaiolas e 3 animais (animais A, B e C).


A composição inicial é a desenhada e deve ser evitada:


Animal A         Animal         C Animal B


Tendo como restrição as seguintes regras:


• Animal A não pode ficar no centro.

• Animal B não pode estar à esquerda.

• Animal C não pode estar à direita.


Com base nas premissas apresentadas, a posição CORRETA final das gaiolas será:

  • A Animal A, animal B e animal C.
  • B Animal C, animal A e animal B.
  • C Animal C, animal B e animal A.
  • D Animal B, animal A e animal C.
36

Paulo, contador da cidade de São João Del-Rei/MG, enviou a seguinte mensagem para o prefeito “O DRE fechou e deu negativo”.


Assinale a alternativa que apresenta a afirmação que CORRESPONDA à sua negação lógica. 

  • A O DRE não fechou ou deu negativo.
  • B O DRE não fechou ou não deu negativo.
  • C O DRE fechou ou não deu negativo.
  • D O DRE não fechou e não deu negativo.
37

Dr. João estava trabalhando como médico no município de São João Del-Rei/MG quando se deparou com a conversa de dois pacientes na sala de espera:


Roberto diz: “- Nós dois estamos falando a verdade”

Sara diz: “- Pelo menos um de nós está mentindo”.


Com base nesse pedaço do diálogo, é CORRETO concluir que:

  • A Os dois estão mentindo.
  • B Roberto mentiu e Sara disse a verdade.
  • C Roberto disse a verdade e Sara mentiu.
  • D Roberto e Sara estão dizendo a verdade.
38

Se o segundo dia depois de amanhã será sexta-feira, é CORRETO afirmar que hoje é:

  • A Segunda-feira.
  • B Terça-feira.
  • C Quarta-feira.
  • D Quinta-feira.
39

Um agente de trânsito da Prefeitura de São João Del-Rei/MG ao observar o tráfego na BR-494 reparou em um padrão. Na rodovia passavam 15 carros por minuto, enquanto as motos eram menos frequentes, passando à taxa de 10 motos por minuto.

Se em um determinado momento os dois (carros e motos) passarem simultaneamente, é CORRETO afirmar que a simultaneidade ocorrerá novamente em:

  • A 10 segundos.
  • B 11 segundos.
  • C 12 segundos.
  • D 14 segundos.
40

Bruno, Denise, Fernando e Ricardo fizeram uma mesma prova.


Sobre esse fato considere as seguintes afirmações:


Denise acertou mais questões do que Ricardo.

→ Bruno acertou menos questões do que Ricardo.

→ Fernando acertou mais questões do que Denise.


Logo, é CORRETO afirmar que Denise acertou: 

  • A Mais questões do que Bruno e Fernando.
  • B Mais questões do que Ricardo e Bruno.
  • C Menos questões do que Bruno.
  • D Menos questões do que Ricardo.

Pedagogia

41

De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o ensino fundamental está organizado em:

  • A 6 áreas.
  • B 4 áreas.
  • C 5 áreas.
  • D 7 áreas.
42

De acordo com o Plano Nacional de Educação (PNE), os municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as diretrizes, metas e estratégias previstas no PNE, no PRAZO de:

  • A 6 (seis) meses contado da publicação do PNE.
  • B 3 (três) anos contados da publicação do PNE.
  • C 1 (um) ano contado da publicação do PNE.
  • D 2 (dois) anos contados da publicação do PNE.
43

De acordo com as formas de organização curricular definidos pelas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, é CORRETO afirmar que:

  • A O currículo deve difundir os valores fundamentais do interesse social, dos direitos e deveres dos cidadãos, do respeito ao bem comum e à ordem democrática, considerando as condições de escolaridade dos estudantes em cada estabelecimento, a orientação para o trabalho, a promoção de práticas educativas formais e não-formais.
  • B Pelo menos, 20% do total da carga horária anual ao conjunto de programas e projetos interdisciplinares eletivos criados pela escola, previsto no projeto pedagógico, de modo que os estudantes do ensino fundamental e do médio possam escolher aquele programa ou projeto com que se identifiquem e que lhes permitam melhor lidar com o conhecimento e a experiência.
  • C A dimensão sequencial compreende os processos educativos que acompanham as exigências de aprendizagens definidas em cada etapa do percurso formativo, contínuo e progressivo, da educação básica até a educação superior, constituindo-se em diferentes e insubstituíveis momentos da vida dos educandos.
  • D A transição entre as etapas da educação básica e suas fases requer formas de articulação das dimensões orgânica e sequencial que assegurem aos educandos, sem tensões e rupturas, a continuidade de seus processos peculiares de aprendizagem e desenvolvimento.
44

Leia o trecho e responda:
Ao brincar a criança aprende a conhecer, a fazer, a conviver e a ser, favorecendo o desenvolvimento da autoconfiança, curiosidade, autonomia, linguagem e pensamento. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginação
Com base no trecho, é CORRETO destacar que a brincadeira é essencial para:

  • A O desenvolvimento global e a capacidade de socialização.
  • B Essencialmente para as atividades cognitivas racionais.
  • C A possibilidade de desenvolver noções de causa e consequência.
  • D Aliviar a realidade contraditória em que vive por meio da imaginação.
45

Quando o aluno excede o número legal de faltas injustificadas, e a escola já esgotou todos seus recursos de inserção deste na vida escolar, é dever do dirigente de ensino:

  • A Encaminhar para medida protetiva.
  • B Reprovar automaticamente no ano letivo.
  • C Fazer busca ativa da família.
  • D Comunicar o conselho tutelar.
46

De acordo com seus conhecimentos a respeito da Lei n° 9.394/96, em relação às regras comuns que organizam a educação infantil, assinale a alternativa CORRETA:

  • A Avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.
  • B Carga horária mínima semestral de 800(oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200(duzentos) dias de trabalho educacional, intra e extrassala.
  • C Atendimento à criança de, no mínimo, 4(quatro) horas diárias para o turno integral, e de 7(sete) horas para a jornada parcial, fora a educação especial.
  • D Controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 70% (setenta por cento) do total de horas.
47

De acordo com a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 a educação escolar deverá vincular-se:

  • A A família e as práticas religiosas.
  • B A formação e as práticas políticas.
  • C A saúde e as práticas econômicas.
  • D Ao mundo do trabalho e à prática social.
48

Realizar, periodicamente, em regime de colaboração, levantamento da demanda por creche para a população de até 3(três) anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta.
O trecho apresentado refere-se a uma META:

  • A Do PNE.
  • B Da Lei de Diretrizes e Bases.
  • C Do Estatuto da Criança e do Adolescência.
  • D Da Constituição Brasileira de 1988.
49

São objetivos do ensino fundamental que os alunos sejam capazes de, EXCETO:

  • A Compreender a cidadania como participação social e política, assim como, exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito.
  • B Perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente.
  • C Selecionar e optar entre uma das diferentes linguagens, verbal, musical, matemática, gráfica, plástica e corporal como meio para produzir, expressar e comunicar suas ideias, interpretar e usufruir as produções culturais, em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação.
  • D Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.
50

O planejamento das ações coletivas exercidas pela escola supõe que os sujeitos tenham clareza quanto, EXCETO:

  • A Aos princípios e às finalidades da educação, além do reconhecimento e da análise dos dados indicados pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e/ou outros indicadores, que o complementem ou substituam
  • B À irrelevância de um projeto político-pedagógico concebido e assumido colegiadamente pela comunidade educacional, respeitadas as múltiplas diversidades e a pluralidade cultural.
  • C À riqueza da valorização das diferenças manifestadas pelos sujeitos do processo educativo, em seus diversos segmentos, respeitados o tempo e o contexto sociocultural.
  • D Aos padrões mínimos de qualidade (Custo Aluno-Qualidade Inicial – CAQi).